terça-feira, 26 de setembro de 2023

S&P eleva previsão para crescimento do PIB do Brasil em 2023, de 1,7% para 2,9%

 


Produto Interno Bruto do Brasil.

Por outro lado, a agência cortou a estimativa para o PIB do Brasil em 2024, de 1,5% para 1,2%. (Crédito: Arquivo/Agência Brasil)

A S&P Global Ratings aumentou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB do Brasil) este ano, de 1,7% para 2,9%, como resultado da força na produção agrícola e do impacto de medidas de estímulos fiscais nos gastos das famílias.

Por outro lado, a agência cortou a estimativa para a expansão da atividade brasileira em 2024, de 1,5% para 1,2%, sob a expectativa de que esses fatores devem arrefecer.+Alta da gasolina responde sozinha por cerca de 72% do IPCA-15 de setembro

Em 2025, o avanço seria de 1,8% e em 2026, de 2,0%.

A instituição também projeta que o Banco Central cortará a Selic de 12,75% atualmente a 12,25% até o fim do ano, antes de reduzi-la a 9% até o final de 2024 e mantê-la nesse nível até pelo menos 2026.

O movimento seria possibilitado pelo arrefecimento da inflação ao consumidor a uma média de 4,9% este ano, 3,9% no próximo, 3,7% em 2025 e 3,5% em 2026. No câmbio, a S&P vê o dólar a R$ 5,05 no fim de 2023 e R$ 5,25 no fim de 2024.

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Transpetro faz reforma administrativa e sobe para 48% número de mulheres em cargos de liderança

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A Transpetro aumentou em 48% o número de mulheres em posições gerenciais, dentro de uma reforma administrativa que teve por objetivo deixar a subsidiária da Petrobras mais diversa. Com isso, o número de mulheres com cargos de liderança subiu de 65 em 2022 para 96 este ano, informou a companhia. A empresa também elevou em 17% o número de profissionais que se autodeclaram pretos, pardos, indígenas ou amarelos em postos de comando e criou uma Gerência Setorial de Diversidade.

“Nossa força de trabalho própria possui 18% de mulheres e, agora, o porcentual feminino em posições de liderança é de 24%. Estamos incentivando a capacitação das nossas trabalhadoras, oferecendo turmas de liderança com foco específico para elas, por exemplo. O aumento de representatividade nas novas designações faz parte de um rol de iniciativas de diversidade e inclusão que estamos promovendo”, disse em nota o gerente executivo de Recursos Humanos da Transpetro, Alexandre Almeida.

Entre essas iniciativas está a criação de cartilhas educativas visando a promoção da diversidade, inclusão e no combate à violência no ambiente de trabalho, material que poderá ser distribuído para outras estatais e entidades. Segundo a Transpetro, para ressaltar a importância das mudanças será realizada uma cerimônia na próxima quinta-feira, 28, na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

“Inclusão e diversidade são compromissos sociais da Transpetro. As indicações para a nova estrutura são um passo importante para formalizar nossa responsabilidade com essa agenda e demonstrar nossa capacidade de atender às demandas da sociedade por mais diversidade e inclusão nas empresas”, ressaltou o presidente da empresa, Sérgio Bacci.

A Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras e opera 49 terminais no País, sendo 28 aquaviários e 21 terrestres. Tem ainda cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios e atende mais de 180 clientes, além da Petrobras.

 

EUA: SEC multa unidade de investimentos do Deutsche Bank por lavagem de dinheiro

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A SEC acusou a DWS, uma subsidiária de consultoria de investimentos do Deutsche Bank com sede em Nova York, em duas ações de execução publicadas hoje. A DWS não admitiu nem negou as acusações, mas concordou com duas ordens de suspender as atividades relacionadas às violações de combate à lavagem de dinheiro e às distorções ESG. O DWS concordou em pagar US$ 25 milhões no total.

Segundo uma denúncia de 2021, a DWS pintou um quadro mais otimista do que a realidade para os investidores. Um porta-voz do DWS disse que a empresa já tomou medidas para resolver as deficiências em seus processos e procedimentos identificados na ordem da SEC.

Um porta-voz do DWS disse que está “comprometido em manter uma estrutura robusta de gestão de risco” e que a empresa tomou medidas para melhorar seus processos de combate à lavagem de dinheiro para seus negócios de fundos mútuos nos EUA desde 2020.

Fonte: Dow Jones Newswires

 

Estados do Nordeste firmam cooperação para polo de hidrogênio verde

Foto grátis objetivos de desenvolvimento sustentável natureza morta

O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste e o Banco Mundial, com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinaram nesta segunda-feira (25), em Brasília, memorando de entendimento (MdE), para desenvolver áreas consideradas chave em sustentabilidade nos nove estados integrantes do grupo (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe). 

O Banco Mundial deverá assessorar os estados em um plano de transição energética. Esse plano deverá se desdobrar em planos locais com operações de financiamento. Esse protocolo de intenção é um primeiro passo para promover amplamente a transição energética na região.

A parceria pretende financiar, sobretudo, projetos relacionados ao desenvolvimento do hidrogênio de baixo teor de carbono, o chamado hidrogênio verde; além da geração de energia eólica; preservação do bioma da Caatinga; exploração de eventuais oportunidades de projetos nas áreas de energia solar, água e saneamento; engajamento comunitário; e desenvolvimento digital. 

Neste último ponto, a cooperação firmada pretende promover a troca de experiências, conhecimentos e financiamento de infraestrutura pública digital para a expansão da conectividade, o desenvolvimento de plataformas digitais, melhores práticas em segurança cibernética e, por fim, fomentar o desenvolvimento de habilidades digitais. 

O governador da Paraíba e presidente do Consórcio Nordeste, João Azevêdo, falou do potencial do Nordeste. “Sabemos do potencial que a Região Nordeste tem para a geração de energias limpas e renováveis. E neste momento de transição energética, nossa região poderá ser a grande protagonista da produção de hidrogênio verde. Entretanto, é preciso que tudo isso aconteça de forma harmônica e regulamentada.” 

O governador paraibano comemorou a contribuição da instituição internacional. “O Banco Mundial colocará toda a sua expertise à disposição do Consórcio do Nordeste e a troca de experiência com as ações e projetos, já em andamento por parte de cada estado, fará com que a gente tenha condições de estabelecer um caminho seguro e sustentável, que possa gerar, acima de tudo, a riqueza que a região precisa, mas com inclusão social para que essa riqueza, verdadeiramente, chegue à ponta para aqueles que mais precisam”. 

O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt, disse que o Brasil tem grandes oportunidades de se tornar um líder global na transição energética e que, para isso, compartilhará as experiências de outros projetos desse tipo realizados em outras localidades do mundo.

“Nós temos a confiança de que podemos compartilhar nossas experiências com outros projetos, em outros países, com os estados do Nordeste do Brasil para ajudar o país a atingir níveis de crescimento e de produtividade mais altos.”

Pacheco diz que Congresso não será empecilho para agenda econômica do governo

Rodrigo Pacheco

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta segunda-feira, 25, que o Congresso Nacional não será empecilho para a agenda econômica do governo. Ele disse que Câmara e Senado podem se debruçar sobre os temas em tramitação concomitantemente e que, além da reforma tributária, a prioridade será a pauta ambiental.

“O tema do meio ambiente e da preservação do clima é absolutamente urgente, prioritário. O Congresso Nacional tem consciência disso, e vamos dedicar esse segundo semestre a diversos projetos de lei e alterações normativas relativas a esse tema. O Brasil tem enorme capacidade de se tornar uma potência econômica em função dessa agenda verde”, disse.

Pacheco falou a jornalistas ao deixar a 38ª Conferência Hemisférica da Federação Interamericana das Empresas de Seguros (Fides), que acontece esta semana no Rio.

Reforma tributária

Sobre a reforma tributária, Pacheco disse que pretende estabelecer outubro para sua apreciação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), levando-a, sem seguida, para o plenário do Senado.

Na próxima quinta-feira, 28, disse ele, haverá uma sessão para receber prefeitos de todo o País e discutir o assunto, assim como já foi feito com governadores. “Precisamos dar sustentação ao regime fiscal e fazer a (reforma) tributária, além de cuidar dessa pauta de economia verde e transição energética com prioridade”, disse.

Sobre essa última frente, Pacheco citou especificamente a regulamentação do mercado de créditos de carbono, que também deverá acontecer ao longo do segundo semestre.

O presidente do Senado garantiu que o Congresso não será empecilho à agenda econômica do governo Lula e, como “prova”, citou a aprovação da PEC da transição antes mesmo de o governo ser empossado.

Ele sugeriu que a reforma tributária não vai travar ou atrasar outras votações fundamentais, que podem evoluir nas duas casas legislativas ao mesmo tempo. Nesse balaio incluiu o programa Desenrola Já, que foi encaminhado para a comissão de assuntos econômicos; o projeto de lei sobre fundos exclusivos e offshore, sobre o qual o Senado deve aguardar deliberação na Câmara; e o marco das garantias, já votado no Senado e a espera de ratificação por parte dos deputados. “Todos esses projetos certamente serão deliberados (no 2º semestre), e espero que sejam aprovados com o melhor texto possível. Há sentimento de urgência em relação à pauta econômica”, afirmou.

Ativo ambiental

O senador afirmou que o Brasil deve aproveitar o ativo ambiental e a conjuntura global de transição energética para “resolver seus problemas de desigualdade, fome e miséria”.

Em aceno ao setor de seguros, Pacheco disse que o segmento, já responsável por mais de 6% do PIB, terá parte nesse processo. Ele mencionou as oportunidades em energia limpa, desde o conhecido etanol, passando por eólica e fotovoltaica, e chegando ao hidrogênio verde.

Qualidade dos gastos públicos

O presidente do Senado disse que o Senado vai discutir a qualidade dos gastos públicos logo após aprovar a primeira etapa da reforma tributária, que está em tramitação na Casa. Segundo Pacheco, discutir o quanto o Estado gasta é fundamental para calcular o tamanho da reforma sobre a tributação da renda que o governo federal pretende fazer.

“A discussão sobre a qualidade do gasto público, combate a desperdício, a sobreposição de funções, o excesso de gastos, isso tem que ser pauta do Congresso Nacional logo após a reforma tributária”, disse ele.

Segundo Pacheco, o debate será feito pelo Senado, e é fundamental para o começo de 2024.

Pacheco afirmou que, após a definição da alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) instituído pela primeira parte da reforma, e a mensuração de quanto isso representará de impacto na arrecadação do governo, o Congresso vai discutir tanto os gastos públicos quanto a reforma do imposto de renda. É por meio dela que o governo pretende instituir, por exemplo, a tributação da distribuição de dividendos pelas empresas aos acionistas, hoje isenta.

Arcabouço moderno para mercado de seguros

O presidente do Senado afirmou que o Legislativo deve levar em frente a votação do PL 29/2017, da chamada Lei do Seguro, que cria uma legislação específica para o mercado de seguros. O projeto tem uma série de pontos criticados pelas seguradoras.

Segundo Pacheco, o mercado segurador precisa de confiança para crescer mais. “O segundo ponto é a necessidade de um arcabouço jurídico moderno e eficiente. Uma regulação que não apenas organize e supervisione o funcionamento do mercado de seguros, mas que consiga integrá-lo ao mercado global”, disse ele.

De acordo com ele, o PL 29 deve cumprir esse papel. Pacheco afirmou que o projeto aguarda apenas o relatório do senador Jader Barbalho (MDB-PA), que é o relator do tema na CCJ do Senado.

O PL 29 cria, na prática, uma lei própria para o mercado de seguros, que hoje segue pontos do Código Civil e de outras legislações de caráter generalista.

O setor de seguros afirma, porém, que vários dispositivos da lei retrocedem em relação às mudanças de regulação dos últimos anos, que reduziram o grau de intervenção do Estado no setor.

 

Mercado mantém inalteradas no Focus do BC as previsões para alta do IPCA de 2023 a 2026


IPCA

Boletim Focus manteve a expectativa do IPCA para 2023 (Crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

As expectativas inflacionárias ficaram estáveis no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Banco Central. A projeção para a inflação oficial em 2023 seguiu em 4,86%. Um mês antes, a mediana era de 4,90%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção também permaneceu em 3,86%. Há um mês, era de 3,87%.

Considerando somente as 93 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2023 variou de 4,84% para 4,85%. Para 2024, por sua vez, a projeção de alta passou de 3,83% para 3,88%, considerando também 93 atualizações no período.

Para 2025, que agora tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,50%, mesmo número de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, também houve manutenção da estimativa em 3,50%. Há um mês, a mediana também era de 3,50%.

As estimativas do Boletim Focus continuam acima da meta. Para 2023, a mediana supera o teto da meta (4,75%) e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

Na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro, o BC divulgou projeção de 3,5% para o IPCA de 2024. Para 2025, ficou em 3,1% no modelo. Para 2023, a projeção é de 5,0%.

 

Feminista, democrata, grupo “Mulheres do Brasil” chega aos 10 anos gloriosa existência


Elas não são contra os homens, mas a favor das mulheres. Maior grupo político suprapartidário do país, o “Mulheres do Brasil” completa 10 anos de atuação com mais de 119 mil participantes.

 

Luiza Trajano, presidente do “Mulheres do Brasil” Crédito: Ângela Rezé

São mulheres de diferentes profissões e classes sociais, das mais diversas origens e segmentos, que agora celebram sua trajetória de luta pela representatividade feminina na sociedade. Em dez anos de atuação, o “Mulheres do Brasil” atinge a marca de mais de 119 mil mulheres inscritas, hoje formando mais de 154 núcleos nacionais e internacionais, sendo 116 no Brasil e 39 no exterior. Os números impressionam, o entusiasmo é grande, e os resultados provam as vitórias do caminho:

“O grupo se consagrou como referência importante para o movimento feminista no país”, observa Alexandra Segantin, CEO do “Mulheres do Brasil”. Presidido pela empresária Luiza Trajano, o movimento suprapartidário foi fundado em 2013, com o objetivo de estimular a participação das mulheres em todos os espaços de poder que envolvam a tomada de decisões no país. Eles querem influenciar, e estão influenciando, as políticas públicas – sem nunca tomar partido.

Nosso partido é o Brasil, assim anunciam em suas premissas, que incluem a luta a favor dos direitos humanos, da igualdade racial, da educação de qualidade para todo país, da liberdade de imprensa, de um sistema público e eficiente de saúde – entre outros propósitos que talvez expliquem o crescimento do número de voluntárias, que se multiplica todos os dias, em núcleos hoje presentes em 22 países de todos os continentes.
Ao longo desses 10 anos de atuação, entre as inúmeras ações significativas do grupo “Mulheres do Brasil” poderíamos destacar, por exemplo, o Movimento Unidos pela Vacina, que facilitou a logística de acesso das vacinas contra a covid-19, principalmente até estados como Maranhão, Acre e Amapá; o Fundo Dona de Mim, programa de microcrédito para empreendedoras invisibilizadas em comunidades, que já contemplou mais de 3 mil mulheres; e o Programa Aceleradora de Carreiras, voltado para mulheres pardas e pretas.

O grupo é contra todo tipo de discriminação, inclusive contra os homens – nada contra eles, reafirmam, somos a favor das mulheres. Nesse sentido, um dos propósitos fundamentais do “Mulheres do Brasil” é a mobilização e a articulação para que haja políticas públicas e inclusivas.

“Desde o início lutamos pela igualdade de salários entre os homens e mulheres”, comenta Alexandra Segantin, “conquista que resultou na sanção pelo atual presidente do Projeto de Lei no 1.085, que garante a igualdade salarial, e também pela recente aprovação na Câmara dos Deputados das cotas para mulheres nos conselhos administrativos.

Celebrando os dez anos, que se completam no início de outubro, o grupo “Mulheres do Brasil” realizará um programa ao vivo na próxima segunda-feira, dia 25 de setembro, a ser transmitido pelo Globoplay e no canal do youtube do grupo, a partir das 14.30. Apresentado por Luiza Trajano, pela jornalista Maria Beltrão e convidados, o programa vai contar a história desse movimento que vem transformando vidas femininas em todo mundo.

 

 https://mulher.istoe.com.br/feminista-democrata-o-grupo-mulheres-do-brasil-chega-aos-10-anos-gloriosos-de-existencia/