sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Billie Eilish chama Elon Musk de ‘covarde patético’ por acúmulo de riqueza

 

Cantora americana criticou dono da Tesla por estar próximo de se tornar o primeiro trilionário da história

Reprodução: Instagram / AFP.
Billie Eilish / Elon Musk.
Foto: Reprodução: Instagram / AFP.
 
 

Depois de questionar a existência de pessoas bilionárias em discurso presenciado por Mark Zuckerberg, Billie Eilish decidiu expor sua opinião sobre um super-rico específico em seu Instagram: Elon Musk.

Com o dono da Tesla próximo de se tornar o primeiro trilionário da história após acionistas da empresa aprovarem um pacote de pagamento de 1 trilhão de dólares em ações, a vencedora do Oscar usou sua rede social para compartilhar uma postagem do grupo ativista My Voice, My Choice (“minha voz, minha escolha”, em tradução livre) que elencou as diversas coisas que o bilionário poderia fazer pelo mundo com seu dinheiro sem perder seu status econômico.

De acordo com a postagem, Musk, que tem uma fortuna estimada em 482,1 bilhões de dólares, poderia acabar com a fome no mundo ao investir 40 bilhões de dólares por ano até 2030, ajudar na reconstrução de Gaza com 53,2 bilhões de dólares e salvar mais de 10 mil espécies em perigo de extinção com doações de 1 bilhão a 2 bilhões de dólares por ano.

Em seus stories, a cantora americana compartilhou diferentes slides da postagem, concluindo com uma tela preta com um texto xingando o bilionário. “Medroso covarde patético do c******”, escreveu a cantora.

A fortuna de Musk tem origem geracional, com seu pai, Eroll Musk, tendo sido um empresário e político de sucesso na África do Sul, com milhões originados de sua carreira política, investimentos imobiliários e participação na mineração e venda de esmeraldas.

Eilish contra os bilionários

No final de outubro de 2025, Eilish recebeu o prêmio de Inovadora Musical do Ano pela Wall Street Journal Magazine. Em seu discurso, ela refletiu sobre a distribuição de riquezas e a existência de bilionários.

“Estamos vivendo um momento muito, muito ruim e muito sombrio. As pessoas precisam ter empatia e ajudar, agora mais do que nunca, especialmente [nos Estados Unidos]. Eu diria que se você tem dinheiro, seria ótimo usá-lo para coisas boas e talvez dá-lo a pessoas que precisam”, disse a cantora.

Na ocasião, Eilish doou 11,5 milhões de dólares tirados da renda de sua turnê mais recente, cobrindo organizações dedicadas à igualdade alimentar, justiça climática, redução da poluição e organização de trabalhos ambientais.

Tarcísio minimiza importância de diploma às vésperas do 2º dia do Enem

 

Segundo o governador, o mercado está "desapegado" de graduações e valoriza outras habilidades, como a comunicação

 

  Tarcísio de Freitas afirma que não vai concorrer ao Palácio do Planalto em  2026

 

 O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse nesta quinta-feira, 13, que o mercado está cada vez mais “desapegado” do diploma. Na opinião do governador, a formação no ensino superior está perdendo a importância. “O diploma cada vez tem menos relevância”, defendeu ele durante evento sobre a expansão do Ensino Médio Técnico nas escolas do Estado.

“O mercado está cada vez mais interessado em saber quais são suas habilidades e menos onde você se formou.”

Ele ainda afirmou que as habilidades valorizadas atualmente – e que possibilitam ascender profissionalmente – são: dominar o português, “saber transformar problemas grandes em problemas menores”, falar outros idiomas.

“Você consegue se comunicar, você se comunica bem? Porque bom gerente é aquele que se comunica 90, 95% do tempo dele.”

A declaração foi dada às vésperas do segundo dia de prova do Enem, que ocorre neste domingo, 16, quando 5 milhões de jovens buscam uma vaga na universidade.

Apesar do ensino técnico ser uma alternativa defendida por muitos especialistas para uma formação mais atrelada ao mercado e para aproximar o jovem do ensino médio, há consenso de que o Brasil ainda precisa aumentar o número de formados em universidades. A porcentagem de adultos brasileiros com ensino superior é de cerca de 24% (faixa etária de 25 a 64 anos), significativamente menor que a média de 49% de países desenvolvidos, membros da OCDE.

Segundo o relatório Education at a Glance (EaG) 2025, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as principais e mais ricas economias do mundo, ter um diploma de ensino superior aumenta as chances de ter um emprego e melhores salários, que chegam a mais que o dobro daqueles que têm formação até o ensino médio.

Os dados mostram que brasileiros de 25 a 64 anos que concluem o ensino superior ganham, em média, 148% a mais do que aqueles que têm ensino médio. Essa diferença é maior do que a média dos países da OCDE, que é de um salário médio 54% maior.


JBS atinge receita recorde no terceiro trimestre de 2025

 Imagem destaque: JBS atinge receita recorde no terceiro trimestre de 2025


 A JBS registrou receita líquida de US$ 22.6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, uma alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido foi de US$ 581 milhões. "O crescimento ocorreu em todas as unidades de negócio e confirma a capacidade da companhia de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes contextos de mercado", afirma a JBS. Com margem de 7,4%, a JBS Brasil apresentou crescimento de receita. 

A Friboi registrou desempenho positivo tanto nas exportações quanto nas vendas domésticas. Já a Seara teve o maior volume de exportações da sua história. O negócio atingiu margem EBITDA de 13,7%, mesmo com o impacto das restrições temporárias às exportações para China e Europa, que foram recentemente encerradas. Segundo a JBS, o resultado foi sustentado por redirecionamento de volumes, inovação e foco em rentabilidade.

 

 https://gironews.com/informacoes-de-fornecedores/jbs-atinge-receita-recorde-no-terceiro-trimestre-de-2025/

PL Antifacção: mudanças de Derrite são desmedidas e falta debate técnico, diz OAB

 


Texto não avança na Câmara e entidade avalia que discussão está 'contaminada'

 

  

 

Derrite recua após críticas por limitar atuação da Polícia ...

 

 

A Comissão de Segurança Pública da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) classificou o aumento de penas proposto pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) no relatório do PL Antifacção — hoje chamado de Marco Legal do Combate ao Crime Organizado — como desmedido e desproporcional. Segundo a comissão, a proposta tem como potenciais efeitos a sobrecarga do sistema penitenciário e o risco de fortalecer as facções.

“O PL poderá ser ainda mais aperfeiçoado. É necessário, contudo, um debate técnico e não contaminado pela retórica de guerra contra narcotraficantes“, acrescentou a nota. “Todos sabemos da importância e da urgência do debate, mas um tema dessa importância reclama maturação das discussões. Respostas de ocasião, sem reflexão, podem ser boas, eventualmente, para render votos, mas pouco eficazes no combate efetivo ao crime organizado“.

Os obstáculos ao PL Antifacção

Apresentado pelo governo Lula (PT) após a megaoperação policial contra o Comando Vermelho que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro, o projeto é a principal bandeira federal para a segurança pública, área em que o petista patina na avaliação popular.

Com quatro versões apresentadas, o PL Antifacção está travado desde que Derrite, secretário licenciado da Segurança Pública no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), foi designado para relatá-lo. Sem diálogo prévio com entidades da área, o parlamentar mexeu drasticamente no texto original, propondo a inclusão de condutas dos faccionados na Lei Antiterrorismo, a necessidade de aval dos estados para a Polícia Federal atuar no combate ao crime organizado e endurecendo ainda mais o aumento de penas proposto inicialmente.

O relatório de Derrite foi criticado pelo Ministério da Justiça, policiais federais, juristas e autoridades reconhecidas no enfrentamento das facções, como o promotor Lincoln Gakiya. Sem consenso, o PL foi retirado da pauta pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Líder do PT na Casa, o deputado Lindbergh Farias (RJ) disse esperar que a votação ocorra na próxima semana.

Walmart anuncia saída de CEO no fim de janeiro; no pré-mercado, ação cai quase 3%

 

O Walmart anunciou que seu CEO e presidente, Douglas McMillon, deixará os cargos no fim de janeiro. McMillon será substituído por John Furner, atualmente CEO do Walmart U.S., segundo comunicado divulgado pelo grupo varejista americano nesta sexta-feira, 14.

Às 10h20 (de Brasília), a ação do Walmart caía 2,7% no pré-mercado de Nova York, em dia de aversão a risco em Wall Street.


Tragédia de Mariana: decisão em Londres abre caminho para indenização bilionária; entenda

 

A decisão do Tribunal Superior de Londres, que considerou que a empresa BHP é responsável pelo rompimento de uma barragem de Fundão em Mariana, em 2015, pode levar ao pagamento de bilhões em indenizações.

Um segundo julgamento para determinar os danos que a BHP deverá pagar está previsto para começar só em outubro de 2026 e a empresa já disse que vai recorrer, mas a decisão da justiça inglesa representa uma vitória para as vítimas da tragédia ambiental insatisfeitas com as reparações acordadas nos tribunais brasileiros.

A indenização pode chegar aos 36 bilhões de libras (cerca de R$ 270 bilhões) pedidos pelas 620 mil pessoas, 1,5 mil empresas e 46 municípios que inicialmente assinaram a ação. 

A juíza Finola O’Farrell disse em um resumo de sua decisão que a BHP não deveria ter continuado a aumentar a altura da barragem antes de seu colapso, o que foi “uma causa direta e imediata do colapso da barragem, dando origem à responsabilidade baseada em culpa por parte da BHP”.

O pior desastre ambiental do Brasil desencadeou uma onda de lama tóxica que matou 19 pessoas, deixou milhares de desabrigados, inundou florestas e poluiu toda a extensão do rio Doce. A barragem era de propriedade e operada pela joint venture Samarco, formada pela BHP e pela Vale.

O processo foi ingressado na Justiça inglesa em 2018  pelo escritório Pogust Goodhead, que representa famílias, empresas, comunidades indígenas e quilombolas, municípios e autarquias.

O processo chegou a ser negado inicialmente. Em julho de 2022, a corte britânica aceitou proceder com o caso. A defesa se baseou na legislação ambiental brasileira e em princípios como o de poluidor-pagador, sob o qual quem causou a poluição deve pagar pelo dano causado.

A Samarco é uma joint venture entre a BHP e a brasileira Vale em partes iguais. A BHP foi acionada na Inglaterra porque tinha capital aberto no país na época da tragédia. A companhia tentou incluir a Vale no processo, sem sucesso. As duas sócias fecharam, então, acordo estabelecendo que dividirão igualmente os valores em caso de responsabilização da BHP.

Passados 10 anos, vítimas ainda acumulam prejuízos

Parte dos envolvidos na ação inglesa sequer recebeu qualquer valor de indenização, já que a assinatura de um acordo com a Justiça brasileira exigiria abdicar de processos jurídicos paralelos.

No final de outubro, o Brasil assinou um acordo de compensação de R$ 170 bilhões (US$31 bilhões) com BHP, Vale e Samarco, com a BHP afirmando que já foram gastos quase US$12 bilhões em reparações, indenizações e pagamentos a autoridades públicas desde 2015.

Vítimas da tragédia ouvidas pela IstoÉ Dinheiro queixam-se de que o acordo assinado no Brasil não garante soluções para problemas enfrentados individualmente. “Eu tenho uma filha contaminada pelos metais da lama. Ela pode desenvolver câncer a qualquer momento. Tem laudos e mais laudos. Cadê a Justiça que não obriga essas mineradoras a pagar o tratamento?”, questiona Simone Silva.

Muitas das vítimas consideraram os valores oferecidos pelos acordos firmados no Brasil insatisfatórios. A aposentada Vera Lúcia Aleixo, por exemplo, afirma que recebeu cerca de R$ 300 mil. Porém acredita que os danos sofridos, como a perda de um salão de beleza próprio onde trabalhava, da casa em que residia e da saúde própria e de sua família, exigiriam pelo menos R$ 800 mil.

“Eu fiquei com a roupa do corpo. Eu não podia esperar, discutir, decidir o que que ia fazer. Eu tive que pegar aquilo que eles me ofereceram”, afirma a aposentada.

Valeriana Gomes de Souza, mostrou três laudos feitos pela consultoria ambiental Synergia que, juntos, apontam um dano de mais de R$ 1 milhão. “Na época do rompimento da barragem, eu perdi muita criação: galinha, porco, cabrito, carneiro, caixas d’água”, diz.

O escritório internacional Pogust Goodhead, que representa as vítimas, chamou a decisão de histórica. “Esta é a primeira decisão no caso a declarar formalmente a responsabilidade de uma das corporações envolvidas e constitui um avanço notável para a justiça ambiental global”, afirmou.

BHP diz que irá recorrer

Nas próximas etapas do julgamento, a corte inglesa avaliará os danos alegados pelos autores e os valores de indenização.

A BHP contestou a responsabilidade e afirmou que o processo em Londres duplica ações judiciais e programas de reparação e compensação no Brasil.

Após a decisão desta sexta-feira, a BHP disse que os acordos no Brasil devem reduzir o tamanho da ação em Londres em cerca de metade.

“Mais de 610 mil pessoas já foram indenizadas no Brasil, incluindo aproximadamente 240 mil demandantes da ação coletiva no Reino Unido que forneceram quitações para reivindicações relacionadas. A decisão da Alta Corte inglesa confirma a validade dessas quitações, o que deve reduzir o tamanho e o valor das reivindicações na ação coletiva no Reino Unido”, disse a BHP em nota.

A Vale estimou uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) em suas demonstrações financeiras de 2025 para obrigações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). A nova provisão ocorre após a Alta Corte da Inglaterra considerar o grupo BHP também responsável, sob a legislação brasileira, pela tragédia ambiental.

“Vale e BHP permanecem confiantes de que o acordo definitivo, assinado em outubro de 2024 no Brasil, oferece os mecanismos mais rápidos e eficazes para compensar os impactados”, disse a Vale.

Em 30 de setembro de 2025, a Vale já havia reconhecido uma provisão de US$ 2,40 bilhões para obrigações sob o acordo definitivo.

Com reportagem de Matheus Almeida

Após escândalo em Cannes, Consul anuncia reposicionamento: ‘A marca dos começos e recomeços’

 

A Consul, fabricante de eletrodomésticos da multinacional Whirpool, anunciou na quinta-feira, 13, um reposicionamento da marca, que comemora 75 anos em 2025. Fundada no Brasil, o novo momento da marca explora justamente o ‘brasileirismo’, tanto de sua história como em elementos da cultura e dos hábitos do país que serão a base da nova campanha.

Para isso, convocou três personalidades midiáticas que devem representar os pilares a serem explorados. O economista e ex-BBB Gil do Vigor será a referência para a mensagem de eficiência energética dos produtos, que impacta na conta de luz dos consumidores brasileiros, especialmente para o público-alvo da marca Consul. Isabelle Nogueira, também ex-BBB e ícone da Festa de Parintins, um dos principais movimentos culturais da Amazônia, reforçará o perfil brasileiro. E o chef Rodrigo Oliveira, do tradicional restaurante Mocotó, na capital paulista, será o pilar da gastronomia.

Pesquisa encomendada pela Consul à Consumoteca apontou que 84% dos brasileiros veem a diversidade cultural como o principal traço da identidade nacional, e que 68% valorizam marcas que simplificam o dia a dia. A campanha então vai explorar o mote “Casa começa com Consul, Consul Casa com Brasil”.

“A casa é o centro da vida dos brasileiros. E a Consul tem como propósito levar aos nossos consumidores produtos que sejam democráticos – com preço justo – e facilitem o dia a dia. Cada detalhe dos produtos criados é pensado para atender as necessidades reais dos brasileiros”, diz Bertha Fernandes, head de Marcas e Comunicação da Whirlpool Brasil.

Fernandes destaca inovações como o ‘ciclo rede‘ nas máquinas de lavar da marca, após identificarem essa necessidade do consumidor brasileiro, principalmente da região Nordeste do país, onde a rede é um item comum nas casas e na rotina da população. A região também é um dos principais mercados para a marca.

Entre outras particularidades brasileiras, a executiva aponta para a cervejeira, eletrodoméstico criado no Brasil que teve como inspiração o hábito nacional não só do churrasco como do consumo de cerveja gelada. Outro ponto bastante local que a marca também vai explorar é o inox. Não exatamente seu perfil técnico ou inovador, mas o aspiracional que ele carrega para uma parcela dos consumidores, que enxergam uma geladeira ou um fogão de inox como uma ‘ascensão’ e até mesmo como item decorativo.

“Sabemos que a casa das pessoas nunca é só uma casa. Ela é o recorte mais íntimo do seu mundo. Nós reconhecemos isso. É o refrigerador da cor inox que chega depois de muito esforço, a cervejeira que virou sonho realizado, o forno de embutir que ajuda a celebrar. Estamos presentes nas pequenas e grandes conquistas, do churrasco de domingo ao primeiro apartamento, diz Bertha Fernandes.

A campanha terá três filmes: “Chá Revelação”, “Boca Preferida” e “Ciclo Mãe”, que foram desenvolvidos pela agência GUT e vão explorar o humor e o otimismo dos brasileiros, e ainda o desejo do consumidor do país em construir uma casa que seja visualmente agradável. O filme “Chá Revelação”, por exemplo, explora a ‘conquista’ da geladeira de inox, que é ‘revelada’ para os convidados de uma festa em casa para apresentar o ‘novo integrante’ do lar.

Consul
Trecho do filme “Chá Revelação”, parte da nova campanha da Consul (Crédito:Divulgação/Whirpool)

Gustavo Ambar, diretor-geral da Whirpool no Brasil, conta que a último reposicionamento da marca Consul foi em 2015, enquanto da Brastemp, também sob o guarda-chuva da Whirpool, foi há dois anos. Agora, diz Ambar, a ideia é explorar “o grande valor da marca, que são as décadas de Brasil”. “Somos pioneiros em produtos no país. Agora é dar um passo a mais na brasilidade”.

A nova campanha da marca vem acompanhado ainda do lançamento de um novo refrigerador, o CM40, que além de mirar na popularização do inox, pretende ser o modelo de entrada para categoria frost free (que não precisa do processo manual de descongelamento periódico).

“O modelo foi desenvolvido pensando nas pessoas que estão saindo do refrigerador não frost free para o primeiro frost free. Então ele vai ser um frost free super acessível. É sobre isso, dar acesso ao primeiro frost free”, diz Bertha, que explica ainda que a categoria frost free ainda tem penetração baixa em muitas regiões do país.

A Consul é posicionada pela companhia como uma marca “de massa”, enquanto a Brastemp, também da Whirpool, seria um “massa premium”. Vale lembrar que uma das campanhas mais icônicas da publicidade brasileira envolve a marca, pois transformou uma frase da propaganda, que é de 1991, em bordão que é utilizado até hoje: “não é uma Brastemp”, aplicada para indicar que algo não tem muita qualidade.

Prêmio devolvido

Em julho deste ano, a marca esteve envolvida em uma grande polêmica publicitária, que levou ao rompimento com a agência e até à devolução do prêmio conquistado no prestigiado e tradicional Festival de Cannes.

Questionada hoje se há uma relação do reposicionamento agora com o episódio, Bertha Fernandes diz que não, e que esse novo momento “inaugura um novo capítulo da história da marca”. Gustavo Ambar, reforça que o caso de Cannes é “página virada” para a empresa. “Foi uma situação pontual, que a gente já tomou as medidas todas cabíveis, que eram necessárias. Já veio a público até as devidas responsabilizações e pra gente é uma página totalmente superada”, disse o executivo.

A então agência, a DM9, teria manipulado imagens de uma campanha inscrita no festival publicitário usando inteligência artificial (IA). O caso gerou o debate sobre os limites do uso de IA no mercado criativo.

A peça publicitária chamada “Economia Eficiente de Energia” feita para a Consul incentivava consumidores a trocarem eletrodomésticos velhos por novos, usando a economia que teriam na conta de luz para bancar o novo produto, mais econômico. O trabalho recebeu o prêmio Cannes Lions 2025.

Contudo, o vídeo produzido pela agência continha manipulação de imagens com o uso de IA que simulava resultados de campanha, e simulou até mesmo uma reportagem da CNN Brasil sobre o setor energético, que, manipulada, dava a entender que divulgava a iniciativa da Consul, com alteração de narração da jornalista e apresentadora Gloria Vanique no vídeo feito pela DM9.

Com a descoberta, nove dias depois da premiação, o Cannes Lions pediu a cassação do prêmio.

Fontes do mercado informaram à IstoÉ Dinheiro na época que o valor da conta Consul na DM9 podia chegar a casa dos R$ 120 milhões anuais. A agência tampouco confirmou esse valor ou deu detalhes sobre as cifras do contrato.