RIO - A
Embraer confirmou hoje a venda de três aviões Super Tucano para a força
Aérea do Senegal. Com valor não divulgado, a venda teve o financiamento
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Esta é a segunda venda do modelo anunciada em uma semana. Ontem a empresa confirmou a venda de seis aeronaves para a Guatemala, conforme o Valor adiantou.
O turboélice de ataque leve já é utilizado em nove países na América
Latina, África e Ásia. Recentemente, a Embraer confirmou a venda de 20
unidades para a força aérea norte-americana por US$ 427,5 milhões. Mas
poderá chegar a US$ 1 bilhão com a possível venda de outras 30
aeronaves.
Com as encomendas recentes, a Embraer refez as estimativas das vendas
potenciais do avião, de US$ 3,5 bilhões para US$ 4,1 bilhões até 2025, o
equivalente à negociação de 344 unidades. Atualmente, há cerca de 170
Super Tucanos em operação e mais de 210 aeronaves encomendadas.
O financiamento do BNDES foi o que possibilitou a compra pelos
senegaleses, de acordo com o ministro da Defesa do Senegal, Augustin
Tine. “O BNDES nos deu a coragem por nos engajar na compra dos aviões
Super Tucano”, disse o senegalês.
Recentemente, outras duas participações do banco de fomento
brasileiro foram nas vendas de Super Tucano para a Guatemala e a
República Dominicana. Devido ao baixo número de unidades negociadas, os
aviões vendidos para o Senegal serão fabricados no Brasil.
“É natural que para alguns determinados mercados haja esse tipo de
financiamento”, afirmou Aguiar. “Países mais desenvolvidos têm um
sistema próprio cercando a venda do avião, mas é padrão internacional
você ter esse apoio do Estado ajudando os financiadores. Tivemos nos
últimos anos várias vendas financiadas pelo BNDES”.
De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, o contrato com o
Senegal é parte da intenção do governo brasileiro em aprofundar as
relações com o Senegal na área de defesa. A força aérea brasileira vai
aprimorar a formação dos pilotos senegaleses que irão operar as
aeronaves.
FAB
Segundo o vice-presidente de Operações da Embraer Defesa e Segurança,
Eduardo Bonini, a Embraer também dará apoio à FAB no processo de
adaptação das aeronaves à Esquadrilha da Fumaça, que recentemente
substituiu o modelo de treinamento Tucano, pelo Super Tucano. O contrato
tem a duração de cinco anos e está avaliado em pouco mais de US$ 100
milhões.
(Guilherme Serodio e Virgínia Silveira | Valor)
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