Marcos Troyjo - Brasil Econômico
Um dos principais obstáculos ao crescimento sustentado da economia
brasileira é a falta de recursos humanos especializados. É conhecida
nossa defasagem de engenheiros, químicos, matemáticos. São deficiências
agudas ante as potencialidades do pré-sal, biocombustíveis, da
hidroeletricidade.
Precisamos deles no fortalecimento de nossa infraestrutura.
O fato é que o Brasil está tão na moda; é tamanho o interesse pelo nosso país, que se evidenciam carências numa área intermediária - porém essencial: o profissional de relações internacionais (RI).
Ele é aquele que cuidará da expansão e defesa não apenas dos assuntos diplomáticos do Brasil, mas também dos objetivos de nossas empresas e da sociedade civil.
Há um tempo a formação desse profissional refletia a tímida inserção externa do País. Os cursos de comércio exterior concentravam-se em aspectos aduaneiros. Era interpretar as hamurábicas regras da Cacex, que contribuíam para o Brasil como uma das economias mais insulares do planeta.
Em 500 anos de história, nosso fluxo comercial com o exterior foi marcado pelos ciclos de commodities (ouro, borracha, cana-de-açúcar, café) ou por uma corrente de comércio que, até o final dos 1990, representou menos de 10% de nosso PIB.
Faz 20 anos, havia apenas 2 bacharelados em RI no Brasil. Eram vistos pelos alunos basicamente como uma "antessala" para se prestar o concurso à carreira diplomática. Hoje, empresas, agremiações empresariais, estados e municípios precisam mais do que nunca de profissionais de RI.
Há mais oportunidades para concretizar o sonho dos que desejam construir uma carreira global. No entanto, trata-se de profissão mais complexa e multifacetada.
Além de meros operadores alfandegários ou intermediários burocráticos entre países, os profissionais terão de ser um "GAS" (Globalization Affairs Specialist).
O GAS tem de comprar e vender de multinacionais. Participar de paineis de organismos multilaterais como a OMC. Tratar a sensibilidade da imprensa e da opinião pública de seus compatriotas e de outros países e sociedades. Relacionar-se com a imensa influência de fundações internacionais (como a Bill & Melinda Gates) e de megaindivíduos (Dalai Lama, Assange, Soros e outros).
E, é claro, lidar com governos dos mais diferentes tipos.
Se os cursos universitários no país, na graduação e na pós, conseguirem moldar profissionais desse tipo, o Brasil estará mais capacitado a expandir a janela de oportunidade que o cenário mundial lhe esta oferecendo.
Em resumo, quais os elementos básicos para a construção de uma carreira global? Comunicar-se bem em inglês (e em português, obviamente) e se possível em outras línguas.
Dominar métodos quantitativos de modo a permitir a formulação e avaliação de business plans. Ser uma craque do marketing internacional. Possuir ao menos noções direito internacional privado, sobretudo contratual e de arbitragem.
E, mais do que tudo: negociar e empreender - ser um profissional voltado para o mundo da ação.
Precisamos deles no fortalecimento de nossa infraestrutura.
O fato é que o Brasil está tão na moda; é tamanho o interesse pelo nosso país, que se evidenciam carências numa área intermediária - porém essencial: o profissional de relações internacionais (RI).
Ele é aquele que cuidará da expansão e defesa não apenas dos assuntos diplomáticos do Brasil, mas também dos objetivos de nossas empresas e da sociedade civil.
Há um tempo a formação desse profissional refletia a tímida inserção externa do País. Os cursos de comércio exterior concentravam-se em aspectos aduaneiros. Era interpretar as hamurábicas regras da Cacex, que contribuíam para o Brasil como uma das economias mais insulares do planeta.
Em 500 anos de história, nosso fluxo comercial com o exterior foi marcado pelos ciclos de commodities (ouro, borracha, cana-de-açúcar, café) ou por uma corrente de comércio que, até o final dos 1990, representou menos de 10% de nosso PIB.
Faz 20 anos, havia apenas 2 bacharelados em RI no Brasil. Eram vistos pelos alunos basicamente como uma "antessala" para se prestar o concurso à carreira diplomática. Hoje, empresas, agremiações empresariais, estados e municípios precisam mais do que nunca de profissionais de RI.
Há mais oportunidades para concretizar o sonho dos que desejam construir uma carreira global. No entanto, trata-se de profissão mais complexa e multifacetada.
Além de meros operadores alfandegários ou intermediários burocráticos entre países, os profissionais terão de ser um "GAS" (Globalization Affairs Specialist).
O GAS tem de comprar e vender de multinacionais. Participar de paineis de organismos multilaterais como a OMC. Tratar a sensibilidade da imprensa e da opinião pública de seus compatriotas e de outros países e sociedades. Relacionar-se com a imensa influência de fundações internacionais (como a Bill & Melinda Gates) e de megaindivíduos (Dalai Lama, Assange, Soros e outros).
E, é claro, lidar com governos dos mais diferentes tipos.
Se os cursos universitários no país, na graduação e na pós, conseguirem moldar profissionais desse tipo, o Brasil estará mais capacitado a expandir a janela de oportunidade que o cenário mundial lhe esta oferecendo.
Em resumo, quais os elementos básicos para a construção de uma carreira global? Comunicar-se bem em inglês (e em português, obviamente) e se possível em outras línguas.
Dominar métodos quantitativos de modo a permitir a formulação e avaliação de business plans. Ser uma craque do marketing internacional. Possuir ao menos noções direito internacional privado, sobretudo contratual e de arbitragem.
E, mais do que tudo: negociar e empreender - ser um profissional voltado para o mundo da ação.
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