sexta-feira, 26 de abril de 2013

Citi corta recomendação da Embraer para venda

 
Por Daniela Meibak


 




 

SÃO PAULO - O Citi Research cortou a recomendação da fabricante de aeronaves Embraer de neutra para venda e manteve o preço-alvo dos ADRs da companhia em US$ 30, valor que é  12,7% inferior ao fechamento de ontem, de US$ 34,37. As ações da companhia recuam hoje 3,91%, a R$ 16,24, na BM&FBovespa.

O corte reflete a expectativa da casa de análise de um trimestre mais fraco neste começo de ano, com menores entregas de jatos e do Phenom, levando a uma pequena revisão nas estimativas dos ganhos da empresa.

Segundo o relatório, a Embraer é negociada por um múltiplo do valor da empresa pela carteira de pedidos (EV/backlog) de 0,5 vez, enquanto a média do setor é de 0,2 vez. A situação persiste apesar de a companhia ser a única com declínio grande em sua carteira de pedidos por vários anos e ter apontado menores entregas de aeronaves comerciais em 2013, segundo a equipe do Citi.

Enquanto aeronaves comerciais proporcionam oportunidades de negociação no curto prazo, a geração de margem e receita pode desapontar com o declínio na qualidade da carteira de pedidos, para os analistas Stephen Trent, Raian Santos e Juliano Navarro.

Outro ponto destacado pelo Citi é que apesar de a Embraer ser uma “campeã nacional”, isso não significa que o governo brasileiro  vai priorizar a compra de produtos da companhia em detrimento de gastos com estradas, ferrovias, portos, aeroportos, estádios de futebol e jatos estrangeiros, além da crescente variedade de cortes de impostos em diversos setores.

“Acreditamos que o Brasil está muito propenso a encomendar um grande KC-390, avião militar de transporte, nos próximos trimestres, mas os gastos com os itens citados podem aumentar o tempo que a Embraer terá que esperar para reverter isso em receita.”

(Daniela Meibak)


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