quinta-feira, 27 de março de 2025

Paraná anuncia implantação do primeiro hub de GovTechs

 


A APTSJC foi homologada para estruturar, gerir e operar o ambiente que será instalado em Curitiba 
 
 
Hub terá objetivo aproximar o setor público de soluções inovadoras desenvolvidas por startups e empresas de tecnologia

 

O governo paranaense, por meio da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI). anunciou nesta quarta-feira (26), durante o Smart City Curitiba, a criação do primeiro hub de GovTechs estadual. A Associação Parque Tecnológico de São José dos Campos (APTSJC) foi homologada em chamada pública para estruturar, gerir e operar o ambiente, que será instalado no Canal da Música, em Curitiba. O investimento previsto é de R$ 15 milhões ao longo de três anos e a expectativa é de que o hub comece a operar a partir de abril. O secretário da Inovação, Alex Canziani, explica que espaço terá como objetivo aproximar o setor público de soluções inovadoras desenvolvidas por startups e empresas de tecnologia voltadas à modernização da gestão governamental.

"Estudos indicam que o setor de Govtechs vai representar investimentos acima de US$ 1 trilhão nos próximos anos. O crescimento de startups que trabalham nessa área cresceu em 2024 em 480%. Com o hub, vamos poder identificar problemas na administração pública e encontrar startups que ofereçam a solução. Isso significa melhoria em atendimentos ao cidadão em todas as áreas", afirmou. O conceito de GovTechs abrange negócios que criam soluções específicas para órgãos públicos, atuando em áreas como saúde, educação, segurança, mobilidade urbana e transparência. Essas tecnologias incluem, por exemplo, sistemas de inteligência artificial para otimizar serviços, plataformas para desburocratização de processos e ferramentas que melhoram a comunicação entre governo e população.

O termo de colaboração firmado prevê repasses anuais de até R$ 5 milhões, contemplando estruturação física, manutenção e operação do hub, além do financiamento de programas de aceleração e capacitação para startups. Dois terços dos recursos serão destinados à estruturação e custeio, enquanto o restante será aplicado em iniciativas voltadas ao fomento do empreendedorismo e à inovação, por meio de editais específicos. A APTSJC, responsável pela implementação do projeto, atua há 18 anos na gestão do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (SP), um dos principais ambientes de inovação do país. O espaço abriga cerca de 200 instituições, entre startups, universidades, centros de pesquisa e empresas, e já desenvolveu iniciativas voltadas à inovação aberta e à aceleração de negócios de base tecnológica.

O presidente do APTSJC, Jeferson Cheriegate, explicou que o hub vai criar um ambiente tecnológico para as startups. "Conseguimos converter sonhos de empreendedores em negócios viáveis. No caso do Paraná, vamos focar no desenvolvimento de soluções estaduais para governos e criar mercado para que essas empresas possam florescer", disse. O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, destacou a importância de um hub para atender prefeituras. A capital paranaense, que sedia nesta o evento Smart City, já venceu dois títulos de mais inteligente do mundo. "O hub de GovTechs é importante para o cidadão porque é neste espaço que serão criadas soluções que melhorem a vida das pessoas. E Curitiba é uma cidade que trabalha para se modernizar e que vai utilizar as soluções que serão implementadas", afirmou.

Modelos semelhantes já são utilizados em alguns lugares do mundo para integrar startups ao setor público, como no Reino Unido, Portugal e Estônia, países reconhecidos pela política de transformação digital em seus governos. "O Parque Tecnológico de São José dos Campos possui uma frente em GovTechs consolidada, e apresentou durante a chamada pública um plano de trabalho capaz de auxiliar o Paraná a ser destaque no apoio aos municípios com soluções inovadoras", afirmou o diretor de relações institucionais da Secretaria de Inovação, Diego Nogueira. Além disso, o Paraná conta com outras iniciativas em andamento como o polo de inovação Fábrica de Ideias, que funcionará como um grande centro de inovação, tecnologia, cultura e lazer no local da antiga fábrica da Ambev, no bairro Rebouças, também na capital paranaense. A construção do polo está em fase de licitação, com investimento previsto de até R$ 311 milhões.

 

 https://amanha.com.br/categoria/gestao/parana-anuncia-implantacao-do-primeiro-hub-de-govtechs

 

 

SHEIN consolida presença no Sul com expansão em SC e no RS

 


Após estreia no Paraná, plataforma de moda quer atrair 1 mil lojistas catarinenses e prepara estrutura para integrar marcas gaúchas ao marketplace 
 
 
Felipe Feistler, country manager da SHEIN no Brasil: "A região Sul tem grande potencial de escalabilidade e infraestrutura para apoiar o crescimento do nosso marketplace"

 

 

Com mais de 50 milhões de clientes no Brasil, a gigante chinesa do varejo online SHEIN deu início a um novo capítulo de sua estratégia de nacionalização: a consolidação de seu marketplace na região Sul. Depois de estrear no Paraná em setembro de 2024, a empresa anunciou Santa Catarina como foco no primeiro trimestre de 2025 e confirmou a chegada ao Rio Grande do Sul ainda neste ano. A escolha por Santa Catarina tem base em números e logística. O estado responde por 26% da produção nacional de vestuário, segundo a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) — e, para uma plataforma reconhecida pela força no segmento de moda, esse dado é decisivo. "As cidades prioritárias são Blumenau, Joinville, Florianópolis, Brusque e Itajaí", afirma Felipe Feistler, country manager da SHEIN no Brasil, em entrevista ao Portal AMANHÃ.

Até agora, cerca de 600 vendedores catarinenses já estão ativos na plataforma, e a meta é alcançar 1 mil até o fim de março. A proposta da empresa é atrair pequenos e médios varejistas locais, conectando-os a uma base de consumidores espalhada por todo o país. A estrutura logística está sendo expandida para sustentar essa nova fase — não apenas em Santa Catarina, mas também nos próximos destinos: Goiás, Distrito Federal, Espírito Santo e o próprio Rio Grande do Sul. "No início de 2025, anunciamos a expansão para Santa Catarina, e estamos estruturando o nosso ecossistema logístico para atender às regiões em que iremos crescer", explica Feistler. No caso gaúcho, embora as cidades ainda não tenham sido divulgadas, o executivo garante que a expansão está nos planos de 2025 e seguirá o modelo de crescimento em fases, com foco no bom atendimento a clientes e vendedores.

Já no Paraná, a atuação começou pelas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Desde então, varejistas paranaenses já podem vender pela plataforma, e a SHEIN segue apostando no crescimento regional. Além da produção têxtil, a SHEIN vê na região Sul um conjunto de atributos estratégicos: o segundo maior PIB do Brasil, boa infraestrutura rodoviária e um ecossistema industrial diversificado, o que amplia o potencial de oferta de produtos. "As regiões têm um grande potencial de captação de vendedores e escalabilidade", resume Feistler.

 

 https://amanha.com.br/categoria/empresa/shein-consolida-presenca-no-sul-com-expansao-em-sc-e-rs

Moody’s se aproxima de rebaixamento do rating dos EUA, por risco tarifário e déficit elevado

 

O risco tarifário deixou a Moody’s Investors Service mais perto de cortar sua classificação “AAA” do governo dos EUA esta semana, com a empresa de classificação de crédito emitindo novas previsões sobre déficits mais altos e taxas de juros mais altas, ambos os quais prejudicarão a capacidade do país de pagar suas dívidas.

Qualquer rebaixamento seria uma decisão politicamente carregada que desencadeou uma reação negativa para outras empresas de classificação no passado.

Tanto a S&P quanto a Fitch já rebaixaram os EUA para AA+.

O crescimento lento das tarifas, combinado com maiores cortes de impostos, provavelmente aumentará o déficit em cerca de um terço na próxima década para 8,5% do PIB, disse a Moody’s.

A empresa mudou sua perspectiva sobre os EUA para negativa em 2023, mas evitou um rebaixamento, citando a força única do dólar americano e do mercado do Tesouro.

Essa mudança de previsão indica que a posição está se deteriorando.

“Vemos perspectivas diminuídas de que esses pontos fortes continuarão a compensar os déficits fiscais crescentes e a capacidade de pagamento da dívida em declínio”, disse a Moody’s em um anúncio.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.

Incerteza na política econômica e, em especial, na política comercial tem crescido, diz Guillen

 

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, ressaltou nesta quinta-feira, 27, uma preocupação da autoridade monetária, que já vem sendo demonstrada nos documentos oficiais da instituição: o aumento das incertezas. “Torna-se relevante neste momento a discussão da incerteza. Como a gente colocou no comunicado, na ata, a discussão da incerteza de política econômica e, em particular, de política comercial”, enfatizou durante entrevista coletiva para detalhar o Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado no período da manhã.

Guillen apresentou um gráfico que mostra o aumento das incertezas em comparação aos precedentes históricos e também da discussão de política comercial.

“Entra-se na discussão de como é que um choque de incerteza traz a atividade para baixo, ou pode trazer para cima. Então, acho que é um debate importante, que pode levar à mudança de política”, ressaltou o diretor.

Parcimônia

Guillen destacou a cautela da autoridade monetária na leitura dos indicadores que sugerem desaceleração da atividade econômica. “Temos tentado falar sobre parcimônia no acompanhamento dos dados de atividade”, comentou.

Ele ressaltou que o contexto externo tem gerado mais dúvidas sobre a atividade e o ritmo de desinflação nos Estados Unidos, exigindo cautela dos mercados emergentes por incerteza e volatilidade.

As expectativas para a inflação deste ano em economias emergentes, pontuou Guillen, tiveram piora, enquanto as projeções para 2026 variam entre prognósticos no centro e outros no intervalo da meta.

A avaliação é de que, no cenário externo, começa a ser observada alguma inflexão na resiliência da atividade, sendo que nos Estados Unidos o crescimento vem caindo trimestre a trimestre.

Em paralelo, Guillen mencionou o debate sobre como vai se dar rebalanceamento no mercado de trabalho americano entre, se o número de vagas por desempregado vai mudar ou não.

Olhar para vários dados

O diretor de Política Econômica do Banco Central enfatizou que há uma moderação da atividade em linha com as projeções da autoridade monetária, em especial do consumo das famílias e que há um ajuste sazonal no Produto Interno Bruto (PIB), que mostra uma expansão maior do que o ajuste de seus componentes. Para ele, a discussão não deve ser sobre qual ajuste olhar, mas, sim, monitorar os diferentes dados, conforme avaliou.

Guillen ressaltou que os indicadores estão exibindo sinais compatíveis com a moderação do cenário básico do BC. Citou, por exemplo, que os indicadores de confiança, que costumam ser mais subjetivos, têm apresentado uma queda mais acentuada. Ele destacou que não é possível, porém, se ater a um dado específico, mas criar a construção dos cenários.

Ao comentar sobre um dos boxes que acompanham o RPM, o diretor salientou que a cúpula do BC já discute o ritmo do PIB, antes que ele passe a apresentar porcentuais menores. “Dependendo de como se faz o ajuste sazonal – se faz o ajuste sazonal em cima do PIB ou dentro dos componentes do PIB -, a interpretação vai ser diferente, vai ser de um pensamento muito mais forte se você faz o ajuste direto no PIB do que nos componentes”, explicou.

Guillen disse que isso é necessário porque, primeiro: não se sabe qual será o resultado do PIB. E, depois, como vai se dar a sua composição. “Então passa por fazer várias simulações sobre quais são as possíveis composições de demanda e de oferta do PIB.” Ele voltou a dizer, por exemplo, que a instituição tem olhado diferentes metodologias e observado os pós e contras de cada um dos seus ajustes.

Sobre os dados que já saíram, o diretor destacou que houve um esfriamento maior do consumo das famílias e da formação bruta de capital fixo. “No relatório de inflação a gente abre falando sobre os setores mais sensíveis ao ciclo para tentar entender o que está acontecendo com esses setores e fica mais claro que foram esses setores que tiveram uma desaceleração maior no primeiro ano”, explicou ele, se referindo ao RPM, antigo relatório de inflação.

Sobre os países emergentes de forma geral, Guillen destacou que o corte de juros prossegue, mas em menor margem do que o previsto anteriormente. Segundo ele, na maior parte dos países o ciclo corrente está próximo do que se espera para 2025 ou um pouco abaixo. E para 2026, segundo o diretor, prossegue esse processo de normalização da política monetária, indicando a continuidade dos ciclos de corte. “O Brasil está destoando do ciclo”, voltou lembrar.

Foi esse o gancho usado por Guillen para tratar do PIB, citando que nos últimos anos as projeções para o crescimento do País foram sempre revisadas para cima. “Não só foi um crescimento forte, como foi um crescimento muito surpreendente”, recordou, citando as mudanças feitas semana a semana no Focus. “Isso vale para o Focus e isso vale para nós.”

Exploração de petróleo na Margem Equatorial atrairia US$ 56 bi em investimentos, diz estudo

 

O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, apresentou um estudo que prevê a geração de US$ 56 bilhões em investimentos, uma arrecadação governamental de US$ 200 bilhões e mais de 300 mil empregos com a liberação da exploração na Margem Equatorial brasileira. No documento, Mendes destaca que a licença do Ibama para que a Petrobras inicie atividades no local precisa sair até abril deste ano para que a perfuração seja concluída até outubro, quando vence o contrato da sonda que será deslocada da bacia de Campos para o Amapá, afretada da Foresea.

O mercado espera que, após o retorno do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do Japão, uma reunião entre ele, ministros e o presidente do Ibama resolva o impasse. Isso poderia impulsionar as ações da Petrobras, caso se confirme a emissão da licença.

A exploração da Margem Equatorial é fundamental para a Petrobras recompor as reservas de petróleo no Brasil, que começarão a declinar na próxima década.

“O único ponto pendente do processo de licenciamento é o tempo de resposta a eventual fauna oleada, que está sendo equacionado pela Petrobras com a construção do novo Centro de Reabilitação de Despetrolização de Fauna (CRD)”, informa a apresentação, realizada enquanto Pietro, também presidente do Conselho de Administração da Petrobras, exercia o cargo de ministro interino, em substituição a Alexandre Silveira, que estava em viagem com o presidente Lula ao Japão.

A partir de 7 de abril, o CRD poderá ser vistoriado, informa o estudo.

‘Novo pré-sal’

O documento destaca que a Margem Equatorial pode conter um “novo pré-sal”, em similaridade com as descobertas da Guiana e Suriname, e que o poço que será perfurado, o FZA-M-59, foi adquirido em uma licitação do governo (11ª Rodada de Licitações) pela Petrobras, com 30%, e a BP, com 70%.

Por este motivo, argumenta o estudo, não há porque haver negativa da licença.

A demora da emissão da licença ambiental fez a BP desistir da parceria com a Petrobras, em 2021.

Ainda na apresentação, Mendes destaca que os recursos destinados para a bacia Foz do Amazonas, pela Petrobras, equivalem ao dobro dos empregados nas bacias de Campos e Santos para centenas de poços. “É a maior estrutura de resposta do País”, informou.

Segundo o estudo, a Petrobras já investiu R$ 1 bilhão na perfuração do poço, sendo o aluguel da sonda estimado em cerca de US$ 400 mil por dia.

PlatôBR: discórdia em rede social leva a renúncia no conselho da Porto Seguro

 

Felipe Mendes - Do PlatôBRi


Um tuíte na conta da Mises Capital, perfil anônimo sobre bitcoin no X (antigo Twitter), gerou um desentendimento que culminou com um pedido de renúncia no conselho da seguradora Porto nesta terça-feira, 25. O tuíte original era um pedido de desculpas da Mises Capital ao perfil de Rafael Ferri, fundador da gestora GTF Capital e figura polêmica do mercado de capitais.

Pedro Cerize, criador da Skopos Investimentos e um dos gestores mais conhecidos do mercado, decidiu respondê-lo, mencionando Ferri:

“O Mises tem a pele muito fina para brigar com um porco”, afirmou em seu perfil pessoal no X. “Eu já mandei avisar que se um dia o Ferri chegar na minha frente e se dirigir a minha pessoa eu vou socá-lo. Simples (sic)”, escreveu.

Investidor da Porto desde 2006, Cerize não contava que Ferri levaria o tuíte em tom intimidador à diretoria da Porto. Valendo-se da política de ética e conduta da empresa, que veda qualquer tipo de assédio e insinuações de agressão por colaboradores ou administradores, Ferri ligou para canais de denúncia de relações com investidores da empresa e cobrou um pronunciamento oficial.

Não foi preciso. Cerize, ao saber do contato insistente de Ferri, optou por renunciar ao cargo no conselho de administração da empresa na tarde da terça-feira, 25.

Leia a reportagem completa no PlatôBR.

quarta-feira, 26 de março de 2025

Melhoria da alimentação em época de crises é tema de cúpula em Paris

 Nutrition for Growth (N4G) Summit 2025

A cúpula Nutrition for Growth (Nutrição para o Crescimento) começa nesta quinta-feira (27), em Paris, com a proposta de buscar uma alimentação melhor em um contexto global de crises e de mudanças climáticas. Representantes governamentais de pelo menos 76 países devem participar do evento.

O encontro, realizado a cada quatro anos desde 2013, reúne ainda representantes de organismos internacionais, da sociedade civil, academia e empresas. Um dos principais objetivos é firmar compromissos financeiros e políticos que garantam uma alimentação adequada para milhões de pessoas.

No último evento, em Tóquio, em 2021, foram firmados 396 compromissos por 181 entidades, em um total de 27 bilhões de dólares. Estima-se, no entanto, que sejam necessários investimentos de cerca de 13 bilhões de dólares por ano, para se atingir uma alimentação adequada para todos.

Para esta edição do evento, estão previstos compromissos financeiros de bancos públicos de desenvolvimento, entidades filantrópicas e empresas, como a francesa Edenred, que oferece entre seus serviços, o tíquete-restaurante implantado no Brasil há seis décadas. 

Seu compromisso envolve uma meta de garantir 100 mil refeições até o fim do ano, para o Programa Mundial de Alimentação (WFP), por meio de contribuições voluntárias de seus clientes. A empresa usará sua rede de comunicação com os usuários dos cartões alimentação para sensilibilizá-los a doar pelo menos 80 centavos de dólar, no momento do pagamento de suas próprias refeições. 

Temas

Entre os temas deste ano estão o enfrentamento à insegurança alimentar e a oferta de uma nutrição mais adequada, em momentos de crise, como conflitos armados que geram impactos na produção de alimentos e na migração forçada de pessoas.

“A situação internacional é muito diferente daquela que tínhamos em 2021, agora com uma guerra massiva aqui na Europa [conflito entre Rússia e Ucrânia], que provocou uma crise alimentar mundial e que teve também consequências financeiras com a crise inflacionária das commodities”, afirma o secretário-geral da cúpula, Brieuc Pont.

Muitos países que têm a capacidade de financiamento do desenvolvimento, estão agora privilegiando despesas de defesa para se proteger, diz o secretário-geral. “Então existe esse desafio que é procurar financiamento para a nutrição.”

As mudanças climáticas são outro tema do evento. Para Brieuc Pont, é importante investir em alternativas para os modelos atuais de produção de alimentos que geram grande impacto na emissão de gases do efeito estufa, no consumo da água e no esgotamento do solo.

“Nossa ideia é realmente tentar incentivar a preservação de sistemas de produção locais para enriquecer os ecossistemas comerciais de produção locais, para as que as pessoas não dependam de alimentos ultraprocessados, de produção massiva, de uma produção industrial de alimentos”, acrescentou.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, participará da abertura da cúpula, na manhã desta quinta, juntamente com a primeira-dama brasileira, Janja Lula da Silva. 

Também participará da sessão de abertura o rei de Lesoto, Letsie III. Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que Lesoto era um “país do qual ninguém ouviu falar”, ao anunciar, perante o congresso americano, que cortaria a ajuda financeira milionária à nação africana.

*O repórter viajou a convite da Embaixada da França no Brasil