segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Grupo CCR anuncia investimentos de R$ 28 bilhões em rodovias e geração de 46 mil empregos

 


Grupo CCR anuncia investimentos de R$ 28 bilhões em rodovias

Além do investimento, o Grupo CCR anunciou a geração de 46 mil vagas de empregos diretos e indiretos em diversas regiões do País (Crédito: Divulgação/Grupo CCR)

 

O Grupo CCR anunciou a geração de 46 mil vagas de empregos diretos e indiretos em diversas regiões do País. O número expressivo é fruto do plano de investimento de R$ 28 bilhões na expansão e modernização de suas concessões rodoviárias, refletindo a importância do setor de construção na criação de empregos, movimentação da economia e geração de renda para a população.

Os recursos estão sendo destinados a uma série de obras do Grupo CCR com o objetivo de trazer mais segurança viária e conforto aos motoristas e passageiros que transitam por suas concessões rodoviárias, melhorando a experiência dos clientes.

“São obras estruturantes, fundamentais para o desenvolvimento do País, especialmente porque ajudam a eliminar gargalos logísticos para o escoamento da produção”, explica o presidente da CCR Rodovias, Eduardo Camargo.

Entre os principais destaques estão a ampliação da capacidade de tráfego da Rio-Santos e da Via Dutra, a instalação de uma ponte e a implantação de vias marginais e faixas adicionais na Rodovia Presidente Castello Branco, a duplicação da Rodovia Raposo Tavares no trecho entre as cidades paulistas de Mairinque, Sorocaba e São Roque, e a duplicação do maior trecho da BR-386, na chamada Estrada da Produção, no Rio Grande do Sul.

Os empregos gerados nas obras do Grupo CCR ajudam a explicar o motivo do setor de construção estar ajudando a reduzir as taxas de desemprego no País. Os números mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam que, sozinho, o segmento contratou cerca de 2,297 milhões de pessoas no acumulado de janeiro a dezembro de 2023, sendo que o saldo líquido entre as admissões e as demissões é positivo em 158,9 mil pessoas (o equivalente a 7,4% de diferença).

Esse porcentual entre admissões e demissões é o segundo maior entre todos os setores da economia da pesquisa, o que indica que a área de construção está mais contratando mais pessoas do que demitindo na comparação com outros setores da economia. “As obras nas rodovias estão contribuindo decisivamente para que a taxa de desemprego no País esteja no nível mais baixo desde 2014, em 7,8%, em linha com o propósito do Grupo CCR de melhorar a vida das pessoas por meio da mobilidade”, completa Camargo.

Principais obras em execução pelo Grupo CCR

Um dos principais investimentos em curso do Grupo CCR é a implantação de vias marginais da Rodovia Presidente Castello Branco (SP-280) entre os km 22,5 e 27 e a construção de faixas adicionais entre os km 27 e 31,6 da pista oeste, no trecho de Barueri, em um dos eixos de maior desenvolvimento econômico do País. Estas obras estão gerando 21.119 empregos diretos e indiretos. Já a construção da nova ponte de acesso a Osasco, no km 15,8 da Castello Branco, está criando outros 6.029 novos postos de trabalho. A obra permitirá acesso direto para a Avenida Fuad Auada e contribuirá para melhorar a fluidez na rodovia.

Por sua vez, as obras de ampliação da capacidade de tráfego da Via Dutra na região metropolitana de São Paulo, entre a capital paulista e o município de Arujá, e na região de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), estão gerando 5 mil empregos diretos e indiretos. Só em São Paulo, são 20 frentes de obras simultâneas que, juntas, estão gerando cerca de quatro mil empregos diretos e indiretos. E no Vale do Paraíba, são outros mil empregos.

Na Raposo Tavares, o Grupo CCR vem investindo na duplicação da rodovia no trecho entre as cidades paulistas de Mairinque, Sorocaba e São Roque, proporcionando mais segurança, conforto e fluidez aos usuários. Apenas as obras entre Sorocaba e Mairinque estão gerando 2.500 empregos, com impacto positivo na economia local.

No Rio Grande do Sul, o Grupo CCR está duplicando 111 quilômetros do maior trecho da BR-386, no centro da chamada “Estrada da Produção”, entre Marques de Souza, na região do Vale do Taquari, e Tio Hugo, no norte do estado. Com prazo de execução de cinco anos, essa obra vai gerar 5,5 mil postos de trabalho na região.

Outro importante investimento planejado pelo Grupo CCR é o aumento da capacidade de tráfego e da segurança na Rodovia Rio-Santos. Entre as obras previstas estão a duplicação de 80 quilômetros de via, construção de mais de 30 quilômetros de faixas adicionais, a implantação de 11 quilômetros de novas pistas marginais e a construção de novos túneis e a adequação dos túneis existentes, além de outras melhorias. Todas essas ações vão gerar 2.840 empregos ao longo do período dos trabalhos.

Em dezembro de 2023, o Grupo CCR investiu o valor recorde de R$ 502 milhões em obras de expansão e melhorias de rodovias, o maior aporte em um único mês neste modal desde a fundação do Grupo, em 1999. Atualmente, a CCR opera 3.615 mil quilômetros de rodovias em cinco estados, por onde circulam cerca de 2,5 milhões de veículos, diariamente.

O volume de R$ 28 bilhões destinado para as concessões rodoviárias faz parte de um plano de aportes de R$ 33 bilhões que a Companhia está executando em suas três plataformas de atuação (Rodovias, Mobilidade Urbana e Aeroportos). Trata-se do maior programa de investimentos da história do Grupo.

Nike pretende cortar US$ 2 bilhões em custos e anuncia demissão de 1.600 funcionários

 

Você sabia que a logo da Nike, quando criada, custou só US ...

A Nike vai cortar 2% de sua força de trabalho global, ou pouco mais de 1.600 empregos. A gigante de roupas esportivas busca reduzir custos e reinvestir suas economias em áreas de grande crescimento, como esporte, saúde e bem-estar.

A companhia, sediada em Beaverton, Oregon, une-se a um número crescente de empresas, incluindo Estée Lauder e Levi Strauss & Co., que anunciaram cortes de empregos nas últimas semanas. “A Nike está sempre no seu melhor quando está na ofensiva”, disse a empresa, em uma resposta por e-mail, confirmando as demissões.

Até 31 de maio de 2023, a Nike empregava aproximadamente 84.000 trabalhadores, de acordo com seu relatório anual. O site do The Wall Street Journal foi o primeiro a relatar os cortes. Em dezembro, a Nike reduziu suas expectativas de vendas anuais para o ano fiscal após relatar resultados do segundo trimestre que ficaram aquém das expectativas da empresa.

A pior perspectiva veio conforme executivos da empresa informaram analistas que têm observado um comportamento mais cauteloso dos consumidores em todo o mundo em um “ambiente macroeconômico irregular”.

Na época, a Nike disse que cortaria até US$ 2 bilhões nos próximos três anos, buscando simplificar a variedade de produtos e aumentar a automação e o uso da tecnologia. Ela disse que a maior parte das economias seria usada para acelerar a inovação e impulsionar a rapidez e a escala de produção.

“Vemos uma oportunidade excepcional para impulsionar um crescimento rentável a longo prazo”, disse o presidente e CEO da empresa, John Donahoe, em um comunicado em dezembro. “Hoje estamos abraçando uma jornada em toda a empresa para investir em nossas áreas de maior potencial, aumentar o ritmo de nossa inovação e acelerar nossa agilidade e capacidade de resposta.” Fonte: Associated Press.

País tem capacidade para elevar oferta de energia solar em 100 vezes, diz diretor da Petrobras

 

É preciso pacto pela redução das contas de luz, defende ...

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Hoje, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação a energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore).

Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.



Faturamento de franquias registra crescimento de 13,8% em 2023

 


MEI: Veja 6 mudanças previstas para 2023

Freepik (Crédito: Freepik)

O faturamento das franquias no Brasil atingiu R$ 240,6 bilhões em 2023, um crescimento nominal de 13,8% em relação a 2022. Em comparação a 2019, na pré-pandemia, o aumento foi de 28,9%. Os dados são da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

O levantamento mostra ainda que o número de redes chegou a 3.311, crescimento de 7,6% em relação a 2022; e o número de empregos diretos gerados atingiu 1,7 milhão, um aumento de 7,1% em comparação ao ano anterior. Já o número de operações de franquias totalizou 195,8 mil, 7,8% superior a 2022.

A taxa média de abertura de novas operações alcançou 17,3% no ano passado, ante 14,9% em 2022; já a taxa média de operações que fecharam foi 5,9%, no ano anterior foi 6%, resultando num saldo positivo de 11,4%, acima dos 9,8% de 2022.

“Os resultados mostram a capacidade de adaptação do setor, principalmente em relação à digitalização e ao ajuste de modelos de negócio. De outro lado, o desejo do consumidor por atividades sociais, principalmente eventos, encontros e confraternizações, movimentou o setor de forma geral, mas principalmente Alimentação e Turismo”, destacou o presidente da ABF, Tom Moreira Leite.

Alimentação – Food Service foi o segmento de franquias que mais cresceu e se destacou com alta de 17,9%, beneficiada pela forte retomada da vida social da população, das vendas por delivery, e da alta do tíquete médio.

Saúde, Beleza e Bem-Estar vêm em seguida, com crescimento de 17,5%, justificado, segundo a ABF, pelo bom desempenho dos segmentos de clínicas de estética, odontologia, óticas e farmácias.

O terceiro maior avanço ficou com Hotelaria e Turismo (16,4%), também beneficiado pela forte retomada das viagens, do aumento do tíquete médio das viagens aéreas, da demanda reprimida, e pelo retorno de eventos e lazer.

As projeções da Associação Brasileira de Franchising para o setor este ano são de um faturamento 10% maior, de expansão das operações em 5,5%; das redes, em 5%; e uma alta de 5,5% no número de empregos diretos gerados.

Maiores do ramo

Entre as Top 10 franquias no país, o segmento de Alimentação continua sendo o mais representativo, com cinco, uma marca a mais que em 2022; e o segmento Saúde, Beleza e Bem-Estar se manteve em segundo, com três marcas.

A Cacau Show (Alimentação – Comércio e Distribuição) manteve a liderança do Ranking ABF das 50 Maiores Redes de Franquias no Brasil por Operação, com um total de 4.216 operações, o que representa um crescimento de 10,7% em relação à edição anterior.

Em seguida, vem O Boticário (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 3.689 operações; McDonald’s (Alimentação – Food Service), com 2.662 operações (variação positiva de 2,50%); Colchões Ortobom (Casa e Construção), com 2.380 operações, e Odonto Company (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.899 operações.

Na sexta vem a rede Lubrax+ (Serviços Automotivos), com 1.741 operações (1,7%), seguida de Subway (Alimentação – Food Service), com 1.574, e AM/PM (Alimentação – Comércio e Distribuição), com 1.540. Depois vem a Óticas Carol (Saúde, Beleza e Bem-Estar), com 1.400 operações, e o Burger King Brasil (Alimentação – Food Service) com 1.331 franquias (5,7%).

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Criptomoedas: bitcoin estende ganhos e analistas já avaliam que preço pode atingir US$ 60 mil

 Menos de 12% dos bitcoins estão em corretoras": dado ...


O bitcoin subiu outra vez nesta quinta-feira, 15, e operava acima de US$ 52 mil perto do fechamento de Nova York, seguindo a tendência altista dos últimos dias. Em meio ao contínuo avanço, analistas já consideram que o ativo pode alcançar a marca dos US$ 60 mil e se aproximar do recorde histórico perto de US$ 70 mil, estabelecido em 2021.

Pouco depois das 17h30 (de Brasília), o bitcoin subia 0,33%, a US$ 52.073,72, e o ethereum ganhava 2,25%, a US$ 2.823,14, de acordo com a Binance.

André Franco, chefe de pesquisa do Mercado Bitcoin, escreve que o maior criptoativo do mundo agora não tem mais nenhuma grande barreira atuando como resistência para novas altas, visto que nesta semana voltou a ter valor de mercado acima de US$ 1 trilhão. Agora, ele sinaliza que o bitcoin pode atingir US$ 60 mil ou mais.

“Porém, a grande questão é que neste caso em específico, por não ter suporte (também de preço) e resistência muito fortes a partir desse patamar, não sabemos até onde essa alta pode parar, nem qual seria o suporte mais interessante”, afirma ele, em análise.

Franco indica que, nesta semana, o preço do criptoativo pode variar, dependendo principalmente do fluxo de entrada de recursos nos ETFs à vista de bitcoin.

Craig Erlam, da Oanda, concorda com Franco, e afirma que, após um grande impulso, não se sabe qual direção o bitcoin pode tomar. Erlam, porém, afirma que o bitcoin deve continuar registrando movimentações expressivas nas próximas semanas.


Justiça indefere pedido da Vórtx para execução de debêntures da Unigel

 Vórtx adquire Capital Aberto para impulsionar educação e ...


A Justiça de São Paulo indeferiu o pedido feito pela Vórtx, empresa que administra as debêntures da Unigel, para dar continuidade aos procedimentos de execução da dívida da empresa.

A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Ludovico Martins, quatro horas após a Vórtx encaminhar duas petições solicitando a execução de dívidas da Unigel e a penhora dos ativos financeiros da Unigel em um prazo de 30 dias.

“Indefiro. Eventuais medidas constritivas somente serão autorizadas após o contraditório”, informou o juiz na decisão.

A disputa sobre o pagamento das dívidas ganhou nova escala após acabar o prazo de 60 dias obtido pela Unigel para suspender qualquer ato de execução de dívidas por parte dos debenturistas.


Contra Google e Microsoft, Zoho aposta no longo prazo

 


Sridhar Vembu, da Zoho, durante evento Zoho Day 24 em McAllen (Crédito: Divulgação)

 

De McAllen, Texas (EUA) *

 

A lista de empresas que fracassaram ao tentar concorrer com Google e Microsoft é grande. Lotus, Netscape, Novell, Sun, Altavista e Lycos são apenas algumas das empresas que – ao longo de décadas – acabaram falindo ou sendo compradas.

Uma exceção a essa lista é a Zoho, que há quase 30 anos oferece apps na nuvem para usuários individuais e pequenas e médias empresas. A companhia de origem indiana concorre diretamente com os pacotes Microsoft 365 e Google Workspace, que dominam o mercado.

Apesar da força dos rivais, a Zoho tem uma trajetória sólida e fechou 2022 com receita bruta de US$ 1 bilhão. É pouco quando comparado aos mais de US$ 200 milhões que empresas como Google e Microsoft faturam por dia. Mas é suficiente para manter uma companhia de 15 mil funcionários, mais de 100 milhões de usuários registrados e mais de 700 mil clientes empresariais pagantes. Segundo Sridhar Vembu, fundador e CEO da Zoho, a receita para se manter saudável em um mercado tão disputado é apostar no “jogo longo”.

“Quando a Zoho começou, em 1994, Microsoft e Apple já eram empresas grandes e com muito poder em seus mercados. E hoje, 30 anos depois, mesmo vivendo períodos de altos e baixos, elas estão entre as maiores empresas do mundo. A Apple domina a área de computação pessoal, enquanto a Microsoft é a mais forte na área de software para empresas. Isso ocorre pois ambas fazem apostas de longo prazo. E isso é o que fazemos na Zoho”, disse Vembu durante o evento ZohoDay, voltado para analistas que ocorreu na semana passada em McAllen (EUA).

Para Vembu, as empresas que dão certo são aquelas que apostam em inovação e mantêm seus custos sob controle. “Vemos muitas startups que têm vida curta. Elas criam serviços totalmente dependentes de grandes plataformas de nuvem, gastam muito em marketing e aquisição de usuários. Tudo na esperança de serem compradas por alguma Big Tech. Mas no fim das contas essas empresas não criam nada de novo, nenhuma tecnologia relevante. E por isso não são compradas por ninguém”, afirmou.

Uma empresa diferente

A Zoho tem algumas características que a diferenciam da maioria das empresas de tecnologia. Para começar, o fundador continua à frente da empresa após 28 anos. Vembu, um indiano de fala calma que usa trajes tradicionais de seu país em apresentações corporativas, não mora no Vale do Silício, mas em uma vila no interior da Índia.

Outra grande diferença entre a Zoho e outras empresas de software é a total ausência de anúncios em seus produtos. Nem mesmo as versões grátis têm publicidade. Essa escolha permitiu que a empresa passasse ao largo das polêmicas sobre privacidade dos últimos anos e mantivesse seu seu modelo de negócio após as aprovações de leis de proteção de privacidade, como a GDPR europeia e a LGPD brasileira.

A Zoho se diferencia ainda por manter seus próprios data centers em tempos de nuvem pública. A empresa tem atualmente 14 data centers e pretende expandir esta área, inclusive com um data center a ser construído neste ano na América Latina, possivelmente no Brasil.

Por fim, enquanto muitas startups procuram um sucesso rápido para fazer seu IPO e lucrarem com venda de ações, a Zoho é uma empresa de capital fechado e pretende continuar assim. “Muitas empresas de capital aberto se submetem a pressões do mercado e acabam não buscando projetos de longo prazo e inovadores”, explica Vembu.

Disputa pelo escritório

O mercado de software de produtividade para empresas fechou o ano de 2022 com US$ 53 bilhões em investimentos em todo o mundo, e deve crescer em média 14% ao ano até 2030, de acordo com dados da consultoria Grand View Research. Este mercado inclui aplicativos de e-mail, comunicação, planilhas, programas de controle financeiro e relacionamento com clientes (CRM), entre outros. Entre as gigantes desse setor estão Microsoft, Google, Salesforce e Intuit.

Com mais de 50 aplicativos online, a Zoho compete com todos esses gigantes. A companhia tem foco maior em empresas de pequeno e médio porte, e trabalha com preços mais acessíveis em relação a concorrentes maiores. O Zoho Workplace, pacote básico de software de produtividade, tem preço de R$ 30 por mês por usuário na sua versão profissional. Para efeito de comparação, pacotes similares da Microsoft e do Google ficam entre R$ 70 e R$ 80.

“Na Zoho privilegiamos a flexibilidade, todos os aplicativos podem ser contratados separadamente ou em pacotes. Não há contratos com multas para saída nem outros mecanismos que ‘prendam’ os clientes aos nossos serviços”, ressaltou Vijay Sundaram, chefe global de estratégia da Zoho.

Por enquanto a cobrança dos produtos da Zoho é feita em dólar, e a cobrança em reais é um dos projetos deste ano da Zoho Brasil. O principal escritório da empresa no Brasil fica em Florianópolis (SC) e comporta cerca de 100 funcionários.

Cautela com IA

Como outras empresas do ramo, a Zoho também investe em integrar recursos de Inteligência Artificial em seus produtos. Mas as soluções são implementadas de forma cautelosa, a fim de evitar brechas de dados dos clientes. “Mesmo nos anos 1990 quando lançamos nossos primeiros produtos, não incluímos anúncios neles por respeito à privacidade dos clientes. E mantemos essa mesma abordagem no uso da IA”, afirma Ramprakash Ramamoorthy, diretor de Pesquisa de IA da Zoho.

Ramamoorthy explica ainda que, como parte da filosofia verticalizada da empresa, a Zoho não usa o ChatGPT nem outros modelos de linguagem natural (LLM) em seus produtos. “Todos os nossos modelos de IA são feitos internamente. Já temos modelos pequenos e médios para executar tarefas mais simples, e estamos desenvolvendo um LLM de maior porte para integrar em nossas ferramentas. Também estamos investindo em processadores e data centers para rodar esse modelo”, diz.

* O jornalista viajou a convite da Zoho