quinta-feira, 24 de março de 2022

Dólar marca 7ª queda seguida ante real com Brasil continuando a atrair recursos


Dólar marca 7ª queda seguida ante real com Brasil continuando a atrair recursos

Notas de cem dólares


Por Luana Maria Benedito
 

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar encerrou esta quinta-feira em queda –embora bem longe de mínimas intradiárias abaixo de 4,80 reais, que atraíram compradores–, com os participantes do mercado sem enxergar perspectivas de um final para o fluxo contínuo de recursos estrangeiros que tem entrado no Brasil desde o início do ano.

Em queda pela sétima sessão seguida, a divisa norte-americana marcou sua maior sequência de desvalorizações diárias desde uma série de mesma duração finda em 22 de abril de 2021, caindo 6,34% no período.

Vanei Nagem, sócio proprietário da Pronto!Invest, disse à Reuters que “não mudou esse cenário de fluxo estrangeiro entrando pesado” no mercado brasileiro. “Apesar de o mundo todo estar nervoso, o dólar continua caindo (contra o real); não tem como segurar essa queda neste momento.”

Com a taxa Selic em dois dígitos, os juros básicos brasileiros são apontados por especialistas como o principal fator de impulso para o real neste início de ano. A taxa básica de juros saiu de uma mínima histórica de 2%, atingida durante a pandemia, para os atuais 11,75%.

E a taxa deve continuar a subir, atingindo 12,75%, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, segundo sinalização do Banco Central. Embora algumas instituições financeiras e participantes do mercado projetem a Selic acima de 13% ao fim do atual ciclo de aperto, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, apontou um cenário de ajuste final de 1 ponto percentual em maio como o mais provável.

Seus comentários, feitos nesta quinta-feira, derrubaram as taxas dos principais DIs ao longo de toda curva de juros brasileira.

Mas, independentemente de qual será o patamar terminal da Selic, o fato é que o Brasil tem atualmente uma das maiores taxas de juros nominais do mundo, atrás apenas de Rússia, Turquia e Argentina, países considerados muito arriscados, com os dois últimos assolados ainda por taxas de inflação galopantes.

Isso torna o Brasil uma opção atraente para investidores que buscam retornos elevados com estratégias de “carry trade”, que consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo (como o dólar) e aplicação desses recursos numa divisa que oferece rendimento maior.

Nos Estados Unidos, país de referência global para investimentos, a taxa básica de juros está numa faixa entre 0,25% e 0,50%, após o Federal Reserve ter promovido aperto de 0,25 ponto percentual na semana passada.

Além de se beneficiar do amplo diferencial de juros entre Brasil e EUA, o real também tem refletido a disparada no preço de várias commodities desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Nagem chamou a atenção para o fato de o dólar ter rompido suportes técnicos de maneira sucessiva, cruzando as marcas de 5,00 reais, 4,90 reais e 4,85 reais nas últimas sessões. Nesta quinta-feira, na mínima intradiária do pregão, a moeda chegou a tocar 4,7656 reais, embora não tenha conseguido se sustentar abaixo dos 4,80 até o fim dos negócios, já que o preço baixo atraiu compradores.

O dólar à vista encerrou o dia em queda de 0,28%, a 4,8311 reais na venda, menor cotação desde 13 de março de 2020 (4,8128). A sessão foi volátil, com a moeda trocando de sinal várias vezes ao longo das negociações. No pico do dia, chegou a subir 0,29%, a 4,8587 reais.

Com o desempenho desta quinta-feira, o dólar agora recua 13,3% no acumulado de 2022 frente ao real, que lidera os ganhos globais contra a divisa dos EUA no período.

Segundo Nagem, o dólar deve se desvalorizar ainda mais no curto prazo, em direção aos 4,60 reais, patamar apontado por ele como a barreira de resistência mais forte para a moeda no momento.

Já Bruno Mori, planejador financeiro na Planejar, disse que vê os 4,50 reais como ponto de suporte para a divisa norte-americana. Ele não descartou, no entanto, a possibilidade de haver eventuais ajustes para cima em seu preço, já que “movimentos muito rápidos de queda tendem a ser corrigidos com algumas altas posteriores em alguns dias”.

Na B3, às 17:06 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,27%, a 4,8485 reais.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/dolar-marca-7a-queda/


quarta-feira, 23 de março de 2022

15 franquias para investir no setor que mais cresce a partir de R$ 19 mil

 


É possível começar a investir no ramo com menos de R$ 20 mil, em modelos home office (Divulgação/divulgação)






Franquias do segmento de Casa e Construção cresceram 19,3% em 2021. EXAME selecionou algumas opções

 

 

 

 É possível começar a investir no ramo com menos de R$ 20 mil, em modelos home office (Divulgação/divulgação)

 

 

Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), pelo segundo ano consecutivo, as franquias do segmento de Casa e Construção foram as que mais cresceram. Os negócios do segmento avançaram 19,3% em 2021 em comparação ao ano anterior. 

Com o isolamento da pandemia, muitas pessoas aproveitaram para reformar e decorar os lares, o que ajudou o segmento a crescer. A tendência continuou a se manter no ano passado, apesar da flexibilização, com o fator adicional que foi o aquecimento da construção civil.   

Por isso, EXAME selecionou algumas opções de franquias do segmento de decoração e construção para quem quiser aproveitar o bom momento do ramo. Como qualquer empreendimento, o ideal é estudar o mercado e conversar com outros franqueados antes de assinar o contrato. 

As informações a seguir foram fornecidas pelas próprias franqueadoras.

Confira, a seguir, quinze franquias do setor de Casa e Construção para abrir uma empresa com até R$ 19 mil:

1. sofacomzelo

Com 12 anos de mercado, a sofacomzelo é uma rede especializada em higienização e blindagem de estofados, do mesmo grupo da Dryjet, especializada na limpeza de automóveis. A rede tem planos de chegar a 40 unidades até o final de 2022. 

Investimento inicial: R$ 19 mil 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 06 a 18 meses


2. Blue Sol Energia Solar 

Há 12 anos no mercado, a Blue Sol é uma rede de franquias especializada em energia solar fotovoltaica. A empresa possui 200 franquias em atividade e deve chegar à marca de 500 unidades em 2022. A franquia possui um modelo de negócio home based em que o franqueado se dedica exclusivamente ao relacionamento com os clientes, venda de sistemas de energia solar fotovoltaica e à avaliação técnica do local onde os sistemas serão instalados. A franqueadora, por sua vez, fica responsável pela engenharia, desenvolvimento de projeto, instalação dos sistemas de energia solar, homologação e conexão à rede elétrica. 

Investimento inicial: R$ 25 mil 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 4 meses.

 

3. Love Gifts

Criada em 2014, a Love Gifts é uma rede focada em presentes e objetos de decoração. A primeira loja foi inaugurada em Campina Grande (RN) e, desde então, a Love Gifts já soma 65 unidades em funcionamento. Em 2021 a rede ultrapassou a marca dos R$ 9 milhões em faturamento. Para 2022, a expectativa da marca é alcançar 100 lojas em atuação e faturamento de R$ 15 milhões.

Investimento inicial: Entre R$ 28 mil (home based) a R$ 122 mil (lojas)

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 12 a 30 meses 

 

4. Doutor Sofá 

A rede de franquias Dr. Sofá é especializada em limpeza e impermeabilização de estofados (sofás, colchões, estofados de veículos, entre outros). Criada em 2013, em Joinville (SC), tem mais de 200 unidades, sendo quatro próprias. 

Investimento inicial: a partir de R$ 32 mil (home based)

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 6 meses

 

5. Tintas MC

Fundada em 1964, a Tintas MC é uma rede de lojas de tintas do Brasil. Com mais de 160 unidades, a marca atua nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Bahia, Rondônia e Distrito Federal. A atuação do franqueado está na gestão do negócio com foco na área de vendas internas e externas e controle do estoque. Além de desenvolver relacionamento e promover eventos locais com os pintores, arquitetos e designers de interiores.

Investimento inicial: de R$ 80 mil (conversão e shop in shop) a  R$ 305 mil (loja tradicional) 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 24 a 36 meses

 

6. Prospecta Obras  

Fundada em 2008, a rede é uma solução que entrega informações sobre construções civis em andamento em todo o Brasil, reduzindo custos e otimizando o trabalho de lojistas e indústrias do setor. Em 2014, entrou para o ramo de franquias e, desde então, acumula 92 franquias distribuídas em mais de 70 cidades de todo o país. 

Investimento inicial: a partir de R$ 100 mil

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): até 6 meses

7. Moldura Minuto 

Criada em 1999, a Moldura Minuto é especializada em emolduramento e instalação de quadros, além de venda de fotos e peças de arte. Atualmente, a companhia possui 60 unidades situadas em 25 cidades brasileiras, Desde 2019, a franquia conta com um e-commerce para atender clientes de todo o Brasil. 

Investimento inicial: a R$ 110 mil (smart) a R$ 240 mil (lojas convencionais) 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 13 e 24 meses

 

8. Pormade Portas

Com sede em União da Vitória, interior do Paraná, a Pormade Portas é uma rede que fabrica e vende kits prontos e avulsos de portas, rodapés, biombos, papéis de parede, fechaduras e outros acessórios para a casa. Atualmente, a rede possui 40 lojas que funcionam como um showroom físico de demonstração de produtos, que dá suporte e bagagem para que o franqueado possa realizar a venda por meio da plataforma de e-commerce da rede. 

Investimento inicial:  R$ 120 mil

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 12 meses

 

9. ENERGY BRASIL

Fundada em São José do Rio Preto (SP), em 2018, a Energy Brasil tem 432 unidades, sendo 430 franquias e duas próprias. Os modelos de negócio são store e contêiner. O papel do franqueado é fazer a comercialização, instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos. 

Investimento inicial: R$ 150 mil (store e contêiner)

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 12 meses

 

10. iGUi 

A iGUi é fabricante de piscinas em PRFV (poliéster reforçado com fibra de vidro) e está presente com indústrias (máster franquias) e lojas (franquias) em mais de 50 países. A rede iniciou suas atividades na cidade de Gravataí (região metropolitana de Porto Alegre), no Rio Grande do Sul, em junho de 1995. Atualmente conta com mais de 1.200 unidades entre lojas de piscinas e franquias TRATABEM no Brasil e exterior, nos cinco continentes. 

Investimento inicial: a partir de R$ 250 mil.

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 24 meses

 

11. Euro Colchões

Fundada em 2005, a Euro Colchões é uma marca de colchões premium, com atuação em toda a Região Sudeste. São mais de 65 lojas espalhadas pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. 

Investimento inicial: R$280 mil 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 24 meses 


12. Disensa

A rede de franquias de material de construção da multinacional suíça LafargeHolcim chegou ao Brasil em 2018. Desde então, acumulou mais de 226 unidades e, só no ano passado, aumentou o número de franqueados em 60%. A companhia atua com dois modelos: novas franquias e conversão de lojas de material de construção que já estão funcionando, mas querem integrar a rede.

Investimento inicial: entre R$ 300 mil até R$ 600 mil 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 18 meses (lojas novas) e 12 meses (conversão) 

 

13. Evviva  

Criada em 2002, a fabricante e lojas de móveis planejados, a Evviva entrou no mercado de franquias recentemente. Com um parque fabril na cidade gaúcha de Bento Gonçalves, a rede é conhecida por fabricar peças em MDF. A Evviva possui diferentes modelos de franquias e tamanhos de loja, que variam de acordo com a praça em que será localizada e a expectativa de faturamento do franqueado. 

Investimento inicial: Entre R$ 500 mil e R$ 1,5 mi de reais. 

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 18 a 36 meses 

 

14. Casa do Construtor

A Casa do Construtor é uma rede de franquias especializada em locação de equipamentos para construção civil, pequenos reparos, manutenção, limpeza pesada e jardinagem. Fundada em 1993, as lojas oferecem opções desde itens como container, andaime, betoneira, rompedor, misturador, compactador de solo, gerador até peças mais leves como furadeira e serras. Atualmente, possui 400 unidades em todo o Brasil e duas unidades no Paraguai. 

Investimento inicial: a partir de R$ 661 mil

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 36 a 42 meses

 

15. FranPaint

A FranPaint uma franquia de fábrica de tintas que, atualmente, conta com três unidades localizadas em São Bernardo do Campo, Santa Cruz do Rio Pardo e Franca. A expectativa é que nos próximos dois anos a FranPaint atinja a marca de 12 franquias. 

Investimento inicial: R$ 1,5 milhão

Previsão de retorno (estimado pela franqueadora): 24 meses

 

 https://exame.com/pme/15-franquias-para-investir-no-setor-que-mais-cresce-a-partir-de-r-19-mil/

Campos Neto: Mundo se preparou para depressão, mas encontrou recessão

Campos Neto tem mandato de presidente do Banco Central estendido até 2024 |  CNN Brasil

Os Bancos Centrais esperavam ajuste entre o consumo de bens e serviços, o que não se normalizou com o fim da pandemia, afirmou Campos Neto

 

Por Estadão Conteúdo

 

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quarta-feira, 23, que o mundo se preparou para uma depressão, mas encontrou uma recessão. De acordo com o comandante do BC, durante a pandemia, com baixa mobilidade e transferência grande de recursos, as pessoas deixaram de consumir serviços e passaram a consumir bens.

 Os Bancos Centrais, disse o presidente do BC brasileiro, esperavam ajuste entre o consumo de bens e serviços, o que não se normalizou com o fim da pandemia.

"Produzir bens consome mais energia do que produzir serviços. Se tive uma mudança de serviços para bens, sobro com demanda extra de energia, que começou a elevar o preço", falou Campos Neto, em evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Fiesp, sobre regras fiscais.

 Além disso, o presidente do BC repetiu que, se o preço da energia sobe, há incentivo para investimentos. Mas, segundo isso pela primeira vez isso não ocorreu.

 

Política monetária em ambiente de incerteza

 

Campos Neto afirmou também que o grande tópico hoje é como fazer política monetária em um ambiente de incerteza. Segundo o presidente do BC, o ambiente de incerteza já dura bastante tempo gerado por "diversos fatores".

"Se existe grande preocupação de como fazer em ambiente de incerteza, deveria existir de como fazer política fiscal em ambiente de incerteza", disse ele.

Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo

Ficheiro:Reuters logo.svg – Wikipédia, a enciclopédia livre



Por Kenneth Li e Guy Faulconbridge

 

 

(Reuters) – A Reuters removeu a Tass de seu marketplace de conteúdo voltado a clientes institucionais, segundo uma mensagem da empresa à equipe nesta quarta-feira, em meio a críticas crescentes sobre como a agência de notícias estatal da Rússia está retratando a guerra na Ucrânia.

“Acreditamos que disponibilizar o conteúdo da Tass no Reuters Connect não está alinhado com os Princípios de Confiança da Thomson Reuters”, escreveu Matthew Keen, presidente-executivo interino da Reuters, em um memorando interno nesta quarta-feira.

Os Princípios de Confiança da Reuters, criados em 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial, obrigam a Reuters a agir com integridade, independência e isenção de vieses.

A Tass não comentou imediatamente.

A agência de notícias russa foi acusada por alguns meios de comunicação ocidentais e grupos de liberdade de imprensa de espalhar falsas alegações e propaganda sobre a guerra na Ucrânia.

No início de março, a agência de fotos Getty Images cortou os laços com a Tass, de acordo com uma reportagem da Forbes. A matéria cita a declaração de um porta-voz da Getty dizendo que “para garantir a integridade do conteúdo que distribuímos, exigimos que parceiros e colaboradores cumpram”. A Tass não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, segundo a Forbes.

O Reuters Connect permitia que usuários, principalmente organizações de notícias, acessassem e compartilhassem o conteúdo da Tass. A ferramenta também oferece conteúdo da Reuters News e de cerca de 90 outros veículos, incluindo Variety, USA Today e CNBC.

A parceria da Tass com a plataforma Reuters Connect foi firmada em 2020. De acordo com o comunicado de imprensa divulgado na ocasião, o acordo da Tass com a Reuters Connect oferecia aos clientes “acesso a notícias de última hora e vídeos exclusivos; vídeos sobre o Kremlin e o presidente russo, Vladimir Putin, bem como vídeos de destaque e notícias gerais”.

Desde a invasão da Ucrânia, a parceria gerou fortes críticas nas redes sociais. Uma reportagem do Politico, publicada em 20 de março, citou jornalistas não identificados da Reuters dizendo que estavam envergonhados com a associação da empresa com a Tass.

A Reuters é de propriedade da empresa de notícias e informações Thomson Reuters.

(Por Kenneth Li e Guy Faulconbridg)


 https://www.istoedinheiro.com.br/reuters-remove-agencia-russa-2/

Eu me demito: Brasileiros estão pedindo demissão em ritmo recorde


Não foi fornecido texto alternativo para esta imagem
 
 
 
 
 
Tchau, chefe! Fui!!! 🏃‍♀️🏃🏼‍♂️🏃‍♀️🏃🏼‍♂️

Num movimento semelhante ao "Great Resignation", no qual mais de 4 milhões de americanos (por mês!!!) têm deixado seus empregos, o Brasil está assistindo a um elevado volume de trabalhadores(as) urbanos, pedindo demissão.

Atualmente, mesmo num cenário com taxa de desemprego superior a 13%, quase 500 mil trabalhadores estão pedindo as contas, mensalmente.
É cerca do dobro registrado nos anos anteriores.

O volume é tão expressivo que representa uma rotatividade de 15% nas vagas CLT!! 😳 Todo santo mês!

Algumas explicações e motivações para esse movimento:
- Culturas organizacionais tóxic@s
- Melhores condições de salário em outra oportunidade;
- Insegurança com relação ao futuro no emprego atual (baixo planejamento)
- Abordarem inadequada da empresa durante o periodo da p*ndemi@
- Busca por mais qualidade de vida e flexibilidade

A experiência e o desafio que vivemos nos últimos dois anos deram luz a novas possibilidades de relação com o trabalho e vida pessoal, fazendo com que as pessoas tolerem menos condições de trabalho ruins e almejem mais autorrealização na carreira.

Ou seja, paira no ar, para alguns, um clima de "não sou obrigado(a)..."

Mas será? Vamos observar o movimento com atenção nos próximos meses, para analisar se não está rolando uma fuga de responsabilidade e maturidade, em busca de um conforto e de garantias que ainda não foram conquistadas.

Momentos de transformação demandam reflexão crítica e madura...

Você conhece alguém que pediu demissão no último ano, ou esses dados parecem meio fantasiosos?

Será que veremos organizações mais flexíveis e melhores condições de trabalho daqui pra frente?

#demissão #homeoffice #qualidadedevida #dinheiro #reflexão #saúdemental

Os dados dessa publicação são apresentados no artigo "Eu me demito: fenômeno da grande resignação chega ao Brasil" escrito por Marcelo Soares para a VOCÊ S/A.
 
 
Algumas explicações e motivações para esse movimento:
- Culturas organizacionais tóxic@s
- Melhores condições de salário em outra oportunidade;
- Insegurança com relação ao futuro no emprego atual (baixo planejamento)
- Abordarem inadequada da empresa durante o periodo da p*ndemi@
- Busca por mais qualidade de vida e flexibilidade

A experiência e o desafio que vivemos nos últimos dois anos deram luz a novas possibilidades de relação com o trabalho e vida pessoal, fazendo com que as pessoas tolerem menos condições de trabalho ruins e almejem mais autorrealização na carreira.

Ou seja, paira no ar, para alguns, um clima de "não sou obrigado(a)..."

Mas será? Vamos observar o movimento com atenção nos próximos meses, para analisar se não está rolando uma fuga de responsabilidade e maturidade, em busca de um conforto e de garantias que ainda não foram conquistadas.

Momentos de transformação demandam reflexão crítica e madura...

Você conhece alguém que pediu demissão no último ano, ou esses dados parecem meio fantasiosos?

Será que veremos organizações mais flexíveis e melhores condições de trabalho daqui pra frente?

#demissão #homeoffice #qualidadedevida #dinheiro #reflexão #saúdemental

Os dados dessa publicação são apresentados no artigo "Eu me demito: fenômeno da grande resignação chega ao Brasil" escrito por Marcelo Soares para a VOCÊ S/A.
 
 
Alexandre Pellaes 

 
 
 https://vocesa.abril.com.br/economia/eu-me-demito-fenomeno-da-grande-resignacao-chega-ao-brasil/

terça-feira, 22 de março de 2022

Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos


Medida vale até o fim do ano e pretende conter inflação 
 
 
Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente

Até o fim do ano, o etanol e seis alimentos não pagarão imposto para entrarem no país. A redução a zero das alíquotas foi anunciada pelo Ministério da Economia, após reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).A medida beneficia os seguintes alimentos: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente. O imposto será zerado a partir desta quarta-feira (23), quando a medida for publicada no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida tem como objetivo segurar a inflação. "Estamos preocupados com o impacto da inflação sobre a população. Estamos definindo redução a zero da tarifa de importação de pouco mais de sete produtos até o final do ano. Isso não resolve a inflação, isso é com política monetária, mas gera um importante incentivo", declarou.

De acordo com a pasta, a medida fará o preço da gasolina cair até R$ 0,20 para o consumidor. Atualmente, o litro da gasolina tem 25% de álcool anidro. Por causa da alta recente dos combustíveis, o governo espera que a redução da tarifa de importação praticamente zere os efeitos do último aumento. "Temos uma estimativa que isso poderia levar a uma redução do preço da gasolina da ordem de R$ 0,20 na bomba. Isso é uma análise estática. Na prática, essa medida vai acabar arrefecendo a dinâmica de crescimento dos preços na ordem de R$ 0,20", disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.

Em relação aos produtos alimentícios, o Ministério da Economia informou que os produtos beneficiados são o que mais estão pesando na inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador mede o impacto dos preços sobre as famílias de menor renda. Atualmente, o café paga Imposto de Importação de 9%; a margarina, 10,8%; o queijo, 28%; o macarrão, 14,4%; o açúcar, 16%; o óleo de soja, 9% e o etanol, 18%.

 

Bens de capital

 
A Camex também aprovou a redução em mais 10%, até o fim do ano, o Imposto de Importação sobre bens de capital (máquinas usadas em indústrias) e sobre bens de informática e de telecomunicações, como computadores, tablets e celulares. A medida pretende facilitar a compra de equipamentos usados pelos produtores industriais e baratear o preço de alguns itens tecnológicos, quase sempre importados.

Em março do ano passado, o governo tinha cortado em 10% a tarifa para a importação de bens de capital e de telecomunicações. No total, o corte chega a 20%. Até o início do ano passado, as tarifas de importação desses produtos variavam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a primeira redução, a faixa tinha passado de 0% a 14,4%. Agora, as alíquotas passaram de 0% a 12,8%.

Em novembro do ano passado, o governo reduziu em 10% a tarifa de 87% dos bens e serviços importados até o fim deste ano. Na época, o governo alegou a necessidade de aliviar os efeitos da pandemia de covid-19 e que a medida já havia sido acertada com a Argentina. Segundo o Ministério da Economia, o governo deverá deixar de arrecadar R$ 1 bilhão com as medidas até o fim do ano.

Com Agência Brasil

 

 https://amanha.com.br/categoria/tributos/governo-zera-imposto-de-importacao-de-etanol-e-de-seis-alimentos?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Governo+zera+imposto+de+importa%C3%A7%C3%A3o+de+etanol+e+de+seis+alimentos+-+Grupo+Amanh%C3%A3+%283%29&utm_medium=email&utm_source=EmailMarketing&utm_term=News+Amanh%C3%A3+22_03_2022

Vale fornecerá produtos de níquel de baixo carbono à Northvolt

Vale Logo – Mineradora - PNG e Vetor - Download de Logo


A Vale informou que a Vale Canadá e a produtora de células de íon-lítio Northvolt AB anunciaram nesta terça-feira, 22, um acordo plurianual no qual a Vale irá fornecer produtos de níquel de baixo carbono à Northvolt, reforçando o compromisso compartilhado das empresas com a sustentabilidade na cadeia de veículos elétricos e eletrificação da indústria de mineração de forma geral. O contrato é fruto de mais de dois anos de negociação e será a plataforma de lançamento para uma maior cooperação em diversas áreas.

A mineradora destaca que o acordo reafirma a posição da Vale como fornecedora preferencial para a indústria de veículos elétricos em rápido crescimento e se alinha com o imperativo da Northvolt de minimizar as emissões de carbono e outros impactos ambientais na cadeia de valor das baterias.

“A Vale é líder global na produção de produtos de níquel de baixo carbono e alta pureza. Os rounds de níquel de sua refinaria de Long Harbour em Newfoundland, Canadá, têm uma pegada de carbono verificada de 4,4 toneladas de CO2 equivalente por tonelada de níquel – cerca de um terço da média apurada pelo Nickel Institute para o níquel Classe 1”, informa a Vale.

A empresa diz que se comprometeu a investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões para reduzir as emissões absolutas de carbono em 33% até 2030, como parte dos esforços para atingir emissões líquidas zero até 2050. A Vale também reduzirá as emissões da cadeia de valor em 15% até 2035.

A ambição da Northvolt é elevar o padrão de sustentabilidade para os produtores de baterias com um plano para reduzir as emissões de carbono em até 90% em comparação com as baterias de referência atuais, principalmente através da utilização de energia limpa na produção e reciclagem.

“Este contrato de fornecimento é mais um marco estratégico conforme direcionamos nossos negócios para a demanda de veículos elétricos”, destaca em nota Deshnee Naidoo, Vice-Presidente Executiva de Metais Básicos da Vale.

Maria Åstrand, vice-presidente de materiais ativos da Northvolt, também comenta em nota que a Northvolt foi fundada com a missão de construir a bateria mais ecológica do mundo para permitir a transição para a eletrificação. “Queremos construir baterias com uma pegada mínima de CO2 usando energia limpa e tecnologia inteligente. Esta parceria é perfeita para podermos alcançar essa ambição”, diz.

 

PlayStation compra Haven Studios para ampliar foco em jogos de serviços


Crédito: Pixabay

Play Station amplia seu foco no desenvolvimento de jogos de serviço com aquisição da Haven (Crédito: Pixabay)

A PlayStation, da Sony, anunciou nesta segunda-feira (21) a compra do Haven Studios, desenvolvedora de games criada recentemente por Jade Raymond, criador da franquia Assassin´s Creed. Junto com a PlayStation, a Haven trabalha em um jogo AAA, classificação usada aos jogos com grandes orçamentos e níveis de promoção.

“Estabelecemos uma cultura no Haven que se baseia na bondade, adaptabilidade e coragem, revelando a criatividade. Nossa primeira e nova IP para o PlayStation está no caminho certo para proporcionar uma experiência multiplayer AAA com uma visão de construir um mundo sistêmico e em evolução focado na liberdade, emoção e diversão que manterá os jogadores entretidos e envolvidos durante anos”, disse Haven em comunicado.

A Haven Studios conta com 60 funcionários e, além de trabalhar em sua próprias Propriedades Intelectuais (IPs), vai colaborar com outras empresas que pertencem à PlayStation, como a Guerrilha, Naughty Dogs e Insomniac.

Com a aquisição, a PlayStation pretende investir no mercado de jogos de serviço, que utilizam a monetização a longo prazo, com atualizações, assinaturas e outras formas de compra dentro do jogo.

“Tivemos o privilégio de trabalhar de perto com a Haven no ano passado e ficamos impressionados com o crescimento e o progresso do estúdio. Por isso, praticamente no aniversário de quando oficializamos a nossa parceria, é ainda mais emocionante recebê-los formalmente na família PlayStation. Não podemos esperar para ver o que o futuro reserva para o Haven Studios”, declarou a PlayStation em nota.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/playstation-compra-haven-studios-para-ampliar-foco-em-jogos-de-servicos/

 

Plataforma de gestão de gastos corporativos Jeeves estreia no Brasil, capta US$180 mi

Jeeves (YC S20) consigue una Serie B de $57 millones de CRV en una  valoración de $500 millones para impulsar su lanzamiento Reino Unido,  Europa y Colombia

 

Por Aluisio Alves

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A plataforma de gerenciamento de despesas multimoedas para startups Jeeves anunciou nesta terça-feira que recebeu um aporte de 180 milhões de dólares e também a sua estreia no Brasil.

Oriunda da Y Combinator, famosa aceleradora de startups do Vale do Silício, nos Estados Unidos, a Jeeves surgiu em 2019 como uma plataforma de cartões para ajudar empresas de alto crescimento com pagamentos em várias moedas de forma unificada.

Posteriormente desenvolveu estruturas financeiras locais para ajudar clientes a gerirem despesas de forma mais abrangente inclusive com pagamento de salários e de fornecedores, também oferecendo linha de crédito em moeda local e meios de pagamento independentemente do país e da moeda.

Atualmente, a Jeeves conta com 150 funcionários distribuídos em 10 países, de onde atende cerca de três mil empresas em todo o mundo, incluindo a bolsa de criptomoedas Bitso e a plataforma online de compra e venda de veículos Kavak. Agora, terá uma base também no Brasil.

“Sabemos que o Brasil fornece boas oportunidades e esperamos expandir nosso negócio em uma boa escalabilidade para o mercado brasileiro”, disse Fernando Torres, diretor das operações da Jeeves no Brasil.

“Temos clientes em fase de negociação que no momento não podemos divulgar, mas, estimamos que a base chegue rapidamente na casa dos milhares dentro de um ano”, acrescentou. Ele não informou que percentual da nova captação será destinado ao Brasil.

A rodada de recursos foi liderada pela Tencent e incluiu também o fundo soberano de Cingapura GIC, a Universidade de Stanford, os fundos de capital de risco Andreessen Horowitz, CRV, Silicon Valley Bank, FT Partners, Clocktower Ventures, Urban Innovation, Haven Ventures, Gaingels, Spike Ventures, além de fundadores de big techs como Meta, Apple, Amazon, Netflix e Google.

A Jeeves vem recebendo uma sucessão de aportes de investidores desde o começo do ano passado. Com este último, que avalia o negócio em 2,1 bilhões de dólares, computa captações de 380 milhões de dólares nos últimos 12 meses. A empresa afirmou em comunicado que deve usar o novo aporte para ampliar sua expansão internacional.

 

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Evergrande promete anúncio de plano de reestruturação até final de julho


Evergrande promete anúncio de plano de reestruturação até final de julho

Edifícios da China Evergrand na ilha artificial Ocean Flower em Danzhou

Por Clare Jim e Jason Xue e Shuyan Wang

 

 

HONG KONG/XANGAI/PEQUIM (Reuters) – A Evergrande apresentará uma proposta de reestruturação de dívida para os credores até o final de julho, disse a empresa chinesa nesta terça-feira, depois que as preocupações com a saúde financeira do grupo foram renovadas por um atraso na publicação dos resultados anuais.

A Evergrande, cuja dívida com credores internacionais de 22,7 bilhões de dólares é considerada inadimplente, está buscando “melhorar ainda mais as comunicações” com os credores para atingir a meta do final de julho, disse o diretor executivo da companhia, Siu Shawn, a investidores em uma teleconferência.

Mais cedo nesta terça-feira, a Evergrande anunciou que não cumpriria o prazo de 31 de março para apresentar seus resultados financeiros de 2021, porque o trabalho de auditoria não havia sido concluído.

A incorporadora imobiliária mais endividada do mundo afirmou aos investidores em janeiro que pretendia ter uma proposta preliminar de reestruturação em seis meses.

Uma onda de inadimplência no setor imobiliário da China abalou os investidores e, embora a intervenção estatal tenha reduzido as preocupações do mercado sobre um colapso desordenado da Evergrande, os credores ainda não sabem se vão recuperar seu dinheiro.

A Evergrande, que já foi a incorporadora líder de vendas da China, e que agora tem mais de 300 bilhões de dólares em passivos, deixou de realizar alguns pagamentos de títulos no exterior em dezembro e tem enfrentado dificuldades para quitar compromissos com fornecedores e credores, além de concluir projetos.

A incorporadora criou um comitê de gerenciamento de risco em dezembro composto principalmente por membros de empresas estatais, já que o governo da província de Guangdong está liderando a reestruturação.


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quarta-feira, 16 de março de 2022

Superintendência do Cade aprova joint venture entre Telefônica Brasil e Ânima

Sede da Vivo, marca detida pela Telefônica Brasil, em São Paulo (SP)


A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou, sem restrições, joint venture na área de educação a ser constituída entre Telefônica Brasil e Ânima Holding. A nova empresa atuará no desenvolvimento de negócio voltado à exploração comercial de cursos digitais livres e de curta duração para capacitação profissional.

A decisão está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 16.

Para a Superintendência do Cade, a formação da joint venture não gera implicações danosas ao ambiente concorrencial, principalmente porque a atuação será na exploração de um novo negócio pelas empresas.

Se o Tribunal do Cade não avocar o ato de concentração para análise ou não houver interposição de recurso de terceiro interessado, no prazo de 15 dias, a decisão da Superintendência terá caráter terminativo e a operação estará aprovada em definitivo pelo órgão antitruste.

Em fevereiro, quando anunciaram a conclusão da parceria, as empresas explicaram que ao final da operação a Telefônica ficará com 50% do capital social da joint venture e a Ânima deterá os 50% remanescentes. A relação entre ambas será regulada por Acordo de Acionista, a ser celebrado no momento do fechamento da transação.

A nova sociedade tem por objetivo operacionalizar uma plataforma digital de cursos livres de capacitação, com foco em educação continuada e empregabilidade em áreas como tecnologia, gestão, negócios e turismo.

 

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Dos EUA ao Brasil, por que risco de estagflação voltou ao debate no mundo


A economia global pode estar distante da estagflação dos anos 1970. Mas da pandemia ao petróleo, a guerra na Ucrânia surge em um momento dos mais delicados

 

Por Carolina Riveira

 

 

 

Mais um dia, mais uma revisão de inflação para cima.

Essa tem sido a rotina em 2022. A situação inflacionária no mundo já vinha instável com variantes da covid-19 e gargalos na cadeia de suprimentos. Mas a guerra na Ucrânia faz ressurgir com força o debate sobre a chamada “estagflação” — termo que descreve um cenário de inflação alta e sem crescimento.

 

O risco é unir o pior dos dois mundos. Primeiro, as altas históricas no preço do petróleo e outras commodities chegam a uma economia global que enfrentava mesmo antes da guerra inflação anormalmente alta. Isso ocorre nos países desenvolvidos e de forma ainda mais acentuada nos emergentes (caso do Brasil, que fechou 2021 com inflação em 10,06%, a terceira maior desde a criação do Plano Real).

E do outro lado, choques de oferta em setores como o de energia podem frear a retomada que apenas começava a acontecer, após uma pandemia que matou 6 milhões de pessoas. Enquanto isso, as altas de juros esperadas para conter a inflação devem inevitavelmente desacelerar a atividade econômica.

“A guerra entrou para complicar um contexto que já tinha muita incerteza e riscos, no Brasil e no mundo”, diz a economista Margarida Gutierrez, professora do Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ).

Juros nas alturas

O debate já acontecia, aqui e ali, há alguns meses. Mas a resposta na ponta da língua, como a EXAME mostrou em outubro passado, era mais previsível: com economias avançadas tendo juros muito baixos, bastaria subir um pouco as taxas e a inflação ficaria controlada sem choques muito profundos.

Assim, altas nos juros já eram esperadas para 2022 nas economias desenvolvidas. E no Brasil, onde o Banco Central havia levado a Selic de 2% a mais de 10% em um ano, o plano era começar a encerrar o ciclo de aumentos, ao mesmo tempo em que esperava-se que a inflação cairia pela metade, de 10% para a casa dos 5%.

Até que uma guerra surgiu no meio do caminho.

A grande dúvida agora — que o jornal britânico Financial Times chamou de um “desagradável dilema” — é se os bancos centrais terão de subir juros de forma muito mais acentuada do que o previsto. O conflito na Ucrânia já passa de 20 dias, sem um cessar-fogo duradouro à vista.

BC

Banco Central: ciclo de altas juros no mundo é esperado com a guerra na Ucrânia (Adriano Machado/Reuters)

Uma das primeiras respostas virá ainda nesta quarta-feira, 16, quando o Fed, o Banco Central americano, deve aumentar a taxa há anos zerada entre zero e 0,25%.

Analistas esperam outros seis ou sete aumentos, chegando à casa dos 2,5% e até 3% em 2023 nas projeções.

A inflação americana em janeiro e fevereiro superou 8%, a maior em quarenta anos — que não se via desde o fim, inclusive, da chamada “Grande Inflação” nos anos 1970, um período clássico de estagflação.

Em março, os números devem piorar ainda mais, com a gasolina batendo recordes, quase a US$ 5 o galão.

As cenas de filas nos postos americanos vistas nos últimos dias são quase nostálgicas da estagflação dos anos 1970. O mesmo aconteceu no Brasil, após a Petrobras anunciar aumento de 19% na gasolina e 25% no diesel, depois de 57 dias tentando segurar as altas.

O uso da definição de estagflação, no entanto, é polêmico entre economistas para descrever os riscos do cenário atual. “Não avalio que o termo é apropriado neste momento, nem aqui nem no mundo”, diz Alexandre de Ázara, do banco suíço UBS. 

O economista aponta que a projeção de crescimento do PIB brasileiro, por exemplo, tem sido revisada para cima, perto de 0,5%, o que não indica um cenário de recessão à vista.

“O que temos é um choque inflacionário, ponto. Houve um grande choque global de alimentos e energia, e com essa nova alta de commodities, temos mais um choque inflacionário em cima do anterior. Nossa visão é que isso vai exigir uma resposta de política monetária”, diz.

Para o Brasil, Azará defende altas mais bruscas do Copom na Selic neste momento, como dois aumentos de 1,5 ponto nas próximas duas reuniões (em vez de três aumentos de um ponto, uma opção mais amena).

É o petróleo, estúpido

Como hoje, a gota d’água na estagflação dos anos 1970 foi o petróleo, com as guerras no Oriente Médio e o posterior embargo dos países produtores da região contra os EUA por seu apoio a Israel. Com os choques, deu-se uma crise de oferta global e o preço do barril disparou.

Fila para abastecer em Maryland, em 1974: período da "Grande Inflação" nos EUA (Universal History Archive/Universal Images Group/Getty Images)

Desta vez, o risco é novamente uma disrupção nas cadeias de energia, uma vez que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo e líquidos do mundo. O país foi proibido de vender petróleo e gás aos EUA, por exemplo, e outras sanções também vêm impedindo investimentos em energia russa.

A situação na Europa é especialmente delicada porque a Rússia fornece 40% do gás da União Europeia, mais de um terço do petróleo e metade do carvão. Além de aumentar o custo de vida da população, os preços altos impactarão a indústria de forma ampla, um sinal vermelho para o crescimento. Enquanto isso, a inflação na zona do euro supera os 5% e deve passar de 6% ou mais com a guerra.

Mas há uma série de argumentos que analistas têm usado para apostar que o risco atual não deve chegar ao ápice da estagflação clássica. Um dos principais é que bancos centrais teriam aprendido a lição e vão subir juros e praticar política monetária mais contracionista antes de a inflação sair do controle, ou o fato de a economia ser hoje menos dependente de petróleo de uma só região.

Brasil e EUA, por exemplo, não estavam entre os maiores produtores nos anos 1970, mas viram suas produções alavancarem nas últimas décadas, com o pré-sal brasileiro e o gás de xisto americano.

Essa diferença, diz Gutierrez, da UFRJ, é crucial para que o risco de estagflação hoje seja menor, assim como os juros baixos pelo mundo. “Hoje, nos EUA, por exemplo, há mais 'gordura para queimar' e espaço para subir juros. Há riscos, mas não se compara ainda ao que foi nos anos 1970”, diz a economista.

Nixon: medidas econômicas criticadas levaram ao descontrole de preços (Don Carl STEFFEN/Gamma-Rapho/Getty Images)

Outro dos fatores que desencadearam a crise foram amplos custos dos governos americanos com a guerra no Vietnã e — dos necessários aos eleitoreiros — gastos sociais nos governos Johnson e Nixon. Nixon terminaria controlando preços, desvalorizando o dólar e forçando o Fed a abaixar juros antes de a crise estourar, o que se provou um erro.

Esses gastos têm sido, no limite, comparados com os da pandemia na lista de riscos. Mas nos EUA, os juros chegaram a beirar os 20% nos anos 1970, e mesmo assim, com inflação acima de 10%, cenário por ora inimaginável hoje.

O desafio em dobro no Brasil

No Brasil, a estagflação dos anos 1970 trouxe ainda seu caos particular, com os problemas estruturais do “milagre econômico” na ditadura militar aparecendo de vez, como o alto endividamento em dólar. Naquela época, a inflação chegava a 20%, mas iria para perto dos 100% até o final da década mesmo com juros altos (levando à subsequente década perdida dos anos 1980).

Agora, o país tem reservas em dólar e uma economia e dívida mais estabilizadas. Um dos desafios, porém, é que os choques globais chegam em momento especialmente delicado, lembra André Biancarelli, diretor do Instituto de Economia da Unicamp.

“Temos uma economia que há cinco, seis anos, está carente de motores de crescimento, a recuperação tem sido muito anêmica, esse é um problema que permanece. E com a guerra, adicionam-se a isso muitas camadas de incerteza”, diz Biancarelli, que aponta que o mundo tem visto um “nível de inflação latino-americana, mas em economias desenvolvidas".

Reforma Trabalhista - Nova lei trabalhista - CLT

Emprego: massa de rendimento da população brasileira caiu desde o fim do Auxílio Emergencial, mesmo com quedas no desemprego (Jorge Rosenberg/Reuters)

Para o cenário de inflação do Brasil, o desemprego tem caído, mas não se compara aos cenários folclóricos de EUA e Europa, com funcionários pedindo demissão ou barganhando aumentos em meio ao grande número de vagas abertas.

Por aqui, a massa de rendimento medida pelo IBGE inclusive diminuiu, o que indica que muitos brasileiros têm aceitado empregos informais ou com salário inferior, tornando a inflação especialmente trágica. Na última vez que houve inflação acima de 10%, em 2015, o desemprego era também menor.

A inflação que se viu em 2021 foi sobretudo de oferta, o que é preocupação para 2022 e 2023 se houver altas em demanda. Para Ázara, do UBS, é importante que o BC não “deixe as expectativas deteriorarem”.

Como sempre é um risco para economias emergentes, um aumento brusco nos juros nos EUA e Europa também levaria a uma desvalorização do real, com mais inflação. A alta das commodities, entre outros fatores, levou ao “rali” do real nas últimas semanas, mas a situação pode mudar em um piscar de olhos, somada também a riscos fiscais e incerteza eleitoral no Brasil em 2022.

Posto Shell em São Paulo/SP

Posto de gasolina: aumento global dos preços pressiona custo de vida dos brasileiros (André Lessa/Exame)

Após a Petrobras aumentar os preços dos combustíveis, o boletim Focus desta semana já trouxe a projeção de inflação para 2022 em quase um ponto percentual maior, a 6,45% (após ter começado o ano em 5%).

“Para o Brasil, não vejo que as commodities, sozinhas, podem dar conta”, diz Biancarelli, da Unicamp.

“Ainda que o Brasil não seja diretamente afetado pela guerra — com exceção dos fertilizantes —, minha visão é que o saldo em 2022 até agora é muito mais negativo do que positivo.”

Por outro lado, chegar verdadeiramente a uma "estagflação" significaria que o Brasil e o mundo, no pior dos cenários, poderiam ver retração no crescimento e aumento do desemprego ao mesmo tempo em que os preços sobem descontroladamente. Isso ainda não é um fato.

O Fundo Monetário Internacional foi categórico neste mês ao afirmar que a Rússia, sim, pode estar a dias de um calote na dívida, mas que isso não deve levar a uma crise financeira global. A aposta por ora é que o mundo em 2022 é muito diferente do que era em 1970, e que haverá desaceleração, embora não um completo descontrole como há 40 anos.

As incertezas, ainda assim, estão longe de acabar. E os reflexos para os cidadãos em todo o mundo, principalmente os mais pobres, seguirão sendo uma infeliz realidade que governos terão de trabalhar para amenizar.

 

 https://exame.com/economia/estagflacao-crise-guerra-ucrania/

 

Taurus investirá R$ 250 milhões neste ano


Vendas obtiveram alta de 47,4% no ano passado 
 
 
Com lucro líquido de R$ 206,9 milhões no quarto trimestre, a Taurus apresentou resultado consolidado de R$ 635,1 milhões em 2021, seu terceiro resultado positivo consecutivo

 

A Taurus Armas divulgou seus resultados apresentando um Ebitda (indicador financeiro que mostra o potencial de geração de caixa de uma empresa) de R$ 1 bilhão em 2021, 111,4% acima do registrado em 2020, a companhia quebra uma barreira importante que reflete o seu atual padrão de desempenho operacional.

A receita líquida consolidada da Taurus atingiu R$ 2,7 bilhões em 2021, com alta de 47,4% em relação ao exercício anterior. Além do aumento no volume de vendas de armas, o preço médio dos produtos também teve crescimento no ano. Com base em investimentos dedicados a pesquisa e desenvolvimento, a Taurus vem agregando novos produtos à sua linha, colocando no mercado um mix de maior valor agregado. Ainda, em junho do ano passado, a empresa aplicou aumento de 10% em sua tabela de preços de armas nos Estados Unidos e, a partir de agosto, de 17% no Brasil. A demanda não foi afetada pelos reajustes. Em 2021, foram 2,2 milhões de armas produzidas, crescimento de 44,5% em relação ao ano anterior. Com lucro líquido de R$ 206,9 milhões no quarto trimestre, a Taurus apresentou resultado consolidado de R$ 635,1 milhões em 2021, seu terceiro resultado positivo consecutivo. O lucro obtido em 2021 multiplica por 2,4 vezes o valor apurado no exercício anterior.

A fábrica dos Estados Unidos atingiu a produção de 868 mil unidades no ano, volume superior ao estimado inicialmente como capacidade máxima da unidade de 800 mil armas por ano, considerando a estrutura original, que não demandou investimentos da companhia em função do acordo firmado com o governo do Estado da Georgia. O prédio tem ainda cerca de 60% de sua área disponível, com espaço para ampliação da capacidade a partir de novos investimentos. Ao mesmo tempo, a produtividade da fábrica brasileira continuou aumentando, de modo que a produção no ano somou 1,4 milhão de armas em 2021, 20% superior ao volume de produção de 2020.

As vendas também seguiram em alta. Em solo norte-americano, o NICS (National Instant Background Check System), indicador do número de pessoas interessadas em adquirir uma arma, mostrou que a demanda seguiu aquecida em 2021, atingindo o segundo maior patamar desde que foi criado. Ainda assim, em relação ao recorde histórico registrado em 2020, houve redução de 12%. Mas as vendas da Taurus no país apresentaram tendência inversa do NICS com crescimento de 23,4% em 2021, evidenciando o aumento do market share da marca. Para 2022, a percepção é que o cenário será semelhante, com a demanda norte-americana perdendo um pouco de força em relação aos dois últimos anos.

Além do aumento de participação de mercado nos Estados Unidos, a Taurus tem outros projetos em andamento, como a joint venture Jindal Taurus na Índia, que vai contribuir para ampliar a atuação na região. O projeto da fábrica no país está em andamento, após atraso significativo em função de dificuldades criadas pela pandemia de Covid-19. Agora, a construção do prédio está sendo concluída e a primeira equipe da Taurus do Brasil foi ao país para uma visita técnica em fevereiro. Para 2022, o planejamento considera investimentos da ordem de R$ 250 milhões, seguindo com a modernização e ampliação da estrutura industrial, de modo a dar sustentação ao crescimento da companhia. No ano passado a Taurus investiu R$ 175 milhões.

A Taurus Armas é a 127ª maior empresa da região e também a 51ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. Leia o anuário completo clicando aqui, mediante pequeno cadastro.

 

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