terça-feira, 29 de novembro de 2016

OCDE vê impulso dos EUA à economia global e estagnação do Brasil em 2017


OCDE vê impulso dos EUA à economia global e estagnação do Brasil em 2017

O crescimento global vai acelerar mais rápido do que se esperava nos próximos meses uma vez que os cortes de impostos planejados pela administração de Trump e os gastos públicos aquecem a economia dos Estados Unidos, com expectativa de estagnação no Brasil em 2017, disse a OCDE nesta segunda-feira.

Em seu Panorama Econômico, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico revisou suas previsões para cima e estimou que o crescimento global vai acelerar de 2,9 por cento este ano a 3,3 por cento em 2017 e chegará a 3,6 por cento em 2018.

Quanto a economia do Brasil, a previsão para 2016 piorou, apontando contração de 3,4 por cento ante estimativa anterior de recuo de 3,3 por cento. Mas para 2017 a conta apresentou melhora, com a OCDE projetando estagnação ante contração de 0,3 por cento antes. Para 2018 a organização vê um crescimento de 1,2 por cento.
 
A organização com sede em Paris foi ligeiramente mais otimista sobre as perspectivas dos Estados Unidos, com uma previsão de crescimento no próximo ano de 2,3 por cento, ante 2,1 por cento previstos em setembro.
 
O crescimento dos EUA vai acelerar mais em 2018 para 3,0 por cento, a taxa mais alta desde 2005, com a administração Trump prometendo cortar impostos para pessoas jurídicas e físicas, além de iniciar um programa de investimento em infraestrutura.
 
Uma renovada economia norte-americana vai ajudar a compensar a fraqueza em outros lugares do mundo.
O OCDE mostrou-se ligeiramente menos pessimista sobre o cenário para o Reino Unido do que em setembro, uma vez que o banco central tem ajudado a aliviar o impacto econômico da decisão de deixar a União Europeia.
 
A economia britânica deve crescer 2,0 por cento este ano, contra 1,8 por cento estimado anteriormente, embora a taxa possa cair pela metade até 2018.
 
A previsão para a China, que não é membro da OCDE, é de um crescimento de 6,7 por cento neste ano e de 6,4 por cento em 2017, ambos um pouco melhor do que o esperado anteriormente.
 
A perspectiva para a zona do euro também foi ligeiramente melhor, apesar das incertezas sobre o futuro relacionamento do Reino Unido com o continente. Impulsionado pela política monetária frouxa, o crescimento da região foi projetado em 1,7 por cento neste ano e em 1,6 por cento em 2017, ambos revisados com ligeira alta 

(Reuters, 28/11/16)

Serra: “Estar no Mercosul atrapalha nossa negociação de açúcar com a UE”



Serra: “Estar no Mercosul atrapalha nossa negociação de açúcar com a UE”

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou nesta segunda-feira, 28, que o fato de o Brasil fazer parte do Mercosul atrapalha as tentativas de negociar açúcar para a União Europeia. "Fragiliza a nossa posição", disse o chanceler brasileiro, no encerramento do Unica Fórum, evento promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar, em São Paulo.

"O problema do Mercosul é o problema da alta competitividade (do açúcar brasileiro). A alta competitividade, por incrível que pareça, em certas circunstâncias, chega a ser um problema, não porque é ruim chegar a ela, mas porque provoca reações defensivas nos países que são nossos mercados", afirmou. "E no Mercosul, o que me preocupa, especialmente, é que atrapalha nossas negociações com a União Europeia", acrescentou.

Para Serra, o açúcar enfrenta diversos problemas para acessar outros mercados no exterior. "Somos exportadores a nível mundial, de primeira linha, e esse é o setor, entre os que têm certo tamanho, que tem mais obstáculos ao comércio no mundo inteiro", lamentou o ministro, citando em seguida medidas protecionistas adotadas recentes pela China, em favor da produção de açúcar em uma de suas províncias.

"As medidas não foram feitas contra o Brasil, mas nos atingem, porque somos metade das importações da China", disse. Sobre o etanol, Serra disse que o sucesso dele no Brasil depende de sua transformação em uma commodity, sugerindo que outros países começassem a investir no produto.

"Precisamos ter escala na produção e no comércio internacional, no sentido de viabilizar que o etanol vire uma commodity, e aí a produção brasileira sairá fortalecida em razão da nossa alta competitividade", afirmou o chanceler

 (Agência Estado, 28/11/16)

Samsung avaliará cisão do grupo e criação de holding


Mudanças vêm após o fundo de hedge Elliott pedir em outubro que a empresa sul-coreana se divida em uma holding e uma empresa operacional

 




Seul – A gigante da tecnologia Samsung, sob pressão dos acionistas para melhorar o retorno aos investidores, disse nesta terça-feira que considera criar uma holding, no que seria o maior movimento de reestruturação em seus 47 anos de história.

As mudanças e um plano para elevar dividendos vêm após o fundo de hedge Elliott pedir em outubro que a empresa sul-coreana se divida em uma holding e uma empresa operacional.

Mas a maior fabricante mundial de smartphones, chips de computador e televisores, disse ser absolutamente neutra sobre o processo e deu poucos detalhes sobre a potencial reestruturação.

“A revisão não indica direção ou intenção do conselho para um ou outro caminho”, disse a empresa, que contratou consultores externos para uma revisão que deve levar ao menos seis meses.

A Samsung, avaliada em cerca de 224 bilhões de dólares, viu suas ações fecharem estáveis. O aumento de dividendos de 2016 ficou aquém de algumas previsões, com a incerteza sobre a reestruturação mantendo investidores cautelosos, disseram analistas.

A Samsung não mencionou diretamente a Elliott em sua declaração, mas a empresa sul-coreana prometeu responder sobre as propostas do fundo até o fim de novembro.

A Samsung prometeu retornar 50 por cento do fluxo de caixa livre aos acionistas entre 2016 e 2017, ficando aquém do pedido de Elliott de 75 por cento e para pagar um dividendo especial de 26 bilhões de dólares.

Executivos da Samsung não comentaram sobre a reestruturação nesta terça-feira.


Governo do Brasil ouvirá setor de biocombustíveis para lançar plano



Governo do Brasil ouvirá setor de biocombustíveis para lançar plano

O governo federal pretende lançar um plano de longo prazo para o desenvolvimento dos biocombustíveis no Brasil, principalmente o etanol e o biodiesel, o que será discutido em uma reunião com os agentes do setor agendada para 13 de dezembro no Ministério de Minas e Energia, disse a jornalistas nesta segunda-feira o ministro da pasta, Fernando Coelho Filho.

O ministro disse que o objetivo do plano RenovaBio -Biocombustíveis 2030, atualmente em estudo no governo, é dar "tranquilidade, estabilidade e previsibilidade" para os investidores do setor.
 
Ele afirmou ainda que os planos do governo para os biocombustíveis visam tirar o país da atual situação de "interrogação" sobre o futuro do segmento para um papel de protagonista. Isso seria feito, segundo ele, com ações para assegurar condições de investimento para o setor privado, sem grande intervencionismo estatal nas políticas setoriais.
 
"Que o Brasil possa sair dessa interrogação, se vai para a frente, se não vai, e possa ocupar de fato seu lugar de destaque na liderança, não só no volume mas na detenção da tecnologia dos combustíveis verdes", afirmou Coelho Filho, que falou com jornalistas durante evento da União da Indústria da Cana-de-Açúcar em São Paulo

 (Reuters, 28/11/16)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/governo-do-brasil-ouvira-setor-de-biocombustiveis-para-lancar-plano.html?utm_source=Newsletter&utm_medium=E-mail-MKT&utm_campaign=E-Mkt_RGB/#.WD2_Q26nynU

Empresas investem em robôs, mas clientes querem falar com pessoas


Muitas empresas estão, inclusive, substituindo o contato presencial pelo virtual para economizar

 


São Paulo – Cada vez mais, empresas estão implementando chatbots, ou programas de computador que simulam conversas como se fossem humanos, para fazerem o atendimento aos clientes.

Os robôs são uma alternativa mais barata e eficiente para resolver problemas simples e permitem que os atendentes deem mais atenção às situações complexas.

Muitas estão, inclusive, substituindo o contato presencial pelo virtual: somente 47% das empresas pesquisadas oferecem a disponibilidade de falar com alguém pessoalmente, confiando em outros meios de comunicação, como web chat e e-mail.

No entanto, não é o que os consumidores querem: 79% dos consumidores preferem a interação humana, por telefone ou pessoalmente, no contato com marcas e fornecedores de serviços, segundo uma pesquisa feita pela Verint, companhia de softwares de inteligência e otimização do engajamento do cliente.

Ela entrevistou mais de 24 mil consumidores em 12 países com o apoio da Opinium Research LCC e da consultoria IDC. O resultado foi a pesquisa “O ponto crítico digital: como as empresas equilibram as demandas digitais e humanas do customer service?”.

A maioria dos clientes ainda escolhe usar o telefone (24%) ou ir pessoalmente (23%) para solucionar alguma dúvida ou problema e 73% dos entrevistados disseram não gostar de lidar com uma empresa que não forneça um número de telefone.

Entre os canais digitais, 22% dos entrevistados querem o acesso a uma conta on-line, 14% desejam a possibilidade de comunicação via e-mail e 9% preferem se conectar usando aplicativos de celular.

A preferência pelo contato pessoal fica ainda maior quando a complexidade do problema aumenta. Cerca de 34% preferem ir à companhia quando têm dúvidas mais complicadas, enquanto 33% prefere se comunicar via telefone. O email é preferido por apenas 7% das pessoas nesses casos.

O varejo lidera a preferência dos entrevistados pelo contato pessoal (48%). Já os setores de cartões de crédito e utilities (gás, energia e água) lideram a preferência dos consumidores pelo atendimento via telefone, com 35% e 30% das preferências respectivamente.


Falta qualidade


Segundo os clientes, os serviços digitais não são tão bons quanto o esperado. Cerca de 67% afirmou que serviços de atendimento on-line ou via dispositivos móveis deveriam ser mais rápidos, intuitivos e atender melhor às suas necessidades.

O telefone também pode ajudar a vender mais: 25% dos entrevistados fariam uma avaliação positiva da empresa e 18% renovariam sua contratação do serviço ou comprariam novamente o produto através de um contato telefônico. Além disso, 70% dos entrevistados acreditam receber um serviço melhor falando ao telefone do que online.

“O contato humano ainda é primordial para os consumidores, aumentando as chances de as empresas alcançarem o equilíbrio certo para efetuar serviços, manter os clientes, influenciar as vendas e melhorar o compromisso e a lealdade do consumidor”, explica afirma Mary Wardley, Vice-Presidente de Aplicativos Empresariais e Software CRM da IDC.

“As empresas que consideram canais mais baratos e digitais precisam se assegurar de terem entendido as preferências dos clientes e a influência que essa opção tem no comportamento e no compromisso deles”, destaca Dave Capuano, vice-presidente global de marketing integrado da Verint.


Queda do avião da Chapecoense comove o mundo






Imprensa norte-americana afirma que o time catarinense aumentou o orgulho de Chapecó


Por Agência Brasil*
Polícia colombiana confirma 76 mortos em avião da Chapecoense


O acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense para Medellín (Colômbia), comoveu o mundo. A tragédia mobilizou clubes de futebol como a imprensa internacional. Entre as equipes que se solidarizaram estão os gigantes espanhóis Real Madrid e Barcelona. Antes do início dos treinamentos dos times nesta terça, os atletas se reuniram no centro do gramado para prestar homenagem com um minuto de silêncio. Outra equipe a se manifestar foi o Benfica, de Portugal. Através de um comunicado oficial, o clube se prontificou a prestar auxílio. “Perante a tragédia que tocou uma vez mais o mundo do futebol, o Sport Lisboa e Benfica, de forma solidária, manifesta a sua disponibilidade para apoiar a Associação Chapecoense de Futebol na criação de condições para amenizar o sofrimento e superar a perda desportiva”, revela a nota.

Nos Estados Unidos, o “New York Times” destacou o fato.  “O time da Chapecoense aumentou o orgulho em Chapecó, uma cidade relativamente próspera com uma economia que depende da grande operação de empresas na área de alimentos”, diz a reportagem. O clube catarinense foi denominado como “um tipo de Cinderela de uma pequena cidade, que se juntou à primeira divisão do Brasil em 2014” pelo “Washington Post”. O britânico “Guardian” afirma que “esta deveria ter sido a semana mais gloriosa na história de um clube relativamente pequeno dentro do ecossistema do futebol brasileiro”. O “El País”, da Espanha, recordou que o clube passou por dificuldades financeiras antes de subir para a primeira divisão do futebol brasileiro em 2014. 

O “Marca”, da Espanha, fez uma homenagem ao jogador Cleber Santana, que jogou no Atlético de Madrid. “Jamais um conto de fadas teve um final mais trágico”, sublinha o diário esportivo em outra reportagem. A notícia lembra, também, que a Chapecoense saiu da série D para jogar sua primeira final internacional em somente sete anos. 


O acidente


A Polícia colombiana confirmou que mais de 70 pessoas que estavam a bordo do avião que levava o time da Chapecoense morreram no acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (29). Entre as pessoas que estavam na aeronave, havia jogadores, dirigentes esportivos e jornalistas. O avião era um British Aerospace 146, gerenciado pela companhia boliviana Lamia. Ele teria desaparecido do radar e feito um pouso forçado, devido a uma falha elétrica, em Cerro Gordo, nas proximidades da cidade de La Unión. Fontes locais declaram que a aeronave estava a apenas cinco minutos de voo do aeroporto mais próximo, mas o piloto decidiu arriscar o pouso antes. A investigação do acidente tem duas linhas. Uma delas estuda uma possível pane seca. Outra cogita a hipótese que o piloto teria esvaziado os tanques de combustível para evitar uma explosão. 

Ao menos 22 jogadores da Chapecoense estavam no avião. Dos atletas, sobreviveram o goleiro Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel, além do zagueiro Neto. Alguns atletas não embarcaram com a delegação, como Neném, Hyoran, Martinucico, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson, que não vinham sendo usados pelo técnico Caio Júnior, que também faleceu. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de convidados do clube, mas não viajou. O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Gelson Merisio, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estavam na lista de convidados do voo da Chapecoense, mas nenhum dos dois embarcou com a delegação.

As vítimas do elenco são os laterais Giménez, Dener e Caramelo; os zagueiros Marcelo, Filipe Machado e Thiego; os meio-campistas Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela, além do goleiro Danilo.
Entre os 72 passageiros, além dos 22 jogadores, havia 18 membros da comissão técnica, oito da diretoria, três convidados, incluindo o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, e 21 representantes da imprensa, inclusive o ex-jogador e ex-técnico Mário Sérgio, comentarista dos canais Fox Sports.


Confira a lista de passageiros do voo:


Atletas:

1. Danilo
2. Gimenez
3. Bruno Rangel
4. Marcelo
5. Lucas Gomes
6. Sergio Manoel
7. Felipe Machado
8. Matheus Biteco
9. Cleber Santana
10. Alan Ruschel
11. William Thiego
12. Tiaguinho
13. Neto
14. Josimar
15. Dener
16. Gil
17. Ananias
18. Kempes
19. Follmann
20. Arthur Maia
21. Mateus Caramelo
22. Aílton Canela

Comissão técnica:

22. Caio Júnior
23. Duca
24. Pipe Grohs
25. Anderson Paixão
26. Anderson Martins
27. Dr. Marcio
28. Gobbato
29. Cocada
30. Serginho
31. Serginho
32. Adriano
33. Cleberson Silva
34. Maurinho
35. Cadu
36. Chinho di Domenico
37. Sandro Pallaoro
38. Cezinha
39. Giba

Diretoria:

40. Plínio D. de Nes Filho
41. Nilson Folle Júnior
42. Decio Burtet Filho
43. Edir de Marco
44. Ricardo Porto
45. Mauro dal Bello
46. Jandir Bordignon
47. Dávi Barela Dávi

Convidados:

48. Delfim Peixoto Filho
49. Luciano Buligon
50. Gelson Meisão

Imprensa:

51. Victorino Chermont
52. Rodrigo Gonçalves
53. Devair Paschoalon
54. Lilacio Júnior
55. Paulo Clement
56. Mario Sergio Paiva
57. Guilher Marques
58. Ari Júnior
59. Guilherme Laars
60. Giovane Klein
61. Bruno Silva
62. Djalma Neto
63. Adré Podiacki
64. Laion Espindula
65. Rafael Henzel
66.
Renan Agnolin
67. Fernando Schardong
68. Edson Ebeliny
69. Gelson Galiotto
70. Douglas Dorneles
71.
Jacir Biavatti

*Com Agência Ansa.
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Beneficiados pela crise, outlets vão dobrar em 3 anos


Empresas donas de shopping centers estão vendo uma forma de crescer gastando menos: os outlets




São Paulo – Neste momento de crise, o setor de outlets – centros de compra que vendem produtos com desconto – está preparando um salto vigoroso nos próximos anos.

Empresas conhecidas pelos shopping centers tradicionais, como a General Shopping e a Iguatemi, estão concentrando seus esforços de expansão no segmento.

Como o consumidor está com o orçamento curto e não existe a previsão de uma virada rápida da economia, o varejo parece ter entendido que, para conseguir crescer, terá de oferecer boas barganhas.

Especializada no segmento, a Associação Brasileira de Outlets (About) espera que o setor praticamente dobre de tamanho até 2019. Só para o ano que vem, a consultoria prevê a inauguração de mais quatro empreendimentos.

A projeção é que essas aberturas inflem o faturamento do setor em 40% no próximo ano, para R$ 4,5 bilhões. Ao fim de 2019, a expectativa é que o País chegue a 22 outlets, dez a mais do que a quantidade atual.

Embora o mercado de outlets seja bem menos desenvolvido do que o de shopping centers – que já tem mais de 500 empreendimentos no País, segundo a Abrasce, entidade que reúne empresas do setor -, as companhias estão vendo nos centros de desconto uma forma de crescer gastando menos.

Segundo Sérgio Zukov, diretor de operações da Iguatemi, construir um outlet novo custa R$ 150 milhões, enquanto o desembolso para um shopping center pode chegar a R$ 300 milhões.

‘Cartilha’

 

Atualmente com 17 shopping centers no portfólio, a Iguatemi não tem nenhuma nova inauguração neste setor nos próximos três anos.

Dona de um outlet em Novo Hamburgo (RS), a companhia prevê mais três empreendimentos do gênero para os próximos anos.

O executivo diz que a companhia segue de perto a cartilha clássica desse tipo de empreendimento, criada nos EUA nos anos 1980: construções a custos baixos, fora do centro das cidades e em regiões de alta concentração de renda.

Um dos novos empreendimentos da Iguatemi será inaugurado em Porto Belo, cidade que fica na região de Florianópolis. A ideia é atender aos turistas que queiram incluir pelo menos um dia de compras na temporada de verão.

“Já estamos testando isso em Novo Hamburgo. As operadoras de turismo já incluem, nos pacotes para visita a Gramado, um dia de compras no outlet”, conta.

Entre as empresas mais tradicionais de shopping center, no entanto, a General Shopping saiu na frente quando o assunto é outlet.

Ela é dona do primeiro empreendimento do renascimento do setor no País – o Outlet Premium da Rodovia dos Bandeirantes, em Itupeva (SP).

A companhia tem hoje quatro outlets em operação e prevê dobrar essa quantidade até o fim de 2018, segundo Alexandre Dias, diretor-presidente da General Shopping.

O executivo não revela onde as novas unidades serão instaladas, mas diz que todas seguirão o padrão estabelecido pelo Outlet Premium, presente também no Rio de Janeiro, em Salvador e em Brasília.

Essa padronização revela uma estratégia diferente do que adotou a companhia nos shopping centers. A empresa tem shoppings de grande porte (caso do Internacional Shopping Guarulhos), voltados à classe C, temáticos (como o Auto Shopping Internacional) e até de bairro. No terceiro trimestre, a companhia se desfez de dois shoppings do portfólio.

Com a experiência que adquiriu no ramo, Dias conta que duas decisões são fundamentais na construção de um outlet: a localização e o mix de lojas.

“Não adianta construir um empreendimento em uma estrada cercada por uma região pobre. Se o mix de lojas for inferior, o outlet também não vai ‘performar’ bem.”

 

Diferença


R$ 150 mi é o valor médio para a construção de um outlet de grande porte
R$ 300 mi é quanto pode custar um novo shopping center, em média.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.