quarta-feira, 6 de novembro de 2024

lSelic de volta a 11,25%? Copom deve acelerar ritmo de alta dos juros nesta quarta; entenda

 


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Integrantes do Copom (Crédito: Divulgação/ Banco Central)

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira, 6, a partir das 18h30, a nova taxa básica de juros. A expectativa é de que o BC irá acelerar o rimo de alta da Selic, com uma elevação de 0,50 ponto percentual (p.p.), passando dos atuais 10,75% para 11,25% ao ano.

Confirmada a expectativa, será segunda alta seguida nos juros e a Selic voltará ao patamar que vigorou entre fevereiro e março deste ano, quando o ciclo ainda de queda. Após passar um ano no nível de 13,75% ao ano, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, e em setembro foi anunciado um corte de 0,25 ponto.

A visão sobre a decisão de aumento de 0,50 ponto é praticamente unânime no mercado. Em pesquisa com gestores de carteiras, traders, economistas e estrategistas de instituições financeiras, o BTG Pactual identificou que essa é a projeção de 94% dos entrevistados.

Praticamente metade dos entrevistado também destacou que o comunicado do Copom deve vir com um trecho frisando que “esse ritmo é visto como compatível com o compromisso de convergência da inflação à meta”. Ou seja, a expectativa é que a Selic encerre o 2024 em 11,75% ao ano.

Vale explicar que, com a elevação de juros, o BC visa controlar a inflação e mantê-la dentro da meta. Em contrapartida, juros básicos mais altos se traduzem em um custo de capital mais elevado, que afetam especialmente companhias que visam crescimento e tomam dívida. Além disso, dívidas e financiamentos atrelados ao CDI também encarecem.

Trajetória da Taxa Selic
Trajetória da Taxa Selic (Crédito:Reprodução/Banco Central (BC))

Por que os juros voltaram a subir?

Os motivos que devem fazer o Banco Central elevar os juros em uma magnitude maior do que a reunião anterior são, basicamente, dois: desancoragem das expectativas de inflação e risco fiscal.

Conforme a última edição do Boletim Focus, a projeção do mercado para inflação de 2024 subiu ainda mais além do teto da meta para o IPCA, de 4,55% para 4,59%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Sobre o fiscal, as sinalizações recentes do governo tem piorado expectativas de mercado sobre o controle da dívida pública, ocasionando uma pressão no câmbio, que saiu de R$ 5,45 na última reunião do Copom para quase R$ 5,90 nos últimos dias – o que que também impacta na inflação, dado que há uma série de produtos da cadeia de suprimentos que são dolarizados, além dos importados e de itens como passagens aéreas.

Além disso, há um ceticismo sobre a manutenção da regra vigente, o chamado arcabouço fiscal.

“Tem um ponto muito relevante que o BC olha atentamente que é a sobrevivência do arcabouço. Isso não para este ano, mas para os próximos. Acredito que teremos o cumprimento da banda inferior da meta em 2024, mas se continuarmos com esse nível de crescimento de gastos vamos ver uma dificuldade maior do cumprimento das metas de 2025. Isso precisa ser equacionado”, observa Gustavo Sung, economista-chefe da Suno Research.

“Além disso o que preocupa é o crescimento da dívida, que deve continuar nos próximos anos. O governo precisa apresentar medidas, sejam elas PECs ou não, para estruturar melhor o fiscal e garantir uma previsibilidade das despesas”, acrescenta. A projeção da Suno é que a Selic seja elevada em 0,50 p.p. e feche o ciclo em 12% no primeiro trimestre de 2025, abrindo espaço para cortes no fim do ano em questão.

O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinalizou que considera necessária uma mudança na parte fiscal para que os ajustes na política monetária sejam mais tênues. “Se tivermos um choque fiscal muito grande, provavelmente conseguiremos sair com taxas mais baixas”, afirmou o presidente do BC no fim de outubro.

A decisão do Copom desta quarta ocorre em meio a expectativa do anúncio de medidas fiscais por parte do governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as medidas de contenção de gastos públicos estão “muito avançadas” e afirmou acreditar ser possível apresentar as iniciativas ainda nesta semana.

Este será também o penúltimo Copom com Campos Neto na presidência do BC.

PIB em alta dá margem para Copom subir Selic

O fato de a economia brasileira estar aquecida e as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) estarem sendo revistas para cima também pressionam a inflação e justificam uma postura mais cautelosa do Copom.

“De uma forma geral, o que percebemos é que tivemos uma piora do balanço de riscos. A atividade do país vem bastante forte, esperamos crescimento acima de 3% do PIB, impulsionado pelo fiscal e pelo mercado de trabalho bastante pujante. É bom para a economia, mas tem uma pressão inflacionária, e tivemos um último IPCA-15 acima do esperado”, diz Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital.

Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos, também endossa que o cenário exige uma postura mais austera por parte da autoridade monetária.

“O contexto de divulgações mais recentes é preocupante e justifica um ajuste mais expressivo para conter a inflação que já bate no teto aceitável da meta. Isso tudo demonstrará que o Copom permanece tendo como prioridade o combate à inflação, o que consequentemente traria credibilidade ao Brasil”.

O que esperar do comunicado do Copom

O time de macroeconomia do Itaú, liderado pelo economista-chefe Mario Mesquita, destaca que o comunicado da última reunião do Copom havia deixado em aberto o ritmo e magnitude do ciclo. A projeção do banco é, também, de uma alta da Selic em 0,50 p.p.

“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, diz a casa.

É possível que a decisão do Copom ocorra antes da definição do vencedor das eleições nos EUA.

“Para as próximas reuniões, em um contexto de volatilidade elevada (em especial, com relação à trajetória esperada para o câmbio em meio à reprecificação dos juros e eleições nos Estados Unidos, e ruídos associados à política fiscal no âmbito doméstico), as autoridades devem manter em aberto o ritmo dos eventuais ajustes futuros e magnitude total do ciclo, enfatizando, no entanto, o firme compromisso do comitê no processo de convergência da inflação à meta”, avaliou o Itaú.



Alckmin garantiu que regulamentação do Mover sai nos próximos dias, diz presidente da Anfavea

 


A indústria de automóveis aguarda a publicação nos próximos dias da regulamentação final do Mover, como é chamado o programa de incentivos a montadoras lançado no fim do ano passado. São aguardadas definições de metas de eficiência energética e de reciclagem dos componentes dos carros a serem observadas pelas montadoras para que os carros paguem menos impostos. Carros menos poluentes vão pagar alíquotas mais baixas.

Presidente da Anfavea, a associação das montadoras, Márcio de Lima Leite disse hoje que não sabe exatamente a data, mas que recebeu do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também chefia o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a garantia de que a regulamentação sai “nos próximos dias”.

Segundo Leite, há grande expectativa dos fabricantes pela publicação da regulamentação, já que as empresas precisam conhecer as regras para levar adiante o ciclo de investimentos, que passa de R$ 130 bilhões.

Durante a apresentação dos resultados do setor referentes a outubro, o presidente da Anfavea falou também que a entidade tem sido cautelosa nas previsões para o ano que vem, a serem divulgadas em dezembro, em razão do aumento dos juros.

A expectativa no mercado é de que os juros de referência, a Selic, subam 0,5 ponto porcentual ao fim, nesta quarta, da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Quando falamos a médio prazo, há, sim, uma grande preocupação com a taxa de juros. Taxa de juros elevada não combina com a indústria. Naturalmente há um arrefecimento da indústria”, comentou Leite.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

BNDES lança serviço que agiliza crédito a micro e pequenas empresas

 BNDES - O banco nacional do desenvolvimento


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (5) o lançamento do serviço BNDES Crédito Digital. Pelo serviço, micro e pequenas empresas poderão ter acesso a crédito de instituições financeiras parceiras de forma ágil e fácil.

“Sicredi e BTG já iniciaram a operacionalização da nova solução em suas plataformas digitais”, informou em nota o BNDES. A solicitação do crédito poderá ser feita nos aplicativos para os dispositivos móveis das instituições parceiras e também por meio de seus respectivos internet bankings.

O financiamento poderá ser obtido com uma taxa fixa a partir de 1,49% ao mês e prazos de até 60 meses. De acordo com o BNDES, as empresas obtêm, assim, flexibilidade para aplicar os recursos na compra de insumos, no pagamento da folha de pessoal e em investimentos com total previsibilidade do valor das parcelas. O procedimento de contratação leva apenas alguns minutos e o dinheiro cai na conta no mesmo dia.

A inovação é parte dos esforços voltados para a democratização do acesso ao crédito, diz o BNDES. “Pela primeira vez, a oferta de soluções do banco será visualizada diretamente pelo cliente final, o que aumentará substancialmente a visibilidade da marca do BNDES junto ao segmento das micro e pequenas”, acrescenta.

O lançamento do novo serviço envolveu investimento de R$ 1 bilhão. Espera-se que, nos próximos meses, outras instituições financeiras credenciadas no BNDES iniciem a operacionalização.

Também está prevista a integração de diferentes produtos FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), com o objetivo de complementar as garantias oferecidas pelas empresas e aumentar as chances de aprovação dos pedidos de crédito.

Engie: lucro líquido ajustado cai 28,2% no 3º trimestre para R$ 666 milhões

 

Logo ENGIE Brasil – Logos PNG

A Engie Brasil Energia reportou lucro líquido de R$ 666 milhões no terceiro trimestre deste ano, redução de 28,2% em comparação com o observado em igual período de 2023.

O resultado reflete a venda parcial de participação na Transportadora de Gás Associado (TAG) e aumento de custos com material e serviços de terceiros, atenuados pela redução de custos com compra de energia elétrica para o portfólio e resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.

No período, a empresa viu ainda o efeito dos cortes de geração por restrições sistêmicas, o curtailment, que no trimestre ficou em média em 14% nas usinas da companhia.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 1,7 bilhão, queda de 5,8%.

A receita líquida da companhia no período foi de R$ 2,5 bilhões, elevação 0,9%, na mesma base de comparação.

Ao final de setembro, a dívida líquida da companhia totalizou R$ 19,1 bilhões, montante 24,8% maior do que o observado no mesmo intervalo de 2023. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 2,7 vezes, alta de 0,6 ponto porcentual (p.p.) em comparação com igual período do ano passado.

Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo Takamori, o aumento na dívida é decorrente do volume maior de investimentos feitos pela companhia no período. Somente no trimestre os aportes somaram R$ 1,9 bilhão, e no acumulado do ano totalizam R$ 7,5 bilhões. “Buscamos alavancar aproveitando balanço robusto e momento de mercado”, afirmou.

Megainvestimento de R$ 522 bilhões promete tornar o Nordeste uma das regiões mais importantes do mundo, gerar 30 mil empregos e transformar o Brasil líder global na produção do combustível do futuro

 


Nordeste na mira de um plano ambicioso: investimentos no combustível do futuro promete ultrapassar R$ 522 bilhões e revolucionar os setores de energia no mundo

O Nordeste brasileiro está prestes a se tornar um polo global no setor de hidrogênio verde. O estado do Rio Grande do Norte desponta com um megainvestimento que promete transformar a produção de combustível do futuro. Serão R$ 111 bilhões de investimentos destinados a projetos desse tesouro escondido que visam alavancar a economia local e fortalecer a matriz energética do país. Este avanço trará inovação e colocará o estado na liderança do setor de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.

Esse cenário é o resultado de pelo menos seis projetos em andamento, que prometem gerar até 5 GW de energia, posicionando o Rio Grande do Norte como um player importante no mercado de H2V. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), o total de investimentos previstos pode ultrapassar US$ 20 bilhões, ou cerca de R$ 111 bilhões na cotação atual.

Esses projetos, baseados em fontes de energia renovável como eólica e solar, estão em diferentes estágios de desenvolvimento e licenciamento que pode transformar a economia da região e criar mais de 30 mil novos empregos nos próximos anos.

Investimentos em hidrogênio verde no Nordeste podem chegar a US$ 90 bilhões ( aproximadamente R$ 522 bilhões de reais) e gerar 30 mil empregos

Entre os seis projetos, três já estão avançando para a fase de licenciamento ambiental. Além disso, o estado está focado na viabilização do Porto-Indústria, que será fundamental para o escoamento da produção de hidrogênio verde. Essa infraestrutura será crucial para garantir que o estado consiga atender à demanda crescente por energia limpa. O Nordeste é uma das regiões mais promissoras para a produção de H2V, graças às suas condições climáticas e geográficas, favoráveis à geração de energia renovável.

Os números são impressionantes. Apenas na região do Nordeste, os investimentos em hidrogênio verde podem chegar a US$ 90 bilhões. O Rio Grande do Norte, que já lidera a produção de energia eólica no Brasil, quer assumir também a liderança no setor de H2V. O estado conta com o projeto do Complexo Industrial Alto dos Ventos, em Macau, com investimento de US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14,5 bilhões. Esse complexo, liderado pelas empresas Nordex e Acciona, terá uma capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde em uma área de 10 hectares.

Outros estados do Nordeste, como Ceará, Piauí e Bahia, também estão mirando o hidrogênio verde como uma alternativa econômica sustentável. O estudo “Hidrogênio Sustentável: Perspectivas para o Desenvolvimento e Potencial para a Indústria Brasileira”, da CNI, destacou a importância da região para o avanço do combustível do futuro. O Ceará, por exemplo, lidera com 27 projetos voltados para o desenvolvimento do hidrogênio verde. Esse movimento coloca o Nordeste em uma posição estratégica no cenário global de energias renováveis.

No Rio Grande do Norte, os três projetos em fase de licenciamento estão localizados nas cidades de Areia Branca, Macau e Pedra Grande. Segundo Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, o foco é atrair investimentos que permitam explorar as áreas com maior potencial de produção de H2V. Contudo, os detalhes dos projetos permanecem confidenciais, pois estão em fase de acordos preliminares e memorandos de entendimento. Empresas como Neoenergia, Enterprize e Maturati Participações estão envolvidas nas negociações.

Estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção do combustível do futuro (H2V) no Brasil

As condições para o sucesso no Rio Grande do Norte são favoráveis. A abundância de recursos naturais, como água e energia renovável, facilita a implementação da cadeia de produção de hidrogênio verde. Além disso, o estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção de H2V no Brasil. A Assembleia Legislativa do RN está desenvolvendo uma regulação local para o setor, com o objetivo de impulsionar ainda mais os investimentos no estado.

Outro destaque é o Centro de Excelência em Formação Profissional para Hidrogênio Verde, o primeiro do Brasil, inaugurado em fevereiro deste ano. Essa instituição visa qualificar profissionais para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva de H2V, desde a geração de energia até a aplicação prática. A mão de obra qualificada será essencial para atender à crescente demanda do setor, fortalecendo a posição do estado como líder na produção de hidrogênio verde.

O desenvolvimento do Porto-Indústria Verde também avança, com localização já definida entre Caiçara do Norte e Galinhos. O projeto é fundamental para o escoamento e exportação do combustível do futuro produzido no estado. O governo do Rio Grande do Norte já solicitou a autorização ao Ministério dos Portos e Aeroportos para iniciar o processo de licenciamento ambiental, um passo crucial para a viabilização do porto.

Construção do Porto-Indústria Verde contará com investimentos do BNDES

Com um investimento de R$ 5,6 bilhões, o Porto-Indústria Verde será desenvolvido em uma área de 13 mil hectares, seguindo o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A expectativa é que o porto se torne um centro estratégico para a exportação de hidrogênio verde e outros produtos sustentáveis. O processo de licenciamento ambiental do porto tem custo estimado de R$ 12 milhões, e parcerias com o BNDES e o Ministério dos Portos estão sendo negociadas para garantir o apoio financeiro necessário.

O Porto-Indústria Verde será um marco no desenvolvimento econômico e sustentável do estado, consolidando o Rio Grande do Norte como um dos principais produtores de hidrogênio verde no Brasil. O porto, além de escoar a produção de H2V, também será um ponto estratégico para a exportação de outros produtos derivados de fontes renováveis. Com as operações previstas para iniciar por volta de 2030, o estado tem uma oportunidade única de se destacar no mercado global de energia limpa.

Hidrogênio Verde: O tesouro escondido do Nordeste que vai revolucionar a energia renovável no mundo

O Nordeste brasileiro está em uma posição privilegiada para se tornar líder mundial na produção de hidrogênio verde. Com investimentos bilionários, um ambiente favorável e apoio governamental, o Rio Grande do Norte desponta como protagonista da revolução energética.


 

PF indicia fuzileiro e irmão por crime contra a democracia em ameaças à família de Moraes

 Emblema da Polícia Federal


A Polícia Federal indiciou o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão Oliverino de Oliveira Júnior no caso das ‘ameaças violentas’ e perseguição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e de sua família. A corporação imputa a dupla crime de abolição ao Estado Democrático de Direito – que prevê pena de quatro a oito anos de prisão.

As investigações contra os irmãos por supostos crimes de ameaça e perseguição ainda estão em andamento, no bojo de um outro inquérito. Este não tramita no gabinete de Moraes, que se declarou impedido para relatar o caso.

Já a apuração sobre crime contra o Estado de Direito continuou sob a alçada do ministro em razão da conexão com os inquéritos das fake news e dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Agora os achados da PF serão encaminhados ao procurador-geral da República Paulo Gonet, a quem cabe denunciar ou não os investigados.

No relatório final da investigação, encaminhado ao STF nesta segunda, 4, a PF indicou Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior, “com emprego de grave ameaça, buscaram atingir o ministro do STF para, assim, restringir o exercício da atividade jurisdicional”, incidindo no artigo 359 L do Código Penal.

O inquérito foi aberto após os irmãos enviarem uma série de e-mails ao trabalho da esposa de Moraes, em abril. A PF verificou que os investigados enviaram 41 mensagens para Viviane Barci de Moraes. Para tanto, Raul e Oliverino criaram diversas contas de e-mail, com vistas a encobrir quem de fato praticava os crimes, segundo os investigadores.

Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior foram presos preventivamente no final de maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Ao requerer as diligências, o chefe do Ministério Público Federal Paulo Gonet destacou as mensagens encaminhadas pelos investigados, ‘com referências a comunismo e antipatriotismo’.

Segundo ele, os diálogos indicavam o intuito de, ‘por meio de graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária’ do ministro.

As ameaças foram consideradas graves pelos investigadores. Elas tinham como alvo, em especial, a filha do ministro do STF.

O Estadão apurou que as mensagens citavam inclusive uma bomba e o itinerário da filha de Moraes. As informações foram levantadas em uma avaliação especial de segurança feita pela Secretaria de Segurança do Supremo e encaminhadas à Polícia Federal.

Itaú registra maior lucro trimestral da história dos bancos de capital aberto no Brasil

 


Agência do Itaú Unibanco no Rio de Janeiro

 

O resultado impressionante divulgado pelo Itaú Unibanco na noite de segunda, 4, em seu balanço do 3º tri foi o maior lucro nominal trimestral da história dos bancos brasileiros. O Itaú ocupa agora as quatro primeiras posições da lista, elaborada pela consultoria Elos Ayta apenas com as instituições de capital aberto.

O Banco do Brasil é outro destaque no ranking dos 10 bancos com maior lucro nominal em períodos de três meses: aparece em cinco posições, a maior delas com o registro de R$ 8,97 bilhões no segundo trimestre de 2024.

Entre os maiores números, o mais antigo foi registrado em dezembro de 2022, também pelo Banco do Brasil. Veja o ranking completo no gráfico:

 

 

O estudo da Elos Ayta destaca o fato das quatro primeiras posições serem ocupadas por quatro balanços seguidos divulgados pelo Itaú desde o final de 2023 até agora. “Este desempenho robusto demonstra a capacidade do banco de manter uma trajetória ascendente de crescimento e rentabilidade, mesmo em um contexto econômico que pode ter seus desafios”, afirma.

Por que um desempenho tão impressionante?

“É número de banco em ascenção”, comenta sobre o resultado o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz. “Se a gente fosse comparar seria com uma fintech para ter retornos tão altos assim, mas o Itaú recorrentemente consegue manter.” Cruz destaca a força da carteira de crédito e a queda da inadimplência sobre o resultado do banco.

“Cresce com uma qualidade muito boa então quando a gente fala de de inadimplência da carteira ou qualidade da Carteira de crédito”, concorda o analista da Levante Investimentos, Matheus Nascimento.

O economista Bruno Corano, da Corano Capital, também comenta a construção de carteira de crédito “bem posicionada”, e fala também no atual patamar da Selic. “Infelizmente [o Brasil] tem um juros muito alto e um sistema de crédito ainda muito lucrativo para as instituições de punitivo para a população.”

O estudo da Elos Atyla destaca outros pontos de força do Itaú Unibanco: uma diversificação de linhas de receita, adoção de novas tecnologias e a gestão de risco do banco. “A capacidade de navegar pelas nuances da economia brasileira e internacional, mantendo a eficiência operacional, foi fundamental”, diz o relatório.