quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Movimento Endireita Brasil lança campanha de arrecadação de recursos para ajudar médicos cubanos em busca da liberdade


Rodrigo Constantino

Análises de um liberal sem medo da polêmica


Eis aí uma iniciativa louvável. O Movimento Endireita Brasil (MEB) lançou uma campanha de arrecadação de recursos para ajudar todos aqueles médicos cubanos que queiram seguir os passos de Ramona e pedir exílio em nosso país. O Brasil não pode compactuar com uma tirania que trata seus cidadãos como escravos. O governo adota esta postura abjeta, mas vamos mostrar que boa parte da população não aceita isso.

Aqui está o link para quem quiser fazer doações. O objetivo é levantar R$ 100 mil que servirão de auxílio a esses cubanos. A mensagem divulgada pelo MEB para justificar a campanha foi esta:

Apoiar a busca pela liberdade de dissidentes Cubanos em regime de exceção no Brasil, participantes do Programa Mais Médicos, que espontaneamente decidam buscar sua alforria, dando suporte financeiro para o pagamento de passagens aéreas que tenham como objetivo a busca de asilo político nos EUA ou em outros países em que obtenha abrigo. Dissidentes, entrar em contato via mensagem privada na página do Facebook do Movimento Endireita Brasil.


Tem meu apoio. Fujam, cubanos!

**Tem todo o meu apoio e estarei divulgando nos meus blogs, pois não podemos compactuar que em pleno século XXI aceitarmos trabalho escravo no Brasil !  
São seres humanos e nossos irmãos  e totalmente desrespeitados em seu país de origem  pelos assassinos dos irmãos Castro e aqui no Brasil pela Dilma, Padilha e o PT !

Esilda  Alciprete

Uma Carreira Global

 



Marcos Troyjo - Brasil Econômico

Um dos principais obstáculos ao crescimento sustentado da economia brasileira é a falta de recursos humanos especializados. É conhecida nossa defasagem de engenheiros, químicos, matemáticos. São deficiências agudas ante as potencialidades do pré-sal, biocombustíveis, da hidroeletricidade.

Precisamos deles no fortalecimento de nossa infraestrutura.

O fato é que o Brasil está tão na moda; é tamanho o interesse pelo nosso país, que se evidenciam carências numa área intermediária - porém essencial: o profissional de relações internacionais (RI).

Ele é aquele que cuidará da expansão e defesa não apenas dos assuntos diplomáticos do Brasil, mas também dos objetivos de nossas empresas e da sociedade civil.

Há um tempo a formação desse profissional refletia a tímida inserção externa do País. Os cursos de comércio exterior concentravam-se em aspectos aduaneiros. Era interpretar as hamurábicas regras da Cacex, que contribuíam para o Brasil como uma das economias mais insulares do planeta.

Em 500 anos de história, nosso fluxo comercial com o exterior foi marcado pelos ciclos de commodities (ouro, borracha, cana-de-açúcar, café) ou por uma corrente de comércio que, até o final dos 1990, representou menos de 10% de nosso PIB.

Faz 20 anos, havia apenas 2 bacharelados em RI no Brasil. Eram vistos pelos alunos basicamente como uma "antessala" para se prestar o concurso à carreira diplomática. Hoje, empresas, agremiações empresariais, estados e municípios precisam mais do que nunca de profissionais de RI.

Há mais oportunidades para concretizar o sonho dos que desejam construir uma carreira global. No entanto, trata-se de profissão mais complexa e multifacetada.

Além de meros operadores alfandegários ou intermediários burocráticos entre países, os profissionais terão de ser um "GAS" (Globalization Affairs Specialist).

O GAS tem de comprar e vender de multinacionais. Participar de paineis de organismos multilaterais como a OMC. Tratar a sensibilidade da imprensa e da opinião pública de seus compatriotas e de outros países e sociedades. Relacionar-se com a imensa influência de fundações internacionais (como a Bill & Melinda Gates) e de megaindivíduos (Dalai Lama, Assange, Soros e outros).

E, é claro, lidar com governos dos mais diferentes tipos.

Se os cursos universitários no país, na graduação e na pós, conseguirem moldar profissionais desse tipo, o Brasil estará mais capacitado a expandir a janela de oportunidade que o cenário mundial lhe esta oferecendo.

Em resumo, quais os elementos básicos para a construção de uma carreira global? Comunicar-se bem em inglês (e em português, obviamente) e se possível em outras línguas.

Dominar métodos quantitativos de modo a permitir a formulação e avaliação de business plans. Ser uma craque do marketing internacional. Possuir ao menos noções direito internacional privado, sobretudo contratual e de arbitragem.

E, mais do que tudo: negociar e empreender - ser um profissional voltado para o mundo da ação.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Justiça do ES nega pedido de recuperação judicial da Telexfree


Angelo Pavini | Arena do Pavini
telexfree

A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Espírito Santo negou ontem à tarde o pedido de recuperação judicial, espécie de concordata, feito pela Ympactus Comercial, conhecida como Telexfree. O pedido já havia sido rejeitado em primeira instância pelo juiz da Vara de Recuperação Judicial e Falência de Vitória.

Segundo o comunicado do TJES, o julgamento foi acompanhado por vários investidores da Telexfree, que lotaram a sala de sessões. Em seu voto, o relator do processo, desembargador substituto Lyrio Regis de Souza Lyrio destacou que a Lei de Recuperação Judicial estabelece que a empresa só pode pedir o benefício se estiver exercendo suas atividades há mais de dois anos. O juiz de primeiro grau e o Ministério Público Estadual defenderam que o prazo de dois anos deveria ser contado a partir do exercício regular da atividade empresarial. Já a Telexfree alegou que o prazo deveria contar a partir do registro na Junta Comercial.

O relator lembrou que a empresa foi constituída há dois anos como uma sociedade limitada, cujo objetivo era o ramo de comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, bem diferente, portanto, do negócio de venda de créditos para ligações telefônicas. Em março de 2012, observou o relator, a Ympactus firmou contrato de cessão de uso da marca com a Telexfree LLC, empresa americana  “cujo objetivo era a prestação de serviços de divulgação da contratada pela contratante e a cessão de uso da marca Telexfree com duração de dois anos”.

A Telexfree só se tornou sociedade anônima a partir de julho de 2013, passando de Ympactos Comercial Ltda para Ympactos Comercial S/A. Os objetivos sociais também foram alterados, passando a ser portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet e processamento de dados; agências de publicidade com prestação de serviços de anúncios, promoção de vendas diretas e portais de divulgação comercial, consultoria em publicidade; pesquisa de mercado e de opinião pública e intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral.

Para o relator, como o pedido de recuperação judicial se refere às novas atividades, o prazo de existência da empresa deveria ser julho de 2013, e não o registro da empresa anterior.

Assim, o pedido de recuperação judicial, que permitiria à Telexfree evitar a falência, foi rejeitado pelo relator, e pelos outros dois desembargadores que analisaram o caso.

Em 18 de julho de 2013, a 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, no Acre, julgou favorável pedido do Ministério Público daquele Estado para suspender as atividades da Telexfree, acusada de montar uma pirâmide financeira. Com a decisão, foram suspensos os pagamentos e as adesões de novos contratos até o julgamento final da ação.


Comissão na Câmara para marketing multinível


Ontem, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial da Regulamentação do Marketing Multinível para analisar o projeto de lei 6667/13. A iniciativa dos deputados visa regulamentar o marketing multinível, sistema no qual empresas montam redes de revendedores independentes que ganham comissões sobre as vendas feitas pelos associados que conseguiram trazer para o grupo. O sistema é usado por empresas como Avon, Natura, AmWay e Tupware, mas acabou sendo desvirtuado para empresas que criam pirâmides financeiras.

No caso da Telexfree, a acusação é de que a empresa, que oficialmente vende assinaturas de telefonia via internet (Voip), estaria oferecendo ganhos na montagem de redes de vendedores que, em lugar de oferecer o serviço, receberiam por publicar anúncios na internet. Como, para anunciar, cada interessado tem de pagar um valor inicial, ou comprar um “kit”, que pode ir de US$ 50 a US$ 1.425,00, recebendo uma remuneração proporcional ao investimento, o ganho viria mais da conquista de novos integrantes do que do negócio em si.

Estimativas são de que mais de um milhão de pessoas entraram no esquema da Telexfree.


BBom e rastreadores


Outra empresa, a BBom, de Goiás, também teve seus bens bloqueados pela Justiça, acusada de montar uma pirâmide financeira a partir da venda de rastreadores para carros. Para o Ministério Público de Goiás, o negócio da BBom é uma pirâmide porque se sustentaria mais do pagamento de taxas de adesão pelos clientes/vendedores do que da venda efetiva dos equipamentos.

Como os vendedores recebem pelo número de novas adesões que conseguem – a custos que variam de R$ 600 a R$ 3 mil – os associados novos pagariam a remuneração dos antigos, o que tornaria a arregimentação de vendedores o verdadeiro negócio da empresa, e não os rastreadores.
A estimativa é que 300 mil pessoas teriam aderido ao sistema da BBom.


Priples e anúncios na internet


Outra empresa na mira da Justiça é a Priples, empresa de anúncios virtuais, mas que faturava com a cobrança de taxas de adesão. Criada em 1º de abril (não é mentira…) do ano passado, a Priples começou a atrasar os pagamentos aos associados já no fim de maio.

O esquema teria movimentado R$ 107 milhões, quase tudo originado das adesões, segundo o delegado Carlos Couto, responsável pelo inquérito, que resultou, em agosto do ano passado, na prisão dos sócios, o estudante de ciências da computação Henrique Maciel Carmo de Lima, de 26 anos, e a enfermeira Mirele Pacheco de Freitas, de 22 anos.

Cerca de 200 mil pessoas teriam sido prejudicadas pelo esquema.  No dia 31 de janeiro, a Justiça de Pernambuco decidiu obrigar a Priples a devolver R$ 11 mil a dois investidores. A Justiça bloqueou cerca de R$ 100 milhões que estavam no caixa da empresa. Segundo o jornal “Diário de Pernambuco”, laudo do Instituto de Criminalística que analisou os livros contábeis da Pribles atesta que 99,9% da movimentação financeira da empresa se relacionam com as novas adesões ao negócio, o que indica falta de sustentação econômica ao da empresa.


Blackdever ou pode chamar de Wishclub


O Ministério Público de Minas Gerais entrou com ação em outubro do ano passado contra a Blackdever, empresa que se apresentava como negócio de marketing multinível a partir de uma rede que ofereceria desde serviços a um clube de compras com descontos para associados (outlet). Criada em março de 2013, a empresa teria arrecadado R$ 72 milhões até agosto, quando a 10ª Vara Cível de Uberlândia determinou o bloqueio de R$ 36 milhões das contas da Blackdever. Para a Justiça mineira, o esquema da empresa se caracterizava como uma pirâmide financeira pois os participantes recebiam comissões por novas adesões, e não apenas pelas vendas dos produtos, que nem sequer eram citados no site.


Bônus de qualificação


O presidente da empresa, Rogério Alves, teria se mudado para a Espanha, onde abriu outro negócio semelhante, o Wishclub, que oferece também bônus de equipe, no qual o associado recebe pela adesão de novos integrantes da rede. O Bônus de Liderança, segundo o site, que tem o mesmo endereço da Blackdever, informa que os interessados podem receber de 2% a 50% do valor do bônus de qualificação da equipe formada por ele. “Exemplo: Isabela se qualifica a Black Diamond, recebendo € 50 mil: 50% do valor fica para Isabela e outros 50% vai para a Rede”, diz a nota no pé da tabela com as categorias.


Produtos selecionados


O texto, porém, não bate com a tabela, que estabelece que o Black Diamond recebe 25% dos bônus. Na tabela, as categorias vão de 2% na classificação Bronze, 3% na Silver, 5% na Gold, 8% na Sapphire, 10% na  Esmeralda, 15% na Diamante, 20% na White Diamont e 25% na Black Diamont. O site não explica que produtos são vendidos nem que serviços são oferecidos, limitando-se a dizer que são “produtos e serviços selecionados e de alta qualidade, sempre alinhados ao conceito de bem-estar e qualidade de vida”.

Em comunicado divulgado no Facebook, Rogério Alves, falando de Madri, disse que fechou uma parceria internacional com a WishClub, até que a situação da Blackdever seja definida no Ministério Público. Enquanto isso, os associados teriam a opção de migrar para a WishClub ou ficar na Blackdever. Os que ficarem receberão a devolução de seus “investimentos” (sic) quando o Ministério Público chegar a uma conclusão sobre a legalidade da Black e liberar o dinheiro bloqueado.


Cartão de banco espanhol


A migração para o Wishclub não terá custo e os consultores receberão um cartão de débito de um banco espanhol. “Como os assinantes do club wish terão um valor mensal de ativação, isso garantirá um ganho mensal aos consultores”, diz o texto.

Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou uma cartilha explicando as diferenças entre marketing multinível e pirâmide financeira.

Compra da Galderma pela Nestlé ressalta desafio na saúde


Companhia pagou US$ 3,6 bilhões para assumir o controle completo da empresa de dermatologia que revitaliza a pele

Matthew Boyle, da
Getty Images
Nestle

Nestlé: fabricante de tratamentos para a acne e para a psoríase, a Galderma passará a ser parte de uma nova divisão conhecida como Nestlé Skin Health

Londres - A Nestlé pagou ontem US$ 3,6 bilhões para assumir o controle completo da Galderma, a empresa de dermatologia que revitaliza a pele. O CEO da Nestlé, Paul Bulcke, terá que fazer o mesmo na unidade para impulsionar o crescimento.

Fabricante de tratamentos para a acne e para a psoríase, a Galderma passará a ser parte de uma nova divisão conhecida como Nestlé Skin Health, com um estoque de marcas que vai de drogas de venda sob receita a sabonetes e protetores solares para a pele, o cabelo e as unhas de venda livre. Trata-se da mais recente tentativa da Nestlé de entrar no ramo da saúde, setor que promete um crescimento mais rápido e maiores margens de lucros do que o principal negócio da empresa suíça, a comida.

“Do ponto de vista da Nestlé, há benefícios na diversificação, e o cuidado da pele possui margens altas e um forte potencial de crescimento”, disse Oru Mohiuddin, analista da Euromonitor International, em Londres. “Mas 2013 não foi um ano fácil para a Galderma e eles estão se preparando para os desafios à frente”.

A Nestlé está contando com o controle completo para ajudar a unidade a reviver seu desempenho. O crescimento das vendas da Galderma desacelerou no ano passado para 3,9 por cento, abaixo do ritmo superior a 10 por cento de anos anteriores, pois a maior concorrência de produtos genéricos nos EUA reduziu as margens. A Galderma contratou quatro gerentes novos, reorganizou suas unidades empresariais e agora dependerá mais da pesquisa global, da distribuição e do poder de marketing da Nestlé.

Uma Galderma autônoma “nos dá uma maior liberdade porque de vez em quando, era bastante restritivo” ser donos conjuntos, disse ontem o presidente da Nestlé, Peter Brabeck-Letmathe.


Imitando os rivais


A expansão para além da comida imita a estratégia perseguida por companhias de produtos para consumidores como a Procter Gamble e a Unilever: ambas abandonaram ativos de comida na última década para se focarem em marcas de cuidado pessoal como a Dove e a Gillette. 

O espaço de comida empacotada está “infestado” por “tendências de crescimento anêmico” há mais de dois anos, segundo um relatório da BB&T Capital Markets, de 30 de janeiro, pois as famílias comem mais alimentos naturais. A Nestlé programou a apresentação do seu relatório de lucros para o ano completo para amanhã.

Criada em 1981, a Galderma teve vendas de US$ 2,2 bilhões no ano passado e controla 6,9 por cento do mercado global de dermatologia, segundo dados da IMS Health citados no relatório anual mais recente da empresa de cuidado da pele.

Cerca de metade das suas vendas vêm de drogas de venda sob receita como Epiduo, um tratamento tópico para a acne. O restante é obtido com tratamentos de venda livre como Loceryl, para infecções de fungos nas unhas, e com o que a companhia chama de produtos “estéticos”, incluindo Restylane, que é injetado na pele como o Botox da Allergan Inc.
Ensaios clínicos


Galderma está tentando reduzir sua dependência das drogas de venda sob receita nos EUA, que devem passar por rodadas de ensaios clínicos e aprovações regulatórias e são suscetíveis à concorrência de imitações genéricas mais baratas.

A avançada da Nestlé para a saúde apresentou intermitências. Uma joint venture com a Baxter International Inc. para vender alimentos médicos foi debandada em 1996. A aquisição dos centros de dieta Jenny Craig em 2006 não deu certo, e a maior parte da empresa foi vendida em novembro. Em 2011, a companhia criou a Nestlé Health Science para combinar as marcas existentes de nutrição médica, como os batidos Boost, com investimentos menores.

“A Nestlé ainda está em modo experimental e investigativo, portanto o ramo da saúde da pele faz sentido nesse contexto”, disse James Amoroso, consultor independente da indústria de bens para consumo em Walchwil, Suíça. “Qual o potencial? Nem a Nestlé sabe”.

Brasil despenca em ranking de liberdade de imprensa


A advertência foi feita nesta quarta-feira, 12, em Paris, pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira (RSF)

Andrei Netto, do
Fernando Frazão/Agência Brasil
Repórteres fotográficos, cinematográficos e jornalistas fazem minuto de silêncio na Candelária em homenagem ao cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade

Repórteres em homenagem ao cinegrafista Santiago Andrade: em dois anos, o Brasil despencou 12 postos na classificação, ocupando o 111º lugar

Paris - O grau de liberdade de imprensa piorou no Brasil em 2013, e o país é o pior das Américas em número de jornalistas mortos.

A advertência foi feita nesta quarta-feira, 12, em Paris, pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira (RSF), que não poupou críticas a Brasil e Estados Unidos. Em dois anos, o país despencou 12 postos na classificação, ocupando o 111º lugar, por culpa dos riscos das coberturas de crime organizado e corrupção.

O Brasil, que no ano passado aparecia em 108º lugar, perdeu três posições. Para efeitos de comparação, a Argentina aparece em 55º lugar. À frente do País aparecem ainda a República Centro-Africana, nação em guerra e sob intervenção internacional, em 109º lugar, e Uganda, em 110º. 

"Ricos por sua diversidade, Estados Unidos e Brasil deveriam enaltecer a liberdade de informação como norma jurídica e como valor. A realidade está infelizmente longe de corresponder a essa ambição", diz a RSF.

Segundo o levantamento, as mortos de profissionais pesaram em 2013. "Com cinco jornalistas mortos ao longo do ano, o Brasil aparece no sinistro ranking como o país mais mortífero do continente para a profissão, um lugar ocupado até então por um México bem mais sangrento."

Só durante os choques acontecidos durante as manifestações de junho, 114 "atores de mídia" - jornalistas e outros profissionais de imprensa, além de jornalistas-cidadãos - ficaram feridos, alerta a organização. "A repressão policial muito forte que o Brasil sofreu em 2013 também se abateu sobre os atores de informação", completa o texto.

Para Camille Soulier, responsável do Escritório Américas da RSF, as manifestações no Brasil - que a organização chama de "Primavera brasileira" - "foram graves para a liberdade de imprensa. 

"A polícia é responsável por mais de dois terços das agressões", disse Camille ao Estado, advertindo para a alta "polarização" política no país, que segundo a organização favorece a violência contra jornalistas. "E, a julgar pela morte recente de um cinegrafista (Santiago Andrade, da Band), o ano não começa bem."


Crime organizado e corrupção


Além dos protestos, a RSF destaca o crime organizado e as ameaças e agressões que jornalistas do interior do país sofrem por investigarem ou denunciarem a corrupção, o tráfico de drogas e o de matérias-primas.

A ONG , que critica ainda a concentração dos veículos de imprensa nas mãos de "dez grupos familiares que compartilham o espaço de difusão" e menciona as pressões jurídicas que pairam sobre o jornalismo no Brasil. "As injunções de censura contra os veículos de mídia e contra jornalistas engarrafam os tribunais, atendendo a pedidos de políticos servidos por uma justiça complacente", diz o relatório.

No mundo, Síria é ocaso mais alarmante. O relatório anual da RSF foi divulgado nesta quarta-feira e chama a atenção para o aumento dos casos de censura, cibervigilância e repressão contra os "lançadores de alerta" - como o ex-agente americano Edward Snoden. De acordo com a organização, a Síria foi o País mais mortal para jornalistas no mundo no ano passado, mas os três piores do mundo para a prática da profissão continuam os mesmos: Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia, onde não há imprensa livre e independente.

Os diferenciais da Amazon no Brasil – segundo ela mesma


Alexandre Szapiro, o presidente executivo da companhia para o país, explica o que podemos esperar da Amazon e o que ela espera dos brasileiros


Indústria farmacêutica pede isenção de impostos no Congresso


“Nenhum país sério cobra imposto para medicamento”, diz presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, Sérgio Barreto

Aline Valcarenghi, da
Getty Images
Remédios
Remédios: segundo Barreto, dos quase 34% de tributação, cerca de metade são cobrados pelo governo federal

Representantes da indústria farmacêutica entregaram na tarde de hoje (12) ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e ao presidente do Senado, Renan Calheiros, um abaixo assinado com mais de 2,6 milhões de assinaturas pedindo a redução de impostos para remédios.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), Sérgio Mena Barreto, medicamentos devem ser tratados como mercadorias essenciais, e portanto, devem ser livres de impostos. “Nenhum país sério cobra imposto para medicamento”, diz.

Segundo o deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), que coordena a Frente Parlamentar para a Desoneração de Medicamentos, enquanto a tributação de remédios no Brasil alcança o patamar de 34%, em outros paises esse número não passa de 6%. De acordo com o deputado, a frente busca uma legislação que possa colocar os medicamentos no patamar da cesta básica, que está zerada de impostos federais (PIS/Cofins).

Segundo Barreto, há cerca de 20 projetos de lei tramitando no Congresso que tratam desse assunto e que podem ser tratados com celeridade. Ele também ressaltou à Agência Brasil que o governo controla o preço dos medicamentos e seria o responsável por garantir que a isenção de impostos fosse repassada ao consumidor.

A campanha, encabeçada pela Abrafarma e pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), também vai levar as assinaturas ao Ministério da Saúde e aos governos estaduais. Segundo Barreto, dos quase 34% de tributação, cerca de metade são cobrados pelo governo federal.

Segundo os organizadores do movimento, a redução dos impostos vai permitir que 50 milhões de brasileiros que não têm acesso a medicamentos possam comprar esse produto.

Henrique Eduardo Alves defende que essa não é uma pauta da frente parlamentar, e sim da Câmara. Ele pretende criar uma comissão especial para tratar do assunto. Calheiros também se mostrou favorável à causa e disse que terá a desoneração dos medicamentos como assunto prioritário do Senado em 2014.