quinta-feira, 11 de abril de 2013

Embraer confirma venda de três aviões Super Tucano para o Senegal


Por Guilherme Serodio e Virgínia Silveira | Valor
 
Divulgação / EmbraerEmbraer confirma venda de três aviões Super Tucano para o Senegal
 
RIO - A Embraer confirmou hoje a venda de três aviões Super Tucano para a força Aérea do Senegal. Com valor não divulgado, a venda teve o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Esta é a segunda venda do modelo anunciada em uma semana. Ontem a empresa confirmou a venda de seis aeronaves para a Guatemala, conforme o Valor adiantou.

O turboélice de ataque leve já é utilizado em nove países na América Latina, África e Ásia. Recentemente, a Embraer confirmou a venda de 20 unidades para a força aérea norte-americana por US$ 427,5 milhões. Mas poderá chegar a US$ 1 bilhão com a possível venda de outras 30 aeronaves.

Com as encomendas recentes, a Embraer refez as estimativas das vendas potenciais do avião, de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,1 bilhões até 2025, o equivalente à negociação de 344 unidades. Atualmente, há cerca de 170 Super Tucanos em operação e mais de 210 aeronaves encomendadas.

O financiamento do BNDES foi o que possibilitou a compra pelos senegaleses, de acordo com o ministro da Defesa do Senegal, Augustin Tine. “O BNDES nos deu a coragem por nos engajar na compra dos aviões Super Tucano”, disse o senegalês.

Recentemente, outras duas participações do banco de fomento brasileiro foram nas vendas de Super Tucano para a Guatemala e a República Dominicana. Devido ao baixo número de unidades negociadas, os aviões vendidos para o Senegal serão fabricados no Brasil.

“É natural que para alguns determinados mercados haja esse tipo de financiamento”, afirmou Aguiar. “Países mais desenvolvidos têm um sistema próprio cercando a venda do avião, mas é padrão internacional você ter esse apoio do Estado ajudando os financiadores. Tivemos nos últimos anos várias vendas financiadas pelo BNDES”.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, o contrato com o Senegal é parte da intenção do governo brasileiro em aprofundar as relações com o Senegal na área de defesa. A força aérea brasileira vai aprimorar a formação dos pilotos senegaleses que irão operar as aeronaves.

FAB

Segundo o vice-presidente de Operações da Embraer Defesa e Segurança, Eduardo Bonini, a Embraer também dará apoio à FAB no processo de adaptação das aeronaves à Esquadrilha da Fumaça, que recentemente substituiu o modelo de treinamento Tucano, pelo Super Tucano. O contrato tem a duração de cinco anos e está avaliado em pouco mais de US$ 100 milhões.  
(Guilherme Serodio e Virgínia Silveira | Valor)

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