terça-feira, 2 de julho de 2024

Fintech Revolut chega a 45 milhões de clientes no mundo e quer dar passos mais largos no Brasil

 

Revolut: Fintech Inglês, Rodadas de Investimento e IPO | Tag ...

A fintech inglesa Revolut chegou a 45 milhões de clientes no mundo em junho, acima dos 38 milhões que fechou 2023, mostra balanço divulgado nesta terça-feira, 2. O banco digital, que começou a operar no Brasil no começo do ano passado, não revela números do mercado local, mas afirma passar por um momento “bastante positivo” no mercado brasileiro e quer dar “passos mais largos”.

“Estamos entusiasmados ao ver a adoção de nossos produtos no Brasil e a enorme oportunidade que ainda existe para nós no mercado”, afirma o CEO da Revolut no Brasil, Glauber Mota, em nota à imprensa. No ano passado, o Revolut recebeu autorização do Banco Central para ser uma Sociedade de Crédito Direto, ficando assim regulada no mercado brasileiro. “Estamos preparados para darmos passos mais largos”, completa o executivo.

A fintech teve um receita de US$ 2,2 bilhões em 2023, crescimento anual de 95%, enquanto o lucro antes dos impostos chegaram a US$ 545 milhões. No ano passado, o banco digital adicionou 12 milhões de novos clientes e teve aumento de 38% nos depósitos, para US$ 23 bilhões.

Além dos mercados europeus, o Revolut afirma ver “grande potencial” em novos mercados, como nos Estados Unidos, Austrália, Cingapura, Japão, Nova Zelândia e Brasil. O mercado brasileiro foi o primeiro do grupo na América do Sul. Com isso, a fintech chegou a 38 países.

O Revolut prepara lançamento de operações na Índia e México, este último mercado aliás disputado pelo Nubank, o maior concorrente do Revolut na região, onde é bem maior. O Nubank chegou recentemente a 100 milhões de clientes nos países que opera – Brasil, México e Estados Unidos.

Assim como no Nubank, o marketing ‘boca a boca’ tem funcionado no Revolut: “70% dos nossos clientes chegaram até nós de forma orgânica ou foram indicados por alguém que eles conhecem”, ressalta o banco inglês em seu balanço. Em pequenas empresas, foram adicionadas 20 mil clientes. Ao todo, os clientes fizeram US$ 870 bilhões em transações em 2023, aumento de 58%.

Haddad diz que comunicação melhor sobre arcabouço e BC acalmará mercado

 


Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista a jornalistas em Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que não há possibilidade de o governo mexer no imposto sobre operações financeiras (IOF) em operações de câmbio, e afirmou que a melhor maneira de conter a desvalorização do real ante o dólar é melhorar a comunicação sobre o arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central.

“Não, não há”, respondeu Haddad ao ser questionado por jornalistas em Brasília sobre eventual possibilidade de o governo tomar medidas para alterar a atual regra de incidência do IOF sobre o câmbio para contar a alta da moeda norte-americana.

“Eu acredito que o melhor a fazer é acertar a comunicação, tanto em relação à autonomia do Banco Central quanto em relação ao arcabouço fiscal. Não vejo nada fora disso. Autonomia do Banco Central e rigidez do arcabouço fiscal, é isso que vai tranquilizar as pessoas”, afirmou.

Nesta terça, por volta de 12h20, a divida norte-americana era negociada na casa dos R$ 5,67 para a venda.

As falas de Haddad acontecem após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mais cedo em entrevista à rádio Sociedade, de Salvador, nas quais Lula disse que fará “alguma coisa” para conter a alta do dólar, mas que não adiantaria qual medida seria tomada para não “alertar meus adversários”.

Na entrevista, Lula afirmou também que teria reuniões para tratar do assunto quando retornasse à Brasília na quarta-feira. Haddad, por sua vez, disse que a pauta do encontro que terá com Lula será “exclusivamente uma agenda fiscal”.

“A nossa agenda com o presidente amanhã (quarta) é exclusivamente uma agenda fiscal. Não sei de onde saiu esse rumor (de mudanças no IOF sobre câmbio), mas aqui na Fazenda estamos trabalhando em uma agenda eminentemente fiscal com o presidente”, assegurou o titular da Fazenda.

Nas várias entrevistas a emissoras de rádio de todo o país que tem concedido frequentemente, Lula quase sempre ataca o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a quem acusa de ter “viés político”, e também reclama do fato de ter de esperar o fim do mandato de Campos Neto para indicar um presidente para o BC.

Na entrevista desta terça, Lula também disse que a alta recente do dólar ante o real “não é normal” e afirmou que o que está acontecendo é um ataque especulativo à moeda brasileira, admitindo que a desvalorização da divisa nacional o preocupa.

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou cotado a 5,6538 reais na venda, em alta de 1,13%, no maior preço de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Cresce o mercado de trabalho em estabelecimentos locais com mudanças pós-pandemia

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O varejo de proximidade, caracterizado por estabelecimentos menores e estrategicamente localizados, viu seu mercado de trabalho expandir de forma significativa no Brasil. Segundo a FecomercioSP, baseando-se nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), a variação do estoque de empregos nos chamados “varejos de vizinhança” foi mais de três vezes superior à taxa geral registrada por todo o setor no período de 40 meses.

Durante o período de dezembro de 2020 a abril de 2024, o varejo nacional registrou aumento de 12,1% no número de empregos formais, totalizando 764.056 novas vagas. Em contraste, o varejo de mercadorias – especificamente lojas de conveniência – liderou esse crescimento, com salto de 43,7% no número de vagas, passando de 23.037 para 33.095 novos postos de trabalho, segundo o Caged.

Além das lojas de conveniência, outros segmentos do varejo de proximidade também apresentaram crescimento expressivo no mercado de trabalho. O varejo de doces, balas, bombons e produtos similares registrou aumento de 38,8% no número de empregos, seguido pelos setores de bebidas (38,1%), materiais hidráulicos (34,8%) e elétricos (30,5%).

“Embora o avanço dessa modalidade de comércio já fosse conhecido, a pandemia foi um fator determinante para acelerar os seus efeitos”, apontou a Fecomercio. “A transformação social ocorrida no período, frente à redução da mobilidade de consumidores e aos avanços do home office e do trabalho híbrido, levou o comércio, principalmente dos grandes centros, a se ajustar a essa nova realidade, na qual os consumidores buscam mais praticidade”, completou.

Contudo, a federação de comércio paulista alerta que embora esse tipo de negócio esteja alinhado com as mudanças de hábitos dos consumidores, também há desafios operacionais, em especial no longo prazo. “Ainda que essas lojas trabalhem com margens menos apertadas, elas convivem com um tíquete médio menor valor médio das compras em relação aos negócios maiores, o que traz o desafio de os empreendedores sustentarem também um maior giro de clientes”, finaliza.

Tragédia no RS reforça necessidade de resiliência financeira, afirma diretora do BC

 

Mulher que chega à chefia tem o papel de puxar, estender a ...

A diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do Banco Central, Carolina de Assis Barros, disse nesta segunda-feira, dia 1º, que a tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul reforça a importância de se atingir resiliência financeira.

A afirmação consta em um discurso da diretora em evento da Global Partnership for Financial Inclusion (GPFI), uma iniciativa do G20. O discurso, em texto, foi enviado pela assessoria do BC, já que o encontro, em Fortaleza (CE), é fechado à imprensa.

“A resiliência financeira deve ser, mais do que nunca, um resultado chave buscado por meio de esforços globais relacionados à inclusão financeira e ao bem-estar financeiro”, diz um trecho do discurso.

Ela lembrou que mais de 94% da atividade econômica do Rio Grande do Sul foi afetada pelas enchentes e que o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deve continuar fechado até dezembro. “Infelizmente, sabemos que essa catástrofe não é um caso isolado”, disse.

Barros elencou três iniciativas da GPFI para criar um ecossistema inclusivo e sustentável, que permita às famílias e empresas atingirem a resiliência financeira, a estabilidade e o bem-estar financeiro.

Um dos pontos citados pela diretora foi a preparação de um novo plano de ação para financiar micro, pequenas e médias empresas. Segundo Barros, isso inclui endereçar a “percepção enganosa” de um maior risco associado a elas, adequando serviços financeiros às suas necessidades e melhorando a disponibilidade de dados confiáveis.

“Superar esses desafios requer esforços conjuntos de governos, instituições financeiras e empreendedores”, ela disse.

Outro ponto, segundo a diretora, é avançar na “última milha” da inclusão financeira, criando produtos e serviços com responsabilidade e proteção aos consumidores. Em terceiro, ela citou a importância de se considerar o bem-estar financeiro como um guia para a inclusão financeira.

Cenário para o Brasil é sólido, mas gastos preocupam, diz economista do JP Morgan

 


Cassiana Fernandez, economista-chefe do banco para Brasil e América Latina, conversou com exclusividade com a IstoÉ Dinheiro

 

 

A Selic não deve trazer novidades até o final de 2025. Assim avalia a economista-chefe do JP Morgan, Cassiana Fernandez sobre a taxa básica de juros, que, em suas projeções, deve ficar em 10,50% até o final do próximo ano. Isso porque, o próprio BC indicou no comunicado da mais recente reunião do Copom que, “em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo do horizonte relevante, as projeções de inflação situam-se em 4,0% para 2024 e 3,1% para 2025”.

O que deve continuar mexendo no cenário econômico brasileiro, para ela, é como o governo vai fazer essa “passagem” entre uma situação avaliada por ela como positiva – “os fundamentos da economia brasileira estão bastante sólidos”- para um crescimento do PIB, redução de gastos, redução da dívida pública e a forma de distribuição desse crescimento no país.

Cassiana afirma que o país começou o ano com um momento bastante construtivo para a economia. Com a inflação na meta, com espaço para o BC cortar juros, e com as contas externas muito sólidas. Mas, de abril para cá, alguns eventos importantes ocorreram, que levaram a uma reversão do cenário de 2023.

“Não foi um ator específico, foi uma combinação de todas as coisas acontecendo em sequência em pouco espaço de tempo. Dois meses muito quentes”.

Primeiro, houve uma mudança no cenário externo; o Fed [banco central dos EUA] ia começar a cortar juros em março, mas depois chegou a cogitar um movimento até de alta.

Teve a intervenção direta na Petrobras, como foi comunicada a distribuição de dividendos, a mudança da meta de 2025 – “a equipe econômica surpreendeu e conseguiu manter a meta de 24”.

E aí a decisão dividida do Copom. “Isso foi um agente relevante para o mercado, porque colocou em dúvida a condução da política monetária, até pela forma como tudo foi comunicado; isso em um cenário externo mais difícil, principalmente de 2024-2025 para frente. Acabou levando a uma depreciação da moeda, então coloca em dúvida sobre a dinâmica da inflação”, diz.

E, o outro evento relevante, as enchentes no Rio Grande do Sul. “Um estado responsável por 15% da nossa produção agrícola, [há a expectativa] sobre o que vai acontecer com os preços das commodities, qual vai ser o impacto em atividade econômica e em relação à demanda do aumento dos gastos públicos – o que é justificável”.

E no aumento de gastos que pairam as expectativas sobre o Brasil. “Em alguma coisa vai ter que ceder, pois, cumprindo as regras atuais, seguindo essa dinâmica que estamos vendo [de aumento de gastos], vai precisar cortar outros gastos e começa a ficar preocupante, até o curto prazo.”

Confira a seguir os principais pontos da entrevista:

No balanço entre os dados econômicos, e as expectativas e incertezas do mercado, como avalia a economia brasileira hoje?

Os fundamentos da economia brasileira estão bastante sólidos. O crescimento econômico, o mercado de trabalho bastante sólido, a dinâmica da inflação favorável… o próprio BC fala isso, e, principalmente, a dinâmica das contas externas. Então, os números são bastante sólidos. Até o endividamento das famílias chegou a cair.

Pelos fundamentos da economia, pelo menos até agora, não justifica essa piora na performance do desempenho dos ativos brasileiros.

Quando olhamos o horizonte de investimentos, e quando olhamos médio prazo, também tem muitas oportunidades [para o Brasil], não só a discussão geopolítica, a segurança energética, alimentar, o potencial do Brasil na produção de commodities, tanto em energia, como agricultura, discussão de transição enérgica… há um potencial enorme de investimentos. E olhando o balanço setor privado, os balanços das empresas privadas, não estão tão alavancadas. Ainda é um cenário bastante sólido. Mas ainda temos problemas.

Primeiro, a dívida pública, ainda muito alta. Depois, o crescimento potencial, se haverá, e, então, a distribuição desse crescimento como será.

Temos que analisar a situação como estará em 1-2-3 anos. O problema é essa travessia, se vamos conseguir entregar todo esse potencial, desses investimentos, se vamos materializar isso. E daí a dinâmica no curto e médio prazo para frente começa a chamar a atenção.

O mercado começa a ver uma piora muito grande em relação à percepção da condução da política econômica como um todo, e qual é a sustentabilidade desse cenário que hoje é construtivo. A piora foi principalmente no campo das expectativas.

Mas, por outro lado, tem a questão fiscal, que dá o contrapeso negativo…

Do ponto fiscal, o que incomoda, é que o crescimento real, mesmo que os números fiscais acabaram surpreendendo positivamente, mas foi mais do lado da receita, por mais que o país tenha distorções em relação à arrecadação. O que incomoda é que os gastos, principalmente os mandatórios, que para mudar, precisam de emenda constitucional, que estão crescendo a um ritmo mais forte, gastos com Previdência, Educação e Saúde.

E o que fazer diante desse desafio de impulsionar crescimento, ao mesmo tempo cortar gastos e cumprir com as metas fiscais?

Em alguma coisa vai ter que ceder, pois, cumprindo as regras atuais, seguindo essa dinâmica que estamos vendo [de aumento de gastos], vai precisar cortar outros gastos e começa a ficar preocupante, até o curto prazo.

Por exemplo, a ajuda ao Rio Grande do Sul. Ninguém vai questionar essa ajuda, esse ‘aumento de gastos’. Mas o ponto é saber que em momento de bonança, tem que deixar espaço para as adversidades, ter espaço para política fiscal no contraciclo.

O que deixa os economistas mais preocupados, é que quando está bem, quando tem choque positivo, não vê a dinâmica melhorar nos momentos positivos. Não pode justificar que não cumpriu a meta porque deu ajuda.

A partir de todo esse contexto, vê positivamente a mais recente decisão do Copom, de manter a taxa de juros em 10,50% ao ano?

Nas condições que tinha, foi a melhor decisão possível – e muito bem comunicada. Voltar a ter unanimidade foi muito importante, não só no voto em si, mas no diagnóstico da economia.

O discurso público dos membros desde a última reunião já indicava que eles estavam mais alinhados, e tinham percebido as consequências da reunião dividida.

E vemos a taxa em 10,5% até o final de 2025. O próprio BC coloca que as projeções para a inflação de preços administrados são de 4,4% em 2024 e 4,0% em 2025. ‘Em cenário alternativo, no qual a taxa Selic é mantida constante ao longo do horizonte relevante, as projeções de inflação situam-se em 4,0% para 2024 e 3,1% para 2025‘, diz o comunicado. Logo, se mantiver nessa constante, de 10,50% isso entregaria uma inflação no final de 2025 de 3,1%.

E o dólar para o final deste ano ao redor dos R$ 5,30.

E para os juros nos EUA?

O banco hoje espera um corte em novembro. Ainda temos maior resiliência da inflação, portanto os juros ficarão mais altos.


sexta-feira, 28 de junho de 2024

Programa de transição energética em MG concentra R$ 58 bi em investimento, diz MME

 

Curso para concurso MME - Ministério de Minas e Energia ...

O Ministério de Minas e Energia informou nesta sexta-feira, 28, que o chamado “Circuito Mineiro de Investimentos em Transição Energética” concentra R$ 58 bilhões em aportes que estão sendo feitos nas seguintes áreas: energia elétrica renovável, biocombustíveis e novas linhas de transmissão. O ministro Alexandre Silveira acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agenda no Estado de Minas Gerais.

Desse total, cerca de R$ 31 bilhões estão sendo aplicados neste ano para a geração de energia renovável, abrangendo cidades como Arinos, Jaboticatubas, Montes Claros, Uberaba e outras.

Os aportes em linhas de transmissão somam R$ 23 bilhões em Minas Gerais, que, segundo o Planalto, podem gerar 40 mil empregos para Minas Gerais. O governo considera leilões de transmissão em 2023 e 2024.

Já os R$ 4 bilhões adicionais são para projetos de biometano e etanol em cidades como Limeira do Oeste e Sacramento. Nesse caso, não foi informada a data de início da destinação de recursos.

Nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo federal destinou R$ 565,4 bilhões para a transição e segurança energética, com destinações de recursos já em andamento.

O Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que o Tribunal de Contas da União (TCU) deve terminar em outubro uma auditoria para esmiuçar o nível de maturidade de iniciativas governamentais para a transição energética no país, incluindo o Novo PAC.

Ação da Nike desaba após previsão de queda em vendas e com avanço de novas marcas

 


Logo da Nike em New York

 

As ações da Nike recuavam 15% nas operações pré-mercado nesta sexta-feira, 28, com a previsão de uma queda nas vendas anuais amplificando preocupações de investidores sobre o ritmo dos esforços da gigante do vestuário esportivo para conter perdas de participação de mercado para marcas emergentes como On e Hoka.

A empresa projetou na quinta-feira uma queda percentual de meio dígito na receita fiscal de 2025, em comparação com as estimativas dos analistas de um aumento de quase 1%, pressionando também ações de rivais e varejistas de roupas esportivas na Europa, Reino Unido e EUA na sexta-feira.

A varejista britânica de roupas esportivas JD Sports chegou a cair 6,6% e a Puma da Alemanha perdeu 4%, enquanto a Adidas ficou estável após subir brevemente quase 2%.

Na visão de Tom Nikic, analista da Wedbush, as ações da Nike podem continuar a ser penalizadas até que novas inovações de produtos realmente comecem a se manifestar e a administração recupere a confiança dos investidores.

A Nike reduziu o número de marcas com excesso de oferta, incluindo o Air Force 1, para conter o agravamento do declínio nas vendas, como parte de um plano de corte de custos de 2 bilhões de dólares lançado no final do ano passado.

A companhia deve lançar este ano uma versão Air Max e Pegasus 41 com entressola de espuma feita de ReactX para aumentar a sustentabilidade, respondendo às preocupações com a estagnação da inovação.

A empresa estava “também acelerando as reduções planejadas para nossas três maiores franquias… embora tenhamos trabalho a fazer, estamos muito focados em dimensionar a novidade para compensar essa redução planejada”, disse o presidente-executivo John Donahoe em uma teleconferência após divulgação de resultados.

Avanço de marcas emergentes

As novas marcas de artigos desportivos, incluindo Hoka, Asics, New Balance e On, representaram 35% da participação de mercado global em 2023, em comparação com os 20% detidos durante o período 2013-2020, de acordo com um relatório de pesquisa da RBC divulgado em junho.

“Eles sabem onde estão os problemas, mas estão tendo problemas agora para gerar demanda e será um período de transição que levará algum tempo em diferentes mercados”, disse David Swartz, analista da Morningstar.

A participação de mercado da Nike nos EUA na categoria de calçados esportivos caiu para 34,97% em 2023, de 35,37% em 2022 e 35,40% em 2021, de acordo com GlobalData.