quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dilma viaja hoje à Argentina para negociar com Cristina sobre econômicos

 
 
 
A presidenta Dilma viaja hoje (25/4) a Buenos Aires (Argentina), para reuniões com a presidenta argentina, Cristina Kirchner. A previsão é que Dilma deixe o Brasil às 23h15.

Estarão em discussão questões econômicas e impasses comerciais, como a possibilidade de venda da unidade da Petrobras no país e investimentos paralisados da Vale. 

É o primeiro encontro de Dilma e Cristina após a eleição do presidente do Paraguai, Horacio Cartes. O Paraguai está suspenso do Mercosul e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) há dez meses.
 
As reuniões das presidentas estavam marcadas para o começo de março, mas foram adiadas devido à morte do presidente da Venezuela, Hugo Chávez (em 5 de março). Dilma e Cristina devem discutir as exportações de produtos brasileiros, prejudicados por novas medidas cambiais argentinas. 

As novas regras atingem vários setores, especialmente o agrícola, com a suspensão de licenças automáticas e a criação de cotas de importação, e o automotivo.“Nós teremos uma pauta bastante ampla com a Argentina. Nós temos que discutir todas as relações: comerciais, os investimentos, toda a interação entre a economia brasileira e a economia argentina. Nós iremos discutir todos os assuntos”, comentou Dilma.Determinada a investir na Argentina, a Vale suspendeu as ações no país relativas à extração de potássio, na região de Mendoza. 

A empresa alega que o projeto foi suspenso porque o custo passou de US$ 6 bilhões, orçado em 2009, para US$ 12 bilhões.

Com a suspensão, o governo argentino passou a exigir que a mineradora e as empresas contratadas continuem pagando os salários dos funcionários dispensados.O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse à Agência Brasil que a diplomacia busca encaminhar os assuntos que envolvem interesses dos dois países, mas algumas decisões são tomadas a partir de considerações do setor privado. 
 
“A suspensão das atividades da Vale foi decidida pelo conselho da empresa. Há situações em que as decisões são tomadas pelos atores privados. É o caso. Em relação à Argentina, podem surgir situações, comerciais e de investimentos, mas é um país que é parceiro estratégico. Nosso futuro está indissociável e juntos chegaremos mais longe do que separados. Não há o chamado plano B, como dizem alguns empresários. Mas isso não significa que não tenhamos de trabalhar na busca da superação das dificuldades”, ressaltou Patriota.   
 
Fonte: Agência Brasil
 

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