quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Americanas revisa resultado de 2021 para prejuízo de R$ 6,237 bilhões, ante lucro de R$ 544 mi

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A Americanas fechou o ano de 2021 com prejuízo líquido de R$ 6,237 bilhões, número revisado após revelação de uma das maiores fraudes contábeis do País. Esse foi um ano em que Americanas havia anunciado um lucro líquido de R$ 544 milhões, bem acima dos R$ 315 milhões de 2020.

De acordo com o release divulgado na manhã desta quinta-feira, 16, o principal impacto vem de ajustes de R$ 5,459 bilhões no Ebitda. O Ebitda recorrente ficou negativo em R$ 1,780 bilhão, representando uma correção negativa de R$ 4,077 bilhões em relação ao Ebitda de R$ 2,3 bilhões divulgado originalmente.

A receita líquida somou R$ 22,521 bilhões, conforme o novo balanço, implicando em uma revisão negativa de R$ 175 milhões em relação aos R$ 22,696 bilhões reportados em fevereiro de 2022.

O resultado de caixa líquido de R$ 1,738 bilhão no balanço de 2021 anterior foi revisado em R$ 15,583 bilhões, passando a uma dívida líquida de R$ 13,945 bilhões, conforme os ajustes apresentados.

De acordo com o release do resultado, o perfil de endividamento teve uma mudança relevante em consequência dos ajustes da fraude. Os contratos de risco sacado e de empréstimo de capital de giro, indevidamente contabilizados na conta de fornecedores, foram reclassificados para endividamento, o que resultou no aumento de R$ 15,6 bilhões na dívida bruta.A companhia explicou ainda que houve a necessidade de reclassificação de todas as dívidas de longo prazo para curto prazo, em decorrência dos efeitos dos demais ajustes, passando, mesmo as mais longas, a serem exigíveis em curto prazo.

 

Tesla diz que Xi agradeceu por presença da empresa na China, durante encontro com Musk


Tesla diz que Xi agradeceu por presença da empresa na China, durante encontro com Musk

Xi se reuniu com Musk e outros "importantes representantes" em uma pequena recepção antes do encontro e "expressou apoio ao desenvolvimento da Tesla na China". (Crédito: POOL/AFP)

 

 Estadão Conteúdoi

 


Oposição ajuíza ação popular para anular contrato do governo Tarcísio com a IFC sobre Sabesp

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Em um novo capítulo da batalha entre a oposição e o governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), tendo no epicentro a privatização da Sabesp, parlamentares da Federação PT/PCdoB/PV ajuizaram uma ação popular questionando o contrato firmado entre o governo paulista e a International Finance Corporation (IFC), que elaborou os estudos a fim de viabilizar a desestatização da Companhia de Saneamento. De acordo com a ação, o contrato foi feito sem o devido processo licitatório e, antes da privatização ser aprovada pela Assembleia Legislativa.

“Caso a Alesp [Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo] rejeite o PL de privatização da Sabesp, o contrato terá sido em vão e todo o dispêndio do orçamento público neste caso desperdiçado”, diz a ação, sobre o segundo argumento.

Sobre o primeiro argumento, que diz respeito ao processo licitatório, a alegação é que existem mais agências financeiras capazes de realizar a operação: “A contratação direta não se justifica e é prejudicial tanto aos cofres públicos do governo e à isonomia que deve seguir este tipo de contratação”, destaca a ação.

O contrato entre a IFC e o governo de São Paulo foi fechado em junho deste ano.

Na ação, os parlamentares são representados pelo advogado Maximiliano Garcez, da Advocacia Garcez, que já objete uma vitória na Justiça quando a oposição conseguiu suspender uma audiência pública que trataria sobre a privatização da empresa, argumentando que o presidente da Alesp, André do Prado (PL), deu um “prazo exíguo” para a divulgação da mesma.

A nova ação possui pedido liminar que tem como objetivo suspender todos os efeitos do contrato, além de solicitar que ele seja decretado como nulo, “tendo seus valores já gastos devolvidos aos cofres públicos”.

Ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Maximiliano Garcez diz que o processo não altera o calendário que está sendo seguido na Assembleia Legislativa com relação à privatização da empresa, mas caso ela seja de fato aprovada, será necessário uma nova rodada de estudos sobre a privatização. Segundo ele, houve uma tentativa do governo de “acelerar artificialmente” o processo.

Já para os autores, o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, e a vice-presidente da CUT-SP, Ivone Silva, “o contrato mostra os desmandos que o governo Tarcísio tenta implementar na tentativa de privatização ilegal da Sabesp”.

Para eles, assinar o contrato antes da votação do projeto de lei, e sem licitação, “mostra descaso com o interesse público e desrespeito à separação dos poderes”.

A ação também é protocolada pelo presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco (Secor), Luciano Leite, pela presidente da CUT-SP, Raimundo Lima e pelos deputados estaduais Rômulo Fernandes (PT), Ana Lúcia Perugini (PT), Emídio de Sousa (PT), Paulo dos Reis (PT), Jorge do Carmo (PT), Eduardo Suplicy (PT), Paulo Fiorino (PT), Márcia Lia (PT), Antônio Madormo (PT), Luiz Ferreira (PT), Márcia Noronha (PT), Enio Tatto (PT), Simão Chiovetti (PT) e Elisabeth Sahão (PT).

 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Igreja alemã perto de ponto de inflexão na perda de fiéis


Levantamento da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD) revela que mais da metade dos alemães se dizem laicos ou desinteressados em religião, e alerta para a necessidade de reformas nas instituições religiosas.A dimensão da crise nas Igrejas cristãs alemãs é maior do que se pensava, segundo um levantamento divulgado nesta terça-feira (14/11) pela Igreja Evangélica da Alemanha (EKD).

O chamado Estudo sobre a Adesão às Igrejas, apresentado no Sínodo da Alemanha realizado na cidade de Ulm, revelou que 56% dos alemães se dizem laicos ou não interessados em religião.

Os autores do estudo alertam que o país se aproximará de um ponto de inflexão se a perda de fiéis não for evitada, embora a Igreja ainda seja vista como um fator social de grande importância no país.

A EKD realiza esse levantamento a cada dez anos desde 1972. Esta, porém, foi a primeira vez que o estudo refletiu as atitudes da população alemã como um todo, com mais de 5 mil entrevistados.

Participaram do estudo, considerado pela EKD como o mais compreensivo já realizado sobre o tema na Alemanha, católicos, protestantes e fiéis de outras religiões, além de pessoas sem determinação religiosa.

O levantamento concluiu que os laços religiosos diminuíram não somente entre os cristãos, mas de modo geral, com 56% dos alemães se dizendo seculares e desinteressados em religião.

Somente 13% se dizem fortemente religiosos, participando com frequência os serviços eclesiásticos.

Entre os muçulmanos, um quarto dos fiéis se diz bastante ativo em sua fé, com a mesma proporção de laicos. Em torno da metade dos muçulmanos são classificados como distantes de sua religião.

A grande maioria das pessoas sem denominação religiosa (73%) deseja que as Igrejas continuem trabalhando em prol dos refugiados, assim como pela aceitação dos mesmos. Esse percentual é de 77% entre os protestantes e de 80% entre os católicos.

Os centro de aconselhamento para pessoas com problemas sociais são bem vistos por 78% das pessoas não religiosas, 95% dos protestantes e 92% dos católicos.

Maioria defende reformas

No caso da Igreja Católica, o representante do grupo de estudos e aconselhamento da Conferência dos Bispos da Alemanha, Tobias Kladen, afirma que há uma queda dramática na confiança na instituição.

Ele destacou o fato de 96% dos católicos afirmarem ser a favor de reformas fundamentais na Igreja para que ela consiga sobreviver no futuro.

Por exemplo, 95% dos católicos alemães se dizem a favor de que seja permitido o casamento para os sacerdotes e 86% defendem as bençãos para os casais homossexuais – questões que a Igreja tem se recusado a aceitar.

O estudo conclui que dois terços dos protestantes e três quartos dos católicos não descartam deixar a Igreja, o que significa um grande contraste em relação aos levantamentos anteriores.

“Se todos esses fiéis de fato saírem nos próximos anos, a Igreja chegará a um ponto de inflexão organizacional”, diz o estudo. Isso representaria um risco à própria existência das Igrejas, ou ao menos das instituições que conhecemos nos dias atuais.

rc/le (AFP, KNA)

 

Haddad: Brasil foi tratado como um país com grau de investimento em emissão de títulos sustentáveis


Ao comentar com a imprensa sobre a emissão, Haddad classificou o resultado como “bastante expressivo”

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o Tesouro Nacional captou US$ 2 bilhões nesta segunda-feira, 13, com o lançamento dos títulos soberanos sustentáveis, a uma taxa de 6,5% ao ano, conforme mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Ao comentar com a imprensa sobre a emissão, Haddad classificou o resultado como “bastante expressivo”.

“É um dado relevante, porque o mercado internacional reconhece o Brasil como se o país tivesse grau de investimento, está cobrando taxa de juros comparável a um país como, por exemplo, o México, que tem grau de investimento. Só para você ter uma ideia, em pouco mais de seis meses, o spread caiu de 280 pontos para 160 pontos. Então caiu bastante o spread pago pelo Brasil do primeiro semestre para cá. E esse spread pago hoje é típico de países com grau de investimento. Independente da avaliação das agências de risco, para o mercado, o Brasil é um país que tem a credibilidade de um país com grau de investimento, uma coisa importante”, concluiu o ministro.

O Broadcast antecipou que o Tesouro Nacional estava monitorando o mercado externo hoje para possivelmente fazer sua primeira emissão de papéis voltados a projetos ESG (de padrões ambientais, sociais e de governança). Depois, o Ministério da Fazenda anunciou a emissão e informou que a captação é liderada pelos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander para os títulos com vencimento em 2031.


Banco do Brasil renegocia R$ 770 mi em dívidas do Fies em quatro dias

Logo do Banco do Brasil - Prefeitura Municipal de Pirassununga

Nos quatro primeiros dias, o Banco do Brasil renegociou R$ 770 milhões em dívidas do Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com o banco, nesse período, foram 14 mil solicitações de negociação de débitos, e 65 mil simulações. A depender das condições do contrato, há desconto de até 100% nos juros e multas, e de 99% no valor da dívida em caso de pagamento integral do contrato.

O BB tem feito as renegociações pelo aplicativo para dispositivos móveis e nas agências físicas. Segundo o banco, 92% das renegociações foram feitas pelos próprios clientes, sem a necessidade de ir a uma agência.

A renegociação das dívidas do Fies começou na última semana, e também envolve a Caixa Econômica Federal. As condições se aplicam a financiamentos contratados até o segundo semestre de 2017, e que estavam em fase de amortização em 30 de junho deste ano. O prazo para a renegociação vai até 31 de maio de 2024.

 

Serasa: 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são de compras em supermercados


Serasa

Levantamento ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país (Crédito: Marcos Santos/ USP Imagens)

A pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, divulgada na última quinta-feira, 9, pela Serasa, revelou que 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são referentes a compras em supermercados.

De acordo com o levantamento, que ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país, sendo 52% homens e 48% mulheres, o segundo maior responsável pelo endividamento com cartão são as compras de produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos, representando 46% das dívidas, e, em seguida, gastos com remédios e tratamentos médicos, com 37%.

As dívidas de cartão de crédito impactam 55% dos brasileiros endividados em 2023, 2 pontos percentuais acima do que era em 2021 e 2022. Nos anos anteriores à pandemia esse índice era ainda maior: 76% em 2018 e 71% em 2019, o que mostra que a volta da rotina fora de casa levou a uma aceleração dos gastos com cartão de crédito.

O estudo também identificou que o brasileiro continua com esperança de honrar com as dívidas, apesar das dificuldades econômicas. De acordo com o levantamento, esse Índice de esperança dos endividados cresceu 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. 

Feirão

Com o propósito de reduzir a inadimplência no Brasil, a Serasa faz em novembro o Feirão Limpa Nome. Até 30/11 os consumidores podem negociar dívidas com até 99% de desconto com mais de 500 empresas, como bancos, lojas, empresas de telecomunicações, entre outras. Pela primeira vez, as concessionárias Neoenergia, Light e Enel também participam da ação.

Para negociar basta acessar o aplicativo ou site www.serasa.com.br.