quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PT discutirá reeleição de Dilma Rousseff a partir de quinta


Partido analisará em congresso na quinta o panorama eleitoral para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff deverá concorrer a um segundo mandato

Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff: um dos assuntos centrais da reunião será o desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano

Brasília - O Partido dos Trabalhadores (PT), no poder desde 2003, inaugurará na quinta-feira seu V Congresso Nacional, que analisará o panorama eleitoral para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff deverá concorrer a um segundo mandato.

O congresso do PT será realizado em Brasília e na abertura, participarão a presidente Dilma e seu antecessor e mentor político, Luiz Inácio Lula da Silva, que fundou essa formação em 1980.

Um dos assuntos centrais da reunião, que se prolongará até sábado, será o desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano, quando os brasileiros irão às urnas para escolher um novo presidente e 27 governadores, assim como para renovar as câmaras legislativas.

Embora ainda não houve um anúncio oficial, no PT ninguém dúvida que Dilma será candidata a um novo mandato, apoiada em enquetes que, de forma unânime, a consideram como clara favorita e atribuem uma intenções de voto próxima a 50%.

De fato, um dos documentos que servirão de base para as discussões do Congresso Nacional do PT diz que essa formação "estará concentrada em 2014 na reeleição da companheira Dilma Rousseff".

Com relação à campanha, o documento acrescenta que "será fundamental" divulgar "a transformação" experimentada pela sociedade brasileira em áreas como o combate à miséria e à pobreza, que foi o eixo central das políticas dos Governos dirigidos por Lula e Dilma.

O quinto Congresso Nacional do PT também será o primeiro dessa formação desde que, no mês passado, foram presos o antigo presidente do partido José Genoino, o ex-ministro da Presidência José Dirceu e do antigo tesoureiro dessa formação Delúbio Soares,

Os três são parte do grupo de 25 políticos e empresários que foram condenados Mensalão.
Durante o congresso, também está previsto que haja diversos atos em "solidariedade" a Genoino, Dirceu e Soares, que cumprem suas respectivas penas em uma prisão de Brasília.

O documento que servirá de base para os debates do Congresso Nacional não faz nenhuma alusão direta a esse assunto, mas sim arremete contra a imprensa, à qual o PT sempre acusou de ter "inventado" muitas das denúncias que levaram ao Mensalão.

"Nem o PT nem o Governo souberam desenvolver instrumentos de comunicação social que fossem capazes de resistir o permanente ofensiva conservadora dos grandes proprietários de diários, rádios e emissoras de televisão", assinala o documento.

Em relação ao Poder Judiciário, e em aparente alusão ao processo que levou à prisão os antigos líderes do PT, o documento diz que a justiça brasileira é "lenta, elitista e pouco transparente", e que é mantida ao serviço "dos interesses privados".

Os melhores benefícios para cada meta da empresa


Recompensas financeiras são bons instrumentos de motivação, desde que bem utilizadas. Estudo do Hay Group ajuda a identificar o tipo certo para cada caso. Veja como:

Marcos Santos/USP Imagens
Pessoa retira dinheiro do bolso - notas de real

Dinheiro no bolso: se o objetivo da empresa é motivar todos os seus funcionários, uma boa alternativa é criar um programa de participação nos lucros, segundo estudo do Hay Group

São Paulo - Apesar de os benefícios não monetários, como horários flexíveis e homeoffice, serem cada vez mais usados pelas empresas para conseguir reter os funcionários e convencê-los a vestir a camisa, os incentivos financeiros ainda têm um grande peso quando o assunto é gerar motivação.

"No caso do Brasil, os incentivos já são um elemento de remuneração muito difundido, todo mundo pratica. Por isso, ele se torna quase necessário para que uma empresa não tenha dificuldades com retenção", afirma Carlos Siqueira, diretor e líder da Área de Remuneração Do Hay Group para América Latina.

A escolha errada do tipo de compensação, porém, pode provocar um efeito oposto na equipe. Com base em uma pesquisa feita anualmente para identificar as práticas que as companhias pretendem adotar no futuro, o Hay Group entrevistou consultores ao redor do mundo e chegou a um documento que indica o melhor tipo de incetivo para cada objetivo pretendido. Confira:


Quando vale recompensar com dinheiro


Para apoiar estratégias competitivas (como qualidade e foco no cliente), incentivar a flexibilidade, criatividade, cooperação e comprometimento, os incentivos financeiros são a melhor opção, de acordo com a consultoria.

Já para recompensar a eficiência dos funcionários, o desempenho que eles tiveram anteriormente e a conquista de objetivos rápidos, também é indicado recompensar financeiramente, mas no curto prazo.

Se a ideia é incentivar o desempenho contínuo de um colaborador, não adianta só dar bônus. É importante ter uma progressão salarial e oferecer benefícios competitivos.

Quando o objetivo é motivar todos os funcionários da organização, a melhor opção, segundo o Hay Group, é criar um plano de incentivo global para a companhia. Um exemplo é o sistema de participação nos lucros e resultados (PLR). Vale também oferecer prêmios de reconhecimento não monetários.

Entretando, se a empresa motivar apenas os funcionários de nível júnior, é mais interessante que os incentivos financeiros estejam ligados ao desempenho individual e da equipe - e não aos resultados da companhia. Prêmios não monetários também são uma opção.

No caso dos executivos, as duas práticas valem: tanto o dinheiro vinculado ao desempenho individual quanto ao organizacional.

Para motivar os colaboradores da linha de frente, os prêmios de reconhecimento não financeiros são a melhor indicação. Também vale dar dinheiro a apenas alguns, vinculados à prática de mercado.
Contra-indicações


Nos casos em que se deseja aprimorar as habilidades do pessoal e incentivar a inovação, não adianta dar uma grana extra. Segundo o Hay Group, o que realmente funciona é criar uma gestão eficiente de desempenho e de talentos, aprendizagem e desenvolvimento, segundo o Hay Group.

A mesma lógica serve para promover a autoestima e a competência da equipe, situações em que são indicados processos de coaching e mentoring.

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FT usa o “Imagina na Copa?” ao falar de violência em estádio

Jornal britânico usa bordão criado pelos brasileiros para questionar a segurança na Copa do Mundo de 2014 após a violenta briga entre torcidas no domingo


REUTERS/Carlos Moraes/Agencia O Dia
Torcedores do Vasco e Atlético Paranaense se agridem durante partida do Campeonato Brasileiro, em Joinville

Torcedores do Vasco chutam rival do Atlético Paranaense em briga durante partida do Campeonato Brasileiro, em Joinville

  • Torcedores do Vasco e Atlético Paranaense se agridem durante partida do Campeonato Brasileiro, em Joinville
  • Torcedores do Vasco agridem torcedor do Atlético Paranaense durante briga generalizada em Joinville, durante partida do Campeonato Brasileiro
  • Torcedores do Vasco atacam torcedor do Atlético Paranaense
  • Policiais atiram balas de borracha enquanto tentam ajudar um torcedor do Atlético Paranaense durante confronto de torcidas em Joinville
  • Torcedor ferido é levado por paramédicos após briga entre as torcidas do Vasco e Atlético Paranaense em partida do Campeonato Brasileiro

São Paulo – O famoso bordão criado pelos brasileiros para criticar todo tipo de problema que acontece no país - desde a má qualidade do transporte público às pequenas questões cotidianas -, foi apropriado pelo britânico Financial Times para repercutir a chocante briga entre as torcidas do Vasco e Atlético Paranaense em partida do Campeonato Brasileiro, no último domingo (8), em Joinville.

“Imagina na Copa?”, questiona matéria do blog Beyondbrics, que destaca as “horripilantes” cenas de violência que chamaram a atenção do mundo inteiro.

“Eles (torcedores) não demostraram misericórdia, com imagens que mostram bandidos chutando cabeças de rivais caídos e um homem até indo em direção a um oponente inconsciente com um pedaço de madeira ou cano com um prego”, diz o FT.(Leia a entrevista com o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva sobre como combater a violência no futebol)

O jornal critica a ausência de agentes de segurança privada durante a briga, que são os responsáveis pelo estádio. A reportagem destaca que a polícia, que estava do lado de fora, teve que ser acionada para conter a violência.

“Os estádios da Copa do Mundo aparentemente também serão controlados por segurança privada. (...) Então isso vai acontecer durante a Copa?”, questiona. Uma declaração da presidente Dilma Rousseff, que afirmou, após o ocorrido, que a presença da polícia é necessária nos estádios, também é citada.

Durante a cerimônia da Fifa de sorteio dos grupos que participarão do campeonato, dois dias antes da briga em Joinville, a presidente disse que “o Brasil está muito feliz de hospedar a Copa do Mundo porque nós somos um povo feliz e receptivo”.

O Financial Times enfatiza que a declaração pode até ser verdadeira, mas que o país tem que estar preparado para “essa pequena minoria de pessoas menos felizes e receptivas, que provaram mais uma vez que podem mudar o clima de um evento”.

Segundo o jornal, a preocupação é ainda maior se a Argentina cruzar com o Brasil em alguma partida. “O humor público pode, de fato, ficar negro se o arquirrival brasileiro bater o país nas finais”.

Os estádios da Copa que mais sugaram o seu dinheiro

Dos quase R$ 8 bilhões que custaram até agora os 12 estádios da Copa, R$ 5 bi foram bancados com recursos públicos. Veja as arenas que mais pesaram no bolso dos brasileiros

Público X Privado
Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014

Estoques de petróleo nos EUA têm forte queda


Estoques da commodity no país registraram sua maior queda desde dezembro de 2012

Getty Images
Plataforma de petróleo

Plataforma de petróleo: esquoques cairam 10,585 milhões de barris na semana passada, para 375,25 milhões de barris

Washington - Os estoques de petróleo nos Estados Unidos registraram sua maior queda desde dezembro de 2012, caindo 10,585 milhões de barris na semana passada, para 375,25 milhões de barris, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Administração de Informações de Energia (AIE), do governo dos EUA.

Os dados superaram as expectativas do mercado, que acreditava em uma queda de 2,950 milhões de barris.

Os estoques de gasolina nos EUA subiram 6,717 milhões de barris, para 219,15 milhões de barris, mais que o previsto pelo mercado, que estimou uma alta de 1,793 milhão de barris.

Os estoques norte-americanos de derivados avançaram 4,541 milhões de barris, para 118,07 milhões de barris, ante previsão de alta de 937 mil barris.

Petrobras tem 32% de chances de ir à falência, diz Macroaxis


De acordo com estudo publicado pela administradora de investimentos, probabilidade nos próximos dois anos é significativamente alta para o setor

REUTERS/Sergio Moraes
A presidente da Petrobras Graça Foster

Graça Foster, presidente da Petrobras: empresa tem 32% de probabilidade de falir nos próximos dois anos, segundo avaliadora de risco americana

São Paulo – A Petrobras, que já foi um dos maiores orgulhos dos brasileiros, tem 32,4% de ir à falência nos próximos dois anos. É o que diz uma análise da administradora de investimentos americana Macroaxis, especializada em fazer esse tipo de cálculo.

“Baseando-se nas últimas informações financeiras divulgadas, a Petrobras tem probabilidade de falência de 32,4%. Este valor é muito maior do que o do setor”, afirma o relatório. A ExxonMobil, por exemplo, gigante do ramo de óleo e gás, tem probabilidade de falência de 0,86%. A Chevron tem 8,96% de chances e a Petrochina, outra grande concorrente, 12,27%.

De acordo com a Macroaxis, que calcula riscos de investimentos de mais de 150.000 empresas do mercado de ações, companhias com probabilidade de falência maior que 90% têm grandes chances reais de falirem nos próximos dois anos. Em compensação, empresas com até 15% de probabilidade costumam demonstrar crescimento no mesmo período.

O índice reflete o tamanho da crise que a Petrobras vem enfrentando nos últimos dois anos e que atingiu o auge – até agora – na semana passada. Depois de anunciar o reajuste no preço dos combustíveis, suas ações despencaram 10% em um só dia e a estatal brasileira perdeu 25 bilhões de reais em valor de mercado em poucas horas.

A queda aconteceu porque analistas avaliaram que o reajuste foi insuficiente para reequilibrar as contas da empresa, que continua vendendo a preços subsidiados por uma política do governo de segurar a inflação. As dívidas já chegam a 79,6 bilhões de dólares, o que levou a agência de classificação de risco Moody’s a rebaixar a Petrobras em outubro. A agência prevê que, pelo menos até 2015, as dívidas só devem aumentar.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TCU exige correção de estudos para concessão de portos


O acórdão, aprovado por unanimidade pelo plenário de ministros, impõe 19 condicionantes

Anne Warth, do
Saulo Cruz/Agência Câmara
Deputada Ana Arraes

Ana Arraes: ministra relatou que os questionamentos do TCU só foram respondidos em 26 de novembro

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ao governo que corrija os estudos referentes à concessão de 29 arrendamentos nos Portos de Santos e Pará antes que os editais sejam publicados.

O acórdão, aprovado por unanimidade pelo plenário de ministros, impõe 19 condicionantes.
Dessa lista, 15 foram propostas pela área técnica do órgão e outras quatro pela ministra Ana Arraes, relatora do processo.

Como se tratam de determinações, e não apenas recomendações, a publicação dos editais depende do cumprimento de todas as condicionantes impostas pelo TCU, o que deve atrasar o processo de concessão.
O governo pretendia publicar os editais ainda neste ano.

Em sua exposição, a ministra Ana Arraes afirmou que os estudos apresentados pelo governo ao TCU estavam incompletos e pouco sistemáticos, sem relatórios, notas técnicas e termos de referência vinculando premissas e conclusões.

A ministra relatou que os questionamentos do TCU só foram respondidos em 26 de novembro.
A ministra destacou ainda que, para alguns terminais, os estudos não continham definição de tetos máximos para as tarifas.

"Considero que os estudos apresentam oportunidades de aperfeiçoamento antes que sejam deflagrados procedimentos licitatórios a esses terminais", afirmou.

O ministro José Jorge concordou com o voto de Arraes. Segundo ele, a documentação estava incompleta e os estudos, malfeitos.

"O governo não pode fazer todos os estudos 'de uma vez só', de forma açodada", afirmou. Ele disse ainda que a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), responsável pela elaboração dos estudos, é uma união de bancos "que não entende de nada".

Royalties de mineração terão arrecadação recorde

Por André Borges | De Brasília
As indefinições sobre as novas regras que passarão a vigorar sobre o setor de mineração não comprometeram as arrecadações da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), o chamado "royalty da mineração". Os dados do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) apontam que 2013 será um ano recorde de arrecadações.

Até a semana passada, o recolhimento da contribuição já ultrapassava a marca de R$ 2,2 bilhões, superando de longe o resultado de R$ 1,8 bilhão registrado durante todo o ano de 2012. O pagamento de royalties registrado neste ano já equivale ao triplo daquele verificado em 2009, quando as empresas recolheram um total de R$ 742 milhões. Esse aumento reflete, basicamente, o crescimento da produção mineral no país.


A mineradora Vale lidera, com folga, a lista de maiores arrecadadores da Cfem. Neste ano, a empresa responde, sozinha, por mais de R$ 1,2 bilhão recolhidos. O segundo lugar entre os maiores recolhedores do imposto é de uma companhia também controlada pela Vale: a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), que desembolsou R$ 337 milhões em royalties de mineração. Muito abaixo dessas duas companhias estão a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com pagamento de R$ 29,2 milhões, a Baovale Mineração (R$ 21 milhões) e a Mineração Maracá (R$ 20 milhões).

O minério de ferro continua a responder pela maior fatia dos royalties de minerações. Neste ano, para cada R$ 100 pagos em Cfem, R$ 77 estão relacionados à extração de ferro. Nos últimos cinco anos, a arrecadação atrelada ao minério quadruplicou. Em 2009, a produção de ferro respondeu por R$ 427 milhões recolhidos. Neste ano, o montante já ultrapassa R$ 1,7 bilhão.

Depois do minério de ferro, o principal responsável pelo pagamento dos royalties neste ano foi o cobre, que respondeu por 4% do volume total, chegando a R$ 88,5 milhões. Com participação de 2,4% e arrecadação de R$ 52 milhões, o ouro ocupa a terceira posição no ranking, um pouco acima do resultado registrado pela extração de calcário (R$ 43 milhões) e de granito (R$ 40 milhões).

Metade do recolhimento da Cfem está concentrada em Minas Gerais. Neste ano, o Estado já respondeu pela arrecadação de R$ 1,1 bilhão. O Pará é o segundo maior arrecadador de royalties, com R$ 758,2 milhões. Goiás ocupa a terceira posição (R$ 65,3 milhões), seguido por São Paulo (R$ 50,3 milhões) e Bahia (R$ 43,2 milhões).

Pelas regras atuais, 12% dos valores arrecadados pela Cfem ficam com a União, que destina esses recursos ao DNPM, Ibama e Ministério da Ciência e Tecnologia. Uma fatia de 23% segue para os cofres dos Estados onde os minérios são extraídos. A maior parte dos recursos - 65% - fica com os municípios onde a exploração acontece. As alíquotas, que variam de acordo com o minério extraído, são aplicadas sobre o faturamento líquido das empresas. Esses recursos não têm destinação definida, ou seja, podem ser utilizados em qualquer área do serviço, desde que não seja folha de pagamento ou quitação de dívida pública.

O novo código de mineração, que está em tramitação no Congresso Nacional, pode mexer na divisão dos royalties. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), relator do projeto na Câmara, pretende incluir mais um beneficiário nesta conta. Trata-se de municípios que sofrem impactos diretos das atividades minerais, mas que hoje não recebem nenhum tipo de compensação por isso. Muitos recebem, por exemplo, barragens ou minerodutos, além de serem rotas de escoamento intenso por caminhões ou ferrovias. Pela proposta, essas cidades passariam a receber 10% dos royalties. O recurso viria de uma redução nas fatias recolhidas hoje. Municípios ficariam com 60% da Cfem, quanto os Estados teriam participação de 20% e a União, 10%.

Ontem, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, defendeu que a proposta do novo marco regulatório enviada ao Congresso "guarde a maior relação com a proposta inicial", apesar de estar aberto a "discussões" e "aperfeiçoamentos", principalmente em "questões foco do programa".

Gleisi disse que a proposta encaminhada "é uma mediação dos interesses sobre esse setor", mas evitou falar sobre prazos para votações em função do calendário próprio do Legislativo com a proximidade do fim do ano.

Reportagem publicada pelo Valor na semana passada mostrou que o governo corre risco de sofrer nova derrota no Congresso, se não conseguir ver aprovado ainda neste ano o novo marco regulatório da mineração, como pretendia. Dois pontos desagradaram o governo: o restabelecimento do "direito de prioridade" (quem pede primeiro, ganha o direito de pesquisar e explorar a jazida) e a definição de alíquotas fixas para os royalties da mineração. (Colaborou Bruno Peres)