Ao longo do tempo, a atividade econômica tenderá a se aquecer com a possível elevação do nível de consumo e investimentos no país (Crédito: Freepik)
Após a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de baixar a Selic para 13,25% ao ano, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram a redução em suas taxas de juros. No BB, a redução pode chegar a 0,10 ponto porcentual ao mês, além de mudanças no crédito consignado; na Caixa, a previsão é de queda das taxas para a partir de 1,70% ao mês.
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Ao longo do tempo, a atividade econômica tenderá a se aquecer com a possível elevação do nível de consumo e investimentos no país. “Além disso, para os devedores, poderá aliviar na renegociação das suas obrigações. Cabe dizer que o efeito de uma queda produz um impacto pequeno; no entanto, um maior efeito benéfico para o ambiente econômico se deve a expectativa de uma redução contínua das taxas de juros”, explica Ricardo Macedo, economista e professor de Economia e Finanças das Faculdades Integradas Hélio Alonso.
Considerando a taxa de juros básica a 13.25%:
- Para o financiamento de um veículo de R$ 50 mil, exemplifica o professor, verifica-se uma diferença de R$ 11,64 por mês; desse modo, o consumidor deixa de desembolsar ao final da operação, R$ 698,40. Já no caso de um empréstimo pessoal de R$ 10 mil, parcelado em 12 meses, a diferença mensal é de R$ 2,26, gerando uma economia de R$ 27,12.
- “O benefício é menor ao financiar a compra de um eletrodoméstico no valor de R$ 2 mil também em 12 meses. Mensalmente, a diferença será de R$ 0,45 e uma economia de R$5,40. Porém, vale lembrar que cada instituição possui sua análise de risco de inadimplência, o que pode dificultar o repasse da queda dos juros para o tomador final levando em conta o volume e prazo das operações”, explica Macedo.
George Sales, professor de Finanças do Ibmec, alerta que o impacto é pequeno. “Começou a reduzir, mas ainda é alta [a taxa]. O que se espera é que as reduções aconteçam com maior frequência pelo BC nas próximas reuniões. A notícia é boa, mas não é o que todo mundo precisa, que é uma redução maior da taxa de juros e retomada da economia”, avalia.
- Numa simulação de empréstimo consignado de R$ 10 mil no Banco do Brasil – sem considerar tributos e tarifas – apenas com a taxa de juros, num prazo de 36 meses, configurava uma parcela mensal de R$ 380,46;
- Com a taxa nova do BB, o mesmo empréstimo consignado e com mesmo prazo, vai produzir uma parcela de R$ 377,98 e redução de R$ 2,47 na parcela mensal. Ao final de 36 meses, falamos de redução, em termos nominais, de R$ 89,05.
- Na Caixa Econômica, um empréstimo do mesmo valor, o pagamento seria de R$ 376,13 – com o mesmo prazo de 36 meses; na taxa nova, o mesmo empréstimo cai para R$ 373,72, com redução acumulada de R$ 88,48 ao final do pagamento.
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