segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Lula indica Flávio Dino para o STF e Paulo Gonet para comandar a PGR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou nesta segunda-feira, 27, o ministro da Justiça, Flávio Dino, para vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e o subprocurador-geral da República Paulo Gonet para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os dois nomes serão analisados pelo Senado. Quando Dino foi incluído na lista dos prováveis indicados por Lula, senadores da oposição vieram a público protestar, avisando que fariam de tudo para tentar barrar a nomeação.

Dino e Gonet se reuniram com o presidente no Palácio do Alvorada antes de o petista embarcar para Riad, capital da Arábia Saudita, em uma viagem para participar da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Depois, Lula seguirá para a Alemanha, retornando ao Brasil em 5 de dezembro.

As indicações foram encaminhadas para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de acordo com publicação da equipe de Lula no X (antigo Twitter).

Os dois nomes serão sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Após essa etapa, os nomes são submetidos ao plenário da Casa.

Minutos após a confirmação da indicação para o Supremo, Flávio Dino agradeceu a Lula e afirmou que dialogará para ter o apoio dos senadores.

“O presidente Lula me honra imensamente com a indicação para ministro do STF. Agradeço mais essa prova de reconhecimento profissional e confiança na minha dedicação à nossa nação. Doravante irei dialogar em busca do honroso apoio dos colegas senadores e senadoras. Sou grato pelas orações e pelas manifestações de carinho e solidariedade”, disse Dino em seu perfil no X.

Lula se reuniu com ministros do STF

Lula promoveu um jantar no Alvorada, na quinta-feira, 23, com os ministros do STF Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Foi uma tentativa de distensionar o ambiente depois que o Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para restringir poderes da Corte. A PEC contou com o apoio do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o que foi considerado pelos magistrados como uma “traição”.

Dino e o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União (AGU), também estavam presentes ao jantar. Messias e o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, disputavam a vaga do STF com o titular da Justiça. Sob reserva, ministros disseram que, após a saída de Dino e de Messias da reunião no Alvorada, Lula confirmou a eles suas escolhas.

 

Mercado reduz previsão da inflação de 4,55% para 4,53% este ano


Mercado reduz previsão da inflação de 4,55% para 4,53% este ano

Para 2024, a projeção do Copom para a inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. (Crédito: José Cruz/Agência Brasil)

 

Pela terceira semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve redução, passando de 4,55% para 4,53% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (foto) (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,91%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda se situa dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. A última reunião do Copom em 2023 ocorre em 12 e 13 de dezembro.

Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,85% para 2,84%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,05.

 

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

‘Ambiente global é único para o Brasil’, diz JPMorgan




Parcelo Sim ganha adesão de mais sete entidades e chega a 18 participantes

Pagamentos com cartões de crédito crescem 42% no primeiro ...

Lançado na última terça-feira, 21, por associações dos setores de varejo e de serviços, o movimento Parcelo Sim ganhou a adesão de mais sete entidades setoriais, elevando o total a 18 participantes. O movimento surgiu para defender a manutenção do atual modelo do parcelamento de compras no cartão sem juros, em meio aos debates sobre possíveis mudanças no produto.

As novas adesões são da Acelera Varejo; da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviço (Afrac); da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco); da Associação Brasileira de Varejo em Shopping (ABVS); da Aloshop Pernambuco; da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife; e do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Bens e Serviço do Recife (Sindilojas Recife).

“O nosso setor de varejo de material de construção tem uma dependência muito forte na venda, em função dos valores percebidos e da capacidade do cliente, que utiliza essa modalidade de compra para fazer uma obra ou reparação em seu imóvel”, diz em nota o presidente da Anamaco, Geraldo Defalco.

O presidente da Afrac, Paulo Eduardo Guimarães, afirma que o setor de cartões tem hoje tecnologias para manter a estabilidade do crédito. “A inibição regulatória desta modalidade seria uma interferência no mercado com resultados imprevisíveis”, afirma.

“Qualquer tentativa de mexer no parcelado será um desastre para a economia. Temos que cerrar fileiras e defender esse direito. Por isso, decidimos nos unir à campanha Parcelo Sim! Vamos mobilizar a sociedade”, diz Braulio Bacchi, presidente da ABVS.

O varejo, as maquininhas independentes e fintechs são contra impor restrições ao parcelamento sem juros de compras no cartão de crédito. Boa parte dos grandes bancos e alguns bancos digitais argumentam, porém, que o mecanismo é financiado pelo crédito rotativo, que tem juros que, anualizados, ultrapassam os 400% ao ano.

Os setores têm discutido o tema diante da busca do Banco Central (BC), do mercado e do governo pela redução dos juros do rotativo. O BC tem intermediado a discussão e chegou a propor um limite de 12 parcelas para o instrumento, que o varejo não aceita, e que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e boa parte dos associados consideram insuficiente.

Se não houver uma solução de consenso até o final do ano, passa a valer um teto de 100% do valor da dívida original para o rotativo, aprovado pelo Congresso em outubro.

 

Petrobras aprova investimentos de US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028

Ficheiro:Logo petrobras.gif – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

Após uma reunião de duas horas e meia do conselho de administração, a Petrobras divulgou nesta quinta, 23, seu novo plano estratégico, que terá investimento de US$ 102 bilhões, cifra que corresponde a R$ 500,8 bilhões para o período 2024 e 2028. A principal novidade são os aportes em energias renováveis e descarbonização, que correspondem a US$ 11,5 bilhões (R$ 56 bilhões).

O anúncio representa uma ampliação de 30,7% frente ao plano de negócios em vigor atualmente, que soma US$ 78 bilhões (R$ 382,7 bilhões) para o período 2023/2027. Considerado expressivo pelo mercado, o aumento atende a pedidos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que enxerga no incremento dos negócios da Petrobras um vetor do crescimento econômico nos próximos anos.

Segundo pessoas a par do assunto, a reunião do conselho teve um clima ameno e deixou de lado as tensões dos últimos dias, que chegaram a aumentar os rumores de uma troca no comando da estatal. A sensação é a de que o “puxão de orelha” dado por Lula em duas reuniões em Brasília teve efeito. O presidente deixou claro que estava incomodado com as discussões públicas feitas pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

No plano, a maior parte dos investimentos, 73%, ou US$ 73 bilhões (R$ 357 bilhões), segue voltada à exploração e produção de petróleo e gás (E&P). O grosso desse montante será aplicado em atividades relacionadas ao pré-sal, no litoral da região Sudeste. Segundo a Petrobras, em 2028, o pré-sal vai representar 79% da produção total da empresa.

‘Futuro’

No comunicado, a companhia informou que o plano visa preparar a Petrobras para o futuro e fortalecer a estatal, iniciando um processo de integração de fontes limpas, movimento considerado essencial para uma transição energética justa e responsável. “O novo plano será implementado com atenção total às pessoas, à segurança e com respeito ao meio ambiente, perpetuando valor para as gerações futuras, com foco na disciplina de capital e no compromisso de manter o endividamento da companhia sob controle.”

Renováveis

Previsão mais aguardada pelo mercado, os US$ 11,5 bilhões para novos negócios de energias renováveis e iniciativas de descarbonização em cinco anos representam 11,2% do volume total e vão subir gradualmente até 16% em 2028.

O investimento em fontes renováveis foi um dos pontos mais sensíveis para a aprovação do plano estratégico tanto dentro do governo, que representa o controlador, a União, quanto em relação aos acionistas minoritários, representados por 4 dos 11 integrantes do conselho de administração da companhia.

Imprescindíveis aos planos do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de transformar a petroleira em empresa integrada de energia, a inclinação da gestão a fontes renováveis vinha sendo considerada excessiva pelos conselheiros minoritários e mesmo por conselheiros ligados ao ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. Nas discussões, parte do governo chegou a questionar a previsão de investimentos desse tipo fora do País, sob o argumento de que era feito para aprendizagem, apresentado pela diretoria.

Refino

O investimento previsto para o parque de refino e gás natural da Petrobras até 2028 é de US$ 17 bilhões (R$ 83,1 bilhões). Ao longo de 2023, a Petrobras tem empreendido esforços para elevar o fator de utilização de refinarias a fim de aumentar produção e venda de derivados e compensar os efeitos de caixa da nova política de preços do negócio, que abandonou em março o preço de paridade de importações (PPI). A expansão e aumento de eficiência de refinarias existentes incrementam a estratégia.
 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Presidente do BID vê juros no mundo menores à frente, mas não tão mais baixos como no passado


Presidente do BID vê juros no mundo menores à frente, mas não tão mais baixos como no passado

Presidente do BID, Ilan Goldfajn destaca que existem efeitos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas e seus respectivos impactos socioeconômicos. (Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 

Para o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, as taxas de juros no mundo devem cair à frente, mas não para um nível tão baixo como no passado. “O período das últimas três décadas de juro zero, ou negativo, com inflação controlada, foi excepcional; não é para sempre”, avaliou o ex-presidente do Banco Central, durante participação em evento da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi).

O presidente do BID, ressaltou, porém, que parte do atual ciclo de juro alto é resultado de uma questão bastante temporária, com uma inflação que tem demorado a cair, após alguns choques, como a pandemia de covid-19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Aprendemos que demora a cair a inflação. Isso ensina que é preciso ter paciência e persistência”, afirmou Goldfajn.

Desafios da América Latina e efeitos do clima

Para o presidente do BID, a América Latina convive hoje com um “desafio triplo”, que é a crescente demanda por serviços públicos em meio a um cenário de restrição fiscal e crescimento econômico lento.

“Os governantes entram no poder e tem restrições fiscais, alguns com dívidas altas, outros precisando de estabilização e nem todos tem os recursos necessários para atender essa demanda por serviços públicos”, avaliou Goldfajn.

Somado a esse cenário, o presidente do BID destaca que existem efeitos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas e seus respectivos impactos socioeconômicos. “Está claro que as mudanças climáticas já chegaram em todos os países da América Latina”, salientou.

Para Goldfajn, a necessidade de avaliar soluções para conter a emergência climática indica um cenário em que questões globais podem ser resolvidas a partir da América Latina. “É questão de perceber que o mundo precisa da América Latina e do Brasil para resolver problemas globais”, pontuou o presidente do BID, citando a necessidade de iniciativas de controle do desmatamento na Amazônia para controle do aquecimento global. “Você tem uma oportunidade de consolidar a Amazônia Legal, uma grande catalisadora dessa economia de baixo carbono”, destacou.

Insegurança alimentar

Para o presidente do BID, além das questões climáticas, o combate à insegurança alimentar é um outro ponto de atenção e no qual a instituição financeira tem buscado atuar.

“Falta melhor distribuição de alimentos e isso ficou evidente nos últimos anos”, avaliou Goldfajn, citando que houve um aumento de mais de 500% na produção de grãos entre 1977 e 2017. “E o Brasil tem oportunidade para ser o grande exportador de alimentos do mundo.”

 

Embraer prevê “onda” de pedidos de aeronaves E-Jet à medida em que continua sua recuperação


A Embraer prevê uma “onda” de pedidos de sua família de aeronaves E-Jet à medida em que a empresa continua sua recuperação operacional. Segundo executivos da empresa, a demanda por E-Jets está atrasada em relação aos modelos maiores da Airbus e da Boeing, mas em breve as companhias aéreas voltarão sua atenção para preencher a lacuna de segmento de mercado que os E-Jets atendem.

Segundo um artigo do site FlightGlobal, os executivos afirmam ainda que a Embraer está voltando à saúde financeira e corrigindo problemas em sua cadeira de abastecimento e produção, além de se posicionar para desenvolver futuras aeronaves de passageiros de baixa emissão.

Apesar da crise que a empresa enfrentou quando o acordo com a Boeing para venda de sua divisão de aeronaves comerciais foi cancelado, a Embraer está se recuperando financeiramente. A empresa espera um crescimento substancial na produção e na receita nos próximos anos, com a meta de atingir US$ 10 bilhões em receita até 2030.

Enquanto a Embraer enfrenta desafios no curto prazo, continua otimista em relação à demanda futura por seus produtos. A empresa espera que as companhias aéreas valorizem cada vez mais a eficiência dos E-Jets em comparação com os narrowbodies maiores oferecidos pela Airbus e pela Boeing. 

 https://aeroin.net/embraer-preve-onda-de-pedidos-de-aeronaves-e-jet-a-medida-em-que-continua-sua-recuperacao/#google_vignette