Infraestrutura
Secretária de Comércio Exterior do MDIC disse que visitas recentes de comitiva do Brasil na Europa foi para mostrar as oportunidades de negócio no Brasil em infraestrutura
Governo quer estrangeiros investindo em concessões de aeroportos (foto), portos, rodovias e ferrovias
(Reinaldo Canato )
A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, informou nesta
quarta-feira que o governo pretende assinar acordos para atrair empresas
estrangeiras para os processos de concessões. "O governo esteve
(recentemente) em Londres justamente para promover o portfólio de
oportunidades de investimento no Brasil, na área de infraestrutura",
afirmou a secretária em referência aos processos de transferência à
iniciativa privada de aeroportos, portos, rodovias e ferrovias.
"Hoje de manhã se tratou disso com mais detalhes, e uma série de outras
visitas que eles farão aqui no Brasil tem por foco permitir que se
conheça melhor, com mais detalhes, os projetos para os quais buscamos
atrair investimentos." As declarações da executiva foram dadas durante a
sétima edição do Comitê Econômico de Comércio Conjunto Brasil/Reino
Unido (Jetco, na sigla em inglês), em São Paulo.
Prazeres relatou ainda que o Brasil trabalha em uma
"oferta na área de bens" para um futuro acordo de livre comércio entre o
Mercosul e a União Europeia (UE) e disse esperar que o bloco europeu
faça o mesmo. "O MDIC trabalha para elaboração de uma oferta na área de
bens. Essa negociação é de grande importância, é a principal negociação
para um acordo de âmbito preferencial", afirmou. "Espero que a União
Europeia tenha uma oferta para apresentar ao Mercosul para um acordo de
livre comércio entre os dois blocos."
De acordo com a secretária, a facilitação de negócios bilaterais é a
chave para a redução de custos no comércio exterior. Ela afirmou que,
apesar da crise, Brasil e Reino Unido têm intensificado seus laços
comerciais. Tatiana mencionou ainda dois pontos cruciais para o Brasil:
infraestrutura e educação. "São dois temas que o governo brasileiro tem
que atacar", afirmou ela, dizendo que o Reino Unido tem muito a que
contribuir. Como exemplo, citou a experiência do Reino Unido com a
tecnologia para o trem de alta velocidade e o intercâmbio proporcionado
pelo programa Ciência Sem Fronteiras.
Mais cedo, os governos brasileiro e britânico
assinaram dois memorandos de entendimento. Um sobre mecanismos de
cooperação nas áreas de comércio, investimento, serviços,
sustentabilidade, educação, padronização, pesquisa e inovação. E o outro
para desenvolvimento da segunda versão do sistema de Consulta aos
Acordos de Preferências Tarifárias (Capta). "Os dois memorandos são
importantes para desenvolver o comércio bilateral, por meio de
transparência nas regras tarifárias entre os dois países e inovação",
disse o ministro de Negócios, Inovação e Treinamento britânico, Vince
Cable.
O ministro britânico projetou um crescimento de dois dígitos nas
exportações para o Brasil até 2015. Dados de 2010, segundo a assessoria
do consulado britânico, apontam que esse fluxo atingiu 3,1 bilhões de
libras.
"Esperamos um crescimento de dois dígitos, tanto no fluxo de
investimento quanto no comércio", declarou Cable.
(com Estadão Conteúdo)
(com Estadão Conteúdo)
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