domingo, 22 de setembro de 2013

Cerveja Premium

Portfólio inclui a família Bohemia, além de rótulos como Budweiser, Stella Artois, Serra Malte e as versões de maior valor das cervejas tradicionais

Marília Almeida - iG São Paulo
Divulgação
Maior aposta da Ambev é a Budweiser, que será a patrocinadora da Copa no mercado global
A ampliacao do portfólio de cervejas premium é uma das grandes apostas da Ambev para complementar as vendas, que apresentaram queda em agosto.

Isso porque o segmento, além de ter maior valor comercial, também permite à companhia se defender de oscilações de vendas, pois é mais resiliente à crises.

De acordo com o vice presidente de vendas Alexandre Medicis, o portfólio de marcas premium representa 6% do mercado no Brasil. "Como a Ambev tem 70% de fatia no mercado, a participação no nosso negócio é proporcional. Mas, em valor, o segmento ganha mais peso", conta.

O portfólio da Ambev no segmento inclui a família Bohemia, Budweiser, Stella Artois, Serra Malte e as versões de maior valor das cervejas tradicionais, como a Skol Beats, Original e a Brahma Extra,

A conta inclui a importação de rótulos das unidades da Ambev no exterior, como a belga Leffe, a Argentina Quilmes e a uruguaia Norteña. Já são cerca de 15 marcas importadas para o Brasil. É na importação onde há maior potencial de crescimento.

Isso porque Medicis conta que o portfólio de cervejas premium produzidas no País já esta adequado para o segmento. "Não pensamos em adquirir mais marcas, vamos investir no que já temos. As famílias de cervejas já existentes devem ganhar apenas variantes".

Recentemente, a Ambev lançou a Bohemia Imperial, a quinta variação da marca. Na Oktoberfest, deve lançar o chope Brahma Weiss.

Mas a maior aposta de todo portfólio premium é a Budweiser, que é a patrocinadora da Copa no mercado global e tem maior escala por estar situada em uma faixa de preço intermediária.


Sem álcool

 
Já a representatividade do portfolio de cervejas sem álcool nas vendas da Ambev soma hoje cerca de 1%. Executivos também vêem potencial de crescimento deste portfólio  após o endurecimento da lei seca .

O último lançamento, há três meses, foi da Brahma 0,0%, que se soma aos rótulos Liber e Kronenbier. Na Brahma, a Ambev buscou mais sabor, mas com a manutenção da ausência de álcool. A Kronenbier é o único rótulo que tem uma quantidade residual de alcool. 

A companhia busca incentivar o consumo responsável. Nesta sexta-feira (20), promoveu sua edição anual do Dia de Responsa. 

A ação inclui a visita de executivos a bares da cidade de São Paulo, que deram dicas sobre consumo consciente e colaram cartazes sobre a proibição de vendas de bebidas para menores de 18 anos. 

A ação, que teve participação do ex-jogador de futebol Cafu, marcou uma década do programa de consumo responsável.

sábado, 21 de setembro de 2013

OGX, de Eike Batista, teria sido notificada por inadimplência


Companhia americana Diamond Offshore Drilling afirma que a petrolífera brasileira está atrasada nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest

Agência Estado
Agência Estado
Divulgação
OGX estaria atrasada nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest
A Diamond Offshore Drilling informou em um documento enviado para a Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários dos EUA) que notificou a OGX que a companhia está inadimplente nos pagamentos das obrigações do contrato sobre a plataforma Ocean Quest. Segundo a companhia norte-americana, se a situação não for resolvida o contrato pode ser encerrado. "Nós estamos buscando outras oportunidades para substituir a OGX se o contrato for rescindido", diz a Diamond no documento.

A empresa afirma também que a plataforma Ocean Star foi sublocada para a Queiroz Galvão pelo período de duração do contrato com a OGX. A companhia norte-americana explica ainda que a OGX lhe devia US$ 22,7 milhões em 30 de junho. "Nossas receitas estimadas com a OGX para o terceiro trimestre de 2013 são de aproximadamente US$ 36 milhões, e nada disso foi pago ainda", acrescenta

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:
“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.
“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.
“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.
Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.
Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.
Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.
ibovespa dax
A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.
Termos de Uso
As análises, opiniões, premissas, estimativas e projeções feitas neste blog são baseadas em julgamento do analista responsável e estão, portanto, sujeitas à modificação sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista de investimento responsável por este blog declara que as opiniões contidas neste espaço refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia analisada ou fundos e foram realizadas de forma independente e autônoma. As opiniões contidas neste espaço podem não ser aplicáveis para todos os leitores devido aos diferentes objetivos de investimento e situação financeira específica. O autor não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizados por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Toda e qualquer decisão de investimento baseada nas opiniões aqui expostas é de exclusiva responsabilidade do investidor.
- See more at: http://estrategista.net/alemanha-e-brasil-entre-tantas-diferencas-algumas-semelhancas/#sthash.BsWvG6Gl.dpuf

Alemanha e Brasil – entre tantas diferenças, algumas semelhanças

Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:
“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.
“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.
“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.
Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.
Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.
Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.
ibovespa dax
A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.
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por Estrategista em sexta-feira, 20 de setembro de 2013 


Apesar da diferença abissal dos indicadores sócio econômicos, a economia alemã vive momento turbulento parecido com o da brasileira em alguns aspectos. Como a macroeconomia tem afetado os mercados acionários dos dois países?

Leia os trechos a seguir:

“Os debates entre a esquerda e a direita têm se concentrado em redistribuição – aumentos de impostos sobre os ricos e gastos sociais”. Não parece uma discussão entre políticas do PT e as do PSDB?
“Um programa intensivo de gastos em infraestrutura é uma coisa em torno da qual poderia haver consenso”. Qualquer brasileiro concorda que nossa infraestrutura é precária o que prejudica a competitividade de nossos produtos.

“A questão crucial para mais crescimento será mais investimento”. Um dos poucos consensos entre os economistas brasileiros é o de que o país precisa aumentar sua taxa de investimento.

“O problema econômico mais imediato com que se defronta a indústria é o forte aumento dos preços da energia”. Não foi à toa que a presidente Dilma Rousseff empenhou-se para a adoção de novas regras na renovação das concessionárias de geração e de distribuição.

Contudo, as afirmativas acima não se referem à economia brasileira, mas à alemã. Foram retiradas da reportagem “Alemanha deve votar por mais do mesmo”, do Financial Times, publicada no Valor Econômico de 19 de setembro de 2013, que trata da eleição nesse fim de semana. As razões para os países terem chegado a algumas situações semelhantes, porém são distintas. Por exemplo, no caso alemão, o aumento do custo da energia ocorreu devido ao desligamento das usinas nucleares. Por outro lado, no Brasil, o incremento do custo foi devido à desvalorização do real, às estiagens, ao uso mais intenso da geração térmica e a encargos setoriais.

Outro dado interessante é o de que apesar da melhor situação econômica da Alemanha dentro da Comunidade Econômica Europeia (CEE), sua taxa de investimento é inferior à da zona do euro. Hoje o indicador alemão se encontra ao redor de 17,5% cerca de 1 p.p inferior ao da CEE. Essa diferença já foi maior – de 3 p.p em 2008. A solução para elevar a taxa, tanto lá como cá, é investir em infraestrutura de forma a aumentar a competitividade das empresas em relação a seus pares internacionais.

Apesar de algumas situações semelhantes no âmbito macroeconômico, o principal índice acionário alemão se mostra mais consistente do que o Ibovespa desde a crise de 2008. Enquanto o Ibovespa tem apresentado altos e baixos nos últimos anos, o DAX apresentou crescimento contínuo no período (com exceção de agosto de 2011 quando os Estados Unidos tiveram sua nota de rating rebaixada pela S&P). Isso ocorreu devido à composição do Ibovespa concentrada em empresas de commodities e ao aumento da maior aversão ao risco após a crise com a migração dos recursos para países mais estáveis. Apesar da fraqueza recente do Ibovespa, o índice brasileiro apresentou maior valorização – 234% versus 155%, ambas em moeda local – nos últimos dez anos.

ibovespa dax

A comparação dos dois indicadores acionários mostra que os países emergentes ainda pagam mais caro por desarranjos econômicos. Problemas em países desenvolvidos são vistos de forma mais condescendente pelos investidores. Por isso, o cuidado dos governantes dos países periféricos com as questões macroeconômicas deve ser redobrado sob pena de afetar negativamente o mercado de capitais.

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As análises, opiniões, premissas, estimativas e projeções feitas neste blog são baseadas em julgamento do analista responsável e estão, portanto, sujeitas à modificação sem aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado. O analista de investimento responsável por este blog declara que as opiniões contidas neste espaço refletem exclusivamente suas opiniões pessoais sobre a companhia analisada ou fundos e foram realizadas de forma independente e autônoma. As opiniões contidas neste espaço podem não ser aplicáveis para todos os leitores devido aos diferentes objetivos de investimento e situação financeira específica. O autor não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizados por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Toda e qualquer decisão de investimento baseada nas opiniões aqui expostas é de exclusiva responsabilidade do investidor.

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Avião Campeão do Faustão alavanca as vendas da P&G 20% a cada ano

Fabricante de produtos de limpeza e de beleza lança a maior promoção da sua história, com distribuição de R$ 4,8 milhões em prêmios em programa de televisão

Bárbara Ladeia - iG São Paulo
Claudio Augusto
Para executiva de marketing, o apresentador Fausto Silva é o principal chamariz da campanha que rende crescimento nas vendas da P&G

Quem assiste à televisão aos domingos já conhece um dos aviões mais famosos do Brasil. Conhecido do público há três anos, o Avião Campeão do Faustão anda fazendo a felicidade dos executivos da empresa, além dos sortudos que acabam premiados. 

Neste domingo (22), a empresa lança a sétima e maior edição da promoção P&G Avião Campeão do Faustão. Serão sorteados 110 carros, três casas e mais R$ 500 mil em certificados de barras de ouro. Com uma distribuição total de R$ 4,8 milhões, esta uma premiação sem precedentes para a P&G e também para o Domingão do Faustão, segundo Gabriela Onofre, diretora de marketing da empresa.

Este último número seria suficiente para imaginar que o investimento da empresa nessas campanhas não é baixo – sem contar todo o custo de mídia e gestão do projeto. A P&G acredita que, apesar de onerosa, a aposta vale a pena. Desde que lançou a primeira promoção Avião Campeão do Faustão, em 2010, o volume de empresas cresceu 20% ao ano.

Segundo Gabriela, são entre 4 milhões e 5 milhões de participantes a cada edição, o que garante o alcance da campanha. “É uma promoção gigante, que abrange todas as nossas marcas”, diz a executiva. Ela lembra que um dos principais objetivos desse movimento da P&G ganhar visibilidade institucional, como agregadora de produtos que fazem parte do dia-a-dia do consumidor.
Divulgação
Gabriela Onofre, diretora da P&G
“Uma marca empresta a reputação para a outra”, explica. “Queremos incitar o consumidor de Gilette a comprar também as escovas de dente Oral B e o xampu Pantene. e entender que isso faz parte de uma única empresa.”

A estratégia, ao que parece, está funcionando. Nas primeiras campanhas, a média de cadastro de produtos para concorrer aos sorteios era de um por cliente. Hoje, cada inscrito já participa com três produtos. Antes do início da campanha, apenas um a cada dez clientes conhecia a marca – hoje, 87% dos consultados já conhecem a P&G, segundo a empresa.

Gabriela explica que o volume de vendas avança proporcionalmente ao número de cadastros no decorrer da promoção. “Temos um monitoramento diário, fazemos muitas pesquisas e depois consolidamos as informações para mexer nas mecânicas.” Daí a mudança recente: a premiação com carros foi incluída para a edição que será lançada no domingo.


Agregando mídias

 
Gabriela acredita que o grande sucesso dessa promoção está no garoto propaganda, o apresentador Fausto Silva, que atinge um alvo largo de perfis de consumidores “Ele fala com todo o mundo, em qualquer lugar do Brasil”, diz.

No entanto, a executiva destaca a importância crescente das estratégias digitais e em redes sociais. A usabilidade do cliente no momento da inscrição e até o atendimento em redes sociais ganha reforços após o início da campanha. “Estamos incentivando as pessoas a interagir, conhecer e experimentar a marca também por meios digitais”, explica. “É a nossa grande ação do ano.”

A computação em nuvem é verde


Quanto menor o número de processadores físicos ativos, menor é o consumo de energia.

iG São Paulo - especial para IBM

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As operações em nuvem diminuem o consumo de energia e, consequentemente, a emissão de gás carbônico no meio ambiente 
 
 
Não é de hoje que a palavra “sustentabilidade” ganhou uma nova dimensão no mundo dos negócios. Ações ecologicamente corretas deixaram de ser o foco apenas dos ambientalistas e agora fazem parte do vocabulário de pequenas e grandes empresas.

A novidade é que os gestores ganharam um aliado: a computação em nuvem. Ao transferir os dados de um datacenter local para um servidor online, poupa-se espaço e também energia. De que maneira? Quanto menor o número de processadores físicos ativos, menor é o consumo de energia. Se é menor o consumo, menor é então a emissão de CO2 (gás carbônico) e o impacto ambiental.

Quem está utilizando e aprova os benefícios da computação em nuvem é o Serviço de Administração Geral dos Estados Unidos (GSA). De acordo com o órgão, o consumo de energia foi reduzido em 90% e as emissões diminuíram em 85%. Entram ainda nessa conta os 285 mil dólares (mais de meio milhão de reais) que serão economizados a cada ano desde que que o GSA adotou o modelo.

As expectativas também são boas para o resto do mundo. Estudo do CDP (Carbon Disclosure Project) prevê que até 2020 as companhias britânicas devem economizar mais de 3 bilhões de reais e deve evitar a emissão anual de 9 milhões de toneladas de gases na atmosfera. Em outras palavras, isso equivale a retirar cerca de 4 milhões de carros de passeio das ruas.

O que é tecnologia limpa?


Entenda como a tecnologia pode ajudar a promover o uso sustentável dos recursos naturais, um dos principais desafios dessa geração

iG São Paulo - especial para IBM

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Tecnologia limpa é a capacidade de usar o que já foi desenvolvido para melhorar o que temos
Da administração pública aos consumidores, a necessidade de otimizar o uso e fornecimento de recursos escassos como água e energia é indiscutível. Nesse contexto, as tecnologias limpas tomam um importante papel na sociedade.

Tecnologia limpa pode ser definida como um conjunto de soluções que possibilitem novas formas de pensar e utilizar os recursos naturais, com o objetivo de reduzir a zero o desperdício. Entre os assuntos que fazem parte desta ideia estão os biocombustíveis, a diminuição da emissão de carbono e as fontes alternativas de energia, por exemplo.

Um dos principais conceitos da tecnologia limpa é a rede inteligente (“smartgrid”, em inglês), que prevê o uso da infraestrutura e da tecnologia da informação na criação de sistemas que promovam a eficiência na geração, distribuição e consumo dos recursos naturais.

Existem vários exemplos práticos para a utilização do conceito de smartgrid. No caso da energia elétrica, por exemplo, é possível otimizar a distribuição a partir da análise do consumo, prevendo picos de demanda e evitando sobrecarga do sistema. Do lado do consumo, a possibilidade está em passar à população informações precisas e em tempo real sobre o seu gasto energético, permitindo que economias sejam feitas antes mesmo da conta chegar.

Tecnologia limpa, portanto, não é nenhuma inovação tecnológica: é a capacidade de usar o que já foi desenvolvido para melhorar o que já temos, criando novas ferramentas para interpretar a infinidade de informações disponíveis na sociedade sobre produção e consumo dos recursos naturais.


A bola da vez

 
O desenvolvimento de soluções com tecnologias limpas está sendo considerada por muitos especialistas a grande inovação desta geração. Bilhões de dólares são investidos todos os anos por empresas do setor privado e público em pesquisas e iniciativas que buscam descobrir formas mais eficientes de administras recursos que são escassos.

A IBM tem investido seu conhecimento em tecnologia para apresentar soluções que colaboram para a criação de um planeta mais sustentável, colaborando em mais de 60% dos grandes projetos de smartgrid pelo mundo. No entanto, como ressalta o especialista Drew Clark, é preciso haver um esforço conjunto para que mudanças efetivas sejam realizadas. Governo, empresas privadas e a população devem estar alinhados na criação de um ecossistema que promova a sustentabilidade ( ouça a entrevista, em inglês ).

Muitos países pelo mundo já estão tomando atitudes nesse sentido. A Alemanha, por exemplo, é a líder mundial em produção de energia solar, produzindo mais de 30% do total mundial, como aponta o estudo realizado em 2012 pela BP, uma das principais empresas do setor energético. O Brasil está bem atrás nesta lista: o estado de São Paulo só inaugurou sua primeira usina de energia solar no fim do ano passado, localizada na cidade de Campinas e com capacidade para abastecer quase 600 casas.

Decisão do Fed reabre ‘janela de oportunidade’ ao Brasil

Ao manter o estímulo à economia e os juros perto de zero, banco central dos EUA retira da cabeça dos países emergentes a espada da redução da liquidez, e o dinheiro estrangeiro tende a “voar de volta” a esses páises

Brasil Econômico - Léa de Luca 


A decisão tomada ontem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de manter o programa de compra de títulos e as taxas de juros limitadas a 0,25% para estimular a economia norte-americana surpreendeu a maior parte dos mercados no mundo. A medida foi comemorada especialmente pelos países emergentes, que vinham sofrendo com a saída de recursos estrangeiros.
Alex Brandon/AP
Ben Bernanke, presidente do Fed, adiou o começo do fim do QE
Jim O’Neill, criador do termo BRICs (para os países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China) considerou a notícia positiva para esses países, ao menos, no curto prazo. “Vai ajudar muito os mercados emergentes”, disse ao Brasil Econômico o executivo, que até abril era presidente da gestora de recursos do Goldman Sachs. “No curto prazo, certamente o dinheiro de investidores estrangeiros vai voar de volta ao Brasil.” O’Neill era um dos poucos especialistas que não estavam preocupados com a retirada dos estímulos por parte do Fed. “Uma hora, isso vai acontecer. Os mercados se preocupam demais com tudo”, disse.

Para o fundador da Integral Investimentos e da Integral Trust Serviços, Carlos Fagundes, a decisão de adiar o desmonte do programa de estímulos abre uma janela de oportunidade para o Brasil. O executivo, pioneiro em trazer para o país o mercado de fundos de recebíveis, participou ontem de uma assembleia de acionistas que deu aval para a constituição de um novo fundo, para captar R$ 1,2 bilhão. Fagundes não pode ainda dar detalhes, mas demonstrou otimismo: “Com a notícia, vai ficar mais fácil conseguir o dinheiro dos investidores”, acredita. “No nosso negócio, estamos sempre olhando para taxas de juros de longo prazo, e um arrefecimento é muito positivo”, diz. Após o anúncio do Fed, o rendimento do título do Tesouro americano com vencimento em dez anos caiu 10 pontos-base, para 2,75%. O rendimento já esteve em 1,6%.

“Os mercados emergentes vão ficar na moda de novo - até a próxima reunião do Fed”, diz Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade Columbia (EUA) e professor do Ibmec.

A primeira reação dos mercados ontem já demonstrou o entusiasmo de investidores: enquanto a bolsa subiu, os juros futuros e o dólar caíam. O Fed vinha comprando US$ 85 bilhões em títulos do Tesouro e em hipotecas dos bancos americanos para injetar recursos e movimentar a economia após a crise de 2008.

Quando o presidente do Fed, Ben Bernanke, sinalizou pela primeira vez que iria começar a desmontar o programa, em 19 de maio, os mercados globais, principalmente emergentes, começaram a ajustar os juros, ações e moedas às possíveis consequências desse desmonte, principalmente para os emergentes. Depois de meses de ajustes, havia um consenso de que Bernanke iria anunciar ontem o começo do fim. A expectativa girava em torno de um corte de US$ 20 bilhões e de um sinal sobre a alta dos juros, que estão no mesmo patamar há cinco anos.

Mas isso não aconteceu, entre outras coisas, porque o Fed considerou que o crescimento dos Estados Unidos ainda não estava consistente. Na minuta divulgada logo após a reunião, o Fed disse que o nível de desemprego ainda estava alto e que a ligeira melhora era mais devido a menos gente procurando emprego do que a mais gente empregada. Com a decisão de ontem, sai do radar do mercado a expectativa de que o Fed diminua os estímulos neste ano. A autoridade monetária condiciona a redução a uma taxa de desemprego menor que 6,5%; ao mesmo tempo, projetam esta taxa entre 7,1% e 7,3% em 2013.

“Por mais que a notícia seja positiva a curto prazo para os mercados emergentes, tem um lado negativo. O mercado é movido por fatos e boatos. A alta recente do dólar, por exemplo, foi baseada em muita fumaça e pouco fogo. Ao adiar a decisão, o Fed reabre espaço para especulação”, diz João Augusto de Castro Neves, analista sênior para a América Latina da consultoria Eurasia, em Nova York. Para ele, sem um fato concreto, o discurso de Bernanke ganha mais relevância.

Para Neves, porém, o cenário estrutural de longo prazo está dado: cedo ou tarde, o fim do programa de estímulo do Fed vai chegar. Nesse momento, diz, haverá um rebalanceamento do equilíbrio entre as economias emergentes — que foram o grande motor do crescimento global nos últimos anos — e as desenvolvidas. O excesso de liquidez camufla ineficiências, diz ele, e quando a maré baixar para os emergentes, a necessidade de reformas ficará mais evidente. "A questão é apenas quando o ciclo vai começar".

Troyjo também vê um alívio, um oxigênio sobre a ameaça que vinha impondo um sofrimento extra aos emergentes - o que ele chamou de “bomba de sucção de liquidez” provocada pelo desmonte do programa de estímulos do Fed. “O Brasil vai ganhar tempo e espaço de manobra para fazer os ajustes necessários e ficar menos dependente de capital externo”, diz. Para ele, o sentimento negativo em relação ao Brasil desde junho vinha sendo alimentado por três fatores: as manifestações e protestos nas ruas contra o governo; a dificuldade do governo para retomar o tripé macroeconômico câmbio flutuante + metas de inflação + superávit fiscal; e mudança no panorama internacional de liquidez, dado pelo anúncio do Fed de que o começo do desmonte do programa de estímulos estava próximo. Para ele, a substituição desse tripé por uma nova matriz econômica não está funcionando.

O ex-secretário do Tesouro e atual presidente da gestora de recursos do Bradesco, Joaquim Levy concorda. “Se o Brasil aproveitar o espaço para fazer todos os ajustes que precisa, terá ganhado tempo para continuar desenvolvendo as concessões, atraindo mais investimento”, diz.

“Havia uma expectativa de redução simbólica para que o mercado já fosse se acostumando, no entanto, a manutenção é embasada em justificativas consistentes. Realmente, os últimos dados sinalizaram uma piora em vários setores e nas condições financeiras por causa dessa expectativa de diminuição”, diz Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria.

Para Tarcísio Souza Santos, diretor da faculdade de administração da Faap, a decisão de manutenção foi tomada após a percepção do erro gerado pelos boatos de que o Fed poderia iniciar a redução neste mês. “Depois destes boatos a moeda americana disparou ao redor do mundo, prejudicando a competitividade do país, essencial para a retomada da economia americana”. Para Troyjo, estamos vivendo uma distorção: “Estamos comemorando a fraqueza da economia americana. Hoje, não são mais as relações comerciais que importam, mas o mundo financeiro”, lamenta. 


Colaboraram Niviane Magalhães, Priscila Arroyo e Renata Batista