quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Autossuficiência em petróleo será atingida em 2014


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Agência Petrobras
Trinta e oito novas plataformas e quatro refinarias entrarão em operação no país até 2020
Oitavo maior consumidor mundial de petróleo, o Brasil caminha para se tornar autossuficiente. A produção total do insumo no país, segundo a Petrobras, superará o consumo já em 2014. Apesar disso, a empresa continuará importando combustíveis até 2020, quando, enfim, a capacidade de refino será maior do que o consumo de derivados. A autossuficiência já havia sido atingida em 2006, mas a forte demanda por gasolina, óleo diesel e outros combustíveis nos anos seguintes, aliada a dificuldades na produção, fez com que fosse perdida.

Para acabar com a dependência externa, o país planeja fortes investimentos no setor de óleo e gás. O plano de negócios da estatal para o período 2013-2017 prevê gastos da ordem de 236,7 bilhões de dólares, sendo 62% desse valor destinado às áreas de produção e exploração. Até 2020, entrarão em operação 38 novas plataformas e quatro refinarias, que elevarão a produção diária dos atuais 2,1 milhões de barris para 4,2 milhões.

A exploração das reservas do pré-sal é decisiva para que o país se consolide como um grande player mundial de petróleo. Em outubro, está prevista a realização do leilão do supercampo de Libra, com reservas recuperáveis de 8 a 12 bilhões de barris. Será o primeiro do pré-sal pelo novo regime de partilha. Com os novos investimentos, a produção do pré-sal deverá triplicar e alcançar 1 milhão de barris/dia em quatro anos.

INOVAÇÃO –O setor de gás natural, que representa 10% de nossa matriz energética, também encontra um cenário positivo. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2021) prevê que a produção nacional média salte dos atuais 77 milhões de metros cúbicos por dia para 200 milhões no início da próxima década. Para que isso ocorra, basta criar condições competitivas para a indústria, que garantam expansão da oferta e demanda do combustível.

Um fator crucial para o aumento da produção de energia é a inovação. O Brasil foi pioneiro na exploração de petróleo em águas ultraprofundas, a partir de 1 500 metros de profundidade, e já estuda a possibilidade de transferir o processamento de petróleo das plataformas na superfície para o fundo do mar, automatizando o processo e tornando-o mais eficiente. O desafio tecnológico é grande, mas capaz de ser superado.


Brasil Kirin prevê investimento de R$ 1 bilhão até 2014


Dois anos depois da compra pelos japoneses, a ex-Schincariol quer eliminar imagens negativas de marca e de empresa

Suzana Inhesta, do
Divulgação
Propaganda da Nova Schin
Nova Schin, uma das marcas da Schincariol: presente em 600 mil pontos de venda no País, a Brasil Kirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos

São Paulo - Um ano após a reestruturação da marca institucional para Brasil Kirin e dois anos depois da compra pelos japoneses da Kirin, a ex-Schincariol quer trabalhar fortemente com o consumidor e eliminar imagens negativas de marca e de empresa.

“Parece óbvio, mas agora estamos mudando o modelo de negócio da companhia de um foco industrial, voltado para a produção, para uma empresa que dê maior atenção ao consumidor”, disse o vice-presidente financeiro da fabricante de bebidas, Fábio Marchiori, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Segundo o executivo, a Brasil Kirin (segunda maior companhia do País em produção de cervejas) implementará em 2014 seu plano de inovação tanto no portfólio de bebidas alcoólicas, que representa 60% da receita, quanto no de não alcoólicos, que respondem por 40%.

Em 2012 houve a virada financeira da empresa, que passou de um prejuízo de R$ 70 milhões em 2011 para um lucro líquido de R$ 300 milhões. E 2013 tem sido o ano de se concentrar na estratégia de aproximação ao varejo, segundo Marchiori. “

"(O ano de) 2014 será o período de mudarmos a percepção do consumidor para com as marcas e para com a empresa.” Entre as marcas da companhia estão as cervejas Nova Schin, Devassa Bem Loira e Baden Baden; o refrigerante e a água mineral Schin; a bebida mista Skinka; e sucos."

Marchiori afirmou que pode haver mudanças nos itens comercializados, mas sem a extinção de produtos que levam o nome da família ex-controladora da empresa e com uma eventual entrada de itens vendidos no exterior pela matriz japonesa. “Porém, o que determinará a vinda dos produtos da Kirin - que podem ser alcoólicos ou não - e a alteração no portfólio atual será a demanda do consumidor.”

Presente em 600 mil pontos de venda no País, a Brasil Kirin quer aumentar sua presença em 50% nos próximos períodos. Para todos os seus planos, a empresa prevê investir R$ 1 bilhão no biênio 2013-2014. O montante será o maior de sua história. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Como o JBS, Minerva e Marfrig reagirão ao embargo russo


Rússia suspendeu a importação de carne de nove plantas destes frigoríficos por 60 dias

Dado Galdieri/Bloomberg
Gado da produtora de carne Minerva pasta em uma fazenda operada pela Companhia Agropecuária Monte Alegre (CMA) em Barretos
Gado em fazenda brasileira: frigoríficos têm flexibilidade para lidar com novo embargo russo

São Paulo – A Rússia suspendeu, mais uma vez, a importação de carne bovina brasileira, por meio de seu serviço de vigilância sanitária. O embargo atinge nove unidades de produção dos frigoríficos JBS, Minerva e Marfrig.

A suspensão começa em 2 de outubro e durará 60 dias. O governo russo limitou-se a citar que as plantas listadas violaram uma regra de importação, mas não forneceu detalhes do caso.

A Rússia é a maior consumidora de carne do Brasil. No ano passado, respondeu por 24% das exportações do setor. Apesar do seu peso, os frigoríficos atingidos pela medida poderão remanejar as vendas para a Rússia para plantas que não foram embargadas, tanto no Brasil, quanto em países onde operam.

Essa é a avaliação do BB Investimentos, braço de corretagem do Banco do Brasil, em relatório assinado pelo analista Nataniel Cezimbra. “Acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais”, afirma o analista no texto.


Flexibilidade


O JBS teve seis unidades suspensas pela Rússia. Segundo o BB Investimentos, a empresa deve remanejar as exportações para uma planta no Brasil que não sofreu restrições, e outras duas no Paraguai e Uruguai.

O relatório afirma que o JBS pode contar, ainda, com a plataforma de exportações que criou, ao comprar empresas em outros países como Estados Unidos e Austrália. “Não há alteração estratégica em relação ao mercado russo, apenas a realocação da origem da produção”, diz o analista.

Já o Minerva teve duas unidades embargadas: Araguaína e Barretos. Segundo o BB Investimentos, a empresa deve atender o mercado russo a partir das unidades do Paraguai (Frigomerc e Friasa) e do Uruguai (Melo). “Não haverá mudança de capacidade instalada, apenas no mix de destino da produção”, escreve Cezimbra.

Já o Marfrig sofreu o embargo de uma unidade. A empresa deve atender a Rússia por meio de outras unidades no Brasil e no Uruguai.
 

Petrobras e IBV mostram grande descoberta em Sergipe

 

 

 

Empresas avaliaram que o bloco marítimo de exploração SEAL-11 contém grandes quantidades de gás natural e petróleo leve de alta qualidade

Jeb Blount, da
Rich Press/Bloomberg News 
Trabalhadores em uma plataforma de petróleo da Petrobras na Bacia de Campos, 150 km da costa do Rio de Janeiro
 
Trabalhadores em uma plataforma de petróleo da Petrobras: área, onde a Petrobras está agora perfurando poços de avaliação, também oferece a oportunidade de aumentar a produção brasileira
 
Rio de Janeiro - Uma campanha exploratória na costa de Sergipe mostra que uma área controlada pela Petrobras e um parceiro indiano possivelmente possui mais de um bilhão de barris de petróleo, disseram à Reuters fontes do governo e da indústria, reforçando esperanças de que a região se tornará em breve a maior nova fronteira petrolífera do país.
 
A Petrobras e a IBV Brasil, uma joint venture igualmente dividida entre as indianas Bharat Petroleum (BPCL) e a Videocon Industries, avaliaram que o bloco marítimo de exploração SEAL-11 contém grandes quantidades de gás natural e petróleo leve de alta qualidade, segundo cinco fontes do governo e da indústria com conhecimento direto sobre os resultados da perfuração.
 
O bloco SEAL-11 e suas áreas adjacentes, a 100 quilômetros da costa do Estado de Sergipe, podem conter mais de 3 bilhões de barris de petróleo "in situ", segundo duas das fontes. Se confirmada, a descoberta seria uma das maiores do ano no mundo.
 
A Petrobras detém 60 por cento do SEAL-11, enquanto a IBV possui 40 por cento.
A Petrobras tem apostado, desde que comprou os direitos de perfurar a área há uma década, que as águas de Sergipe possuem grandes quantidades de petróleo e gás. Como operadora do bloco, a Petrobras registrou descobertas na área junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nos últimos anos, conforme é exigido por lei, mas ainda tem que anunciar suas estimativas sobre o tamanho potencial da reserva.
 
A última perfuração deixa claro o quão grande a descoberta pode ser, disseram as fontes.
A área, onde a Petrobras está agora perfurando poços de avaliação, também oferece a oportunidade de aumentar a produção brasileira, com reservas de perfuração mais fácil e barata do que no pré-sal, gigantesca reserva em águas profundas, no litoral do Sudeste brasileiro. A primeira produção em SEAL-11 e suas áreas adjacentes é esperada para 2018, disse a Petrobras em nota.
 
"Sergipe, sem dúvidas, tem um grande potencial e excelentes perspectivas", disse à Reuters uma fonte do governo brasileiro com conhecimento direto sobre as descobertas da Petrobras e da IBV e de seus planos de desenvolvimento. "Eu diria que Sergipe é a melhor área do Brasil em termos de perspectiva depois do pré-sal." Pré-sal é o nome dado a uma série de reservas de petróleo preso muito abaixo do leito marinho, sob uma camada de sal, nas Bacias de Campos e Santos.
 
As estimativas e perspectivas sobre Sergipe às quais a Reuters teve acesso se baseiam em pelo menos dez indícios de petróleo e gás em sete poços, conforme comunicados enviados à ANP desde 16 de junho de 2011.
 
Em respostas enviadas por email, a Petrobras declinou dizer quanto petróleo estima haver em SEAL-11 e seus blocos adjacentes, mas disse que 16 poços perfurados desde 2008 na região de águas profundas de Sergipe encontraram vários acúmulos de petróleo, "que compõem uma nova província de petróleo na região".
 
O número exato somente será conhecido quando os planos de avaliação forem concluídos em algum momento de 2015, disse uma fonte da BPCL na Índia sob condição de anonimato. Alguns especialistas da indústria acreditam que os testes podem demorar mais, pelo fato da Petrobras estar atualmente sobrecarregada com outros investimentos gigantescos e estar enfrentando dificuldades para levantar fundos.
 
A fonte da BPCL disse que o SEAL-11 provavelmente possui entre 1 e 2 bilhões de barris de "petróleo in situ", um termo que inclui reservas impossíveis de recuperar e aquelas que podem ser economicamente produzidas. O volume pode aumentar quando as reservas nos blocos subjacentes forem incluídas.

Se a área revelar possuir 3 bilhões de barris "in situ" ou mais, ela seria capaz de produzir 1 bilhão de barris, com base nas taxas de recuperação do Brasil, de 25 a 30 por cento do petróleo existente, disse um especialista do setor petrolífero com conhecimento direto sobre o programa de perfuração.

A Petrobras e seus parceiros continuam a perfurar a área e solicitaram que a ANP aprove 8 planos de avaliação de descoberta para a região marítima, último passo antes do campo ser declarado comercialmente viável.
 
 
  Gigante ou super gigante?


Além SEAL-11, a Petrobras fez pelo menos mais oito descobertas no bloco vizinho SEAL-10, que é 100 por cento de propriedade da estatal brasileira, e mais duas descobertas no bloco SEAL-4, com 75 por cento detidos pela Petrobras e 25 por cento pela indiana Oil & Natural Gas Corp (ONGC), segundo dados da ANP.

As descobertas não indicam, necessariamente, que há petróleo ou gás em quantidades comerciais. Todo óleo e gás encontrados durante perfurações, por mais insignificantes, devem ser comunicados à ANP.
A relutância da Petrobras para estimar as reservas no campo de Sergipe não é incomum na indústria do petróleo, onde muitas empresas só confirmam as estimativas de reservas após extensas perfurações.

Tal atitude, no entanto, contrasta com a avidez das autoridades brasileiras em enaltecer a área super gigante de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Em maio a ANP disse que Libra possui de 8 a 12 bilhões de barris de óleo recuperável, com base na perfuração de um único poço. O governo planeja leiloar os direitos de produção em Libra, maior descoberta petrolífera do Brasil, em 21 de outubro.

 aso a descoberta de Sergipe seja confirmada, o petróleo e o gás encontrados em SEAL-11 podem se tornar a primeira descoberta brasileira "super gigante" (na casa dos bilhões de barris) fora da região do pré-sal, onde Libra está localizada.
 
Recentes perfurações também sugerem que um campo gigante de gás natural pode se estender para muito além de SEAL-11, com gás suficiente para suprir todas as necessidades atuais do Brasil "durante décadas", disse uma das fontes.

Mesmo que o volume recuperável em Sergipe fique na categoria "gigante", ou seja, na faixa das centenas de milhões de barris, a área ainda seria a primeira grande descoberta marítima no Nordeste do Brasil, uma das regiões mais pobres do país.

"A descoberta é muito grande, e caso seja desenvolvida poderia transformar a economia do nosso Estado e da nossa região", disse à Reuters o subsecretário de Desenvolvimento Energético do governo de Sergipe, José de Oliveira Júnior.

Oliveira Júnior disse que não poderia dar uma estimativa do tamanho das reservas em SEAL-11, mas que elas são tão grandes que a Petrobras teria dito ao governo que provavelmente não será capaz de considerar o desenvolvimento da área por cerca de seis anos.

Autoridades em Sergipe estão ansiosas para desenvolver a área rapidamente. Petróleo há muito tempo tem sido produzido no Estado, principalmente em terra, mas os volumes são pequenos. A produção mensal em Sergipe é menor do que os maiores campos brasileiros produzem em uma questão de horas.

Os frutos da descoberta, no entanto, podem levar anos para chegar até os acionistas e residentes de Sergipe, apesar de sua proximidade da costa, da qualidade do óleo e de os reservatórios de menor complexidade sugerirem que seria mais barata para desenvolver do que os campos gigantes do pré-sal, disseram as fontes.

Situada em áreas com rochas mais porosas e permeáveis, o óleo leve poderia ser relativamente mais fácil de ser extraído em relação ao petróleo do pré-sal, mais pesado e preso em rochas mais compactas, disse uma fonte da indústria no Brasil.

Revista britânica questiona rumos do Brasil


Há quatro anos, The Economist dizia que o País havia decolado em termos de desenvolvimento econômico

Revista britânica questiona rumos do Brasil


De um foguete que apontava para o alto para uma aeronave desgovernada nos céus. Essa é a comparação feita pela capa da revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina, que chega às bancas neste fim de semana, tem na capa uma imagem do Cristo Redentor fazendo piruetas no céu do Rio de Janeiro com a pergunta: "Has Brazil blown it?". A questão pode ser traduzida como "O Brasil estragou tudo?" ou "O Brasil se perdeu?".

A reportagem especial de 14 páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no País. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o País cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", diz a revista.

"Pode Dilma Rousseff, a presidente do Brasil, reiniciar os motores?", pergunta a publicação. "Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos oferecerão ajuda para a recuperação do Brasil ou simplesmente trarão mais dívida", questiona a revista. O conteúdo da revista ainda não está disponível na íntegra na internet.

Na capa, a Economist fez uma auto referência a uma capa da própria publicação que ficou conhecida no Brasil ao mostrar o mesmo Cristo Redentor decolando como se fosse um foguete. "O Brasil decola" foi capa da edição de 12 de novembro de 2009, quando a revista rasgava elogios ao País que, naquele momento, crescia rapidamente a despeito da crise financeira global.

Interferência. A reportagem afirma ainda que Dilma Rousseff tem sido relutante ou incapaz de enfrentar problemas estruturais do Brasil e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e mina a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do País, em referência ao baixo crescimento econômico. "A economia estagnada, um Estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", resume o editorial da publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela The Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.

Problemas antigos. A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula". "Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica incomodando publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juro. Como resultado, as taxas estão subindo atualmente mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o País é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, lembrando que o País será um grande exportador de petróleo até 2020. The Economist elogia, ainda, a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de gás e petróleo em águas profundas. Além disso, a revista lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".

Pligg substitui telefone fixo e promete economia


Startup brasileira cria produto simples e barato que assume o lugar do telefone fixo e permite economizar na conta

Confiança da indústria recua 1% em setembro e tem menor nível desde 2009


Do UOL, em São Paulo

Conheça as principais etapas da fabricação de um carro

A produção de um carro popular demora cerca de 24 horas e envolve milhares de trabalhadores e centenas de robôs. O UOL Economia visitou a fábrica da General Motors em São José dos Campos (SP) para mostrar como funciona. Veja a seguir as principais etapas de construção Leia mais Fernando Donasci/UOL
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1% em setembro em relação ao que foi registrado no final do mês anterior, ao passar de 99,0 pontos para 98,0 pontos, menor nível desde julho de 2009.

De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Fundação Getúlio Vargas, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,6 por cento, para 98,9 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) perdeu 1,4 por cento, para 97,1 pontos.

"A permanência da confiança industrial em patamar historicamente baixo sinaliza ritmo de atividade ainda lento ao final do terceiro trimestre de 2013, considerando-se indicadores livres de influência sazonal", avaliou a FGV.

O indicador que avalia o grau de satisfação com o nível de demanda total no momento foi o que mais contribuiu para a queda do ISA ao retornar ao nível de julho passado com 95,8 pontos, que era o menor desde julho de 2009 (94,1).

A proporção de empresas avaliando o nível atual de demanda como forte caiu de 13,9% em agosto para 10,0 por cento em setembro e a parcela de empresas que consideram o nível de demanda fraco caiu de 17% para 14,2%.

Em relação ao IE, o maior impacto negativo veio do Indicador de Emprego Previsto, que recuou pelo terceiro mês consecutivo, para 102,2 pontos, o menor patamar desde junho de 2009 (98,0).

A proporção de empresas que preveem aumento no total de pessoal ocupado nos três meses seguintes recuou de 17% em agosto para 13,9% em setembro. A parcela das que preveem redução também diminuiu, ao passar de 12,4% para 11,7%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) estabilizou-se em 84,2% em setembro.
A indústria brasileira vem enfrentando uma gangorra neste ano. A queda de 2% da produção em julho ante o mês anterior levou a atividade econômica brasileira a iniciar o terceiro trimestre com contração de 0,33% em julho, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central.

(Com Reuters)