quarta-feira, 9 de abril de 2014

PPSA renegocia com Petrobras limites do pré-sal


Maioria dos potenciais acordos de unificação (unitização) da produção no pré-sal inclui Petrobras como operadora, afirmou presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA)

Sabrina Valle, do
Agência Petrobras
Plataforma da Petrobras
Plataforma da Petrobras: acordo de unificação é necessário quando um reservatório extrapola os limites do bloco concedido a uma empresa

Rio - O presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Oswaldo Pedrosa, disse nesta quarta-feira, 9, que estão hoje em discussão de sete a dez potenciais acordos de unificação (unitização) da produção no pré-sal. A maioria inclui a Petrobras como operadora, afirmou.

O acordo de unificação é necessário quando um reservatório extrapola os limites do bloco concedido a uma empresa.

O acordo é feito entre dois operadores ou entre uma empresa operadora e o governo. A PPSA entra quando a discussão inclui uma área do polígono do pré-sal.

Um caso de unitização que está em discussão publicamente é o da acumulação Gato do Mato, operado pela Shell no bloco BM-S-54. 

Os outros não são revelados, mas Pedrosa disse que envolvem a Petrobras, com quem tem se reunido para discutir o assunto. Há hoje dois regimes no país, de concessão e de partilha.

A primeira área licitada pela partilha foi Libra, no ano passado. Todas as outras áreas do pré-sal em atividade foram licitadas anteriormente pelo regime de concessão. 

Haverá casos em que um mesmo reservatório possa obedecer aos dois, mudando de regime no limite do bloco concedido.

Natura: maior varejista da América Latina


Pesquisa da Interbrand aponta que a marca da empresa vale US$ 3,15 bilhões


Marca da Natura vale US$ 3,15 bilhões, de acordo com a Interbrand
+ Marca da Natura vale US$ 3,15 bilhões, de acordo com a Interbrand Crédito: Divulgação

Em estudo divulgado nesta terça-feira, 8, pela Interbrand, chamado Best Retail Brands, foram relacionadas as maiores marcas de varejo do mundo, divididas entre América Latina, América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. Dentre as 20 empresas latinas selecionadas, dez são brasileiras. E a Natura é a marca mais valiosa da região, com US$ 3,15 bilhões. A companhia é seguida pelas mexicanas Oxxo e Bodega Aurrera, cujas marcas  valem US$ 2,61 bilhões e US$ 1 bilhão, respectivamente.

Além da Natura, as outras marcas originárias do Brasil que aparecem no ranking são Casas Bahia (US$ 420 milhões), Renner (US$ 357 milhões), Lojas Americanas (US$ 320 milhões), Extra (US$ 263 milhões), Hering (US$ 261 milhões), Havaianas (US$ 159 milhões), Pão de Açúcar (US$ 147 milhões), Ponto Frio (US$ 147 milhões) e Arezzo (US$ 124 milhões).

Segundo o levantamento, a norte-americana Walmart é a mais valiosa não só na sua região, como no mundo. A marca vale US$ 131 bilhões. Na Europa, a sueca H&M é a mais valiosa, com US$ 18,1 bilhões. Já na Ásia-Pacífico, avaliada em US$ 4,9 bilhões, a rede de supermercados Woolworths sai na frente.

O ranking da Interbrand, que analisa apenas as empresas de bens de consumo que divulgam balanços contábeis, leva em conta as marcas que têm mais de 50% de receita proveniente de lojas ou comércio eletrônico. A Natura, por exemplo, entra na listagem, pois suas revendedoras são interpretadas como lojas, de acordo com Daniella Bianchi, diretora-executiva da consultoria. A Natura ainda oferece duas formas de compra online: a loja virtual e a encomenda de produtos a uma consultora. 

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Acordo do Mercosul com União Europeia pode sair hoje


Segundo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, negociações com a Argentina estão praticamente no final. "Está indo muito bem"

Renata Veríssimo, do
Miguel Rojo/AFP
Cúpula do Mercosul em Montevidéu decidiu o retorno do Paraguai ao bloco
Cúpula do Mercosul: iniciada em 2000 e interrompida em 2006, negociação para acordo de livre comércio Mercosul e União Europeia voltou à pauta no ano passado

Brasília - O Mercosul deve finalizar nesta quarta-feira, 09, em reunião que ocorre em Montevidéu, no Uruguai, a proposta do bloco para um acordo de livre comércio com a União Europeia.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse que a oferta deve prever a redução de tarifas de importação para perto de 90% do comércio com os europeus nos próximos anos. "Estou confiante que a gente conclua a oferta comum", disse o ministro.

Segundo ele, as negociações com a Argentina estão praticamente no final. "Está indo muito bem", afirmou. O Brasil espera fazer uma reunião técnica com a União Europeia no final de abril ou início de maio. No entanto, a troca de ofertas só deve ocorrer mais para frente, no final de maio ou início de junho.
Iniciada em 2000 e interrompida em 2006 por falta de qualquer tipo de avanço, a negociação para o acordo de livre comércio Mercosul e União Europeia voltou à pauta no ano passado. 

Havia, no entanto, uma dúvida entre os negociadores brasileiros se seria possível fechar uma proposta conjunta do Mercosul em função das dificuldades enfrentadas pela Argentina. Desde então, o Brasil tenta costurar com Buenos Aires a harmonização de uma proposta a ser levada aos europeus.

Borges disse que já está definido um arcabouço geral do que deve ser uma oferta mínima, mas explicou que a reunião desta quarta é importante para fechar os detalhes técnicos, como a harmonização das nomenclaturas (NCM) dos produtos que sofrerão redução de tarifas.

Bank of America pagará US$ 727 milhões a consumidores


Valor deverá ser pago em assistência a consumidores por práticas relacionadas a produtos complementares de cartão de crédito

Jin Lee/Bloomberg
Bank of America (BofA)
Bank of America: Agência de Proteção Financeira ao Consumidor multou o banco em US$ 20 milhões por alegações de marketing enganoso

Washington - Reguladores dos Estados Unidos determinaram nesta quarta-feira que o Bank of America pague 727 milhões de dólares em assistência a consumidores por práticas relacionadas a produtos complementares de cartão de crédito.

A Agência de Proteção Financeira ao Consumidor dos EUA também multou o Bank of America em 20 milhões de dólares por alegações de marketing enganoso de produtos e práticas injustas de faturamento.
O Departamento da Controladoria da Moeda multou o banco em 25 milhões de dólares extras.

Falha de segurança online expõe milhões de senhas


Números de cartões de crédito e outras informações sensíveis a potenciais furtos por hackers também foram expostas

Getty Images
Segurança na internet
Segurança: a descoberta afeta a tecnologia criptografada que teoricamente é utilizada para proteger contas de e-mail
 
São Francisco - Um lapso na segurança da internet expôs milhões de senhas, números de cartões de crédito e outras informações sensíveis a potenciais furtos por hackers. A falha foi descoberta por uma pequena equipe de segurança online na Finlândia enquanto realizavam uma pesquisa independente para o Google.

A descoberta no início desta semana afeta a tecnologia criptografada que teoricamente é utilizada para proteger contas de e-mail, aplicativos de mensagens instantâneas e uma ampla gama de sites de comércio online.

Pesquisadores de segurança que descobriram a ameaça, conhecida como "Heartbleed", estão preocupados porque a brecha esteve despercebida por mais de dois anos.

David Chartier, presidente-executivo da Codenomicon, disse que há muitas razões para preocupação, embora agora haja um modo de reforçar a segurança.

Ele e outros especialistas alertaram as pessoas a trocarem todas as senhas online, mas disseram que essa medida somente terá efeito quando os serviços afetados instalarem um software liberado na segunda-feira para resolver o problema.

O Yahoo, que possui mais de 800 milhões de usuários ao redor do mundo, está entre os serviços de internet que podem ter sido afetados pelo Heartbleed.

Em comunicado publicado na terça-feira, a empresa anunciou que os problemas nos serviços mais populares já estão consertados.

Fonte: Associated Press.

Dilma anunciará ‘Marco Civil mundial’ em evento na capital paulista




Presidente abrirá o NETmundial, evento internacional de governança da internet, com o anúncio do texto que contará com princípios da internet

Por Redação Link
dilmaDilma estará em evento internacional de governança. FOTO: Reuters

BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff vai anunciar no dia 23 de abril, durante evento em São Paulo com representantes de dezenas de países, uma espécie de “Marco Civil da Internet mundial”, que deve reduzir o poder de governos, em especial dos Estados Unidos, na regulação e governança da internet, e também que deve dar maiores garantias à privacidade dos usuários. A proposta é uma resposta direta à espionagem conduzida pelos órgãos de inteligência norte-americanos à presidentes, como Dilma e Angela Merkel (Alemanha), e empresas de diversos países.

Como o Link já havia adiantado, o texto do “Marco Civil Mundial” já está concluído desde a semana passada. Segundo Demi Getschko, conselheiro do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), o texto se apoiará no Decálogo do CGI.br, documento que descreve os princípios “para a governança e uso da internet no Brasil” e que serviu de base para a construção do Marco Civil da Internet brasileiro. “A chance de criarmos uma legislação única para a internet é pequena”, diz Getschko. “Por isso, estamos propondo uma versão mais simples do Decálogo.”

O texto que irá para a NETmundial foi vazado pelo Wikileaks e indica que espionagem será o elemento mais atacado do evento, que promete defender a privacidade e a internet aberta.

O objetivo do governo, segundo antecipou ao Estado o novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Cleio Campolina, é aproveitar o evento NETmundial, que ocorrerá em São Paulo e receberá representantes dos Estados Unidos, da China, Rússia, integrantes da União Europeia e outros países, para “dar início oficial a discussão sobre a governança da internet no mundo”.

Em sua primeira entrevista exclusiva, o novo ministro afirmou que o evento na capital paulistana será a primeira grande reunião internacional “pós-Snowden”, em referência a Edward Snowden, ex-funcionário da agência norte-americana NSA, que revelou no ano passado as operações de espionagem conduzidas pela agência do governo dos EUA contra autoridades públicas e privadas em diversos países. O escândalo, segundo o ministro, ajudou a criar as condições para a discussão de um “marco civil da internet mundial”, que Dilma irá propor dentro de 15 dias.

O plano tem como centro a ideia de que “a governança da internet não pode ser feita por governos”, disse o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, e por isso, órgãos grandes, como o americano ICANN, que faz o registro de nomes, domínios e endereços IPs, devem ser abertos, e seguir normas comuns. A ideia é fazer o ICANN, que pertence ao governo dos Estados Unidos, se assemelhar ao IETF – uma comunidade internacional aberta, que cuida da internet do ponto de vista técnico, identificando problemas de funcionamento e desenvolvendo soluções. A proposta que Dilma apresentará será o primeiro passo.

“Não existe uma institucionalidade mundial para regular o comportamento dos cidadãos em todos os países, cada um tem que ter o seu, mas precisamos construir um senso comum. Ficar do jeito que está levará a barbárie. Estamos iniciando um processo irreversível”, disse Campolina. Um dos principais temas que será levantado por Dilma é o da privacidade. “Não há nenhum órgão que faça a governança da privacidade, e isso precisa mudar”, disse o novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Segundo o ministro Campolina, a proposta brasileira será bem recebida pela comunidade mundial porque virá de um país de democracia estável, sem histórico de agressões aos vizinhos. “Não somos um país militarizado, não agredimos vizinhos, e não espionamos ninguém. Isso cria as condições para que nossa proposta seja discutida por todos os demais países”, afirmou.

Um trunfo para o governo brasileiro é a recente aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei que cria o Marco Civil da Internet no País. Em tramitação no Senado, o projeto precisa ser aprovado pelos senadores para então ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff e assim entrar em vigor.

“Essa legislação dará um arcabouço legal seguro para o crescimento da internet no Brasil. As empresas vão saber quais são as regras, e até onde elas poderão ir, tendo as responsabilidades de cada agente bem definidas. O marco civil também vai facilitar questões judiciais. Nenhum país tem algo parecido com o que estamos propondo”, afirmou o secretário de políticas de informática do MCTI, Virgílio Almeida, que também é o coordenador do Comitê Gestor da Internet (CGI) no Brasil. O ministério aposta que o Marco Civil será aprovado pelo Congresso Nacional e, assim, entrar em vigor até o final do ano.

Segundo Almeida, o Marco Civil brasileiro “privilegia os direitos do cidadão na internet, diferente de outros países”, como os Estados Unidos, onde é possível coletar informações de e-mails e na Europa, onde o usuário pode ser retirado da internet. “Nós daremos responsabilidades a todos, é claro, mas o Marco Civil principalmente garante o direito à privacidade. Isso e a liberdade de expressão estão em primeiro lugar aqui. Na conferência NETmundial teremos países que não concordam 100% com nossos princípios, outros que sim, então podemos dizer que o Brasil chegará com uma proposta no meio do caminho”, disse.

/João Villaverde com Redação Link

Receita vai apertar cerco às importações via web.

 

 


Em janeiro e fevereiro deste ano, as compras de mercadorias feitas por brasileiros no exterior via internet e entregues pela via postal deram um salto da ordem de 40% sobre o ano passado, e alertaram a máquina de arrecadação do Fisco, que já prepara ações para atacar esse "nicho". O País tem recebido perto de 1,7 milhão de pacotes a cada mês, quando no início de 2013 o volume era da ordem de 1,2 milhão. No ano passado, foram 18,8 milhões no total, segundo dados da Receita Federal.

A maior parte dessa farra de consumo tem chegado ao comprador sem a cobrança de tributos, mas isso está prestes a mudar. Um sistema que está sendo montado em parceria com os Correios e a Receita vai automatizar a fiscalização, que hoje é feita por amostragem.

E, ao contrário do que muita gente pensa, o que se adquire de estabelecimentos comerciais no exterior é sujeito a tributação, independentemente do valor. Há exceções, como livros, periódicos, medicamentos com receita médica e bens enviados por pessoa física de valor até US$ 50,00.

O sistema deverá entrar em teste em setembro deste ano, segundo informou a chefe da Divisão de Controles Aduaneiros Especiais da Receita, Edna Beltrão Moratto. A previsão é que seja implantado em janeiro de 2015.

Segundo Edna, os impostos federais incidentes sobre as compras no exterior pela via postal são de 60%. Mas ainda tem o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é estadual. Os Correios poderão ser incumbidos de recolher essa parte.

Rapidez. A expectativa do governo é que, por outro lado, a liberação das mercadorias se torne mais rápida. Hoje, quando um produto chega e cai na amostragem, é calculado o valor do imposto e o comprador recebe um comunicado dos Correios em casa. Ele deve recolher o tributo e retirar a mercadoria na agência.

Com o novo sistema, o governo vai saber o que está sendo comprado antes mesmo de a mercadoria chegar, segundo explicou José Ademar de Souza, do Departamento Internacional dos Correios. "A partir da compra, o site repassa antecipadamente as informações para a Receita", informou.

Os dados, explicou ele, podem ser fornecidos tanto pelo exportador quanto pelo operador logístico - no caso, o correio do país de onde a mercadoria vem. Existe uma legislação internacional que prevê a troca de informações entre os serviços postais.

"Temos a possibilidade de, a partir da informação, fazer a parte da tributação", explicou Souza. "E fazer uma interação com o cliente via internet." A ideia é permitir que ele pague os tributos via internet e receba o bem em casa, em vez de ter de buscá-lo nos Correios.

Edna explicou que o sistema terá filtros para detectar as mercadorias que exigirão mais atenção dos fiscais. Por exemplo, se a compra está subfaturada, ou seja, com um valor declarado baixo, para diminuir o valor do imposto a pagar. Para isso, a Receita se baseia num parâmetro internacional de preços e outras fontes de informação. "Às vezes, a mercadoria está lá com um valor muito menor do que o que a loja anuncia no site", exemplificou Edna.

Hoje, todas as compras que chegam ao País passam por uma análise da Receita e, às vezes, de outros órgãos do governo, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Todos os pacotes passam por um raio X, onde se verifica se a mercadoria não é de importação proibida - como armas e drogas. (Fonte: O Estado de São Paulo)