terça-feira, 24 de setembro de 2013

Anatel: TIM e Vivo juntas teriam perda de qualidade do serviço

  • Operação seria desafio à manutenção da qualidade dos serviços prestados no país
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BRASÍLIA - A eventual compra do controle da Telecom Italia pela Telefónica implicaria, além da complexa análise antitruste no Brasil, um desafio à manutenção da qualidade dos serviços prestados no país, afirmou à Reuters uma fonte da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nesta segunda-feira.
Pelas regras do setor de telecomunicações no Brasil, não pode haver sobreposições de outorga: ou seja, um mesmo grupo não pode ter duas empresas que atuam no Serviço Móvel Pessoal (telefonia móvel) em uma mesma região.

Se a Telefónica assumir o controle da Telecom Italia na Europa, será indiretamente a sócia majoritária da TIM no Brasil, onde já é dona da Vivo. Por isso, teria que se desfazer da outorga e das faixas de frequência de uma das duas operadoras, potencialmente unificando as bases de clientes de ambas as empresas em um único espectro.

Essa unificação, porém, segundo a fonte da Anatel, levaria a problemas na qualidade do serviço, já que a base de clientes que hoje usa faixas de duas operadoras seria “afunilada” nas frequências de apenas uma companhia.

“Se ela tiver devolvido as faixas de frequência de uma empresa e colocar os clientes dessa empresa nas faixas da outra, isso pode gerar problemas na qualidade. Mas é preciso ver o caso concreto. Acho que as empresas têm consciência das limitações e já devem ter algum tipo de solução”, disse a fonte da agência, que pediu anonimato.

Fontes na Itália afirmaram à Reuters que a Telefónica já teria chegado a um acordo para aumentar sua participação na Telco, holding que controla a Telecom Italia, inicialmente para 65% com a opção de estender para cerca de 70%.

No Brasil, a operação teria de ser submetida também ao Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde seria analisada “com muito cuidado”, disse à Reuters uma fonte do órgão antitruste. “Não se trata de um caso trivial”, afirmou.

Segundo dados de julho da Anatel, a Vivo é a líder do mercado brasileiro de telefonia móvel e a TIM aparece em segundo lugar. Somadas, as empresas teriam mais de 55% de market share.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira, o Morgan Stanley ponderou, entretanto, que, de uma maneira geral, os obstáculos regulatórios podem não ser tão grandes como se pensa para esse setor.

O relatório notou, por exemplo, que, no que se refere ao Cade, não haveria um patamar de market share que poderia levantar uma bandeira vermelha e amarela, e citou que a própria Vivo já tem mais de 60% do mercado em alguns Estados.

Quanto à Anatel, o documento do Morgan Stanley avaliou que a agência pode estar propensa a aprovar consolidações se for convencida de que isso pode ajudar na qualidade dos serviços.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

COM NOVAS REGRAS, GOVERNO QUER ELEVAR DEFESA COMERCIAL



 


O decreto que prevê agilizar as investigações para a defesa comercial do Brasil, o qual entrará em vigor no próximo dia 1º, poderá zerar a diferença entre o que entra de pedidos no Departamento de Defesa Comercial (Decom), da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a abertura de investigação dessas demandas pelo setor privado.


Segundo o diretor do Decom, Felipe Hees, atualmente apenas em 50% das petições são abertas investigações, e dessas também, metade chega a uma definição. "Com o decreto podemos caminhar para que em 98% dos pedidos sejam iniciadas as análises, conforme acontece na Turquia, por exemplo. O que podemos afirmar é que os números devem aumentar", disse Hees, sem estabelecer prazo. Na última sexta-feira, ele esteve no seminário "A modernização da Defesa Comercial no Brasil", realizado pelo Grupo de Economia da Infraestrutura & Soluções Ambientais da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A explicação dele é que pelo fato do governo estar em processo de contratação de novos funcionários para as investigações e pela qualidade das informações prestadas já no início conforme determinação desse novo decreto (8.058 de 2013) - que servem justamente para agilizar as análises dos 15 meses atuais, em média, para 10 meses - devem facilitar a abertura e as conclusões para aplicações de direitos, principalmente de antidumping que representam 95% das petições realizadas no País.


Para o diretor do Decom, outra mudança importante que entrará em vigor é a obrigatoriedade de determinações preliminares em 120 dias após o início da investigação. "Será uma conclusão provisória se existe ou não a existência de dumping em uma petição. É uma pré-condição para a Camex [Câmara de Comércio Exterior, também do MDIC] poder ampliar os direitos provisórios [conceder o direito de antidumping, por exemplo] e proteger a concorrência doméstica de práticas desleais. É o centro do novo decreto porque explica o que acontece na investigação [cronograma e recomendações do Decom para o direito provisório", afirmou Felipe Hees.

Interesse público

O diretor do Decom destacou, ainda, que o decreto deixará mais claro quando será e os efeitos das definições de Grupos de Interesses Públicos em algumas investigações. "Se, por exemplo, houver uma petição para investigação de dumping na importação de arroz, e este pedido tiver todas as comprovações de há prática desleal, mas se o grupo concluir que, com o direito aplicado, haverá um aumento do preço da cesta-básica, a decisão não será favorável ao peticionário", citou Hees ao ser questionado pelo DCI.

Ele comentou também que essa legislação visa amadurecer e modernizar as ações do Decom, além de trazer mais segurança tanto ao setor privado brasileiro, quanto ao estrangeiro, "ao assegurar o amplo direito de defesa".


Para Vera Kanas Grytz, diretora de comércio internacional do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac), o novo decreto promove a "celeridade e transparência" nas investigações para a defesa comercial no Brasil. "Porém, ainda temos limitações [para conceder direitos] devido aos acordos estabelecidos pela OMC [Organização Mundial do Comércio]. Além disso, devemos ter essa mesma discussão daqui um a dois anos para saber se, na prática, as determinações preliminares, por exemplo, não terão uma série de medidas provisórias depois. E se o mecanismo de avaliação do interesse público vai se tornar uma 'jurisprudência' para outros casos", disse durante o evento da FGV.


O embaixador Regis Arslanian questionou ainda se o decreto por ter 200 artigos, enquanto a norma anterior tinha 60, e o fato de todas as informações serem prestadas no primeiro momento, podem trazer mais sobrecarga ao peticionário, conforme críticas feitas por empresários, Hees respondeu que o trabalho será maior sim, mas só no começo da investigação, e isso tornará a conclusão mais rápida e que o aumento de artigos é para tornar as regras mais claras.


Fonte: Diário do Comércio e Indústria

Vestida para matar: a mágica da estratégia “pretinho básico”

Nem muito curta, nem muito longa. Às vezes, um certo requinte cai bem. Em outros casos, qualquer coisa a mais é exagero. É de estratégia que estamos falando

 
 
Divulgação/ Filme Bonequinha de Luxo
Audrey Hepburn como Holly Golightly, em Bonequinha de Luxo


Em um dos livros menos cotados do Henry Mintzberg (convenhamos, a maioria só conhece esse autor pelos livros didáticos que os professores mandam ler), é feita a comparação da estratégia com um vestidinho preto. Como não uso vestido, tiro meu chapéu para a genialidade dessa comparação. Homens e mulheres, todos nós sabemos o efeito de um belo vestido preto.

Grande demais, ele cobre material demais, deixa pouco espaço para a imaginação, não seduz, não provoca a imaginação. Curto demais? Apesar de muitas pessoas caírem na armadilha do quanto menos tecido melhor, a verdade é que a coisa não é bem assim. Revele demais e a magia desaparece. É preciso deixar espaço para a imaginação completar o que o vestido não mostra. Um bom vestido precisa de detalhes nos lugares certos, e a falta deles transforma uma musa em participante de reality show. Mostra demais, perde a graça.

O vestido certo informa exatamente o que precisa ser informado. Chama a atenção para os lugares certos. Em vez de manter a atenção em decotes exagerados, fornece as informações necessárias para que possamos focar no que realmente importa. O vestido certo faz querermos nos esforçar mais para ver o que falta.

(pausa para uma ducha fria)

Saindo um pouco do mundo do vestuário, cansei de ver empreendedores, diretores e afins afogados em estratégias grandes demais, detalhadas demais, sufocados por material demais. Lembro, em uma de minhas consultorias, o caso de um diretor sufocado por um board que exigia análises e mais análises para fazer qualquer coisa. “Vamos ganhar tempo, marcamos a próxima reunião daqui a 3 meses e mostramos resultados”. Menos, e não mais material foi a solução desse caso.

Em outro caso, uma empresa de execução perfeita não conseguia se diferenciar da concorrência. O foco era no produto, na execução. Um pouco mais de pano e a estratégia chegou no tamanho certo.

Diferenciar-se não significa ser totalmente diferente dos outros, mas diferente o suficiente para chamar atenção. Você pode ver 20 garotas iguais em uma festa, mas quem sabe se diferenciar chama a atenção, mostrando exatamente o que quer que você veja.

E é essa, caro leitor, minha mensagem neste artigo. Assim como roupas, todos precisamos de uma estratégia. Temos gostos e necessidades diferentes. Há uma infinidade de estratégias diferentes, de formas de chegar a nossos objetivos. Você pode optar por fazer qualquer coisa, como se abrisse o armário e vestisse a primeira coisa que encontrasse. Vez por outra, no entanto, é preciso se esforçar. Vez por outra é preciso se vestir para matar.

Dilma desembarca em Nova York para abrir a 68ª Assembleia da ONU



 
 
   




A presidenta Dilma desembarcou nesta segunda-feira em Nova York, às 5h30, (horário local), de acordo com a assessoria da Presidência. Dilma fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24/9). 

A presidente usará o plenário da ONU para mostrar o descontentamento com a interceptação de dados realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Denúncias de que o governo americano espionou ela própria, seus assessores e a Petrobras a levaram a presidenta a anunciar, na semana passada, o cancelamento da visita de Estado que faria aos EUA em outubro. No discurso, Dilma deve defender uma internet livre, destacando a importância da neutralidade da rede e da proibição de seu uso para espionagem.

Nesta terça-feira, Dilma terá uma reunião bilateral com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, antes do discurso na assembleia geral. À tarde, deverá participar da primeira sessão do Foro de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, e se encontrará com o presidente da Telefónica, Cesar Alierta Izuel.

Na quarta-feira, Dilma participa de um seminário sobre oportunidades em infraestrutura no Brasil, promovido pelo Goldman Sachs, que terá a presença dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Participarão desta conferência os presidentes do Banco Central, Alexandre Tombini, e do BNDES, Luciano Coutinho.

Fonte: Agência Brasildilma-ny

Bancos devem avisar clientes sobre conversão para reais em compras estrangeiras


 
 
 
Bancos podem passar a bloquear a conversão imediata para reais em compras estrangeiras, que terão de ser fechadas na moeda local, mas terão que avisar os clientes com 30 dias de antecedência. A informação é da Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs).

Bancos como Santander, Itaú e Bradesco seguirão a diretiva da associação. No Itaú, a medida passa a valer no próximo dia 30. Já o Bradesco informou que está avisando seus clientes de forma gradativa. Banco do Brasil, Caixa e HSBC afirmaram que estão avaliando a questão. Segundo o diretor executivo da Abecs, Ricardo Vieira, a recomendação surgiu com base no crescimento das reclamações de consumidores, que com frequência levavam sustos na hora de conferir a fatura do cartão - o valor era sempre maior do que o esperado.

"Você visita um site ou uma loja e a pessoa te oferece a possibilidade de pagar em reais - mas não te avisa nada. Você acha que vai pagar ao banco aquele valor, mas não é verdade", diz. " Quando essa transação vem ao Brasil, o cliente vai pagar em reais o equivalente ao valor em dólar da data do pagamento da sua fatura - acrescido de 6,38% de IOF. É um ruído, o cliente não entende nada."

O diretor diz que muitos estabelecimentos não informam sobre o IOF, imposto de 6,38% sobre a compra no exterior, e muito menos que aquele valor em reais é uma estimativa - por vezes duvidosa -, ainda sujeito à variação cambial. "Sob o ponto de vista do consumidor, é uma desinformação tremenda, porque em quase nenhum site ou loja lá fora eles te avisam que o câmbio é o do fechamento da fatura, e não o da compra", diz.

A associação nega que a diretiva é fruto da recente escalada da moeda norte-americana, mas assume que "quando a diferença não era muita, era menos perceptível" para o cliente. "Na conta sempre vinha uma diferença, mas ninguém se dava conta disso. Agora, se o sujeito viu o valor em reais com dólar a R$ 2,10 e, no fechamento do cartão, estava R$ 2,45, imediatamente pensa que alguém o está roubando", aponta o economista Mauro Calil.

Renan Ferracioli, assessor chefe do Procon-SP, lembra que parte da variação cambial vinha sendo absorvida pela indústria dos cartões, que por vezes assumia a diferença para evitar problemas com o cliente. "O consumidor não pode ser prejudicado. Há muitos sites e lojas que não são sérios, colocam uma cotação da cabeça deles e omitem informações - tudo para induzir o consumidor ao erro", diz.

Alternativas. Para evitar uma oscilação cambial entre a compra e o pagamento, o cliente pode solicitar ao banco a antecipação da fatura. No Bradesco, por exemplo, as bandeiras Visa, MasterCard e Elo permitem antecipação em até dois dias antes do vencimento; a Amex, em até dez. "O consumidor também pode usar um cartão pré-pago no exterior, que já tem o dólar travado na compra", diz Mauro Calil. Além disso, os pré-pagos 
cobram IOF de 0,38% sobre as transações, enquanto a taxa do cartão de crédito é de 6,38%.
Fonte: Abecs

Alto interesse de aéreas estrangeiras pelo Brasil reflete economia doméstica forte

 
 
 
A economia brasileira, a julgar pelo interesse de empresas aéreas estrangeiras, vai muito bem. Nos últimos dois anos, 13 empresas aéreas estrangeiras procuraram a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pediram autorização para operar no Brasil. As empresas não abrem mão de atuarem no transporte de carga.

Para os especilistas em aviação, a chegada de novas empresas beneficia a economia brasileira porque ajuda a aumentar os negócios internacionais, eleva a arrecadação de impostos e pode ter impacto positivo na oferta de empregos.

A companhia Etihad Airways, dos Emirados Árabes, deu início às suas operações no país em junho. Os voos ligam Abu Dhabi a São Paulo três vezes por semana.  A importância da economia brasileira no mundo foi, para a empresa, a principal razão da entrada no país. A espanhola Air Europa, que já voa partindo de Salvador, na Bahia, com destino à Europa, pretende começar, até o fim do ano, a voar saindo de São Paulo.

No começo de julho, a Ethiopian Airlines começou a oferecer voos para o Brasil partindo de Lomé, a capital do Togo, na África. Os voos têm como destino a cidade de São Paulo e passam pelo Rio de Janeiro. A partir do Togo, os passageiros podem fazer conexões em voos da Ethiopian para outros países da África, da Ásia e do Oriente Médio.

"O Brasil tem uma das economias que mais crescem no mundo", disse a empresa, em nota, ao anunciar o lançamento das novas rotas. "O comércio entre China, Índia, África e Brasil cresce muito rapidamente", acrescentou. Outras empresas aguardam a autorização da Anac. Entre elas, está a Asiana, eleita a quinta melhor companhia aéreas do mundo neste ano pelo Oscar da aviação, o Skytrax World Airline Awards. A empresa é da Coreia do Sul.

As africanas Air Algérie (Argélia), Royal Air Maroc (Marrocos) e Arik Air (Nigéria) também aguardam autorização. Na lista estão, ainda, as europeias AirBerlin (Alemanha) e Lot Polish Airlines (Polônia). A Aruba Airlines, que já operou voos não-regulares para o país, também tem planos de voltar.
 
Fonte: redação com Anac

Matrículas em engenharia não passam de 12,6% no Brasil


Na comparação com países desenvolvidos, o Brasil fica atrás em matrículas em engenharia, mas não tanto. O que complica tudo é que a taxa de evasão é muito maior aqui