segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Teixeira: Congresso pode permitir revolução dos bioinsumos no País

 Portal Vermelho participa de entrevista com ministro Paulo Teixeira -  Vermelho


São Paulo, 28 – O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou a importância da transição para uma agricultura de base biológica no Brasil durante participação no Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês), Segundo o ministro, apesar do avanço do setor em direção a práticas mais sustentáveis, ainda há barreiras para a adoção dos bioinsumos. “Há no Congresso Nacional uma tentativa de engessar essa mudança, dando aos bioinsumos o mesmo status dos agrotóxicos”, afirmou.

Teixeira apelou para que o Congresso Nacional apoie a expansão do uso de bioinsumos no País. “É importante que o Congresso legisle no sentido de permitir essa revolução dos bioinsumos no Brasil, para que possamos garantir uma alimentação mais saudável para a população”, declarou.

O ministro também mencionou o papel da agricultura familiar no desenvolvimento sustentável, observando que as oportunidades de integração produtiva são fundamentais para a recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento da pecuária sustentável. “Empresas nos procuram para trabalhar em assentamentos, em parcerias para que esses locais ajudem na recuperação de áreas e promovam a criação de gado de forma sustentável”, comentou. Ele também destacou a crescente demanda por florestas produtivas, uma iniciativa que produtores de cacau, açaí e café já estão explorando para fortalecer seus negócios e atender ao mercado de bioativos.

Ele reforçou a necessidade de inclusão tecnológica para o agricultor familiar “O agricultor quer ter acesso a tecnologias: internet, drones, estufas, sistemas modernos de irrigação e novas sementes”, explicou o ministro, ressaltando o “desafio brasileiro de integrar o que há de mais avançado com aqueles que ainda lutam pela sobrevivência”.

Mercadante: recurso aprovado para setores-chaves supera o acumulado nos 4 anos anteriores

 Aloizio Mercadante – Wikipédia, a enciclopédia livre


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta segunda-feira, 28, que, em menos de dois anos de sua gestão, o total de recursos aprovados para setores-chave da economia brasileira superou o volume acumulado nos quatro anos do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Na indústria, na agricultura e na infraestrutura, nós aprovamos mais crédito nesses últimos dois anos do que nos quatro anos anteriores”, declarou Mercadante, no 7º Fórum Brasil de Investimentos (BIF, na sigla em inglês) que a ApexBrasil realiza na capital paulista.

Ele disse que estão previstos “anúncios importantes” de investimentos até o fim do mês. “O Brasil deve crescer 3,1% este ano, segundo as projeções. Quem está liderando esse crescimento é a indústria, e o investimento voltou”, afirmou. “O consumo ocupa a capacidade produtiva das empresas, e o que vem depois é investimento.”

Mercadante lembrou que o mercado de trabalho está aquecido, produzindo a maior massa de salários da história do País.

“Quero parabenizar o Ministério da Fazenda pelo esforço. De vez em quando a gente tem arranca-rabo, mas isso faz parte”, brincou Mercadante.

O presidente do BNDES voltou a mencionar a necessidade de um corte de gastos de governo para endereçar expectativas e “resolver a taxa de juros”. “Acho que temos todas as condições de atingir grau de investimento, o governo tem que cortar gastos e reverter as expectativas”, discursou.

Recado da urna no Brasil foi derrota da extrema direita, avalia Paulo Pimenta

 Paulo Pimenta na Voz do Brasil | Agência Brasil


O ministro da Comunicação, Paulo Pimenta, disse que o principal recado da urna nas eleições municipais encerradas ontem foi a “derrota da extrema direita”. Ele destacou que nenhum dos ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL) – Alexandre Ramagem, Marcelo Queiroga e Gilson Machado – se elegeram. Ele deu as declarações em entrevista à GloboNews na tarde desta segunda-feira, 28.

Ele ressaltou um aumento no número de votos recebidos para prefeito em relação a 2020 – de 6,9 milhões pra 8,9 milhões de votos – e disse o governo “sai fortalecido desse processo eleitoral”. O ministro também avalia que o PT não fez alianças erradas nos municípios onde o candidato apoiado pelo partido perdeu.

“Não tivemos candidatos em Curitiba, em São Paulo, no Rio, Salvador, Recife, Belém. É evidente que, se o PT tivesse lançado candidatos em todas essas cidades, a votação nominal seria muito maior. Mas um partido que é governo não pode só pensar em uma estratégia de votos nominal do partido. Todas as vitórias de nomes que não são petistas, são estratégicas e fundamentais para o governo”, afirmou.

Pimenta acrescentou que “grande parte dos prefeitos eleitos por partidos da base do governo tem compromisso com nosso projeto”, em referência a políticos de partidos como MDB, PSD e Republicanos.

Valdemar Costa Neto: Vou me reunir com Arthur Lira para trabalhar na anistia

O novo inimigo político eleito por Valdemar

O presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, afirmou que vai trabalhar pela anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que ele possa concorrer ao cargo de Presidência da República em 2026, em entrevista à GloboNews nesta segunda-feira, 28. “O que eu vou pedir para o Arthur (Lira, presidente da Câmara dos Deputados) hoje? Para ele tocar o processo da anistia que está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania)”, disse.

Segundo o ex-deputado, Bolsonaro é o maior cabo eleitoral da extrema-direita e Lira vai tentar “falar logo” com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

“Se ele não conseguir, eu até tive uma ideia hoje: Arthur, conversa com o Supremo. Vê se não dá para abaixar a pena desse pessoal de 17 anos, que é tudo gente que estava com pedaço de pau, não era assaltante”, continuou o ex-deputado sobre os golpistas de 8 de janeiro. “Pena de 17 anos é muito e tem muita gente presa ainda.”

O presidente também defendeu que é preciso “habilidade” para que o PL se aproxime de outros partidos, para que expanda suas alianças para além da extrema-direita em meio à postura errática de Bolsonaro. “Há gente no PSB que defende nossas pautas. Muita gente do PT no Nordeste defende nossas pautas”, afirmou.

Questionado se Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais na gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e presidente do PSD, que foi o partido que mais elegeu prefeituras, estaria mais feliz que ele, Valdemar da Costa Neto respondeu que o adversário elegeu mais prefeituras, mas vai governar menos pessoas que o PL. “Eles fizeram muitas prefeituras pequenas. … Kassab quis ter o maior número de prefeitos para ter força com Lula (PT) e Tarcísio”, disse.

BNDES aprova R$ 37,6 mi para a Geo bio gas&carbon para expandir a produção de biometano no PR

 

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta segunda-feira, 28, ter aprovado um financiamento de R$ 37,6 milhões para a Geo bio gas&carbon, conforme antecipado pela Coluna do Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Os recursos serão investidos em projeto para a ampliação da produção de biometano e de biogás na unidade fabril de Tamboara, no Paraná.

“O apoio do BNDES foi determinante para essa usina ser implementada, assim como está sendo este novo financiamento, que permite à Geo dar um grande passo na ampliação de sua carteira de projetos para produção de biometano. E, principalmente, contribui na transição energética e na implementação das metas de descarbonização determinadas pela Lei do Combustível do Futuro. O aumento da oferta de biometano também vai permitir interiorizar a oferta de gás, de origem renovável no País”, declarou Alessandro Gardemann, CEO da Geo, em nota do banco de fomento.

O BNDES apoiou a fábrica de Tamboara ainda no início do projeto, em 2010, por meio de uma linha de financiamento à inovação. A unidade foi inaugurada em 2012, tornando-se a primeira fábrica de produção comercial de biogás em larga escala no Brasil a processar resíduos da produção sucroenergética (torta de filtro, vinhaça e palha), informou o BNDES.

O novo crédito aprovado contará com R$ 33,6 milhões do Fundo Clima e R$ 3,9 milhões do Finem Padrão B, linha destinada à aquisição de máquinas e equipamentos importados novos que não tenham similar nacional. O projeto prevê um investimento total de R$ 41 milhões.

Venda de iPhone 16 é proibida na Indonésia devido a problemas de investimento

 Apple apresenta iPhone 16 e iPhone 16 Plus - Apple (BR)


A Indonésia bloqueou as vendas de aparelhos iPhone 16 da Apple devido ao que as autoridades dizem ser o não cumprimento das exigências de investimento local por parte da empresa.

A unidade local da Apple, a PT Apple Indonesia, “não cumpriu seu compromisso de investimento”, conforme exigido para poder vender o novo modelo do iPhone no país do sudeste asiático, disse o Ministério da Indústria em um comunicado na sexta-feira, 25.

Segundo a mídia estatal Antara, o ministro da indústria da Indonésia, Agus Gumiwang Kartasasmita, disse que o investimento da Apple é de 240 bilhões de rupias, menos do que os 1,71 trilhão de rupias (cerca de US$ 108 milhões) necessários para obter a licença de venda do iPhone 16.

Os outros produtos da Apple não estão sujeitos à proibição. A gigante de tecnologia não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Setor de construção avisa que imóvel novo vai ficar mais caro; entenda

 


Trabalhador de construção civil (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Quem for comprar um imóvel novo vai se deparar com preços maiores ao longo dos próximos meses, avisou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia. A situação reflete a escalada nos custos das obras, segundo ele.

“A situação vai gerar o repasse de custo maior para o preço dos imóveis. Quem for comprar a casa própria vai encontrar preços maiores. Não tem jeito, as empresas têm que preservar as margens (de lucro)”, disse Correia, em entrevista à imprensa após apresentação de dados do setor.

A economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, apontou uma tendência de alta nos custos de construção. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) já subiu 5,48% nos últimos 12 meses encerrados em setembro, enquanto a inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), avançou 4,42% no mesmo período. “Ou seja, o custo de construção está acima da inflação do país”, enfatizou Vasconcelos.

Por que o setor está mais caro

O setor de construção está com uma demanda aquecida por mão de obra, mas tem faltado trabalhadores qualificados, o que gera uma elevação nos salários. Com isso, a componente ‘mão de obra’ dentro do INCC subiu 7,7% nos últimos 12 meses, pressionando os custos setoriais.

Além disso, os custos dos materiais de construção voltaram a subir nos últimos meses, configurando uma tendência de alta, apontou Vasconcelos. Ao longo de 2023, os materiais vinham mostrando deflação, mas essa tendência se reverteu. Os itens passaram a subir rapidamente desde março, chegando a 3,89% nos últimos 12 meses. “O custo com material vem registrando aceleração e volta a preocupar o setor construtor”, disse a economista.

Atualmente, as maiores preocupações para o empresário da construção são, nesta ordem: carga tributária elevada; custo e/ou falta de mão de obra qualificada; e taxa de juros elevadas. A economista comentou que o ciclo de alta da Selic, iniciado recentemente, também passa a pressionar o custo do financiamento para o setor. “Esses fatores formaram uma ‘tempestade perfeita’ para o setor da construção”, enfatizou.

Dificuldade de fazer o repasse

O presidente da CBIC alertou que há incorporadoras com dificuldade de encaminhar o cliente para o financiamento bancário no momento de entrega das chaves do imóvel vendido na planta. A situação, segundo ele, decorre, da elevação dos juros no País e da falta de recursos para abastecer os financiamentos. “Tem muito empreendimento com dificuldade de fazer o repasse”, disse Correia.

Diante dessa situação, o presidente da CBIC reiterou o pleito para que ocorra a liberação dos depósitos compulsórios dos bancos e o seu direcionamento para o crédito imobiliário. Essa medida serviria para amenizar a situação de aperto até um momento mais favorável nos próximos, quando há expectativa de uma possível redução dos juros.

A proposta consiste na redução de 5% no compulsório bancário com o objetivo de direcionar o dinheiro para os financiamentos de imóveis. Essa sugestão foi encaminhada para a autoridade monetária no início de 2023 pelos representantes do setor da construção, entre eles Abrainc, CBIC, Secovi e Sinduscon. Ao longo do ano, os bancos aderiram, sob liderança da Abecip.

O Banco Central (BC), entretanto, não tem indicado apoio. “O BC entende que não é um remédio definitivo”, comentou Correia.

Por trás dessa movimentação está a preocupação com os juros altos do crédito imobiliário, que inibem lançamentos e vendas. Uma das razões para isso é o encarecimento das fontes de recursos que os bancos usam para conceder empréstimos.

Os últimos anos foram marcados por perda de recursos das cadernetas de poupança — fonte de recursos com menor custo para o crédito — e a necessidade de utilização de outras fontes de mercado pelos bancos, geralmente atreladas ao CDI.