sexta-feira, 4 de abril de 2025

Balança comercial: Brasil tem superávit de US$ 8,2 bi em março com exportações saltando 5%

 

A balança comercial brasileira fechou o mês de março no campo positivo, com superávit de US$ 8,2 bilhões, crescimento de 13,8% ante igual etapa do ano anterior. Trata-se do melhor saldo para um mês de março já registrado na série histórica. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta sexta-feira, 4.

O resultado da balança comercial é saldo de US$ 29,2 bilhões em exportações e US$ 21 bilhões em importações.

Em termos de volume, tanto exportações quanto importações tiveram crescimento na base anual, de 5% e 4,2%, respectivamente. Olhando para preço, as exportações tiveram aumento de 0,4%, ao passo que as importações apresentaram recuo de 1,5%.

Em se tratando dos setores, a agropecuária teve a maior alta no valor, com variação de 16% na base anual, para US$ 8,2 bilhões:

  • Agropecuária: US$ 8,2 bilhões (+16% em valor e +10,8% em volume)
  • Indústria Extrativa: US$ 5,5 bilhões (-15,3% em valor e -10,6% em volume)
  • Indústria de transformação: US$ 15,3 bilhões (+10,1% em valor e +9% em volume)

Olhando para os produtos, foram US$ 5,73 bilhões exportados em soja, ante US$ 5,35 bilhões em igual etapa do ano anterior. O produto representou 19,6% das exportações em março deste ano.

No caso do café foram US$ 1,42 bilhão, alta de 92% na base anual e representando 4,9% das exportações.

Óleos brutos tiveram queda de 20%, para US$ 2,8 bilhões e representaram 10% das exportações em março de 2025. Minério de ferro, por sua vez, teve queda de 16,5% para US$ 2 bilhões neste ano, representando uma fatia de 7% das exportações da balança comercial brasileira.

Projeções para 2025

O MDIC estima um superávit comercial de US$ 70,2 bilhões para este ano. Com essa cifra, o superávit apresentaria um recuo ante o resultado do ano anterior, que foi de um superávit de US$ 74,2 bilhões.

A estimativa para as exportações é de US$ 353,1 bilhões, ante US$ 337 bilhões registrados no ano anterior.

Por fim, a projeção para as importações é de US$ 282,9 bilhões, ao passo que em 2024 foram US$ 262,9 bilhões.

Brasil x EUA

Sobre um eventual impacto da política de tarifas dos EUA, especialistas da pasta destacaram que ‘não comentam’ o tema pois os dados dessa divulgação ainda não contemplam os efeitos das novas diretrizes do governo Trump.

O diretor do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, comenta que sequer as tarifas no aço, implementadas há algumas semanas, tiveram impacto nos dados referentes a março.

“Temos o que chamamos de embarque antecipado: as empresas embarcam os bens e depois declaram. Operações de commodities estão atrasadas em relação ao calendário. Aço semimanufaturado, o aço bruto que é o mais exportado para os EUA, foi US$ 372 milhões, ou seja teve inclusive um crescimento de 23,9%.”

Todavia, o crescimento pode ter tido impacto pelos anúncios de Trump.

Indagado sobre esse impacto, Brandão comenta: “Não posso fazer essa afirmação, mas é um comportamento comum no comércio internacional quando se anuncia alguma medida. Vemos isso quando o Brasil vai aplicar um antidumping, uma medida de sobretaxar algum setor, vemos um grande aumento [de importações] antes de entrar em vigor”.

Nos dados da balança referentes à março, as principais quedas de exportação para os EUA foram óleos brutos de petróleo, com queda de 90%, instalações e equipamentos de engenharia (-62%) e aeronaves e outros equipamentos (-21,7%).

De importações, foram motores e máquinas, um crescimento de 42%, óleos brutos de petrleo, crescimento de 78%, maquina de processamento automático e dados, 94% de crescimento.

Balança comercial reverteu déficit

Com o resultado, foi revertido o déficit de fevereiro, quando foi registrado saldo negativo de US$ 324 milhões, calculado a partir de US$ 22,929 bilhões em exportações e US$ 23,253 bilhões em importações.

Foi o primeiro déficit registrado pela balança comercial desde janeiro de 2022, quando foi registrado saldo negativo de US$ 59 milhões. O resultado em questão foi impactado por uma queda de 1,8% no valor exportado em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Latam amplia voos domésticos em 11% no Brasil em abril ante março

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A Latam vai ampliar em 11% o volume de voos domésticos no Brasil neste mês de abril. O crescimento em relação ao mês anterior reflete o total de 2 mil novos voos mensais criados pela companhia aérea.

A maior parte dos incrementos está concentrada nos aeroportos de Brasília, Rio de Janeiro, Fortaleza e Goiânia. Na região Sul, a Latam está inaugurando as rotas Congonhas-Joinville (sete voos por semana) e Guarulhos-Pelotas (até três voos por semana).

Serão 398 mil novos assentos inseridos pela companhia no mercado aéreo nacional em abril, na comparação com o mês anterior, segundo a diretora de Vendas e Marketing da Latam Brasil, Aline Mafra. “Nos últimos dois anos, criamos 1,8 milhões de novos assentos para os brasileiros, o que reforça ainda mais o nosso compromisso de ampliar a conectividade e o acesso ao avião em um país de dimensões continentais”, afirma.

Incrementos

Os maiores incrementos da Latam a partir de abril virão das rotas Brasília-Guarulhos (de 47 para 57 voos por semana), Galeão-Vitória (de 18 para 28 voos por semana), Fortaleza-Guarulhos (de 43 para 52 voos por semana) e Guarulhos-Goiânia (de 27 para 35 voos por semana).

A lista inclui também Congonhas-Fortaleza (de 20 para 27 voos por semana), Florianópolis-Guarulhos (de 35 para 42 voos por semana), Fortaleza-Galeão (de 14 para 21 voos por semana), Fortaleza-Manaus (de 7 para 14 voos por semana), Guarulhos-Salvador (de 40 para 47 voos por semana), além das rotas internacionais Bogotá-Guarulhos (de 7 para 14 voos por semana) e Guarulhos-Lima (de 21 para 28 voos por semana).

Dólar dispara a R$ 5,82 após China retaliar tarifas dos EUA; Ibovespa cai mais de 3%

 

O dólar é negociado em forte alta nesta sexta-feira, 4, revertendo as perdas da sessão anterior, à medida que cresciam os temores de uma guerra comercial global após a China retaliar as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Por volta das 14h01, o dólar à vista subia 3,22%, a R$ 5,820 na venda. Já o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caía 3%, a 127.208.79 pontos. Veja cotações.

Na quinta-feira, 3, o dólar à vista fechou em baixa de 1,18%, a R$ 5,6290 — menor cotação de fechamento desde 16 de outubro do ano passado.

A China anunciou nesta sexta-feira medidas retaliatórias às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, incluindo taxas adicionais de 34% sobre todos os produtos norte-americanos e restrições à exportação de algumas terras raras. O Ministério das Finanças da China afirmou que as tarifas adicionais serão adotadas a partir de 10 de abril.

Trump havia anunciado na quarta-feira uma tarifa de 34% sobre a China, além dos 20% que ele já havia adotado neste ano, elevando o total de novas taxas para 54%. Ele apresentou uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações dos EUA, com tarifas mais altas para determinados parceiros.

“A resposta da China às novas tarifas dos EUA aumentou as preocupações do mercado. Não apenas com o impacto econômico direto dessas tarifas… A preocupação é que a medida possa levar a uma possível escalada adicional da guerra comercial pelo lado norte-americano”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank.

Diante da perspectiva de que as tensões comerciais possam escalar ainda mais, à medida que outros parceiros dos EUA, como a União Europeia, também preparam suas respostas às tarifas de Trump, os investidores voltavam a fugir de ativos mais arriscados em busca da segurança.

No cenário doméstico, as atenções estão voltadas para a resposta brasileira às tarifas de Trump.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou na quinta-feira que a tarifa de importação imposta pelos EUA ao Brasil é ruim, apesar de ter ficado no nível mínimo de 10%, e que os dois países terão uma nova rodada de negociações na próxima semana.

Temor de recessão

O dólar também avançava frente a outras moedas emergentes em meio ao tombo de mais de 7% do petróleo e o movimento de fuga de ativos de risco após a retaliação chinesa.

O mercado adiantou a previsão para o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste ano e passou a precificar redução uma acumulada de 125 pontos-base (pb) ou mais como probabilidade majoritária até dezembro, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Reino Unido se prepara para se juntar à França, Itália, Alemanha, Espanha, Japão, Canadá, EUA, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia para tornar os impostos turísticos a nova norma de viagens para impulsionar seu setor de turismo

 


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O Reino Unido está se preparando para se juntar aos líderes globais do turismo — França, Itália, Alemanha, Espanha, Japão, Canadá, EUA, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia — para tornar os impostos turísticos a nova norma de viagem, com cidades como York, Edimburgo, Manchester e Bournemouth já explorando ou implementando taxas de visitantes para impulsionar seus setores de turismo. Essas taxas, geralmente pequenas taxas noturnas em acomodações, estão sendo introduzidas para gerar receita dedicada para serviços locais, aliviar a pressão sobre as comunidades, manter a infraestrutura e proteger os ativos culturais e ambientais que atraem visitantes em primeiro lugar. À medida que o turismo excessivo e os crescentes custos operacionais desafiam os destinos populares do Reino Unido, os impostos turísticos são cada vez mais vistos como uma maneira inteligente e sustentável de garantir que o turismo beneficie a todos — não apenas a economia, mas também os moradores e futuros viajantes.

À medida que as viagens globais se recuperam e o número de visitantes aumenta, o Reino Unido está tomando medidas definitivas para se juntar à crescente liga de países que adotaram impostos turísticos — não como um impedimento, mas como um modelo de financiamento sustentável para apoiar as próprias atrações que fazem os destinos prosperarem. Da preservação do patrimônio ao financiamento de serviços públicos, os impostos turísticos estão rapidamente se tornando a nova norma das viagens globais, e o Reino Unido está se movendo para abraçar essa mudança com cautela e ambição.

Com cidades em todo o mundo Escócia, Inglaterra e País de Gales explorando ativamente ou já implementando versões locais de taxas de visitantes, o Reino Unido está se posicionando ao lado França, Itália, Alemanha, Espanha, Japão, Canadá, Estados Unidos, Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia—países que há muito tempo integraram impostos de turismo em suas estratégias de turismo locais ou nacionais.

Da ideia à implementação: a abordagem de retalhos do Reino Unido

Embora o Reino Unido ainda não tenha introduzido um imposto turístico nacional, o trabalho de base foi feito em várias partes do país. O primeiro grande avanço ocorreu em Escócia, Onde o Lei de Taxa de Visitante (Escócia) foi aprovada em 2024. Esta legislação dá às autoridades locais o poder de impor um imposto turístico sobre pernoites.

Edimburgo—uma das cidades mais visitadas do Reino Unido—está pronta para liderar o lançamento. Começando Julho de 2026, os visitantes que ficam na cidade pagarão uma Taxa de 5% sobre alojamento, um movimento que deverá gerar cerca de £ 50 milhões anualmente. Esses fundos serão reinvestidos na manutenção da cidade, serviços de turismo e eventos culturais que definem o apelo global da capital.

Além da capital, a Conselho das Terras Altas está explorando uma medida semelhante. Com pontos icônicos como a Ilha de Skye e a North Coast 500 vendo um tráfego turístico sem precedentes nos últimos anos, os líderes locais argumentam que o imposto é uma etapa necessária para mitigar as pressões ambientais e melhorar os serviços sobrecarregados por influxos sazonais. Uma consulta formal está em andamento, e a implementação é esperada para o final de 2026.

Cidades inglesas usam soluções alternativas enquanto Londres visa a reforma

In Inglaterra, embora os conselhos actualmente não tenham autoridade legislativa directa para impor um imposto turístico, as cidades recorreram a Distritos de Melhoria de Negócios Turísticos (TBIDs) para cobrar legalmente taxas de visitantes. Manchester tornou-se a primeira cidade do Reino Unido a fazê-lo, lançando uma Taxa de £ 1 por noite em 2023 em 73 hotéis e apartamentos com serviços. Esta taxa deverá arrecadar mais de £ 3 milhões por ano, destinado a eventos de grande porte, campanhas de marketing e melhorias nas ruas.

Seguindo o exemplo de Manchester, Liverpool e Bournemouth, Christchurch e Poole introduziram suas próprias versões. As cidades da costa sul começaram a cobrar £ 2 por noite em 2024 em hotéis maiores. O esquema, introduzido com o apoio da indústria, deverá gerar £ 12 milhões em cinco anos, visando gerenciar o turismo excessivo, melhorar a experiência do visitante e modernizar a infraestrutura costeira.

In London, Prefeito Sadiq Khan expressou forte apoio a um imposto turístico formal. As propostas apresentadas pela Prefeitura incluem uma Taxa de 5% em pernoites, o que poderia render € 285 milhões anualmente—uma quantia substancial que poderia financiar transporte público, serviços de segurança e desenvolvimento de espaços verdes. Embora reformas legais sejam necessárias para implementação, o ímpeto está crescendo entre os líderes da cidade e as partes interessadas em hospitalidade.

País de Gales avança com legislação nacional

país de Gales também está caminhando para a legislação, com o governo galês pretendendo introduzir uma estrutura nacional até o final de 2024. O sistema proposto permitiria que os conselhos introduzissem taxas de visitantes personalizadas que refletissem suas demandas e pressões turísticas exclusivas.

O governo argumenta que um imposto turístico apoiará comunidades que recebem milhões de turistas anualmente, particularmente em áreas rurais e costeiras onde a infraestrutura está frequentemente sob pressão. O imposto ajudaria a pagar por tudo, desde a gestão de resíduos até a preservação de locais culturais, garantindo a sustentabilidade a longo prazo das principais atrações.

Como outros países fizeram dos impostos turísticos um sucesso

A adoção gradual de impostos turísticos pelo Reino Unido reflete uma tendência global, particularmente entre seus pares do G20, onde tais impostos são amplamente utilizados e geralmente aceitos pelos viajantes:

  • França cobra um “taxa de permanência”, aplicado em todo o país e dimensionado por tipo de acomodação. As taxas variam de € 0.20 a € 4 por pessoa, por noite, com a receita canalizada para o embelezamento da cidade e conservação do patrimônio.
  • Itália introduziu impostos turísticos em 2011. Cidades como Roma, Florença, Veneza e Milão cobrar entre € 3 e € 7 por noite, dependendo do nível de acomodação. Em 2025, Veneza também implementará um taxa de entrada para excursionistas, visando os milhões de visitantes que não passam a noite.
  • Alemanha "Bettensteuer” ou imposto de hospedagem é cobrado em cidades como Berlin, Hamburgo e Colônia, geralmente em 5% do custo da acomodação. Esses fundos são usados ​​para apoiar eventos culturais, manutenção da cidade e melhorias de infraestrutura.
  • Espanha Catalonia e Ilhas Baleares regiões cobram uma imposto sobre turismo sustentável, variando de € 0.45 a € 2.25 por noite. A receita apoia a proteção ambiental, limpeza de praias e manutenção de sítios históricos.
  • Japão implementou o Imposto Sayonara in 2019, um ¥1,000 de taxa de embarque para todos os viajantes de saída, usado para modernizar aeroportos, promover experiências culturais e melhorar a sinalização e a acessibilidade para turistas.
  • Localização: Canadá aplica um Imposto Municipal de Alojamento (MAT) em cidades como Toronto, Vancouver e Montreal, normalmente em 4% do custo do quarto.
  • Os Estados Unidos cobra impostos de ocupação de hotéis em nível municipal e distrital. As taxas variam, mas geralmente excedem 10%, especialmente em cidades como New York, Maceió e Santos, com fundos usados ​​para marketing e infraestrutura turística.
  • Coreia do Sul cobra um KRW 10,000 (~$9) taxa de embarque para viajantes que partem via aeroportos e portos.
  • Bali da Indonésia lançou um novo taxa turística em 2024, cobrando visitantes internacionais IDR 150,000 (~US$ 10). Os fundos são alocados para preservar a cultura balinesa, a limpeza local e a resiliência da infraestrutura.
  • Quintana Roo do México região, lar de Cancún e Tulum, cobra uma taxa ambiental por noite e uma Visitax taxa de inscrição paga on-line antes da partida.
  • Peru introduziu um 2% de imposto de acomodação in 2023, aplicável a hotéis, resorts e pensões, com receitas direcionadas ao desenvolvimento do turismo.

O caso dos impostos turísticos no Reino Unido

Os defensores dos impostos turísticos argumentam que eles são essenciais para gerenciar as pressões do turismo de alto volume, especialmente em áreas que veem grandes fluxos de visitantes durante os meses de pico. Eles permitem que as cidades mantenham a limpeza, preservem marcos e financiem serviços públicos — tudo isso enquanto transferem o fardo financeiro dos moradores para aqueles que usam esses serviços temporariamente.

É importante ressaltar que dados internacionais sugerem que os impostos turísticos têm impacto mínimo nas decisões de viagem. Os visitantes estão cada vez mais dispostos a pagar pequenas taxas diárias se souberem que isso contribui para preservar os lugares que eles apreciam.

Para o Reino Unido, adotar esse modelo pode aumentar sua competitividade global no turismo. Com a maioria dos principais destinos europeus e do G20 já implementando alguma forma de taxa de visitante, as cidades britânicas correm o risco de ficar para trás em termos de geração de receita e sustentabilidade do destino se não agirem.

O Reino Unido está se juntando aos líderes globais do turismo ao introduzir impostos turísticos para financiar serviços locais, proteger ativos culturais e gerenciar o turismo excessivo — garantindo que o turismo apoie tanto a economia quanto as comunidades que o hospedam. Cidades como York e Edimburgo estão liderando a carga com propostas já em andamento.

Um ponto de viragem na política global de viagens

O que antes parecia controverso agora é mainstream. Os impostos turísticos não são mais uma política marginal — eles são centrais para a gestão do turismo em um mundo pós-pandemia, onde sustentabilidade, qualidade de vida e preservação cultural são prioridades crescentes. Para o Reino Unido, essa mudança representa não apenas uma oportunidade fiscal, mas também filosófica: repensar a relação entre os hóspedes e os lugares que eles visitam.

À medida que mais conselhos exploram a ideia, à medida que as estruturas legais evoluem e à medida que a opinião pública gradualmente se aquece à ideia de financiamento responsável do turismo, o Reino Unido está bem encaminhado para se tornar parte de um movimento global.uma que veja os impostos turísticos não como um fardo, mas como um passo necessário para um setor turístico mais equilibrado e resiliente.

Klabin inaugura maior fábrica de papelão ondulado das Américas

 


Companhia paranaense investiu R$ 1,5 bilhão na planta de Piracicaba 
 
 
Alinhada às premissas da Indústria 4.0, unidade alia tecnologia e eficiência

 

 

A Klabin realizou nesta quinta-feira (27) a cerimônia de inauguração de sua mais recente unidade industrial, em Piracicaba (SP). A fábrica é resultado de um investimento de R$ 1,5 bilhão, tem capacidade de produção de 240 mil toneladas de papelão ondulado por ano, o equivalente a 421 milhões de metros quadrados anuais. Em operação desde abril de 2024, a Unidade Piracicaba II está posicionada como a maior e mais moderna fábrica de embalagens de papelão ondulado em operação nas Américas. O projeto reúne o que há de mais moderno em termos de tecnologia e fortalece o modelo de integração da Klabin, ampliando a capacidade de conversão de papéis em embalagens.

"Conseguimos reunir neste projeto o que há de mais moderno em termos de tecnologia para entregar, com ainda mais eficiência, as melhores embalagens aos nossos clientes. Além disso, a localização da Unidade em um grande centro consumidor do Brasil confere à Klabin uma vantagem logística relevante, que agiliza a distribuição para clientes de diversas regiões do País. A Unidade Piracicaba II representa um marco na história da Klabin e no setor de embalagens", comenta Cristiano Teixeira, diretor-geral da Klabin.

A planta conta com um estoque de papel com capacidade para 6 mil bobinas – o equivalente a 15 mil toneladas – e possui 16 docas de carregamento na expedição, que funcionam simultaneamente. Um sistema totalmente automatizado para montagem e saída de paletes, otimizando a logística e proporcionando maior eficiência operacional. Entre os destaques em tecnologia está um estoque vertical, pioneiro na América Latina, com capacidade de armazenar 2,3 milhões de metros cúbicos de chapas de papelão ondulado (equivalente a 1.100 toneladas). Este número representa o consumo médio de 30 horas das impressoras. A Klabin é a sétima maior empresa da região e também a terceira maior do Paraná, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil (veja o ranking completo aqui e o anuário digital completo clicando neste link).

Brasil pode ganhar mercados com tarifaço de Trump

 


Segundo professor, acordo Mercosul–UE precisa ser aprovado 
 
 
O acordo Mercosul–UE beneficiará a balança de serviços, além da comercial

 

 

A sobretaxação dos Estados de Unidos de 10% sobre os produtos brasileiros pode representar uma oportunidade de ganhos de mercado para o Brasil se o país souber negociar com outros parceiros comerciais. A avaliação é do economista e professor da Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Adalmir Marquetti. Ele defende a urgência da aprovação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE). "O processo de negociação é um ponto importante a ser levado. Tem de tentar uma retaliação em alguns produtos, mas também tem de haver uma negociação com outros países. Acho a viagem do presidente Lula para o Japão e para o Vietnã importante no sentido de buscar novos parceiros comerciais, de intensificar nossas relações com esses países que estão crescendo, estão se tornando importantes na economia mundial", opina.

Para Marquetti, o acordo Mercosul–UE tem importância estratégica para amenizar o impacto da decisão do governo de Donald Trump. Segundo ele, o acordo não beneficiará apenas a balança comercial, mas também a de serviços, em que o Brasil importa muito mais do que exporta e consome cerca de 40% do superávit comercial. "Certamente, [a sobretaxação de Trump] abre um espaço de negociação e de busca de novos parceiros comerciais. Inclusive o acordo do Mercosul com a União Europeia, esse é o momento de implementar. Esse acordo, de buscar as novas parcerias do Brasil que envolvam tanto a balança de bens e de serviços. Temos uma balança comercial bastante positiva, mas a nossa balança de serviços, no caso brasileiro, é negativa", disse o professor.

O especialista lembra ainda que a decisão dos Estados Unidos abrange apenas as importações de bens, não de serviços. Isso porque o país é um dos maiores exportadores de serviços do planeta, principalmente de serviços tecnológicos e audiovisuais. O professor afirma ainda que o Brasil, como uma das maiores economias do planeta, tem espaço para ocupar o mercado mundial à medida que outros países retaliarem os Estados Unidos. Ele, no entanto, recomenda que o processo não ocorra apenas com produtos agrícolas e minerais, mas abranja produtos de maior valor agregado.

"O Brasil tem um espaço para ocupar o mercado mundial, inclusive o espaço que os outros países, ao responderem aos Estados Unidos, deixarem de comprar. No caso da China, os chineses já estão comprando mais produtos agrícolas brasileiros. E aqui tem um ponto importante: como a gente pode aproveitar essa crise mundial, com origem nas tarifas nos Estados Unidos, para melhorar a nossa pauta de exportação? Para a gente, exportar também mais produtos industriais e com maior valor adicionado na economia nacional", conclui.

Com ABR

 

 https://amanha.com.br/categoria/economia/brasil-pode-ganhar-mercados-com-tarifaco-de-trump

Páscoa deve movimentar R$ 5,3 bilhões em 2025, segundo a Abecs

 

Imagem destaque: Páscoa deve movimentar R$ 5,3 bilhões em 2025, segundo a Abecs
Imagem de chandlervid85 no Freepik



A Páscoa deve movimentar R$ 5,3 bilhões em 2025, valor 26,8% mais alto se comparado a projeção feita no ano anterior. O brasileiro pretende gastar, em média, R$ 146 com produtos tradicionais da data. No ano passado, o ticket médio foi de R$ 156. Os dados são da Abecs - que representa os setores da indústria de meios eletrônicos de pagamento -, em parceria com o Instituto Datafolha. Em comparação ao ano passado, 67% dos consumidores pretendem comprar chocolates ou outros produtos na Páscoa em 2025. O ovo de Páscoa é o produto pretendido mais citado (64%), seguido por bombons, caixas de bombons, trufas (36%) e barra de chocolate (34%). Brinquedos e cesta de Páscoa somaram 2% das intenções de compra cada.


Comportamento do Consumidor 

 Segundo o levantamento, 91% pretendem comprar produtos ou presentes de Páscoa em uma loja física, enquanto apenas 9% devem fazer as compras online. O resultado é similar a 2024. 42% dos consumidores pretendem usar cartão de crédito ou débito para as compras. Outras formas de pagamento citadas pelos entrevistados são dinheiro (43%) e Pix (39%), enquanto 1% mencionou cartão/vale alimentação e refeição. No Sudeste (53%) e no Sul (47%), o cartão é o meio de pagamento escolhido por quase metade dos entrevistados.


Regiões

 

  O Sul (R$ 178), o Centro-Oeste (R$ 169) e o Sudeste (R$ 158) apresentam intenção de gasto médio acima da média nacional. Nessas regiões, a estimativa de movimentação é de R$ 984 milhões, R$ 501 milhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente. O Nordeste apresenta média de gasto de R$ 109 e previsão de R$ 1 bilhão de movimentação. Com a menor média, está a região Norte (R$ 108), projetando movimentação de R$ 414 milhões. Os homens pretendem gastar mais nesta Páscoa (R$ 154), assim como consumidores da faixa etária de 18 a 24 anos (R$ 157) e das classes A/B (R$ 182).

 

 https://gironews.com/negocios/pascoa-deve-movimentar-r-53-bilhoes-em-2025-segundo-abecs/