Partido analisará em congresso na quinta o panorama eleitoral para 2014, quando a presidente Dilma Rousseff deverá concorrer a um segundo mandato
A presidente Dilma Rousseff: um dos assuntos centrais da reunião será o
desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano
Brasília - O Partido dos Trabalhadores
(PT), no poder desde 2003, inaugurará na quinta-feira seu V Congresso
Nacional, que analisará o panorama eleitoral para 2014, quando a
presidente Dilma Rousseff deverá concorrer a um segundo mandato.
O congresso do PT será realizado em Brasília e na abertura,
participarão a presidente Dilma e seu antecessor e mentor político, Luiz
Inácio Lula da Silva, que fundou essa formação em 1980.
Um dos assuntos centrais da reunião, que se prolongará até sábado, será
o desenho de estratégias para a campanha eleitoral do próximo ano,
quando os brasileiros irão às urnas para escolher um novo presidente e
27 governadores, assim como para renovar as câmaras legislativas.
Embora ainda não houve um anúncio oficial, no PT ninguém dúvida que
Dilma será candidata a um novo mandato, apoiada em enquetes que, de
forma unânime, a consideram como clara favorita e atribuem uma intenções
de voto próxima a 50%.
De fato, um dos documentos que servirão de base para as discussões do
Congresso Nacional do PT diz que essa formação "estará concentrada em
2014 na reeleição da companheira Dilma Rousseff".
Com relação à campanha, o documento acrescenta que "será fundamental"
divulgar "a transformação" experimentada pela sociedade brasileira em
áreas como o combate à miséria e à pobreza, que foi o eixo central das
políticas dos Governos dirigidos por Lula e Dilma.
O quinto Congresso Nacional do PT também será o primeiro dessa formação
desde que, no mês passado, foram presos o antigo presidente do partido
José Genoino, o ex-ministro da Presidência José Dirceu e do antigo
tesoureiro dessa formação Delúbio Soares,
Os três são parte do grupo de 25 políticos e empresários que foram condenados Mensalão.
Durante o congresso, também está previsto que haja diversos atos em
"solidariedade" a Genoino, Dirceu e Soares, que cumprem suas respectivas
penas em uma prisão de Brasília.
O documento que servirá de base para os debates do Congresso Nacional
não faz nenhuma alusão direta a esse assunto, mas sim arremete contra a
imprensa, à qual o PT sempre acusou de ter "inventado" muitas das
denúncias que levaram ao Mensalão.
"Nem o PT nem o Governo souberam desenvolver instrumentos de
comunicação social que fossem capazes de resistir o permanente ofensiva
conservadora dos grandes proprietários de diários, rádios e emissoras de
televisão", assinala o documento.
Em relação ao Poder Judiciário, e em aparente alusão ao processo que
levou à prisão os antigos líderes do PT, o documento diz que a justiça
brasileira é "lenta, elitista e pouco transparente", e que é mantida ao
serviço "dos interesses privados".
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