quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Juros mais baixos dos bancos após queda da Selic fazem mesmo diferença no bolso? Veja simulações


Juros mais baixos após queda da Selic fazem mesmo diferença no bolso? Veja simulações

Ao longo do tempo, a atividade econômica tenderá a se aquecer com a possível elevação do nível de consumo e investimentos no país (Crédito: Freepik)

Após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de baixar a Selic para 13,25% ao ano, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram a redução em suas taxas de juros. No BB, a redução pode chegar a 0,10 ponto porcentual ao mês, além de mudanças no crédito consignado; na Caixa, a previsão é de queda das taxas para a partir de 1,70% ao mês.

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Ao longo do tempo, a atividade econômica tenderá a se aquecer com a possível elevação do nível de consumo e investimentos no país. “Além disso, para os devedores, poderá aliviar na renegociação das suas obrigações. Cabe dizer que o efeito de uma queda produz um impacto pequeno; no entanto, um maior efeito benéfico para o ambiente econômico se deve a expectativa de uma redução contínua das taxas de juros”, explica Ricardo Macedo, economista e professor de Economia e Finanças das Faculdades Integradas Hélio Alonso.

Considerando a taxa de juros básica a 13.25%:

  • Para o financiamento de um veículo de R$ 50 mil, exemplifica o professor, verifica-se uma diferença de R$ 11,64 por mês; desse modo, o consumidor deixa de desembolsar ao final da operação, R$ 698,40. Já no caso de um empréstimo pessoal de R$ 10 mil, parcelado em 12 meses, a diferença mensal é de R$ 2,26, gerando uma economia de R$ 27,12.
  • “O benefício é menor ao financiar a compra de um eletrodoméstico no valor de R$ 2 mil também em 12 meses. Mensalmente, a diferença será de R$ 0,45 e uma economia de R$5,40. Porém, vale lembrar que cada instituição possui sua análise de risco de inadimplência, o que pode dificultar o repasse da queda dos juros para o tomador final levando em conta o volume e prazo das operações”, explica Macedo.

George Sales, professor de Finanças do Ibmec, alerta que o impacto é pequeno. “Começou a reduzir, mas ainda é alta [a taxa]. O que se espera é que as reduções aconteçam com maior frequência pelo BC nas próximas reuniões. A notícia é boa, mas não é o que todo mundo precisa, que é uma redução maior da taxa de juros e retomada da economia”, avalia.

  • Numa simulação de empréstimo consignado de R$ 10 mil  no Banco do Brasil – sem considerar tributos e tarifas – apenas com a taxa de juros, num prazo de 36 meses, configurava uma parcela mensal de R$ 380,46;
  • Com a taxa nova do BB, o mesmo empréstimo consignado e com mesmo prazo, vai produzir uma parcela de R$ 377,98 e redução de R$ 2,47 na parcela mensal. Ao final de 36 meses, falamos de redução, em termos nominais, de R$ 89,05. 
  • Na Caixa Econômica, um empréstimo do mesmo valor, o pagamento seria de R$ 376,13 – com o mesmo prazo de 36 meses; na taxa nova, o mesmo empréstimo cai para R$ 373,72, com redução acumulada de R$ 88,48 ao final do pagamento.

 

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