domingo, 21 de abril de 2013

Lobão confirma nos EUA rodadas de licitação de petróleo e de shale gas





Washington - O Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou a realização, em outubro deste ano, da 12ª rodada de licitação para exploração de petróleo e gás em seis bacias sedimentares brasileiras, cujas áreas serão anunciadas ainda em junho. Segundo o ministro, entre as áreas em estudos constam as bacias do São Francisco, do Recôncavo, Paraná, Sergipe/Alagoas e Parecis.

O anúncio foi feito durante conferência do Ministro, na manhã desta quinta-feira, 18 de abril, para um grupo de investidores reunidos na Embaixada do Brasil na capital norte-americana. De acordo do com Lobão, “as perspectivas são de excelentes potenciais para o gás”, e a expectativa é que o Brasil consiga o obter o sucesso que os Estados Unidos vêm obtendo na exploração do “shale gás” ou gás não convencional.

O Ministro também confirmou a primeira rodada de licitação, sob o regime de partilha, para a província do pré-sal, que se realizará em novembro. Em sua conferência, afirmou que são amplas as oportunidades de investimentos na indústria petrolífera brasileira, especialmente na área do pré-sal e na exploração das bacias de novas fronteiras na margem equatorial do país e dos recursos não convencionais.


Aos investidores americanos, Lobão lembrou que grandes empresas norte-americanas participam, como importantes parceiras do Brasil, dos investimentos brasileiros na exploração de gás e petróleo. “Desejamos que essa participação, em investimentos, tecnologia e logística, se amplie cada vez mais”, acentuou. Para Lobão, o Brasil quer aproveitar a experiência norte-americana na exploração de recursos não convencionais, como “shale gás”, e compartilhar conhecimento em exploração de petróleo em águas profundas.


Retomada



No segundo dia de sua visita aos Estados Unidos, Edison Lobão teve um encontro nesta quinta-feira, na Embaixada brasileira, com o Secretário americano de Energia, Daniel Ponemann, que elogiou a decisão do governo do Brasil de retomar a exploração de petróleo e gás e de diversificar a sua matriz energética. Ponemann também considerou positiva a disposição do governo brasileiro de investir em fontes não convencionais.

No último dia de sua visita aos Estados Unidos, o Ministro brasileiro de Minas e Energia deverá participar, nesta sexta-feira, 19, do Painel de Grupo de Alto Nível de Energias Renováveis Para Todos, que contará com a presença do Secretário Geral da Organização das Nações Unidas( ONU),  Ban Ki-moon. O grupo, do qual Edison Lobão é integrante como convidado do Secretário Geral da ONU, tem como objetivo combater a exclusão elétrica no mundo.

Tendo por base a bem sucedida experiência brasileira com o Programa Luz Para Todos, considerado um modelo para os países em desenvolvimento, a ONU pretende coordenar ações que são destinadas a permitir o acesso à energia elétrica a 1,4 bilhão de pessoas em todo o mundo.


 
Assessoria de Comunicação Social
Ministério de Minas e Energia

Banco Mundial continuará sendo 'relevante' apesar do banco dos BRICS



Presidente do BM,Jim Yong Kim (foto) destacou a importância da entidade

Por AFP

 O Banco Mundial continuará sendo relevante para os países em desenvolvimento, apesar do plano de um banco concorrente das economias emergentes que formam os BRICS, disse o presidente do BM, Jim Yong Kim, nesta quinta-feira.
 
"Eu realmente não tenho dúvidas sobre nossa contínua relevância durante longo tempo", disse Kim na abertura de uma reunião do Banco Mundial e do FMI.
 
"É verdade que os países do Brics, muitos deles, são extremamente bem financiados e têm dinheiro, mas eles continuam recorrendo a nós por motivos bem específicos", disse ele.
 
"Não há dúvidas de que a qualidade de nossa experiência, a qualidade de nosso conhecimento, nossa habilidade para ajudá-los a cumprir, de fato, suas promessas a seus povos é o que os mantêm recorrendo ao Grupo Banco Mundial".
 
No final de março, líderes dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram em criar um credor com infraestrutura conjunta para rivalizar com as instituições dominadas pelo Ocidente como o Banco Mundial.
 
O futuro banco é visto como uma forma de conquistar influência no cenário mundial, conter a crise econômica da Europa e aplicar U$4,5 trilhões em gastos em infraestrutura que os Brics estimam que serã necessários nos próximos cinco anos.
 
Contudo, Kim disse que, ao visitar os Brics, ele não percebeu uma redução da demanda "ainda que levemente" pelos serviços do Banco Mundial.
 
Kim lembrou os 66 anos de experiência do Banco Mundial em infraestrutura de construção.
 
"Cada um dos países dos Brics tem um enorme déficit infraestrutural que simplesmente não pode ser atendido por apenas uma instituição", disse ele.
 
Alguns analistas expressaram preocupações que o novo banco imporá condições menos rigorosas com seus empréstimos que o Banco Mundial, tornando os Brics mais atrativos pata os mutuários.
 
Kim defendeu a postura mais rigorosa da instituição.
 
"Vemos as garantias, nossa atenção cuidadosa aos detalhes, vemos nossa atenção à corrupção como ativos", disse.
 
"Com mais organizações, países, fundos aparecendo e começando a emprestar em países desenvolvidos, sinto que eles vão começar a entender o valor desse tipo de abordagem cuidadosa".
 
 
 
 

Mais funcionários serão transferidos para o exterior em 2013, diz estudo da Mercer



 
 
Mais empresas devem enviar seus funcionários para transferências no exterior neste ano. É o que diz uma pesquisa mundial feita pela consultoria Mercer. 

O estudo diz que mais de 70% das empresas esperam aumentar as transferências de curto prazo.
O relatório mostrou que 55% das empresas esperam aumentar as transferências de longo prazo e ressaltou que, durante os últimos dois anos, houve um aumento no número total de transferências internacionais. 

O relatório concluiu que EUA, Brasil, Reino Unido e Austrália são os destinos prioritários para expatriados.

De acordo com o relatório de Políticas e Práticas Mundiais de Transferências Internacionais da Mercer (Worldwide International Assignments Policies and Practices), as cinco principais razões mencionadas para programas de transferência internacional são: fornecer habilidades técnicas específicas não disponíveis localmente (47%), fornecer gerenciamento de carreira/desenvolvimento de liderança (43%), assegurar transferência de conhecimento (41%), satisfazer necessidades específicas de projeto (39%), e fornecer habilidades gerenciais específicas não disponíveis localmente (38%).

As empresas multinacionais continuam a realizar a maioria (57%) das transferências internacionais de empregados do país no qual está sua matriz para uma subsidiária estrangeira. 

Contudo, houve um aumento no percentual de transferências de empresas subsidiárias (51%), indicando que transferências de subsidiária para subsidiária, ao contrário das transferências da matriz para a subsidiária, aumentaram desde 2010. 

A evolução é mais significativa entre as empresas da Europa, onde seis de cada 10 empresas (61%) relatam um aumento desse tipo de transferências, indicando o crescimento de competências de empregados em outras partes do mundo.

Anne Rossier-Renaud, Diretora na área de mobilidade global da Mercer, disse: "As transferências internacionais tornaram-se mais diversificadas para atenderem a evolução dos negócios e as necessidades da força de trabalho global. Aumentos salariais relativamente baixos em algumas regiões e a pressão para atrair e reter talentos têm estimulado muitas empresas a adotar uma gama mais ampla de estratégias de mobilidade global para incentivar empregados de alto desempenho. Diretores de RH e de mobilidade enfrentam agora uma grande complexidade no número e tipo de transferências internacionais que precisam ser administrados."

A pesquisa contou com a participação de 752 empresas no mundo no segundo semestre de 2012.   
 
Fonte: Folha/UOL
 

Líbia quer ajuda do Brasil para reconstruir infraestrutura do país e ampliar a economia



 
 
O novo governo da Líbia pretende reconstruir a infraestrutura do país, treinar e capacitar sua população e ampliar sua economia. Para colocar estes projetos em prática, os líbios querem ter o Brasil como um dos seus principais parceiros comerciais. 

O vice-primeiro-ministro Abdulsalam Al-Mahdi al Qadi, que visitou a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apresentou a empresários brasileiros os projetos para os próximos anos e disse que deseja ter empresas brasileiras no seu país.

Algumas dessas companhias suspenderam seus negócios na Líbia durante a revolução que resultou na morte do ditador Muamar Kadafi, em outubro de 2011. Antes do encontro, Al Qadi disse à ANBA que deseja a retomada dos projetos parados e também atrair “outras empresas”. As companhias que interromperam seus negócios foram as construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e a estatal do petróleo, Petrobras. Al Qadi se reuniu com representantes destas três empresas e com funcionários da fabricante de máquinas Weg, do frigorífico JBS e da construtora OAS.

Al Qadi veio ao Brasil a convite do vice-presidente da República, Michel Temer, com quem se reuniu na quarta-feira (17) em Brasília. “Recebi convites para visitar diversos países, mas só aceitei o do Brasil sabendo da força que o País tem. Contamos muito com a presença do Brasil no processo de reconstrução da Líbia e a Câmara Árabe pode desempenhar um papel importante na aproximação entre os países e suas empresas, pode facilitar os contatos”, disse.

Embora tenha reconhecido que precisa da parceria de empresas brasileiras no processo de reconstrução do país, Al Qadi disse, contudo, que os empresários não deverão fazê-lo apenas pensando no lucro. O governo líbio deseja que empresas que investirem lá também se comprometam a treinar e capacitar o povo líbio para atuar no mercado de trabalho local.

Missão empresarial

O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, afirmou que a instituição deverá organizar uma missão empresarial ao país ainda neste ano. O vice-presidente de Marketing da Câmara Árabe, Riad Younes, também disse a Al Qadi que instituições brasileiras podem ajudar a Líbia a recuperar seu sistema de saúde. As duas ações deverão ser realizadas no segundo semestre deste ano. A missão empresarial deverá ser acompanhada por uma delegação de deputados organizada pelo deputado federal Adrian Mussi (PMDB-RJ), presidente da Comissão Parlamentar Brasil-Líbia.

O embaixador do Brasil em Trípoli, Afonso Carbonar, acompanha a visita de Al Qadi ao Brasil e afirmou que o país oferece oportunidades. Segundo Carbonar, a Líbia deverá registrar um crescimento entre 10% e 15% nos próximos anos e ampliar sua produção de petróleo de 1,6 milhão barris por dia para dois milhões de barris por dia em 2014. O país tem aproximadamente US$ 150 bilhões em reservas internacionais e uma renda per capita de US$ 12 mil, a maior da África. O país exporta cerca de US$ 60 bilhões por ano e importa US$ 40 bilhões.

“Em 2012, a Líbia comprou quase US$ 450 milhões [do Brasil] em produtos e 85% disso foi em carnes e frangos. Existe um potencial para a agroindústria, também para eletrônicos, bens de capital, empresas de construção. Eles estão vindo buscar parcerias com o Brasil porque compreendem que o País tem uma força estabilizadora, atua harmoniosamente e exerce uma liderança pacífica no mundo”, afirmou Carbonar.
 
Fonte: Anba
 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Apetite moderado por risco sustenta bolsas de valores e commodities

 
 
 Por José de Castro, Lucinda Pinto, Téo Takar e Marcílio Souza | Valor


SÃO PAULO - Num dia fraco de notícias de impacto, investidores preferem recompor as carteiras com alguns ativos de risco que sofreram quedas expressivas ao longo da semana, o que ampara a alta das principais bolsas de valores e das moedas de maior rendimento.

Os mercados brasileiros seguem essa toada, com o dólar passando por um ajuste de baixa e o Ibovespa em alta moderada nesta sexta-feira. Os juros futuros, contudo, mantêm o viés de queda, em meio à percepção de que o Banco Central (BC) evitará um aperto monetário mais firme, a despeito da inflação elevada, denunciada hoje pelo IPCA-15 de abril, que subiu 0,51% e ficou no teto das estimativas de analistas consultados pelo Valor.

A temporada de balanços nos Estados Unidos traz um cenário misto, com as ações de GE, McDonald’s e IBM caindo após resultados que não animaram investidores, enquanto os papéis de Microsoft e Google avançam. Na Europa, a cena política ocupa as atenções, com o Parlamento italiano não conseguindo eleger o novo presidente do país numa terceira tentativa. Uma nova votação ocorrerá nesta tarde.

Os mercados acompanham ainda as discussões entre líderes do G-20, reunidos em Washington. Por ora, as notícias de lá impactam especialmente o mercado de câmbio e o dólar volta a se aproximar dos 100 ienes, depois que o ministro das Finanças do Japão, Taro Aso, afirmou que o grupo das 20 principais economias do mundo não se opôs ao afrouxamento monetário do país, por entender que a medida visa estabilidade de preços.

Por volta de 10h50, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 tem taxa (de 7,79% na véspera) e o DI janeiro de 2015 projeta 8,27% (de 8,30%).
O dólar passa por um ajuste de queda ante o real, mas insuficiente para devolver o ganho de quase 1% da véspera, que impulsionou a moeda americana à máxima em duas semanas, perto de R$ 2,02. Na ausência de notícias decisivas aqui e lá fora, o mercado aproveita para realizar lucros, mas a queda apenas modesta sugere que investidores não veem motivos suficientes para recolocar o dólar abaixo de R$ 2,00 no curtíssimo prazo.
O dólar comercial caía 0,19%, a R$ 2,013. A Bovespa, por sua vez, pegava carona na recuperação das commodities e tentava corrigir a perda de 3,27% acumulada na semana até ontem.

Petrobras, OGX, construtoras e empresas de papel e celulose estão entre as maiores altas do dia. Vale também opera no azul, mas com ganho menos expressivo, enquanto os investidores aguardam a definição do marco regulatório do setor. O ministro Edison Lobão reiterou ontem que o documento deve sair em 15 dias. Já os bancos seguem no vermelho, acompanhando o ajuste dos juros após o Copom elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, abaixo da expectativa de 0,5 ponto do mercado.

O Ibovespa subia 0,55%, para 53.458 pontos, depois de marcar máxima de 53.821 pontos.
(José de Castro, Lucinda Pinto, Téo Takar e Marcílio Souza | Valor)

André Esteves: “O Brasil está bem”

André Esteves: “O Brasil está bem”

Presidente do BTG Pactual acredita que o país não merece ser visto com pessimismo pelo mundo – assim como não merecia toda euforia que despertou lá fora recentemente

Por Pedro Pereira

Não contem com André Esteves, o presidente do Banco BTG Pactual, para dar crédito à desconfiança que analistas internacionais passaram a manifestar em relação ao Brasil logo que a economia reduziu drasticamente seu ritmo de crescimento, no ano passado

“Você conversa com estrangeiros e vê um mau humor que não se justifica com relação ao Brasil.       Assim como  era  exagerada  aquela  euforia com o Brasil quando cresceu 7,5%. A realidade não está nem em um extremo,  nem  em  outro.   Mas  há  várias  evidências  de  que  o Brasil vive um bom momento”, sustentou Esteves,  convidado  especial  do  Fórum Brasil  de  AMANHÃ,  promovido  pelo  Instituto  e  pela Revista AMANHÃ nesta quinta-feira em Porto Alegre.

esteves-brasildeamanha13-350Nem mesmo o frustrante crescimento do PIB no ano  passado  justifica  o pessimismo na visão de André    Esteves.     Até  porque,  segundo   ele, trata-se de um fenômeno natural.  “É um aspecto conjuntural: crescemos acima do nosso potencial em 2010.  Nos anos seguintes você devolve esse crescimento”,  explica.               “Trata-se de um crescimento     artificial,       pois    o      aumento desenfreado  do  consumo   traz  como consequência altos  índices de inadimplência.   A seguir   os   benefícios,   como   crédito       para consumo, são reduzidos até que a    economia se reacomode novamente”, explicou.

Em uma palestra seguida de debate com o presidente da Brasil Foods, José Antônio do Prado Fay, e com o vice-presidente de Relações Institucionais da  Marcopolo, José Antônio Fernandes Martins,  André Esteves alinhou  algumas  das  evidências  positivas  que  vê  no  Brasil.    “A  gente  discute  o tamanho do superávit primário.

Mas é importante saber que temos superávit primário, e que somos o único país  nesta  situação entre as 20 maiores  economias  do  mundo”,  exemplificou.          Assinalou também que o setor público e as empresas brasileiras  são  pouco  endividadas,  em  contraposição  a países como Estados Unidos, Alemanha e Japão, entre  os  quais  o  endividamento  beira  e  até  ultrapassa  o  patamar de 100% do PIB.      A  ainda  baixa participação  do  crédito  na  economia  brasileira  e  a  solidez  do  sistema financeiro nacional são aspectos promissores na comparação com outros países quando o assunto é exposição a riscos, afirmou.

O  presidente  do  Banco  BTG  Pactual  manifestou sua crença em um crescimento de pelo menos 3% este ano –  “até  porque  a  base de comparação, de 2012, é baixa” – e aplaudiu a decisão do Banco Central de elevar em 0,25% a taxa  básica de juros. “Era preciso mostrar disposição e firmeza no combate à inflação e, nesse  sentido,  eu  até  teria  aumentado  m 0,5%, para não deixar dúvidas”, afirmou. Sobre a inflação, que ultrapassou o teto (6,5%) da meta brasileira, ele foi claro.      “A inflação deve ceder, mas não esperem que volte ao centro da meta (4,5%) rapidamente”, advertiu.

Para  reverter  as  expectativas  desfavoráveis  sobre   o país,  Esteves  acredita que o governo deve passar confiança a investidores e à sociedade como um todo. E a melhor forma de agir, para isso, é mostrar que as regras são claras e o ambiente de negócios, previsível. “É a velha história de vermos o copo meio vazio.   O Brasil vive o maior nível de renda de sua história. A gente tem que entender onde está – e a gente está bem”, garante.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A partir de hoje, governo beneficia profissionais em área de tecnologia no exterior



 
 
Na nova modalidade, já em vigor a partir desta quinta-feira (18/4) a empresa ou o instituto de pesquisa em que o profissional trabalha continuará pagando o salário e o governo arcará com a bolsa. 

“Queremos dar a oportunidade e estimular as empresas a investir em pesquisa e desenvolvimento e contratar talentos que são os melhores estudantes que nós temos”, disse o ministro da Educação,  Aloizio Mercadante (foto).

Essa é a nova modalidade do Programa Ciência Sem Fronteiras (CsF), lançado no final de 2011 com o objetivo de oferecer mais de 100 mil bolsas em quatro anos para capacitação de brasileiros no exterior. 
O foco agora são profissionais de empresas e institutos de pesquisa que atuam em áreas consideradas prioritárias, como engenharia, biomédicas, computação e tecnologia, fármacos e biotecnologia.

A Bolsa de Desenvolvimento Tecnológico no Exterior foi anunciada pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva.

O objetivo da nova modalidade, explicou Oliva, é mirar nas instituições que fazem ciência sob demanda, ou seja, para atender a uma determinada necessidade do País. “O sistema de inovação tem um tripé: a universidade, as empresas e os institutos de pesquisa e tecnológicos, que fazem ciência sob demanda.”

As atuais modalidades do programa priorizam pessoas com vínculos com universidades, seja na graduação ou na pós-graduação, mas excluem quem faz pesquisa e desenvolvimento fora da academia.
“É para esse universo (empresas e institutos de tecnologia) que estamos desenhando esse novo modelo de bolsa”, afirmou Oliva.

Ainda não há data para o lançamento do primeiro edital da nova modalidade, mas a estimativa inicial é oferecer 7 mil bolsas.

Para realizar o intercâmbio, será exigido que a empresa ou o instituto mantenha o salário do profissional durante a temporada no exterior. O CsF, por sua vez, complementará com o valor da bolsa, que deve ser, no caso dos Estados Unidos, de US$ 1,3 mil e US$ 2,1 mil mensais, a depender do nível do profissional.

A nova bolsa abarca duas categorias de profissional: júnior e sênior.

No primeiro caso, será necessário ter curso superior e atuar em um das áreas consideradas prioritárias.
Já para ter direito à bolsa sênior, o profissional terá de comprovar pelo menos cinco anos de experiência em pesquisa e inovação nessas mesmas áreas.

A ideia é que esses profissionais passem uma temporada em empresas ou institutos no exterior para aperfeiçoamento e desenvolvimento de projetos direcionados.

“Ele (o bolsista) não sairá do Brasil para fazer um doutorado. Ele irá com um foco específico: fazer um sistema de automação, um sistema de controle, um dispositivo sensor para melhorar a produção”, exemplificou o presidente do CNPq.

O anúncio da nova bolsa ocorreu durante o lançamento do Portal de Estágios & Empregos do CsF (www.ee.cienciasemfronteiras.gov.br), em Brasília, do qual participaram os ministros Mercadante e Marco Antonio Raupp, da pasta Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na página serão listadas vagas de estágios e empregos para bolsistas em todas as modalidades do CsF, em empresas parceiras. 

Segundo Mercadante, o portal tem uma área especifica para videoconferências, para as companhias entrevistarem os candidatos selecionados. 

Durante a cerimônia foi lançada uma área nova no portal do CsF, em que haverá informações como o número de bolsas oferecidas até o momento e os países e universidades para os quais os alunos bolsistas foram enviados. Acesse no endereço: www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf/painel-de-controle.

Segundo Mercadante, na próxima semana será lançado o terceiro edital do programa. 
“Estamos chegando a um patamar de 40 mil bolsistas. A demanda pelo Ciência Sem Fronteiras é fortíssima.”