Executivos
da brasileira Vale disseram nesta quinta-feira (25/4) estarem confiantes de que
nada de ilegal foi praticado pela empresa.
O
conselheiro legal da Vale, Clóvis Torres, afirmou que a companhia foi
surpreendida pela investigação, iniciada em terras americanas porque
envolve residentes no país que podem ter levado para os EUA recursos
adquiridos de forma ilegal no exterior.
Segundo Torres, o governo da Guiné provocou o assunto e houve mandados de prisão emitidos nos EUA.
Ele disse que a Vale foi intimada pela Justiça americana e está reunindo documentos pedidos para enviar ao Departamento de Justiça daquele país, que atua no caso juntamente com o FBI.
“Estamos à disposição para colaborar”.
Documentos submetidos a um tribunal federal dos EUA em Nova York relatam que Frederic Cilins, ligado a empresa BSG Resources, parceira da Vale na Guiné, ofereceu subornos para garantir os direitos de mineração para a concessão de Simandou, totalmente detida pela Rio Tinto até 2008.
A BSG Resources e a Vale detêm a concessão de lavra para a metade de Simandou, uma das maiores descobertas do mundo de minério de ferro, mas o trabalho foi suspenso no ano passado depois que o governo começou a rever a licença do projeto.
A BSG, controlada pelo bilionário Beny Steinmetz, tem repetidamente negado as acusações do governo da Guiné, de que pagou subornos para obter os seus direitos de mineração e disse que Cilins não era um empregado.
A Vale procurou se distanciar de seu parceiro, dizendo que não tinha conhecimento das ações Cilins e não teve nenhuma participação em quaisquer ações tomadas pelo Grupo BSG em conexão com a atribuição da concessão Simandou.
A empresa vendeu à Vale uma participação de 51% da concessão em 2010 por US$ 2,5 bilhões, mas apenas US$ 500 milhões foram pagos.
A Vale se negou a pagar o restante recentemente, argumentando que as metas de desenvolvimento do projeto não foram cumpridas.
Fonte:
redação, com agências
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