quinta-feira, 11 de abril de 2013

Petrobras não discute viabilidade do porto do Açu, afirma Graça


Por Ana Fernandes | Valor
 
SÃO PAULO - Atualizado às 15h04 A Petrobras não tem preocupação quanto à viabilidade de projetos de negócios que não sejam o da companhia, segundo Graça Foster, presidente da empresa. "Não há nenhuma discussão para viabilizar porto do Açu nos escritórios da Petrobras", disse ao ser questionada por jornalistas, durante evento na sede da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp).

Uma reportagem publicada ontem no Valor e antecipada na tarde de ontem pelo Valor PRO, o serviço de informações em tempo real do Valor, afirmava que a Petrobras foi acionada para iniciar negociações com o grupo EBX e poderia estar entre os clientes potenciais do Porto de Açu, da LLX. A estatal estaria avaliando quais os ganhos que poderia ter com a operação. No governo, acredita-se que os poços de petróleo controlados pela OGX poderiam servir como moeda de troca.

Em teleconferência sobre o plano de negócios 2013-2017 realizadao ontem, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, confirmou que a estatal está em negociações com a empresa de logística de Eike Batista.

Hoje, em São Paulo, Graça Foster disse que existem conversas frequentes sobre a possibilidade de negócios. A executiva explica que, a depender de possíveis licitações de energia, é possível que a Petrobras precise de um quarto terminal de regaseificação até 2020 e que um terminal com serviço terceirizado no Rio de Janeiro pode ser uma solução interessante. 

Outros dois ou três lugares para um provável quarto terminal são avaliados, afirmou a presidente sem, contudo, detalhar os possíveis locais. Segundo ela, as possibilidades serão estudadas levando em conta a confiabilidade de projetos e de tarifa, podendo até haver um processo licitatório para a escolha.

Graça, no entanto, negou haver qualquer solicitação do governo federal para favorecer empresas do grupo do empresário Eike Batista. "Não tem pedido do governo para ajudar o grupo X", enfatizou. A executiva mencionou que, atualmente, a Petrobras tem contratos com empresas do Grupo EBX, feitos por meio de licitação.

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