domingo, 21 de abril de 2013

Banco Mundial continuará sendo 'relevante' apesar do banco dos BRICS



Presidente do BM,Jim Yong Kim (foto) destacou a importância da entidade

Por AFP

 O Banco Mundial continuará sendo relevante para os países em desenvolvimento, apesar do plano de um banco concorrente das economias emergentes que formam os BRICS, disse o presidente do BM, Jim Yong Kim, nesta quinta-feira.
 
"Eu realmente não tenho dúvidas sobre nossa contínua relevância durante longo tempo", disse Kim na abertura de uma reunião do Banco Mundial e do FMI.
 
"É verdade que os países do Brics, muitos deles, são extremamente bem financiados e têm dinheiro, mas eles continuam recorrendo a nós por motivos bem específicos", disse ele.
 
"Não há dúvidas de que a qualidade de nossa experiência, a qualidade de nosso conhecimento, nossa habilidade para ajudá-los a cumprir, de fato, suas promessas a seus povos é o que os mantêm recorrendo ao Grupo Banco Mundial".
 
No final de março, líderes dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram em criar um credor com infraestrutura conjunta para rivalizar com as instituições dominadas pelo Ocidente como o Banco Mundial.
 
O futuro banco é visto como uma forma de conquistar influência no cenário mundial, conter a crise econômica da Europa e aplicar U$4,5 trilhões em gastos em infraestrutura que os Brics estimam que serã necessários nos próximos cinco anos.
 
Contudo, Kim disse que, ao visitar os Brics, ele não percebeu uma redução da demanda "ainda que levemente" pelos serviços do Banco Mundial.
 
Kim lembrou os 66 anos de experiência do Banco Mundial em infraestrutura de construção.
 
"Cada um dos países dos Brics tem um enorme déficit infraestrutural que simplesmente não pode ser atendido por apenas uma instituição", disse ele.
 
Alguns analistas expressaram preocupações que o novo banco imporá condições menos rigorosas com seus empréstimos que o Banco Mundial, tornando os Brics mais atrativos pata os mutuários.
 
Kim defendeu a postura mais rigorosa da instituição.
 
"Vemos as garantias, nossa atenção cuidadosa aos detalhes, vemos nossa atenção à corrupção como ativos", disse.
 
"Com mais organizações, países, fundos aparecendo e começando a emprestar em países desenvolvidos, sinto que eles vão começar a entender o valor desse tipo de abordagem cuidadosa".
 
 
 
 

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