quinta-feira, 9 de abril de 2015

Algoritmo do JPMorgan descobre se funcionário é desonesto


Getty Images
JPMorgan Chase %26 Co. em NY
JPMorgan: o programa de vigilância do banco dá uma visão do futuro de Wall Street
 
Hugh Son, da Bloomberg


Nova York - Os traders de Wall Street já são ameaçados por computadores que podem fazer o trabalho deles de forma mais rápida e barata. Agora, os humanos das finanças ganharam mais uma coisa para se preocupar: algoritmos que garantem seu bom comportamento.

O JPMorgan Chase Co., que acumulou mais de US$ 36 bilhões em despesas judiciais desde a crise financeira, está lançando um programa para identificar funcionários desonestos antes que eles sigam pelo mau caminho, segundo Sally Dewar, chefe de assuntos regulatórios para a Europa, que está gerenciando a iniciativa.

Dezenas de entradas de dados, incluindo se os trabalhadores deixam de comparecer a aulas de compliance, se violam regras de negociação pessoal ou se desrespeitam os limites de risco do mercado, serão ingressadas no software.

“É muito difícil para um líder empresarial pegar até centenas de pontos de dados e começar a desenvolver qualquer tópico a respeito de uma mesa ou um trader em particular”, disse Dewar, 46, no mês passado em entrevista.

“A ideia é refinar esses pontos de dados para ajudar a prever padrões de comportamento”.
O programa de vigilância do JPMorgan, que está sendo testado no negócio de trading e se espalhará para as divisões globais de investment banking e gestão de ativos até 2016, dá uma visão do futuro de Wall Street.

O setor, que está se recuperando dos bilhões de dólares em multas recebidas devido a ações de funcionários que manipularam mercados, enganaram clientes e ajudaram criminosos, está recorrendo à tecnologia para se policiar melhor.

Se não fizer isso, estará dando munição para aqueles que pressionam pela separação das operações de trading das dos bancos de varejo.
 

Unidade de vigilância


No JPMorgan, que tem sede em Nova York e é o maior banco de investimento do mundo em receita, a iniciativa surge após investigações do governo a respeito das vendas de bonds hipotecários fraudulentos, do prejuízo comercial de US$ 6,2 bilhões chamado de London Whale (Baleia de Londres), dos serviços fornecidos por Bernard Madoff, operador de um esquema de pirâmide, e da manipulação dos mercados de câmbio e energia.

A empresa contratou 2.500 profissionais de compliance e investiu US$ 730 milhões nos últimos três anos para melhorar as operações.

Ofertas de empregos mostram que a empresa está formando uma unidade de vigilância para monitorar as comunicações eletrônicas e telefônicas do banco de investimento.

E-mails, chats e transcrições telefônicas podem ser analisados eletronicamente para determinar se os funcionários estão tentando conspirar ou escondem alguma intenção, disse Tim Estes, CEO da Digital Reasoning Systems Inc.

“Estamos adotando uma tecnologia desenvolvida para o contraterrorismo e usando-a contra a linguagem humana, porque é aí que as intenções humanas se apresentam”, disse Estes, cuja empresa tem o Goldman Sachs Group Inc. e o Credit Suisse Group AG como clientes e investidores, mas não o JPMorgan. 

“Se você quer ser proativo, você precisa chegar às pessoas antes de elas agirem”.


‘Iniciativa escorregadia’


A vigilância automatizada é necessária para as firmas de Wall Street porque bilhões de e-mails fluem dentro de cada banco anualmente, superando a capacidade das pessoas de monitorá-los, segundo Estes.

Contudo, a tecnologia que prevê o comportamento, como no filme de ficção científica “Minority Report”, de 2002, no qual Tom Cruise interpreta um policial da divisão de pré-crime que caça 
suspeitos de assassinato antes que eles possam agir, levanta questionamentos éticos.

“O que eles estão tentando fazer é prever o comportamento humano”, disse Mark Williams, um ex-inspetor bancário da Reserva Federal dos EUA que agora é professor da Faculdade Questrom de Negócios da Universidade de Boston.

“Policiar as intenções pode ser uma iniciativa escorregadia. As pessoas vão receber uma letra escarlate por algo que elas ainda não fizeram?”.

A combinação dos novos métodos de vigilância com uma cultura melhorada deverá reduzir as futuras despesas judiciais do banco, disse Williams. Contudo, até mesmo Dewar reconhece que o elemento humano envolve riscos que não podem ser eliminados.

“Nós teremos um nível de confiança muito maior em relação à detecção inicial”, disse ela. “Mas não acho que alguém algum dia poderá dizer que esse nível será de 100 por cento”.

Sonhar é tudo?


É algo que todos fazemos. Mas é preciso mais

iStock


Eis um verbo que mexe com as pessoas e sempre chama atenção. É um tanto agradável, quando paramos a mente e começamos a pensar nas possibilidades, em tudo aquilo que buscamos. Afinal, sonhar não tem idade, gênero, sexo, religião. É simplesmente algo que todos fazemos. 

Porém é muito comum nos debruçarmos nesse mundo mágico de coisas incríveis, que suspostamente estão próximas a nós e sentirmos aquela sensação agradável, que com um certo esforço conseguiremos alcançar.

Algumas pessoas, quando saem do êxtase desse pensamento, para analisarem como fazê-lo e torná-lo realidade, já desistem. Afinal, notam que sonhar é apenas uma parte do processo. Muitas, no entanto, resolvem ir um pouco mais longe e dizem: “eu devo tentar”. Nobre engano para o cérebro. Afinal, quem tenta, apenas já está se permitindo fazer algo com a grande chance de dar errado.

 

O que fazer, então?


Em primeiro lugar, desejar. Você precisa despertar no seu cérebro aquela vontade grande de querer algo, de que você almeja tanto para não ficar apenas parado ou desistir. Não existe o primeiro passo se você não quer a ponto de começar a caminhada.

Logo após esse desejo intenso, vem o segundo critério: disponibilizar-se. Seja a evoluir, aos relacionamentos, novos aprendizados e habilidades. Você precisa estar aberto ao novo que vai acontecer, se permitir e abrir sua mente para essa frente que busca alcançar e serão necessárias mudanças.

Em terceiro lugar, colocar energia. Só assim você realmente estará andando em direção ao seu sonho. Você precisa de combustível para aquela ideia inicial tão agradável que pensou, desejou e disponibilizou-se a.

Você pode pensar agora: “Mas eu tenho sonhos grandes e são muitos.” Isso é muito bom. Porém não fique só pensando que eles são tudo e suficientes, e não aceite a ideia de tentar.

Afinal, como eu sempre digo, “um sonho será apenas um sonho enquanto você não quiser o suficiente e começar a se mover em direção a ele”.

Omitir da Receita dinheiro no exterior já consiste em evasão de divisas

 

O simples fato de uma pessoa física ter deixado de declarar cotas de um fundo no exterior à Receita Federal configura, em tese, o crime de evasão de divisas. Assim entendeu a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ao aceitar denúncia contra um dos cotistas do Opportunity Fund, que virou alvo de investigação em meio à operação satiagraha.

Marcelo Augusto Ponce foi acusado de ter aplicado US$ 180,9 mil nas Ilhas Cayman entre 1997 e 2003, sem declarar o valor às autoridades competentes. A denúncia foi feita em 2014 e acabou rejeitada pelo juízo de primeira instância. A decisão afirmava que apenas a falta de declaração à Receita não configuraria evasão de divisas.

Ainda segundo o juiz que analisou o caso, o Banco Central proíbe a omissão somente em depósitos no exterior, sem incluir outras formas de investimento. A decisão também dizia que não havia interesse na instauração da persecução penal, pois a possibilidade de punir o ato estava próxima de prescrever.

Já o desembargador federal Paulo Fontes, relator do recurso apresentado pelo MPF ao TRF-3, disse que é crime deixar de informar quaisquer depósitos estrangeiros iguais ou superiores a R$ 140, conforme a Lei 250/1995 e o Decreto 3.000/1999, que regulamenta o Imposto de Renda.

Ele disse também não ser pacífico o entendimento de que contas de um fundo não possam ser consideradas equivalentes a manter depósitos fora do país. O relator apontou que a própria corte já atendeu de forma contrária ao manter condenação de um réu em outro caso.

“Finalmente, também a alegada falta justa causa para a ação penal diante da iminência da prescrição pela pena máxima abstratamente cominada ao delito não constitui óbice ao recebimento da denúncia, eis que o ordenamento jurídico pátrio repudia a denominada prescrição virtual ou prescrição antecipada”, afirmou. A decisão foi unânime. Agora, a Ação Penal deve prosseguir em primeira instância. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-SP.


Clique aqui para ler o acórdão.
Processo 0011557-31.2009.4.03.6181

LinkedIn compra site educativo lynda.com por US$ 1,5 bilhão


Mike Coppola/AFP
LinkedIn
LinkedIn: A transação de compra do site lynda.com terá 52% pagos em efetivo e 48% em ações
 
 
Da AFP


Nova York - A rede social de contatos profissionais americana LinkedIn anunciou nesta quinta-feira a compra do site de cursos online lynda.com por um valor em torno do 1,5 bilhão de dólares.

"A missão do LinkedIn e a missão do lynda.com são muito similares. As empresas tentam ajudar os profissionais a serem melhor no que fazem", declarou Jeff Weiner, diretor executivo do LinkedIn.

A transação terá 52% pagos em efetivo e 48% em ações, e se espera que seja concluída antes do final de junho.

Abilio Diniz aumenta sua participação no grupo Carrefour


LAILSON SANTOS
Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar
Diniz não tem intenção de aumentar a sua participação ou pedir um assento no conselho de administração, segundo porta-voz
 
Da AFP


Paris - O magnata brasileiro Abilio Diniz aumentou sua participação no gigante varejista francês Carrefour, passando a possuir 5,07% do capital, informou nesta quinta-feira a Autoridade dos Mercados Financeiros franceses.

Diniz era o sócio histórico da concorrente Casino no Brasil, mas as relações se degradaram quando o empresário brasileiro contactou o Carrefour para fundir as suas subsidiárias no país.

Diniz, que também é dono de 10% da filial brasileira do Carrefour, não tem intenção de aumentar a sua participação ou pedir um assento no conselho de administração, segundo indicou à AFP Arnaud Monnin, porta-voz na França da holding Peninsula, o seu veículo investimento.

Esta estrutura, que é o veículo de investimento da família Diniz, "se torna efetivamente o quarto maior acionista do grupo francês Carrefour atrás dos grupos Arnault e Motier (família Moulin) e do fundo de investimento Colony Capital", indica um comunicado do Peninsula.

Através da sociedade Stanhor Trading International SRL1, Peninsula declara ter excedido o limite de 5% do capital do Carrefour, passando a possuir 37.259.506 ações, ou seja, 5,07% do capital e 4,49% dos direitos de voto nesta sociedade, indica a AMF.

O grupo Carrefour deve publicar na sexta-feira seu volume de negócios no primeiro trimestre deste ano.

Crise na Petrobras pode piorar ambiente político, diz Fitc


Brendan McDermid/Reuters
Sede da Fitch Ratings em Nova York, Estados Unidos
Fitch: a agência destacou ainda que assumiu como premissa que o país dará forte apoio à Petrobras
Mateus Fagundes e Francine De Lorenzo, do Estadão Conteúdo
 
 
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff enfrenta diversos desafios em seu segundo mandato, como um recorde de baixa popularidade, um Congresso fragmentado e em confronto com o governo e há possibilidade de o ambiente político se deteriorar ainda mais, avalia a agência de classificação de risco Fitch, no relatório em que revisou a perspectiva do rating BBB do Brasil de estável para negativa.

"As contínuas investigações da Petrobras têm potencial para contaminar ainda mais o ambiente político interno. Como tal, o governo pode enfrentar desafios em progredir a sua agenda legislativa, o que é importante para fazer face às suas metas fiscais e restaurar a confiança", escreveram os analistas da Fitch.

A agência ponderou, no entanto, que a nota BBB do Brasil está mantida por fatores como a diversidade econômica do país, a forte capacidade de enfrentar choques externos e um sistema bancário adequadamente capitalizado para apoiar o seu perfil de crédito.

"Além disso, a composição da dívida do governo tem melhorado nos últimos anos, reduzindo riscos no câmbio e nos juros", escreveram os analistas.

A Fitch disse também que, apesar do ambiente político e econômico desafiador, o país está entrando em um processo de ajustamento econômico, que, caso se efetive, irá melhorar "a consistência e a credibilidade política".

A agência destacou ainda que assumiu como premissa que o país dará forte apoio à Petrobras.
Seu cenário base não considera uma aceleração na dívida da companhia no exterior neste ano, embora o risco de isso ocorrer, ressalta a agência, possa aumentar caso o balanço de 2014 auditado não seja publicado em tempo hábil.

Além disso, a Fitch acrescenta que não considera em suas projeções para 2015 e 2016 um possível racionamento de energia elétrica.

Entenda a disputa pelo projeto de lei das terceirizações


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Trabalhador na indústria
Trabalhador na indústria
 
 
 
 
 
São Paulo – A Câmara dos Deputados pode votar hoje o PL 4330, conhecido como Projeto de Lei das Terceirizações. O texto tem gerado protestos de centrais sindicais e movimentos sociais, contrários à sua aprovação. Do outro lado, empresários defendem as mudanças propostas e dizem que elas poderão gerar mais empregos. Entenda o que está em jogo:
 
 
Atividades fim




O PL 4330 altera a regra vigente hoje e permite que as empresas terceirizem serviços ligados à sua atividade fim. Pelas regras atuais, uma empresa só pode terceirizar atividades meio.
Por exemplo: uma empresa de engenharia pode contratar outra empresa para fazer serviços de limpeza, segurança e alimentação. No entanto, não pode terceirizar serviços de engenharia. O texto do novo projeto altera essa regra. Se aprovado, as empresas não terão mais essa limitação.

Para os críticos do projeto essa é uma questão problemática. Os movimentos que se reúnem em protesto nesta terça-feira argumentam que a possibilidade de terceirização das atividades fim de uma empresa vai precarizar os empregos e trará insegurança aos empregados, pois eles não terão mais garantidas as conquistas da categoria.


Direitos trabalhistas




Outro ponto questionado pelos movimentos é a responsabilidade de empresa contratante em casos de demissão ou falta de pagamento aos empregados por parte da contratada. Pelo novo texto, as obrigações trabalhistas com os empregados são de responsabilidade da contratada. A empresa contratante precisa fiscalizar se os pagamentos estão sendo feitos de forma correta.

Por esta proposta, em caso de ação judicial, o empregado só poderá recorrer à empresa contratante se os recursos da empresa contratada já tiverem se esgotado. Os sindicatos argumentam que esse modelo significará maior dificuldade para os trabalhadores receberem seus direitos em caso de processo.

Além disso, o texto também não garante a filiação dos terceirizados no sindicato da atividade preponderante da empresa. Na visão dos sindicatos, isso fragiliza a organização desses trabalhadores.


Mais empregos




Por outro lado, para os defensores do projeto, as mudanças vão acabar com a insegurança jurídica existente hoje em relação aos profissionais terceirizados.

Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf defendeu a medida: “A ausência de regulamentação da terceirização deixa os empregados de empresas prestadoras em situação mais frágil, sobretudo em relação ao recebimento de salários e direitos trabalhistas”.

Ao contrário do que pensam os sindicalistas, Skaf afirma que o projeto de lei trará mais segurança aos terceirizados. Vencida a insegurança jurídica, os defensores da medida dizem acreditar que o projeto de lei permitirá a criação de mais empregos.
O projeto de lei 4330 tramita há 10 anos na Câmara e vem sendo discutido desde 2011.