segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Mercado passa a ver Selic a 12,25% ao final de 2026, aponta Focus

 

O mercado continua projetando corte na taxa básica de juros somente a partir de 2026, mas passou a ver que a terminará 2026 em 12,25%, de acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central.

A pesquisa semanal anterior já havia mostrado redução da expectativa para a Selic a 12,38% na mediana das projeções, após 32 semanas de manutenção em 12,50%.

Para este ano, segue a expectativa de que a taxa de juros terminará nos atuais 15%, depois de o BC ter decidido pela manutenção na semana passada, destacando que o ambiente incerto demanda cautela e que seguirá avaliando se manter os juros nesse patamar por período bastante prolongado será suficiente para levar a inflação à meta.

Reprodução/Instagram

Inflação e PIB

O levantamento com uma centena de economistas mostrou ainda que a expectativa para a alta do IPCA em 2025 segue em 4,83%, com um ligeiro ajuste para baixo de 0,01 ponto percentual na conta para 2026, a 4,29%. Para 2027, a expectativa segue em 3,90%.

O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento foram mantidas em 2,16% este ano e em 1,80% no próximo.

Dólar

As projeções para o dólar não sofreram alterações, e seguem em R$ 5,50 para o fim de 2025 e em R$ 5,60  ao final de 2026.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

Déficit primário

A mediana para o déficit primário do setor público consolidado em 2025 passou de 0,52% para 0,51% do PIB. Um mês antes, era de 0,53%. A meta fiscal é de déficit zero nas contas do governo central este ano, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos.

A estimativa intermediária para o déficit primário do setor público em 2026 continuou em 0,60% do PIB. Um mês antes, também era de 0,60%. O alvo do ano que vem é de um superávit de 0,25% do PIB para o governo central, também com tolerância de 0,25 ponto para mais ou para menos.

Repercussão

“O horizonte relevante para a autoridade monetária está lá no início de 2027 e por isso todos olham para as projeções deste ano pelo relatório Focus. Contudo, apesar da desaceleração recente das projeções de 2025 e 26, a projeção para 2027 não recuou no relatório de hoje. Isso impede que o COPOM inicie um corte antes do fim desse ano e assim a Selic fica estável até fim de 2025 em 15%”, avaliou o economista André Perfeito.

Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Lula diz que voltou a ser candidato porque tem ‘compromisso de fé de ajudar o povo pobre’

 

 

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, em entrevista a um podcast de um canal cristão, que tem “compromisso de fé de ajudar o povo pobre” e que não divide “a sociedade por religião”.

“Não tenho hábito de fazer política tentando dividir a sociedade por religião. Tento unir o povo, respeitando todas as religiões, e conversar sobre políticas públicas que o Estado tem que fazer”, disse o presidente na entrevista ao programa Papo de Crente, divulgado no início da tarde desta sexta-feira, 19.

A primeira-dama Janja da Silva também participou da entrevista.

Lula disse que voltou a ser candidato a presidente da República “porque tenho compromisso de fé de ajudar o povo pobre, ninguém tem dúvida, governo para todo mundo, mas tenho preferência pelo povo mais necessitado, porque eles precisam mais do Estado”.

O presidente rejeitou a possibilidade de frequentar igrejas e fazer discursos em missas e cultos para se aproximar dos eleitores cristãos. Disse que não fará a igreja de “palanque”.

“Não gosto de ir em igreja em época de campanha, porque não acho que a gente deva usar o nome de Deus em vão. (…) Se alguém achar que vou ganhar uma eleição porque vou em uma igreja fazer discurso, esqueça de mim, que não vou fazer. Não me faça usar uma igreja como palanque, não vou utilizar”, declarou Lula.

Consórcio Saúde HoPE arremata projeto de construção e operação de complexo de saúde em BH

 Imagem destaque: Venda da Medley atrai quatro farmacêuticas

O Consórcio Saúde HoPE arrematou nesta sexta-feira, 19, o projeto para construção e operação do Complexo de Saúde Hospital Padre Eustáquio (Complexo de Saúde HoPE), que será construído em Belo Horizonte (MG). O grupo, composto pela Integra Brasil Oncomed e B2U, desbancou outros dois proponentes com um deságio de 13,03% em relação à constraprestação máxima anual a ser paga pelo poder público à concessionária. O leilão ocorreu na sede da B3, em São Paulo.

O valor final de contraprestação ficou em R$ 286 milhões ante o teto de R$ R$ 328,8 milhões estipulado em edital. O contrato tem um valor previsto de R$ 2,4 bilhões, que serão aportados ao longo de 30 anos. Este é considerado um dos maiores investimentos em saúde pública em Minas nas últimas décadas, segundo o governo do Estado.

No modelo de parceria público-privada (PPP), o governo mineiro será responsável pelos serviços de saúde, com atendimento gratuito via o Sistema Único de Saúde (SUS). Já a concessionária vencedora ficará com a construção do complexo e gestão administrativa.

O Consórcio Saúde HoPE arrematou o projeto após uma disputa a viva-voz com a Opy Healthcare Gestão de Ativos e Investimentos. A Construcap CCPs Engenharia e Comércio também participou do certame, mas não foi classificada para a segunda etapa.

Serviços

As PPPs sociais são comumente alvos de críticas diante da participação privada em setores públicos essenciais, como saúde e educação. No entanto, para o secretário de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias de Minas Gerais, Pedro Bruno Barros de Souza, o modelo permite ganhos de eficiência e ampliação de serviços.

“Há muita discussão sobre PPPs no setor de saúde, mas aqui estamos falando de transformar mais de 200 contratos administrativos em um. Vamos entregar um grande equipamento público que vai ser mais eficiente, salvar milhares de vidas e trazer economia ao Estado”, afirmou após o leilão.

Localizado na Gameleira, região oeste da capital mineira, o HoPE irá reunir cinco linhas de atendimento: Oncologia, Infectologia, Pediatria, Hematologia, Maternidade e Saúde da Mulher, além do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (LACEN/MG).

A estimativa do governo mineiro é de que o complexo amplie em mais de 45% o número de consultas, ultrapassando 200 mil atendimentos por ano. Já as internações devem subir 60%, chegando a cerca de 30 mil anuais. Serão 532 leitos, sendo 110 dedicados a UTI.

O HoPE receberá os serviços que atualmente são ofertados nos Hospitais Alberto Cavalcanti, Eduardo de Menezes, Infantil João Paulo II e na Maternidade Odete Valadares.

Outros projetos

Este é o segundo leilão promovido pelo governo de Minas Gerais nesta semana. Na quinta-feira, 18, foi concedida, a Via Liberdade, também no modelo de PPP. O trecho, que liga Ouro Preto a Mariana, foi arrematado pelo Consórcio Rota da Liberdade, liderado pela Metropolitana, com a participação de outras cinco construtoras. O desconto foi de 13,2% em relação à contraprestação máxima.

No início desse mês, ocorreu o certame da PPP para construção e operação de unidades socioeducativas no Estado, a primeira desse tipo no País. O consórcio Soluções em Gestão Socioeducativa (SGS) apresentou a proposta vencedora, com uma contraprestação mensal de R$ 5 milhões.

Venda da Medley atrai quatro farmacêuticas

 


Imagem destaque: Venda da Medley atrai quatro farmacêuticas
Créditos: Divulgação



 A venda da Medley, divisão de genéricos da Sanofi, chamou a atenção de quatro players do setor farmacêutico brasileiro. As interessadas são EMS, Aché, União Química e Hypera e, de acordo com o Panorama Farmacêutico, investidores também devem entrar no negócio. A expectativa da farmacêutica é arrecadar pelo menos US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,3 bilhões) com a operação, porém, as projeções de bastidores indicam que as ofertas devem variar entre U$ 500 milhões e US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões a R$ 3,1 bilhões). 

A Medley foi comprada pela Sanofi em 2009 por R$ 1,5 bilhão, com o objetivo de assumir a liderança do mercado de genéricos no Brasil. No entanto, agora em meio ao alto endividamento e com foco em áreas estratégicas, a Sanofi se prepara para vender a operação.

 

https://gironews.com/farma-cosmeticos/compra-da-medley-atrai-quatro-farmaceuticas/ 

Itaú indenizará por impor reza e incentivar jejum para alcance de metas

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Da Redação



Banco Itaú deverá indenizar bancária em R$ 15 mil por danos morais após gerente impor práticas religiosas como orações coletivas e sugerir jejuns para cumprimento de metas. A decisão é da 2ª turma do TRT da 18ª região, por entender que a conduta configurou assédio moral e violou a liberdade de crença da trabalhadora. 

De acordo com os autos, a bancária relatou que era constrangida a aderir a rituais religiosos no ambiente de trabalho, inclusive com reuniões antecipadas para rezas coletivas e incentivo à prática de jejum como condição para atingir objetivos de produtividade.

Testemunhas confirmaram que músicas de cunho religioso eram tocadas na agência e que mensagens em grupos de WhatsApp reforçavam a exigência de condutas ligadas à crença da gerente.

Para a relatora, juíza convocada Eneida Martins Pereira de Souza, a conduta ultrapassou os limites do poder diretivo do empregador e configurou violação a direitos fundamentais.

"A imposição de rituais religiosos configura assédio moral, pois fere a dignidade e a intimidade do trabalhador", registrou a magistrada, ao fundamentar que tais práticas contrariaram o art. 5º, VI, da Constituição, que assegura a liberdade de crença.

A relatora ainda salientou que a cobrança de resultados associada à fé pessoal da gerente criava situação de constrangimento coletivo, pois os empregados se viam obrigados a participar de rituais que não refletiam suas próprias convicções.

Ressaltou que o Itaú deve responder pelos atos de sua representante e votou pela manutenção da indenização de R$ 15 mil por danos morais.


    Processo: 0010438-80.2024.5.18.0014

 https://www.migalhas.com.br/quentes/440328/itau-indenizara-por-impor-reza-e-incentivar-jejum-para-alcance-de-meta

Nvidia e Wayve negociam investimento de US$ 500 milhões em startup de carros autônomos

 Wayve and Uber Partner to Accelerate the Future of Automated ...

 

A Nvidia está em negociações com a Wayve Technologies para um possível investimento de US$ 500 milhões na startup de carros autônomos, em um movimento que pode ampliar ainda mais a colaboração das empresas no setor. As companhias assinaram uma carta de intenções para avaliar o financiamento que, se concretizado, faria parte da próxima rodada de captação da Wayve, reforçando uma parceria iniciada em 2018.

A Wayve, sediada em Londres, apostou na tecnologia da Nvidia para alimentar seus modelos de inteligência artificial (IA). Sua infraestrutura de treinamento de IA e de aprendizado de frota é baseada no Microsoft Azure, que utiliza hardware da Nvidia.

A startup desenvolve um software conhecido como Embodied AI, que permite aos carros interagir, compreender e aprender com o comportamento humano em ambientes reais, dando aos veículos um “cérebro robótico” capaz de se adaptar a situações inesperadas.

A empresa afirmou que sua próxima plataforma será construída sobre o Drive AGX Thor da Nvidia, um kit para design, testes e implementação de veículos autônomos usado por empresas como a chinesa BYD, a Xiaomi e a sueca Volvo Car, segundo a própria Nvidia.

A Nvidia já havia investido na Wayve, que no ano passado levantou US$ 1,05 bilhão de investidores como o SoftBank Group do Japão, a Microsoft e a própria Nvidia.

Em junho, a Uber Technologies e a Wayve anunciaram um acordo para iniciar testes de veículos totalmente autônomos em vias públicas de Londres, assim que todas as licenças e autorizações das autoridades locais estiverem aprovadas.

Na ocasião, as empresas afirmaram ter escolhido a capital britânica por suas diferenças significativas em relação ao traçado das vias e às leis de trânsito em comparação com cidades dos EUA, onde a maioria dos testes vinha sendo realizada.

Um ambiente de direção mais complexo permitiria às companhias desenvolver melhor a tecnologia necessária para implantar os carros autônomos em larga escala. Fonte: Dow Jones Newswires

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

IBP: Petrobras vence prêmio OTC Brasil com Búzios 7: ‘novo referencial para indústria’

 

 

O Projeto Búzios 7, da Petrobras, foi reconhecido pelo Distinguished Achievement Award, premiação do setor de energia offshore que reconhece indivíduos e organizações que geram impacto duradouro na indústria. A plataforma tipo FPSO Almirante Tamandaré (navio que produz, transporta e armazena petróleo) – Búzios 7 – trouxe inovações tecnológicas que estabeleceram novos referenciais para a indústria”, destaca o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).

A entrega da homenagem será feita na Offshore Technology Conference (OTC Brasil 2025), em outubro, no Rio de Janeiro.

O projeto atingiu em agosto o recorde de produção de 225 mil barris de petróleo/dia, maior vazão da história da Petrobras, A plataforma entrou em operação em fevereiro, no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos.

Ao todo, são 15 poços, 7 produtores de óleo, 6 injetores de água e gás, 1 conversível (produtor e injetor) e 1 injetor de gás, interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.

Além da companhia, Ronaldo Rossi foi reconhecido pelo Distinguished Achievement Award.

Com mais de 30 anos de experiência projetando sistemas de ancoragem, Rossi liderou e participou de pesquisas inovadoras no CENPES, centro de pesquisa da Petrobras, e dedicou mais de 40 anos à formação de novas gerações de engenheiros.

“O trabalho pioneiro de Ronaldo Rossi e o excepcional resultado da Petrobras com o Búzios 7 são exemplos de como o Brasil continua a estabelecer referenciais globais, moldando o futuro da energia offshore com soluções sustentáveis e de alto impacto”, afirma Roberto Ardenghy, presidente do IBP, por meio de nota.