segunda-feira, 10 de junho de 2024

Rio Tinto aumenta participação majoritária em joint venture de fundição de alumínio

 

File:Rio-Tinto-logo.png - Wikimedia Commons

Rio Tinto vai adquirir uma participação adicional de quase 12% na joint venture que supervisiona uma fundição de alumínio australiana, reforçando a participação majoritária da empresa no projeto.

A empresa disse que concordou em comprar a participação de 11,65% da Mitsubishi na Boyne Smelters, que possui e opera a fundição de Boyne Island em Gladstone, na Austrália. A compra eleva a participação da Rio Tinto para 73,5% na joint venture.

Os termos financeiros da venda não foram divulgados. A expectativa é que o negócio seja finalizado no segundo semestre. A Boyne Smelters tem capacidade para mais de 500 mil toneladas métricas de alumínio por ano, segundo o site da Rio Tinto.

Picchetti: No Brasil, devemos ser surpreendidos em 2024 por atividade forte

 

Indicados ao BC criticam erros do passado na política monetária

O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, avaliou nesta segunda-feira, 10, que a tendência é que a atividade econômica surpreenda novamente para cima em 2024, como ocorreu em 2023 e 2022.

Picchetti ponderou que o crescimento não deve ser tão grande quanto o registrado nos últimos dois anos, mas que há possibilidade de revisões para cima nas projeções atuais, para acima de 2%.

Esse cenário, afirmou, ocorre junto com desaceleração da inflação, apesar do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) continuar acima da meta no horizonte relevante da política monetária.

A dinâmica da inflação no Brasil, frisou, tem muito a ver com a de serviços, e nesse momento a inflação de serviços acima da meta é um desafio. Picchetti voltou a mencionar o mercado de trabalho robusto, mas pontuou que não existe transmissão direta da renda para os preços, e que é necessário atenção do Banco Central com esse tema.

Além dessas questões, pontuou o economista, há ainda o desafio adicional da desancoragem recente das expectativas.

Alta da renda

O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central disse que há uma grande incerteza sobre o comportamento do mercado de trabalho no pós-pandemia. No Brasil, é possível que a reforma trabalhista tenha sido responsável por permitir um aumento da renda sem pressão na inflação de serviços, o que seria uma boa notícia para o BC, afirmou.

“Pode ser que isso esteja explicando como o aumento de rendimentos aqui não foi seguido, até agora, por um aumento da mesma proporção da inflação de serviços”, disse. “Se isso for verdade, é uma boa notícia, porque vai mostrar um comportamento benigno do que nos preocupa no BC, que não é aumento de salários, aumento de empregos.”

Ele explicou que a preocupação da autoridade monetária é com os riscos para a inflação. Picchetti participou de um webinar organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na noite de hoje.

Dasa diz que negociação para fusão com Amil está em ‘estágio avançado’

 


Exames de saúde

A Dasa é dona da rede de laboratórios Delboni Auriemo (Crédito: Imagem de MasterTux por Pixabay)

A Dasa confirmou nesta segunda-feira, 10, que está em negociações com a operadora de planos de saúde Amil para uma combinação de negócios e acrescentou que as conversas estão em “estágio avançado”.

Com a fusão, cada empresa deteria 50% do capital da nova companhia, denominada “Ímpar”, segundo fato relevante da Dasa, que é dona de redes de laboratórios como Delboni Auriemo e Lavoisier. A empresa acrescentou que haverá uma transferência de dívida da Dasa para a Ímpar, com o valor atualmente discutido de R$ 3,85 bilhões.

Doze hospitais da companhia de medicina diagnóstica fariam parte da transação, enquanto os hospitais Rede Américas no Ceará e no Rio Grande do Norte, além dos hospitais verticalizados da Amil, não fariam parte do negócio, segundo o documento.

A empresa destacou, contudo, que atualmente não há qualquer acordo ou decisão da administração da companhia aprovando a transação.

“A companhia não pode garantir nesse momento que tal negociação será concluída ou que os termos finais da transação estarão de acordo com as negociações atualmente em curso”, acrescentou.

A Dasa confirmou ainda que recebeu do empresário Nelson Tanure documento visando uma potencial combinação de negócios com a Alliança Saúde, mas esclareceu que não há qualquer decisão da administração da companhia quanto à proposta.

A Amil não respondeu imediatamente a pedido de comentário da Reuters.

Às 13h43 (horário de Brasília), as ações da Dasa subiam 5,13%, a R$ 4,1 cada, durante o pregão na bolsa paulista.

São Paulo privatizará linhas de trens com 17 milhões de usuários/mês

 

Imagens vetoriais Bandeira são paulo | Depositphotos

O governo de São Paulo vai privatizar as linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Está prevista para o próximo dia 19 a primeira de três audiências públicas sobre o processo de concessão. Segundo a Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos, nos encontros o governo vai pedir contribuições e opiniões da sociedade civil a respeito do projeto.

Juntas, as três linhas transportam mais de 17 milhões de pessoas por mês. De acordo com levantamento da CPTM com base em outubro de 2023, a Linha Coral transporta, em um mês, 11,7 milhões de passageiros, a Linha Safira leva 5,4 milhões de pessoas e a Jade, 431,2 mil usuários.

A Linha 11 sai da região central paulistana e vai em direção à zona leste, passando por Poá e chegando a Mogi das Cruzes. A Linha 12 faz um trajeto paralelo, passando por Itaquaquecetuba até Poá. A Linha 13 liga a parte central da capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O processo de transferência das linhas para a iniciativa privada prevê, segundo o governo de São Paulo, a ampliação da Linha Jade, com a construção de dez novas estações. A empresa que assumir essa parte do sistema deverá ainda requalificar a infraestrutura das linhas.

Pendências

Segundo levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), as obras de readequação e ampliação do sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, que deveriam ter sido entregues em agosto de 2015, não foram finalizadas e estão paralisadas.

O contrato para as melhorias do sistema elétrico das duas linhas foi assinado em 2012 com a empresa alemã Siemens, com um valor inicial de cerca de R$ 106 milhões. Ao longo dos anos, após seis aditamentos, de acordo com o TCE, foram pagos R$ 149,4 milhões para execução do contrato.

A CPTM afirma, no entanto, que “obra foi concluída em outubro 2023 e as linhas 11-Coral e 12-Safira operam sem impacto ao passageiro”. De acordo com a estatal, faltam apenas os “ajustes finais” para emissão de documentos de encerramento do contrato, o que está previsto para acontecer no próximo mês de julho.

A Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos diz que “tem estruturado suas novas concessões em trilhos para que haja um período adequado de transição entre a empresa pública e privada, mitigando os riscos na operação”.

Falhas e indenização

Em 2022, as linhas 8 – Diamante – e 9 – Esmeralda – da CPTM passaram a ser operadas pela Viamobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas. Primeiras linhas do sistema de trens metropolitanos de São Paulo a serem privatizadas, ambas apresentaram falhas sucessivas no início da concessão.

Os problemas levaram o Ministério Público de São Paulo a abrir uma investigação sobre o funcionamento das linhas concedidas. Em março de 2023, um relatório da promotoria apontou a necessidade de ações emergenciais para garantir a segurança na Linha Diamante.

No ano anterior, a linha havia registrado dois acidentes. Em março de 2022, um trem bateu contra uma barreira de proteção na Estação Júlio Prestes, na região central paulistana. Em dezembro, a mesma composição descarrilou na Estação Domingos de Moraes, na zona oeste da cidade. Ninguém ficou ferido em nenhuma das situações.

Na curva onde o trem descarrilou constatou-se que os dormentes – peças transversais que sustentam os trilhos – eram parte de madeira e outra parte de concreto, o que gera uma diferença na distância da bitola. Além disso, parte dos dormentes de madeira estava apodrecida.

O parecer elaborado pela área técnica do Ministério Público apontou que o acidente poderia ter sido evitado se as composições já estivessem equipadas com o Sistema de Sinalização e Controle de Trens (CBTC), que faz o controle automático dos trens. Segundo o documento, o sistema havia começado a ser implantado, mas ainda não estava em funcionamento.

Em agosto do ano passado, a ViaMobilidade assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para promover melhorias nas duas linhas e com pagamento de indenização como forma de compensação pelos danos causados pela série de falhas.

O valor total do acordo ficou em R$ 150 milhões, sendo R$ 97 milhões em investimentos em infraestrutura e o restante para outras ações, como construção de escolas e centros educacionais nos municípios que ficam no trajeto das linhas.

Mercado volta a elevar projeções de inflação e vê só mais um corte na Selic em 2024

 


Copom

Mercado volta a elevar projeções de inflação e vê menos afrouxamento em 2025 (Crédito: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

A expectativa do mercado para a inflação voltou a subir na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, 10, com os especialistas vendo também menos afrouxamento na taxa básica de juros em 2025.

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA passou a 3,90% em 2024 e 3,78% em 2025, de 3,88% e 3,77% antes.

Na sexta-feira, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, ressaltou que o Brasil tem tido surpresas positivas no desempenho do mercado de trabalho, mas alertou que evidências mostram que esse cenário pode gerar um processo de desinflação mais custoso e lento.

Para 2026 e 2027, a conta permaneceu respectivamente em 3,60% e 3,50%. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, enfatizou no fim de semana a importância de se observar as expectativas para os preços à frente na condução da política monetária.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Trajetória da Selic

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que eles seguem vendo a taxa básica de juros em 10,25% ao final deste ano, com um último corte na reunião deste mês do Comitê Política Monetária, de 0,25 ponto percentual. A Selic está atualmente em 10,50%.

Mas para 2025 as indicações são de menos afrouxamento, com a Selic estimada agora em 9,25%, de 9,18% na mediana das projeções da semana passada.

Já a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 melhorou em 0,04 ponto percentual, a 2,09%, permanecendo em 2,0% em 2025.

Câmbio

A estimativa para a cotação do dólar no fim de 2024 seguiu em R$ 5,05, ante R$ 5,00 de um mês antes. Para 2025, por sua vez, a mediana passou de R$ 5,05 para R$ 5,09. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020

domingo, 9 de junho de 2024

Conab exige que vencedoras de leilão do arroz comprovem capacidade técnica e financeira

 logo conab - PROEXAMES


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) convocou neste sábado, 8, por meio de comunicado em seu site, as Bolsas de Mercadorias para que comprovem a capacidade técnica e financeira das empresas que arremataram as 263,7 mil toneladas de arroz importado, em leilão realizado na quinta-feira, 6, pela companhia.

Segundo nota da estatal, as empresas foram representadas pelas Bolsas de Mercadorias, e, diante das “dúvidas e repercussões” a partir do resultado do leilão, o presidente da Conab, Edegar Pretto, resolveu tomar a medida. “A transparência e a segurança jurídica são princípios inegociáveis e a Conab está atenta para garantir segurança jurídica e solidez nessa grande operação”, afirmou Pretto, na nota.

Após o leilão, opositores ao governo, sobretudo a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, atualmente senadora pelo Partido Progressistas, por Mato Grosso do Sul, levantaram suspeitas sobre a participação de empresas desconhecidas do mercado e que arremataram alguns lotes. Como mostrou o Estadão, das quatro companhias vencedoras, apenas uma – a Zafira Trading – é uma empresa do ramo. Também arremataram o leilão uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijoe uma locadora de veículos.

Em sua conta no X (ex-Twitter), Tereza Cristina divulgou, inclusive, que pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que fiscalizasse o leilão que qualifica como “milionário” realizado pela Conab. A senadora comentou ainda que “nunca usou” recursos públicos para comprar arroz. O TCU foi acionado pelo partido Partido Novo para apurar e suspender o resultado do leilão.

Ainda na sexta-feira, 7, diante da polêmica em torno do leilão, a Conab divulgou um esclarecimento em seu site, dizendo que o formato do leilão do arroz importado “utiliza as Bolsas de Mercadorias como intermediárias”. E prossegue: “Elas são previamente cadastradas e certificadas pela Companhia e se responsabilizam, sob as penas da lei, pelas propostas que apresentam em nome de seus clientes”.

Além disso, a Conab disse que “cabe a cada uma das Bolsas analisar a capacidade daqueles que representam em leilões oficiais, que são normativamente responsáveis pelos lances que realizam”. Esclareceu, ainda, que “qualquer desrespeito à legislação e às regras do leilão atrai punições”. Advertiu, também, que as Bolsas de Mercadorias “são responsabilizadas caso permitam a participação de empresas que não atendam às exigências do aviso e outras exigências que estão previstas no Contrato de Prestação de Serviço firmado com a Conab”.

“No dia 13 (quando as empresas terão de depositar uma garantia), a gente vai saber exatamente de quem nós estamos falando. Agora, eu não posso falar sobre quem vai ou quem não vai entregar o produto. Eu só tenho uma certeza que eu posso falar para você: a Conab vai fazer três fiscalizações. Prejuízo financeiro para o governo não vai ter nenhum”, afirmou ao Estadão o diretor de Operações e Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos.

Também em nota divulgada no sábado, 8, a empresa Wisley A de Sousa Ltda., que foi a maior arrematadora dos lotes, com aquisição de 147,3 mil toneladas das 263,7 mil vendidas, lamentou que “grupos com interesses contrariados” estejam tentando afetar a imagem da empresa de Macapá (AP) e “deturpar a realidade num momento em que é essencial o País encontrar formas de assegurar o abastecimento de arroz para a população”, disse, a companhia, que atua no Norte do País, acrescentando ainda que tem mais de 17 anos de experiência no comércio atacadista de alimentos e faturamento de R$ 60 milhões no ano passado.

A companhia garantiu, também, que vai fornecer o arroz importado adquirido no leilão “dentro do cronograma estabelecido pela Conab e cumprindo rigorosamente as normas de controle e qualidade”.

Como mostrou o Estadão, quando foi fundada, em setembro de 2006, a mercearia Queijo Minas possuía capital social de apenas R$ 80 mil. No mesmo dia do anúncio do leilão pelo governo, em 29 de maio deste ano, a empresa alterou seu capital social para R$ 5 milhões, e deixou de ser uma microempresa, de acordo com informações da Junta Comercial do Amapá.

Na próxima quinta-feira, 13, a Conab vai reofertar as 36,63 mil toneladas de arroz importado remanescentes do lote inicial de 300 mil toneladas leiloadas no leilão de quinta-feira, 6. Os leilões têm sido realizados pelo governo federal para fazer frente à especulação de preços do grão após as enchentes no Rio Grande do Sul, o maior produtor de arroz do País.


Macron dissolve Parlamento e convoca eleições antecipadas na França

 


Emmanuel Macron, presidente francês, foi o único nome de primeira linha entre os políticos. Saem de cena a pauta global e a questão climática. Entra a tecnologia (Crédito:Halil Sagirkaya/Anadolu/AFP)

 

O presidente da França, Emmanuel Macron, convocou neste domingo (9) eleições legislativas antecipadas para 30 de junho e 7 de julho no país, após a vitória da extrema direita na votação para o Parlamento Europeu.

“Dentro de instantes assinarei o decreto de convocação das eleições legislativas cujo primeiro turno vai acontecer em 30 de junho e o segundo turno em 7 de julho”, anunciou Macron em uma mensagem televisionada, na qual qualificou o “aumento dos nacionalistas e demagogos” como “perigo”.