quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Patriota diz que buscou solução negociada a caso de senador boliviano

or Bruno Peres e Daniel Rittner | Valor

BRASÍLIA  -  
O ministro demissionário das Relações Exteriores, Antônio Patriota, disse nesta quarta-feira que procurou, durante sua gestão no Itamaraty, uma "solução negociada e juridicamente sólida" ao caso do senador boliviano Roger Pinto Molina. Na transmissão do cargo a seu sucessor, Luiz Alberto Figueiredo, ele afirmou que "a atuação independente de um servidor em La Paz representa conduta que não pode voltar a ocorrer". E finalizou: "Durante o período em que ele esteve asilado, o Brasil sempre agiu em respeito à soberania boliviana".

"Meu comportamento sempre se pautou pela transparência", garantiu Patriota. O ex-ministro também ressaltou o fato de que, durante os dois anos e oito meses em que esteve à frente do Itamaraty, conseguiu emplacar brasileiros em cargos internacionais importantes. "O Brasil venceu todas as eleições para postos internacionais que disputou", frisou Patriota. Na gestão dele, o embaixador Roberto Azevedo foi eleito diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e José Graziano ganhou a disputa para chefiar o órgão das Nações Unidas para a agricultura, a FAO, em Roma. 
Patriota agradeceu a Dilma pela oportunidade de ter liderado o Itamaraty durante esse tempo. "Não há honra maior, para um diplomata de carreira, do que servir como chanceler da República", disse o ex-ministro. Ele também fez um agradecimento pela indicação como chefe da representação brasileira na ONU, em Nova York, e lembrou que o novo posto lhe remete ao início da carreira. Quando foi terceiro secretário, a hierarquia mais baixa do Itamaraty, Patriota também serviu na delegação brasileira junto às Nações Unidas.
No discurso de despedida, Patriota endossou a escolha de Figueiredo como sucessor. "Não poderia haver melhor escolha", destacou o ex-ministro. Segundo ele, o chanceler assume em um momento em que o Brasil "desponta como um dos principais países do século 21".





Peso da indústria na economia brasileira volta ao nível de 1955


Sílvio Guedes Crespo

Atualizado às 13h24*
A indústria tem um peso na economia brasileira tão grande quanto tinha em 1955, antes de Juscelino Kubitschek chegar à Presidência e anunciar seu Plano de Metas para o desenvolvimento do país.
A produção do setor corresponde, atualmente, a 13,3% do PIB (produto interno bruto); em 1955, eram 13,1%, segundo o estudo “Por que reindustrializar o Brasil?”, divulgado nesta quarta-feira (28) pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
De acordo com o estudo, a desindustrialização no Brasil começou na década de 1980, após a participação do setor no PIB atingir um pico de 27,2%, como indica o gráfico abaixo, extraído da pesquisa. A projeção da Fiesp é de que, se a atual tendência continuar, a proporção tende a chegar a 9,3% em 2029 ou antes.
A princípio, os dados poderiam levar a crer que a indústria perdeu importância para o país, tornando-se uma atividade secundária para o crescimento econômico, uma vez que o setor de serviços gera mais da metade do PIB.
A Fiesp, no entanto, defende nesse estudo uma tese exatamente oposta. Afirma que, se a tendência de queda da participação da indústria no PIB se mantiver, junto com uma baixa taxa de investimento das empresas, “as perspectivas de o país atingir um nível de renda per capita minimamente compatível com o patamar dos países desenvolvidos se mostram cada vez mais distantes”.
A entidade argumenta que, nos países ricos, primeiro houve uma forte industrialização, gerando aumento da renda per capita, que por sua vez viabilizou os investimentos nos setor de serviços. A desindustrialização das nações desenvolvidas ocorreu “naturalmente”, diz o estudo, mas somente depois que o PIB atingiu o nível de cerca de US$ 20 mil por pessoa.
Um ponto comum de todos os países com mais de 25 milhões de habitantes que conseguiram atingir uma renda per capita de US$ 20 mil é que, em todos eles, esse patamar foi atingido quando a indústria representava mais de 20% do PIB, segundo a pesquisa.
Por isso, a Fiesp acredita que o Brasil teve uma “desindustrialização prematura” e “acelerada”. A proposta dos representantes da indústria é de que o governo crie as condições para que o segmento se desenvolva e ajude a aumentar a renda per capita do país.
O estudo calcula que para dobrar a renda per capita do país em 20 anos não é preciso crescer a taxas chinesas. Basta que o PIB avance 4% ao ano. Se a meta for dobrar a nossa renda per capita em 15 anos, a economia deveria se expandir 5,3% ao ano, diz a Fiesp.
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Conheça as principais etapas da fabricação de um carro29 fotos

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A produção de um carro popular demora cerca de 24 horas e envolve milhares de trabalhadores e centenas de robôs. O UOL Economia visitou a fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) para mostrar como funciona. Veja a seguir as principais etapas de construção Leia mais Fernando Donasci/UOL
Opinião
Embora apresente dados relevantes ao comparar a desindustrialização do Brasil com a de outros países, o estudo não consegue confirmar a sua principal hipótese– de que a indústria é essencial para elevar a renda per capita a US$ 20 mil.
O fato de que nove países tinham um alto grau de industrialização quando ficaram ricos não garante que, sem a indústria não é possível chegar lá. Muito menos que, hoje, esse é o melhor caminho.
Nessas nações apontadas como possíveis modelos, a renda per capita de US$ 20 mil veio na década de 1970, uma época em que os serviços ainda não tinham uma participação tão grande na economia mundial.
Se o alto nível de industrialização foi um ponto comum nesses países, muitos outros também o foram. Por exemplo, todas as nações citadas enriqueceram quando o setor de tecnologia da informação não tinha o peso que tem hoje. Poderíamos concluir, então, que primeiro devemos construir fábricas, para depois pensarmos em desenvolver os softwares que as linhas de montagem vão utilizar?
A Fiesp afirma que a desindustrialização no Brasil está ocorrendo “antes de a expansão do setor de serviços intensivo em conhecimento se tornar capaz de absorver a mão de obra desempregada pela indústria”. Mas a taxa de desemprego continua em patamar historicamente baixo, sendo que alguns setores, mesmo não sendo de ponta, têm dificuldade de encontrar profissionais qualificados.
“Provavelmente, parcela significativa da força de trabalho desempregada acaba sendo alocada em setores de baixa produtividade e baixos salários e/ou em subempregos”, diz o estudo. Mas hoje mesmo uma outra pesquisa, esta do IBGE, mostra que a produtividade está crescendo no setor de serviços, mais até do que os salários, que tiveram ganhos acima da inflação nos últimos quatro anos.
A entidade representante da indústria paulista defende políticas para “moderar ou escalonar a intensidade da desindustrialização durante um longo período de tempo com o intuito de aproveitar ao máximo os benefícios de uma participação elevada da indústria no PIB”. Só que uma indústria protegida pelo Estado tem pouco estímulo para inovar e gerar emprego e renda.
Em outro post, este blog mostrou que as empresas do setor automotivo instaladas no país, apesar de contar com um mercado protegido e grande, quintuplicou a quantia investida em outros países.
Em vez de moderar a queda dos setores mais hábeis no lobby político, o governo seria mais útil se retirasse gradativamente o protecionismo e permitisse que o capital escolhesse os segmentos com maior potencial de crescimento.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

O Networking das Mulheres Empreendedoras



O networking está sempre presente na vida das mulheres empreendedoras, mas não é o mesmo tipo de networking que os círculos tradicionais de negócios conhecem.

Em algumas conversas que tive sobre empreendedorismo, um tópico comum é a dificuldade para se encontrar mulheres empresárias. Uma reclamação constante dos recrutadores é que nós não participamos de eventos e não fazemos networking, o que torna quase impossível nos conhecer.

De acordo com um estudo do Business Insider, as mulheres recebem apenas 4,2% dos fundos de Venture Capital. Outra pesquisa, realizada pela Endeavor com a UNCTAD, reforça que mulheres participam menos de associações e entidades de classe do que homens.

Estes dados traduzem um pouco a realidade da nossa rotina executiva.
O que os dados não mostram, é que o networking é sempre presente na vida das mulheres que empreendem, mas não o mesmo networking que os círculos de negócios estão acostumados.

Nossa rede é recheada de professoras da escola das crianças, de mães dos amigos dos nossos filhos, de pediatras e até mesmo de babás da vizinhança.
 

 





A mulher empreendedora muitas vezes é mais velha que o homem empreendedor. Pois ela esperou nascerem os filhos, eles crescerem um pouco e aí sim mergulhou em sua carreira. Mas isso traz junto uma carga que talvez seja de difícil entendimento para os homens em geral e praticamente impossível para os jovens de startups e aceleradoras.

Pensem em um dia razoavelmente comum na vida da empreendedora:
Após vestir qualquer coisa por cima do pijama, ouvir seu nome e apelidos 50 vezes – “manhê cadê meu tênis?”, “manhê, não consigo prender meu cabelo”, “amor, que horas é o balé hoje?”, consegue-se partir para a escola.

Voltar para casa depois disso é uma dádiva. Ter tempo para tomar banho e se arrumar com calma, faz o dia certamente começar muito melhor, pena que nem sempre isso é possível.

Já no caminho do trabalho, liga uma colega mãe e lhe pergunta: Você já comprou a roupa pra festa de junho na escola? Aí a empreendedora puxa lá no fundo da memória que festa seria esta, consegue lembrar, mas daí pra saber que tinha uma roupa especial... Ela telefona pra escola para perguntar que roupa é esta que precisaria comprar. Descobre em cima da hora que não terá tempo de ir atrás disso e, graças ao seu networking com as mães, que agora são também suas amigas, irmãs, motoristas e tudo mais que ela precisa, resolve o problema da roupa pedindo para que quando fossem comprar pros seus filhos, comprassem pros seus também.

Ufa! Finalmente o dia começa, não antes da funcionária do lar lembrá-la com veemência que acabou o sabão em pó e que deste jeito não ia dar pra lavar a roupa hoje. A empreendedora, que nunca tem um tostão na carteira, leva a funcionária ao caixa automático da esquina para tirar um dinheiro para que ela possa ir ao mercado. Claro que nestas horas não serão mais R$ 5,89 do sabão apenas (sim, nós sabemos o preço do sabão em pó), agora ela irá comprar mais “umas coisinhas” que estão faltando também. Mas isso já daria outro texto.

Agora sim! Três, quatro horas de trabalho sem interrupção! Todos os problemas de clientes, pagamentos, funcionários, são plenamente solúveis.

Até que chega o horário do almoço. Aquele horário que os empreendedores comuns saem para almoçar e fazer, como é mesmo o nome? Networking!

Coincidentemente, as mulheres que eu conheço que tem cargos executivos não gostam de sair para almoçar. Gostam mesmo de comer qualquer coisa rápida, de preferência na mesa, utilizando este intervalo de valioso silêncio para responder e-mails, pagar contas e planejar a agenda de casa.

Com o dia seguindo normalmente, o único telefonema que ela irá receber quando as crianças voltarem da escola será: O fulaninho me bateu! Comentário que ela fingirá dar toda a atenção e esquecerá 5 minutos depois.

Então o dia passa: Balé, reunião de planejamento, futebol, pipeline de vendas, natação, entrevista com estagiários, inglês, treinamento gerencial, o fulaninho me bateu, de novo! Tudo isso já está na rotina e na logística caótica que a empreendedora administra.

Se tudo correr bem, nenhuma rede mais precisará ser ativada. Mas com crianças pequenas, nunca se sabe. Um voltou da escola com dor de garganta e o outro pode estar passando mal. Aí a empreendedora irá ativar toda a rede das amigas, das funcionárias do lar, dos médicos e de todo mundo que der brecha para ajudá-la. Pois ela terá que refazer toda a agenda do dia e resolver o problema mais importante: A saúde dos pequenos.

Entender esta rotina é fundamental para que se possam encontrar estas mulheres de sucesso. Adequar os horários de eventos é apenas uma das necessidades.

O levantamento da UNCTAD aponta que são elas que trazem mais inovação ao setor de serviços, área que já responde por 60% do PIB do país e apresenta maior potencial de crescimento. Então se quisermos realmente investir neste crescimento, precisaremos de um esforço extra para encontrar estas mulheres, fazendo visitas pessoais e não implementando ainda mais compromissos em suas agendas.

Poxa, mas e o happy hour? Não dá para pelo menos nesta hora participar de algum evento? Digam-me, o que tem de mais happy às oito da noite, que sentar no sofá para assistir Carrossel com um filho de cada lado?

Paula Bromfman Puppi é sócia e CEO da Blinks.


O networking está sempre presente na vida das mulheres empreendedoras, mas não é o mesmo tipo de networking que os círculos tradicionais de negócios conhecem.
Em algumas conversas que tive sobre empreendedorismo, um tópico comum é a dificuldade para se encontrar mulheres empresárias. Uma reclamação constante dos recrutadores é que nós não participamos de eventos e não fazemos networking, o que torna quase impossível nos conhecer.
De acordo com um estudo do Business Insider, as mulheres recebem apenas 4,2% dos fundos de Venture Capital. Outra pesquisa, realizada pela Endeavor com a UNCTAD, reforça que mulheres participam menos de associações e entidades de classe do que homens.
Estes dados traduzem um pouco a realidade da nossa rotina executiva.
O que os dados não mostram, é que o networking é sempre presente na vida das mulheres que empreendem, mas não o mesmo networking que os círculos de negócios estão acostumados.
Nossa rede é recheada de professoras da escola das crianças, de mães dos amigos dos nossos filhos, de pediatras e até mesmo de babás da vizinhança.
A mulher empreendedora muitas vezes é mais velha que o homem empreendedor. Pois ela esperou nascerem os filhos, eles crescerem um pouco e aí sim mergulhou em sua carreira. Mas isso traz junto uma carga que talvez seja de difícil entendimento para os homens em geral e praticamente impossível para os jovens de startups e aceleradoras.
Pensem em um dia razoavelmente comum na vida da empreendedora:
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Voltar para casa depois disso é uma dádiva. Ter tempo para tomar banho e se arrumar com calma, faz o dia certamente começar muito melhor, pena que nem sempre isso é possível.
Já no caminho do trabalho, liga uma colega mãe e lhe pergunta: Você já comprou a roupa pra festa de junho na escola? Aí a empreendedora puxa lá no fundo da memória que festa seria esta, consegue lembrar, mas daí pra saber que tinha uma roupa especial... Ela telefona pra escola para perguntar que roupa é esta que precisaria comprar. Descobre em cima da hora que não terá tempo de ir atrás disso e, graças ao seu networking com as mães, que agora são também suas amigas, irmãs, motoristas e tudo mais que ela precisa, resolve o problema da roupa pedindo para que quando fossem comprar pros seus filhos, comprassem pros seus também.
Ufa! Finalmente o dia começa, não antes da funcionária do lar lembrá-la com veemência que acabou o sabão em pó e que deste jeito não ia dar pra lavar a roupa hoje. A empreendedora, que nunca tem um tostão na carteira, leva a funcionária ao caixa automático da esquina para tirar um dinheiro para que ela possa ir ao mercado. Claro que nestas horas não serão mais R$ 5,89 do sabão apenas (sim, nós sabemos o preço do sabão em pó), agora ela irá comprar mais “umas coisinhas” que estão faltando também. Mas isso já daria outro texto.
Agora sim! Três, quatro horas de trabalho sem interrupção! Todos os problemas de clientes, pagamentos, funcionários, são plenamente solúveis.
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Então o dia passa: Balé, reunião de planejamento, futebol, pipeline de vendas, natação, entrevista com estagiários, inglês, treinamento gerencial, o fulaninho me bateu, de novo! Tudo isso já está na rotina e na logística caótica que a empreendedora administra.
Se tudo correr bem, nenhuma rede mais precisará ser ativada. Mas com crianças pequenas, nunca se sabe. Um voltou da escola com dor de garganta e o outro pode estar passando mal. Aí a empreendedora irá ativar toda a rede das amigas, das funcionárias do lar, dos médicos e de todo mundo que der brecha para ajudá-la. Pois ela terá que refazer toda a agenda do dia e resolver o problema mais importante: A saúde dos pequenos.
Entender esta rotina é fundamental para que se possam encontrar estas mulheres de sucesso. Adequar os horários de eventos é apenas uma das necessidades.
O levantamento da UNCTAD aponta que são elas que trazem mais inovação ao setor de serviços, área que já responde por 60% do PIB do país e apresenta maior potencial de crescimento. Então se quisermos realmente investir neste crescimento, precisaremos de um esforço extra para encontrar estas mulheres, fazendo visitas pessoais e não implementando ainda mais compromissos em suas agendas.
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Paula Bromfman Puppi é sócia e CEO da Blinks.
- See more at: http://www.endeavor.org.br/artigos/marketing-vendas/networking/o-networking-das-mulheres-empreendedoras?utm_source=Akna&utm_medium=Disparo&utm_content=27.08.2013&utm_campaign=Conteudo#sthash.cdR9ixKg.dpuf
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Estes dados traduzem um pouco a realidade da nossa rotina executiva.
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A mulher empreendedora muitas vezes é mais velha que o homem empreendedor. Pois ela esperou nascerem os filhos, eles crescerem um pouco e aí sim mergulhou em sua carreira. Mas isso traz junto uma carga que talvez seja de difícil entendimento para os homens em geral e praticamente impossível para os jovens de startups e aceleradoras.
Pensem em um dia razoavelmente comum na vida da empreendedora:
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O levantamento da UNCTAD aponta que são elas que trazem mais inovação ao setor de serviços, área que já responde por 60% do PIB do país e apresenta maior potencial de crescimento. Então se quisermos realmente investir neste crescimento, precisaremos de um esforço extra para encontrar estas mulheres, fazendo visitas pessoais e não implementando ainda mais compromissos em suas agendas.
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A mulher empreendedora muitas vezes é mais velha que o homem empreendedor. Pois ela esperou nascerem os filhos, eles crescerem um pouco e aí sim mergulhou em sua carreira. Mas isso traz junto uma carga que talvez seja de difícil entendimento para os homens em geral e praticamente impossível para os jovens de startups e aceleradoras.
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Voltar para casa depois disso é uma dádiva. Ter tempo para tomar banho e se arrumar com calma, faz o dia certamente começar muito melhor, pena que nem sempre isso é possível.
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Então o dia passa: Balé, reunião de planejamento, futebol, pipeline de vendas, natação, entrevista com estagiários, inglês, treinamento gerencial, o fulaninho me bateu, de novo! Tudo isso já está na rotina e na logística caótica que a empreendedora administra.
Se tudo correr bem, nenhuma rede mais precisará ser ativada. Mas com crianças pequenas, nunca se sabe. Um voltou da escola com dor de garganta e o outro pode estar passando mal. Aí a empreendedora irá ativar toda a rede das amigas, das funcionárias do lar, dos médicos e de todo mundo que der brecha para ajudá-la. Pois ela terá que refazer toda a agenda do dia e resolver o problema mais importante: A saúde dos pequenos.
Entender esta rotina é fundamental para que se possam encontrar estas mulheres de sucesso. Adequar os horários de eventos é apenas uma das necessidades.
O levantamento da UNCTAD aponta que são elas que trazem mais inovação ao setor de serviços, área que já responde por 60% do PIB do país e apresenta maior potencial de crescimento. Então se quisermos realmente investir neste crescimento, precisaremos de um esforço extra para encontrar estas mulheres, fazendo visitas pessoais e não implementando ainda mais compromissos em suas agendas.
Poxa, mas e o happy hour? Não dá para pelo menos nesta hora participar de algum evento? Digam-me, o que tem de mais happy às oito da noite, que sentar no sofá para assistir Carrossel com um filho de cada lado?
 
Paula Bromfman Puppi é sócia e CEO da Blinks.
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BNDES nega tratamento privilegiado ao Grupo EBX



Por André Borges e Leandra Peres | Valor


Jonathan Alcorn/Bloomberg




BRASÍLIA  -  Atualizada às 16h10

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que o banco de fomento não fez nenhuma alteração de contrato ou deu tratamento privilegiado ao Grupo EBX, por conta de financiamentos oferecidos à empresa controlada pelo empresário Eike Batista.
Coutinho voltou a dizer que o BNDES possui “todas as garantias” para receber seus aportes, “inclusive fianças bancárias, que protegem os créditos do BNDES”.

Coutinho, que participou de audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, foi insistentemente questionado pelos parlamentares, em relação a empréstimos e operações feitas com as empresas de Eike.

A BNDESPar, empresa de participações do banco, é dona de 0,66% do capital da mineradora MMX e 0,26% da OGX.

Crédito

Coutinho afirmou que o banco tem, atualmente, R$ 6 bilhões contratados pelo Grupo EBX.
“Nós aprovamos empréstimos [para o Grupo EBX] numa escala de R$ 10 bilhões. Isso foi transparente. Os empréstimos efetivamente contratados giram em torno de R$ 6 bilhões e, nesse momento, uma parte expressiva está migrando para outras companhias”, disse ele.

“Uma vez que as companhias que nós financiamos estão sendo objeto de transferência para outros investidores, todo esse volume vai estar equacionado. 

Os novos investidores levarão adiante os projetos e, portanto, assumirão esses financiamentos”, disse o presidente do BNDES.

Uma “parcela majoritária” dos R$ 6 bilhões contratados pelo grupo de Eike Batista, segundo Coutinho, já foi repassada para a alemã E.ON, que anunciou aumento na sua participação na empresa de energia MPX.

Reestruturação

Na mesma audiência, o executivo disse mais cedo que o banco de fomento não tem interferência no processo de reestruturação do |Grupo EBX e que os ajustes no conglomerado serão feitos pelo mercado.
Coutinho explicou que os créditos do BNDES se concentram em energia e em logística. No caso da MPX, a alemã E.ON já anunciou aumento na sua participação no capital da empresa e equacionou "boa parte das dívidas com o BNDES". Quanto à LLX, a transferência do controle para um fundo de investimento vai colaborar para "equacionar outra parcela grande da dívida". Ele lembrou que o BNDES não foi o único investidor nesses projetos.

Na avaliação do presidente do banco de fomento, as empresas têm ativos e a reestruturação que vem sendo feita tem mostrado que a venda desses ativos é suficiente para cobrir os riscos.

Coutinho também disse estar bastante confortável com as garantias oferecidas pelo Grupo X e que a reestruturação não terá impacto relevante sobre a capacidade de empréstimos do BNDES.

O presidente do BNDES disse que o banco não teve, “até o momento”, nenhum prejuízo com o grupo de Eike Batista, que tem enfrentado uma série de dificuldades financeiras.

(André Borges e Leandra Peres | Valor)

Mantega discute criação de sindicato de bancos para concessões


Por Francine De Lorenzo | Valor

SÃO PAULO  -  O secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal, Antonio Henrique Silveira, disse nesta terça-feira que foi discutida hoje, na reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega com os presidentes de bancos privados e públicos em São Paulo, a criação de um sindicato de bancos, que funcionaria como um consórcio e poderia participar como financiador nas concessões. De acordo com Silveira, que falou com jornalistas após o fim da reunião, a expectativa é que daqui a 15 dias haja uma proposta mais estruturada de formulação do grupo, que poderia atuar, de forma separada ou conjunta, em todas as concessões de projetos de logística, e não só de ferrovias. “Pode ter um projeto que só um banco financie”, explicou Silveira.

O secretário afirmou ainda que a Caixa Econômica Federal, a pedido do ministro Mantega, passará a atuar com mais foco no crédito para médias empresas e no financiamento a projetos de infraestrutura.

Mais cedo, ao chegar para participação em audiência pública no Senado, em Brasília, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, havia dito que o banco público não irá assumir riscos de bancos privados no financiamento de concessões e que o modelo de empréstimo é igual a qualquer outro já utilizado pelo banco.
“O que se deseja é um processo normal de compartilhamento de riscos entre todos os envolvidos em um project finance”, disse Coutinho. “Em geral, um project finance constitui uma cooperativa, um sindicato de financiadores onde cada um assume a sua parte”, comentou.

Silveira, da Fazenda, negou que o governo federal tenha oferecido risco zero para os bancos privados financiarem os consórcios que participarem dos leilões para a concessão de ferrovias, como apontou  reportagem de hoje do jornal “Folha de S. Paulo”.

(Francine De Lorenzo | Valor)

BNDES desvincula empréstimo a Eletrobras de dividendos


Francisco Dornelles acusou o banco de fomento de ter atuado como "laranja" na operação para que a companhia conseguisse honrar seus compromissos com o governo

Eduardo Rodrigues e Laís Alegretti, do
Fábio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho
Luciano Coutinho: "O grupo [Eletrobras] perdeu receitas após renovação das concessões do setor elétrico e esse empréstimo atenuou os impactos no giro de caixa da companhia"

Brasília - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, informou que o empréstimo de R$ 2,5 bilhões para a Eletrobras (ELET3) serviu para dar fôlego ao grupo e descartou qualquer vinculação com o pagamento de dividendos ao Tesouro Nacional.
O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) acusou o banco de fomento de ter atuado como "laranja" na operação para que a companhia conseguisse honrar seus compromissos com o governo.

"A Eletrobras tem funding suficiente para arcar com seus dividendos e o empréstimo foi concedido para que o grupo tenha fluxo de caixa para garantir seus planos de investimentos. A Eletrobras passa por uma reestruturação de custeio para se tornar mais eficiente", respondeu Coutinho, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira, 28.

"O grupo perdeu receitas após renovação das concessões do setor elétrico e esse empréstimo atenuou os impactos no giro de caixa da companhia", completou.