quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Braskem lança polipropileno bio-circular nos Estados Unidos

 Logo Braskem – Logos PNG


A Braskem anunciou nesta quarta-feira, 9, o lançamento do polipropileno bio-circular, vendido sob a marca Wenew, parte de um ecossistema que promove a economia circular. A nova tecnologia utiliza óleo de cozinha usado como matéria-prima e é adequado para contato com alimentos, mantendo as mesmas propriedades e desempenho do polipropileno tradicional.

Segundo a companhia, o lançamento do polipropileno bio-circular visa impulsionar a circularidade na indústria alimentícia, oferecendo um material versátil para embalagens de alimentos, embalagens flexíveis e outros produtos de consumo.

Ainda de acordo com a Braskem, ele já está sendo fornecido para clientes que servem a indústria de restaurantes fast-food, com potencial de expansão para fornecedores de alimentos para varejo e outras empresas alimentícias interessadas em melhorar a circularidade do uso do óleo de cozinha.

O processo de fabricação reutiliza óleo de cozinha usado, seguindo o conceito de balanço de massa e com a colaboração de fornecedores na cadeia de valor para converter matérias-primas bio-circulares em propileno.

Haddad: nos próximos dias, 2 mil sites de jogos vão sair do ar e se tornar inacessíveis

 

Fernando Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 3, que 2 mil sites de jogos de apostas vão sair do ar nos próximos dias por não terem obtido autorização para realizarem operações no País. A última lista divulgada pela pasta mostra que 93 empresas com 205 casas de apostas receberam aval para atuarem no Brasil.

Haddad participa neste momento de uma reunião ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e outros ministros para tratar sobre a regulamentação das bets, diante da escalada de preocupação com o impacto social e econômico dos jogos de apostas online. A declaração do ministro foi gravada pela assessoria do Palácio do Planalto e divulgada à imprensa.

Na fala de abertura, o ministro esclareceu que, até o momento, já foram editadas 10 portarias para regulamentar as operações das bets. “São portarias que falam de questões técnicas, sobre o que é o jogo justo, certificação, questões financeiras, a utilização obrigatória do sistema financeiro, proibição de cartão de crédito, entre outros”, explicou. As portarias também tratam do acompanhamento de usuários, “CPF por CPF”, disse.

Haddad reiterou que os jogos de apostas são um “desafio novo” do mundo virtual e tem sido tratado pelo governo com as melhores técnicas, inclusive bem recebidas pelo setor e por especialistas da área. Ele disse ainda que, para além do que vem sendo tratado pela Fazenda, é preciso ouvir os demais ministérios, como Desenvolvimento Social e Saúde, para concluir o processo de regulamentação.

O ministro também voltou a dizer que a equipe econômica começou a enfrentar uma situação que já estava dada pelo governo anterior, em referência à disseminação dos jogos de apostas.

“A legalização aconteceu em dezembro de 2018, portanto, quatro anos antes da sua posse (de Lula). Não havia a compreensão de que isso pudesse se transformar num problema social como se transformou. Durante quatro anos (de governo Bolsonaro), apesar da lei fixar prazo para regulamentação de dois anos prorrogáveis por mais dois, nada foi feito e nada foi cobrado, a rigor”, comentou Haddad.

Ele lembrou que o governo tentou regulamentar os jogos online via medida provisória no início do ano passado, mas a proposta caducou. Em seguida, a equipe econômica enviou um projeto de lei, que foi aprovado com seis meses de prazo para a entrada em vigor da regulamentação infralegal.

Em reunião com Lula, montadoras anunciam que Salão do Automóvel vai voltar em 2025; veja datas

 


Salão do Automóvel

Última edição do Salão do Automóvel foi em 2018 Foto: Divulgação

O Salão do Automóvel de São Paulo irá voltar, anunciou nesta terça-feira, 8, o presidente da Anfavea, a associação das montadoras do País, Márcio Leite. A notícia foi dada durante reunião da entidade com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entusiasta do retorno do evento e que também fez o anúncio pelas redes sociais. A última edição aconteceu em 2018 e Lula já chegou a pedir publicamente o retorno do encontro neste ano, mais de uma vez. Segundo a Anfavea, o Salão do Automóvel já está confirmado para os dias 22 de novembro a 1º de dezembro no reformado Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

“O presidente Lula sempre nos desafiava e dizia como vocês querem exportar se vocês não apresentam o que vocês sabem fazer de melhor. E isso sempre foi um debate muito grande, dentro das nossas discussões com os produtores, e realmente entendemos que nós vamos voltar, voltar com o brilhantismo”, disse Leite.

A declaração na reunião foi divulgada pelo Palácio do Planalto. Segundo a assessoria da Anfavea, estavam presentes na reunião os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Casa Civil, Rui Costa; do Trabalho, Luiz Marinho; e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e doze CEOs de montadoras.

O setor automotivo já anunciou em 2024 investimentos que somam R$ 130 bilhões ao longo dos próximos anos. Na reunião com Lula, o presidente da Anfavea voltou a citar que esse número pode ser ainda maior. “Os nossos investimentos já ultrapassam R$ 130 bilhões, com potencial para aumentarmos muito mais”, disse.

Segundo a Anfavea, o foco do Salão do Automóvel passará a ser total nos produtos, na experiência com test drives, nos serviços aos clientes, e sobretudo nas novas tecnologias de propulsão “ambientalmente amigáveis”, de segurança e de conectividade entre carro e motorista, além da conexão entre veículos e o seu entorno.

“O modelo da exposição deve seguir os padrões da CES Las Vegas e dos reconfigurados Salões de Pequim, Munique e Detroit, todos eles visitados recentemente pela Anfavea”, disse, em nota, a entidade. A expectativa é de que Leite faça na próxima semana uma visita oficial ao Salão de Paris, “na busca contínua pelas melhores práticas de exposição, dentro dos conceitos de mobilidade do futuro”, informou a associação.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

Cyrela e J. Safra lançam projeto imobiliário de luxo em colaboração com a Armani em SP

 


Armani

Este será o primeiro projeto em SP assinado pela marca italiana (Crédito: Divulgação)

A Cyrela e J. Safra Properties apresentaram nesta terça-feira, 8, o projeto Vista Cyrela Furnished by Armani/Casa, um empreendimento imobiliário de luxo que conta com a grife italiana como parceira. 

O empreendimento será residencial estará entre os mais altos da capital paulista, alcançando 206 metros de altura. O lançamento oficial está previsto para o mês de outubro e ele ficará no bairro do Morumbi. 

O projeto prevê a construção de duas torres independentes, com unidades que variam de 350 a 520 m², e coberturas variando de 700 a 850 m², além de amenities em seus ambientes internos e externos. Toda a escolha dos móveis, acessórios e tecidos foi realizada em colaboração entre a Cyrela e a italiana Armani/Casa. Esse é o único projeto que a marca tem no mercado imobiliário de São Paulo. 

O Valor Geral de Vendas (VGV), cálculo que leva em conta a soma do potencial de vendas de todas as unidades do edifício, ultrapassa os R$ 700 milhões. O preço de cada apartamento não foi divulgado. 

PGR diz ao Supremo que é a favor do desbloqueio do X no Brasil

Quem é Paulo Gonet, indicado de Lula para a PGR


A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta terça-feira, 8, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é a favor do retorno do X (antigo Twitter).

Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirma que, com o pagamento das multas, não há mais razão para manter o bloqueio.

Gonet conclui que os fundamentos que justificaram a suspensão foram superados e que, neste momento, não há motivos que impeçam as atividades da empresa.

Cabe agora ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza o retorno da rede social no Brasil.

O bloqueio do X foi decretado por Alexandre de Moraes em 30 de agosto e, posteriormente, confirmado pela Primeira Turma do STF. A rede social saiu do ar porque fechou o escritório no Brasil e se recusou a manter um representante que pudesse responder pelas operações e receber notificações judiciais.

O X também foi multado por descumprir decisões do STF para suspender perfis e por burlar a decisão que tirou o aplicativo do ar. A plataforma precisou desembolsar R$ 28,6 milhões para cobrir as multas. O pagamento atrasou a decisão sobre o retorno da rede social.

Segundo Moraes, o dinheiro foi depositado na conta judicial errada, embora a plataforma tivesse “pleno conhecimento” da conta correta. O X, por sua vez, alegou que o pagamento foi feito por meio de uma guia de depósito judicial – uma espécie de boleto bancário – emitida pela Caixa Econômica por orientação do próprio STF. O ministro preferiu aguardar a transferência do dinheiro para a conta correta antes de tomar uma decisão.

As multas do X:

– R$ 10 milhões por descumprir, em dois dias (19 e 23 de setembro), a decisão que determinou a suspensão da plataforma no Brasil. O X usou IPs dinâmicos, o que permitiu que o aplicativo voltasse a funcionar temporariamente para alguns usuários brasileiros;

– R$ 300 mil por dificultar o recebimento de intimações judiciais. A multa foi imposta à advogada Rachel de Oliveira, representante legal do X;

R$ 18,3 milhões por descumprir decisões do STF para suspender perfis investigados por espalhar fake news, discurso de ódio e ataques às instituições.

Por 66 a 5, Senado aprova Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central

 


Gabriel Galipolo, indicado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para liderar o Banco Central do Brasil, participa de uma reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal brasileiro em Brasília (Crédito: REUTERS/Adriano Machado)

Em votação em regime de urgência, Gabriel Galípolo foi aprovado pelo plenário do Senado como novo presidente do Banco Central na tarde desta terça-feira, 8. Foram 66 votos a favor, cinco contra e nenhuma abstenção dos presentes. O mandato do economista a frente da autarquia inicia em janeiro de 2025 e segue até dezembro de 2028.

A aprovação de Galípolo ao cargo ocorre no mesmo dia em que o futuro presidente do BC passou por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Congressistas fizeram perguntas sobre diversos temas, como a autonomia do órgão e eventuais pressões que possam surgir por parte do presidente Lula. Sua indicação foi aprovada pelo CAE por unanimidade.

Responsável pela indicação de Galípolo ao cargo, Lula fez críticas ao atual patamar de juros em diversos momentos. O economista porém afirmou na sabatina que as críticas nunca se tornaram coação. “Seria muito leviano de minha parte dizer que o presidente Lula fez qualquer pressão sobre qualquer tipo de decisão”, disse.

Galípolo também defendeu os juros altos brasileiros atuais, em 10,75% ano ano. “Como ao BC não cabe correr risco, a função dele é ser conservador, com a taxa de juros no patamar necessário para atingir a meta [de inflação] definida.” Veja mais frases do economista na sabatina do CAE.

Lula sanciona Combustível do Futuro, que promete destravar R$ 260 bi em investimentos

 


Avião da Air France é reabastecido com SAF

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sanciona nesta terça-feira a lei do projeto Combustível do Futuro, que promete destravar investimentos de 260 bilhões de reais e evitar emissões de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2037, de acordo com avaliação do Ministério de Minas e Energia divulgada antes da cerimônia.

O programa aprovado pelo Congresso Nacional cria novas indústrias verdes no Brasil, sendo considerado pelo governo como o “maior” projeto de descarbonização do setor de transportes.

“Os avanços que teremos em razão dessa lei são inéditos, introduzindo o combustível sustentável de aviação (SAF) e o diesel verde à matriz energética, e descarbonizando setores que contribuem significativamente para a poluição do planeta”, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em comunicado.

O projeto aprovado na Câmara, além de incentivar a produção de novos combustíveis, como SAF e biogás, deverá facilitar um aumento da mistura de etanol na gasolina e biodiesel no diesel, impulsionando indústrias como as de cana-de-açúcar, milho e soja, que já respondem por parcela significativa do consumo de biocombustíveis no Brasil.

A elevação da mistura de biodiesel no diesel para 25% até 2035, ante os atuais 14%, conforme prevê a Lei Combustível do Futuro, vai exigir um volume de óleo de soja 296% maior que as 4,8 milhões de toneladas que o país usou para fabricação do biocombustível em 2023, quando a mistura estava em 12%, de acordo com cálculos da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

No Brasil, a produção de biodiesel é majoritariamente feita a partir de óleo de soja, que responde por mais de 70% do total das matérias-primas utilizadas.

Para que seja possível alcançar aquele nível de produção que o aumento da mistura pode requerer até 2035, serão necessários investimentos de 52,5 bilhões de reais em novas usinas e esmagadoras de soja, disse a Abiove, entidade que reúne as tradings e processadoras de oleaginosas.

Nesse cenário, a produção de biodiesel consumiria 19 milhões de toneladas de óleo de soja por ano até 2035, contra 5,9 milhões de toneladas estimadas pela Abiove em 2024.

Para atingir esse volume, será preciso instalar 47 novas esmagadoras e mais 33 usinas de biodiesel. O país conta hoje com 132 unidades de esmagamento e 57 fábricas de refino e envase de óleo de soja, conforme dados da Abiove.

“A sanção do PL dos Combustíveis do Futuro é um marco no combate às mudanças climáticas…, a descarbonização da matriz de transporte no Brasil é um passo decisivo para a redução das emissões de gases de efeito estufa”, disse CEO da produtora de biodiesel Binatural Energia, André Lavor.

Segundo ele, o setor de biodiesel contribuirá com a redução de mais de 320 milhões de toneladas de CO2 nos próximos 10 anos, com o aumento progressivo da mistura para 25% de biodiesel no diesel.

Ele citou ainda a agregação de 412 bilhões de reais ao PIB e uma economia de 10,5 bilhões de dólares em importações de combustíveis fósseis, como o diesel, já que o biodiesel comporá uma parcela maior do produto vendido nos postos.

Além disso, pelo texto aprovado no Congresso, o novo percentual de mistura de etanol anidro na gasolina poderá variar entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol.

O projeto será sancionado nesta manhã durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, na Base Aérea de Brasília, que abriga uma exposição de equipamentos e veículos que utilizarão biocombustíveis como o SAF e o BioGLP.

Na exposição, os visitantes poderão conferir aeronaves das principais companhias e montadoras que atuam no país. Também serão expostos caminhões, tratores, escavadeiras, colheitadeiras, ônibus e veículos de passeio que poderão utilizar combustíveis renováveis.