sexta-feira, 12 de abril de 2013

Brasil adere a acordo de registro global de marcas; Congresso terá de aprovar proposta


 
 
 
A Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior recomendou nesta semana a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri, por meio do qual é possível solicitar uma marca simultaneamente nos escritórios de registro dos 88 países membros do acordo.

A Casa Civil da Presidência da República formatará a proposta, que precisará receber o aval da presidenta Dilma para seguir ao Congresso.

Se aprovada, as empresas brasileiras poderão fazer um pedido único internacional de registro de marcas, o que pode reduzir custos do procedimento pela metade.

"É apenas o início. Mas é um passo importante. Trata-se de uma medida muito esperada pela indústria", afirmou o secretário de Inovação do ministério do Desenvolvimento, Nelson Fujimoto (foto).

De acordo com ele, o processo pode levar até dois anos para ser finalizado.
A recomendação de adesão envolve ressalvas ao tratado. 

Entre elas, que o recolhimento da taxa de registro de marca seja feito obrigatoriamente pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e que os documentos sejam produzidos em espanhol e em inglês --o uso do português não está previsto.

Hoje, empresas estrangeiras pedem registro de marca diretamente no Inpi.
 O tempo médio de análise dos pedidos é de dois anos e meio.

O pedido internacional, apesar de único, via Ompi (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), é analisado no escritório internacional de cada país membro, seguindo a legislação local.

O registro internacional é importante, pois a marca só tem validade em um país se estiver registrada.
Recentemente, a Apple quase perdeu a marca Iphone no Brasil, registrada anteriormente pela Gradiente no Inpi. 

As duas empresas anunciaram que  entrarão em um acordo sobre a marca.
 
Fonte: redação com agências.
 

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