terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cade aprova compra pelo Pátria de 40% do fundo P2 Brasil


Divulgação
Promon Engenharia
Promon: com a transação, o fundo passa a ser controlado integralmente pelo Pátria
Da REUTERS


São Paulo - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a aquisição pelo Pátria Investimentos de fatia de 40 por cento que a Promon detinha no fundo P2 Brasil.

A operação ocorre por meio do Pátria Finance, que faz parte do Grupo Pátria, segundo documento do Cade. Com a transação, o fundo passa a ser controlado integralmente pelo Pátria.

O P2 Brasil tem em sua carteira investimentos na Hidrovias do Brasil, Grupo CBO, Highline, Nova Opersan, Vogel e Tecnogera. Em março, seus ativos sob gestão de cerca de 10 bilhões de reais.
A aprovação do negócio, anunciado no final de junho, consta em despacho publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.

Cade aprova compra de 40% da Saque Pague por Grupo Stefanini


Reprodução
Logo da Stefanini
Grupo Stefanini: a operação consiste na aquisição, pela TI Brasil, de 40% das ações emitidas e em circulação da Saque Pague
 
Luci Ribeiro, do Estadão Conteúdo


Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, ato de concentração entre a empresa TI Brasil Participações, do Grupo Stefanini, e a empresa Saque e Pague, rede de caixas multisserviços sediada em Porto Alegre.

A decisão consta de despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU). A operação consiste na aquisição, pela TI Brasil, de 40% das ações emitidas e em circulação da Saque Pague.

A Saque Pague oferece serviços bancários e não bancários por meio de uma rede de terminais de autoatendimento localizados em áreas de grande movimentação de pessoas.
Os terminais da empresa permitem aos usuários realizar operações como depósitos, transferências, DOC, TED, empréstimos, além de carregamento de cartões pré-pagos, de transportes, venda de ingressos em um mesmo terminal.

Hoje, a empresa opera com cerca de 200 terminais de autoatendimento, localizados em algumas cidades do Pará e de Sergipe e em cerca de 20 municípios do Rio Grande do Sul.

A TI Brasil é uma holding de participações pertencente ao Grupo Stefanini It Solutions, que atua na área de tecnologia com a oferta de serviços em consultoria, integração, desenvolvimento de soluções, BPO, e outsourcing para aplicativos e infraestrutura.

Para o Grupo Stefanini, "a operação consiste na oportunidade para aquisição e desenvolvimento de conhecimento em tecnologia bancária, alavancagem da estrutura comercial, visando à exportação de serviços de alta densidade tecnológica, e obtenção de significativas sinergias operacionais, comerciais e técnicas".

Para a Saque Pague, "o aporte de capital a ser realizado pelo grupo adquirente permitirá a expansão das suas atividades e dos seus canais de relacionamento, especialmente quanto à inserção internacional nos negócios do Grupo Stefanini".

Embraer recebe encomenda de 18 jatos da americana SkyWest


Divulgação/Embraer
Jato Embraer 175
Embraer 175: aeronaves contam com um design aerodinâmico que reduz em 6,4% o consumo de combustível em comparação com a antiga edição do E175
 
Da EFE

Rio de Janeiro - A Embraer anunciou nesta terça-feira que acordou a venda de 18 aviões do modelo E175, uma de suas principais aeronaves para voos regionais, por cerca de US$ 800 milhões ao grupo americano Skywest Inc.

A nova encomenda eleva a 73 o número de aviões E175 adquiridos pela SkyWest, uma das principais operadoras de voos regionais nos Estados Unidos e que controla várias companhias aéreas, informou em comunicado a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

As aeronaves incluídas na nova encomenda firme serão usadas pela SkyWest Airlines em voos que opera associada com a United Airlines.
Segundo a Embraer, líder mundial no segmento de aviões com capacidade para até 130 passageiros, o primeiro dos 18 novos aparatos solicitados pela SkyWest será entregue no próximo ano.

Os E175 encomendados estão configurados com uma capacidade para 72 passageiros, com 12 cadeiras em primeira classe, 16 em classe executiva e 48 em classe econômica.

Estas aeronaves contam com um design aerodinâmico que reduz em 6,4% o consumo de combustível em comparação com a antiga edição do E175, assegura a fabricante.

Segundo Embraer, terceiro maior fabricante de aviões do mundo, os E175 são os preferidos pelas companhias aéreas americanas que realizam voos regionais com aparatos para até 76 passageiros.

80% dos aviões deste modelo vendidos pela Embraer nos últimos dois anos tiveram como destino alguma companhia americana.

A SkyWest Inc, com sede em St. George, estado de Utah, é um grupo que reúne várias companhias aéreas de voos regionais e opera em associação com empresas como United Airlines, Delta Airlines, US Airways, American Airlines e Alasca Airlines.

O grupo conta com uma frota de 678 aeronaves para voos regionais e realiza cerca de 3.500 voos diários entre cidades dos Estados Unidos, Canadá, México e alguns países do Caribe. 

Juristas se encontrarão para redigir pedido de impeachment


Divulgação/Câmara dos Deputados
helio-bicudo
Hélio Bicudo: em seu requerimento, Bicudo cita as "pedaladas fiscais", a Operação Lava Jato e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras para afirmar que Dilma cometeu crime de responsabilidade
 
Daniel Carvalho, do Estadão Conteúdo


Brasília - Os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior terão encontro nesta semana em São Paulo para dar uma nova redação ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff protocolado pelo fundador do PT no início de setembro.

Inicialmente, a ideia do movimento pró-impeachment organizado pela oposição na Câmara era fazer um aditamento ao pedido de Bicudo acrescentando argumentos de um parecer elaborado por Reale Júnior, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso.

Os dois juristas iriam à Câmara nesta quinta-feira, 17, para protocolar o aditamento.
No entanto, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), concedeu dez dias úteis para que Bicudo fizesse adequações formais em seu requerimento, a ideia agora é já fazer os acréscimos e apresentar um documento completo na próxima semana.

Cunha concedeu este prazo regimental a todos os 17 autores de pedidos de impedimento da presidente. Os requerentes ganham este tempo para fazer adequações formais como inclusão do número de documentos e reconhecimento de firma, por exemplo.

Em seu requerimento, Bicudo cita as "pedaladas fiscais", a Operação Lava Jato e a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras para afirmar que Dilma cometeu crime de responsabilidade.

O jurista também lembra que o vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, solicitou à Procuradoria-Geral da República apuração sobre eventuais crimes eleitorais.

O principal ponto do parecer de Reale Junior é a manobra de atraso de repasses do Tesouro Nacional aos bancos federais para o pagamento de benefícios sociais, as chamadas pedaladas fiscais.

A expectativa dos parlamentares da oposição é de que Cunha indefira o requerimento para evitar novo desgaste com o Planalto.

Diante da recusa, parlamentares apresentariam recurso ao plenário que, com maioria simples - metade mais um dos deputados presentes -, aprovaria a abertura do processo na Casa.

Na sessão da Câmara desta terça-feira, 15, parlamentares da oposição devem apresentar um pedido para que Cunha defina claramente qual o protocolo do processo de impeachment, pois há dúvidas quanto às regras do roteiro a ser seguido para que o impedimento seja levado adiante.

Por que a volta da CPMF assusta tanto os brasileiros?



moodboard/Thinkstock
Homem estressado com dinheiro
Homem assustado: CPMF pode encarecer preço dos produtos para o consumidor

São Paulo - Nesta segunda-feira (14), os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Fazenda, Joaquim Levy, anunciaram um pacote para conter o rombo nas contas do governo. Entra as medidas previstas, duas podem ter impacto direto sobre a renda do brasileiro: a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e o aumento do imposto sobre lucro na venda de imóveis por valor superior a 1 milhão de reais.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e líderes de partidos da oposição no Congresso já sinalizaram que a aprovação da CPMF é improvável. Mas, por que o retorno da CPMF assusta tanto os brasileiros?

De acordo com Arthur Vieira de Moraes, agente autônomo de investimentos, como a CPMF incidiria sobre todas as transações bancárias, o imposto contribuiria para o aumento dos preços finais para o consumidor. “A CPMF tem um efeito em cascata: cada vez que o dinheiro sai de uma mão para outra ela é cobrada. Uma alíquota de 0,20% pode parecer  baixa, mas o fornecedor paga, o comerciante paga e na ponta da cadeia o consumidor paga também, o que encarece os produtos”, diz.
Ainda que a alíquota inicialmente proposta pelo governo seja de 0,20%, quando a CPMF vigorou entre 1997 e 2007, a alíquota inicial era de 0,25% e foi elevada para 0,38% em 2002. Segundo o jornal Valor Econômico, governadores inclusive já se manifestaram dizendo que aceitam negociar no Congresso a volta da CPMF e sua elevação a 0,38% para que a arrecadação seja compartilhada com estados e municípios.

O efeito da CPMF sobre os preços pode ser tanto maior quanto mais complexa for a produção do bem em questão. Itens manufaturados, por exemplo, que passam por várias etapas de produção até chegar ao consumidor final, podem sofrer maior aumento de preço.

Além da provável elevação de preços, ao saber que um novo tributo incide sobre as movimentações, o brasileiro tende a segurar mais seu dinheiro, pensando duas vezes antes de realizar compras e transferências, o que pode reduzir a circulação de dinheiro e contribuir para o esfriamento da economia.

“O dinheiro é o lubrificante da economia. Se ele fica mais caro é como se gerasse mais atrito na máquina, assim menos negócios são realizados”, afirma André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Por causa da menor circulação de moeda, Arthur Vieira de Moraes acha que o tiro do governo pode sair pela culatra. “O governo acha que ganha com a CPMF porque vai melhorar a arrecadação no curto prazo, mas a menor circulação de dinheiro é um freio grande para a economia.”

Outro efeito possível da CPMF é a inibição dos investimentos. Em 2001, quando o imposto vigorava, operadores de bolsa chegaram a fazer uma greve para pedir a isenção do tributo para investimentos em ações

Na época, para fugir da CPMF, investidores passaram a comprar mais ADRs (American Depositary Receipt, na sigla em inglês), que são recibos de ações de empresas brasileiras negociados nas bolsas norte-americanas, aumentando as negociações no mercado de ações dos Estados Unidos em detrimento do brasileiro.

André Perfeito lembra, no entanto, que ao longo dos anos o mercado financeiro passou a contar com algumas medidas que o blindavam contra a CPMF. “Se a medida for aprovada, pode haver uma proteção maior para o mercado financeiro. Mas, de qualquer forma, precisamos ver se esse pacote vai passar mesmo e quais medidas seriam aprovadas. Muita água ainda vai rolar", diz.

Para estimular os investimentos na época em que a CPMF vigorava, o governo criou em 2004 a chamada conta investimento, dentro da qual os investidores podiam movimentar recursos de uma aplicação a outra com isenção da CPMF. De todo modo, toda vez que o dinheiro era movimentado da conta investimento para a conta corrente ou vice-versa, a CPMF incidia.

"A CPMF é muito ruim porque encarece o insumo básico da economia, que é o dinheiro. Mas tudo depende de como isso pode ser feito, se ela vai afetar todos os setores e qual será tamanho da alíquota. Eu não me entusiasmo muito com essas medidas, mas acho que elas são necessárias e eu confio muito no discernimento do ministro Joaquim Levy", opina Perfeito.
 

Imóveis


A outra medida que deve impactar diretamente o bolso dos brasileiros é o aumento do imposto sobre ganho de capital (lucro) na venda de imóveis.

Atualmente, quando o imóvel é vendido por um valor superior ao seu custo de aquisição, o vendedor paga um imposto de 15% sobre esse lucro - caso a transação não se encaixe nas regras de isenção, como a que isenta o ganho de capital nas vendas de imóveis por menos de 440 mil reais. A ideia do governo é tornar essa tributação progressiva.

De acordo com a proposta, para imóveis de até 1 milhão de reais, a alíquota permanece em 15%, mas para imóveis entre 1 milhão e 5 milhões de reais, o imposto sobre o lucro passaria a ser de 20%, para imóveis de 5 a 20 milhões de reais, subiria a 25% e chegaria a 30% se o valor superasse os 20 milhões de reais.

O imposto progressivo pode contribuir para o aumento da informalidade, na opinião de Arthur Vieira de Moraes, à medida que vendedores podem informar no registro de venda que o imóvel foi comprado por menos de 1 milhão de reais e solicitar uma parte do valor por fora para fugir do imposto.

Outro possível efeito do aumento do imposto sobre imóveis, segundo Moraes, é a diminuição dos preços para que a venda se enquadre na faixa de imposto de 15%. Ainda que isso seja positivo para o comprador, que pode conseguir descontos maiores, proprietários podem optar por postergar as vendas, contribuindo ainda mais para a desaceleração do mercado imobiliário.

Brasil não valoriza bom professor, diz Banco Mundial



EXAME.com
Barbara Bruns, economista-chefe do Banco Mundial na área de Educação para América Latina
Barbara Bruns, economista-chefe do Banco Mundial na área de Educação para América Latina e o Caribe
 
 
 
São Paulo – Em palestra no EXAME Fórum Educação, na manhã de hoje (15), a economista-chefe do Banco Mundial na área de educação para América Latina e o Caribe, Barbara Bruns, apresentou pesquisa do instituto que destaca o papel dos professores na necessária melhoria da educação no país.

A pesquisa feita em 18 mil salas de aula e publicada no livro "Professores Excelentes: Como Melhorar a Aprendizagem dos Estudantes da América Latina e do Caribe" permite fazer comparações entre as políticas dos países e verificar carências. Para o Brasil, ela indicou as principais diretrizes que demandam mudanças, em especial a capacitação dos docentes.

Para Barbara, o ponto mais crítico é que os professores brasileiros são, em geral, ineficientes e não há políticas para valorizar aqueles que se destacam.
Segundo a economista, o corpo docente é mal treinado para gerenciar a sala de aula, o que resulta em cerca de 20% menos produtividade em relação ao que é considerado por boa prática pelo Banco Mundial — algo como um dia por semana desperdiçado. O foco dos alunos na aula também é baixo, cerca de 24% do tempo de aula, prejudicando o aprendizado.

“Dentro de cada escola, há uma variação enorme entre as práticas do melhor para o pior professor”, disse. “O positivo disso é que já existe uma maior possibilidade de difusão de boas práticas dentro das escolas. O problema é que todos são tratados da mesma forma, mesmo aqueles com desempenho muito diferenciado. Os bons não recebem incentivo, os ruins não sofrem consequências.”

Como solução, Barbara indica políticas públicas mais exigentes, que eliminem os professores com baixo desempenho e dê bônus aos excelentes através de testes periódicos auditados por instituições externas ao governo.
 
“É algo que já acontece em países como Chile, México e Colômbia, para citar apenas a América Latina”, afirma. “A transição leva tempo, mas, sem mudar os padrões, os jovens não receberão a educação que merecem e de que o país precisa.”

Protesto de sentença é opção para forçar pagamento fixado pela Justiça

alt
Conjur



Se a parte vencida não pagar a quantia ordenada pela Justiça em 15 dias, a parte vencedora pode, além da penhora de bens, protestar a sentença condenatória. A medida, que não é frequentemente usada, força ainda mais a condenada a quitar sua dívida, pois seu nome fica incluído nos serviços de restrição ao crédito.

O juiz da 2ª Vara de Feitos Tributários de Minas Gerais Agnaldo Rodrigues Pereira é um dos divulgadores dessa iniciativa. “O assunto foi regulamentado pelo artigo 290 do Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça. Para fazer o protesto, a parte ou o seu advogado deve solicitar na secretaria do juízo uma certidão da condenação. Esse documento deve ser levado a um cartório de protestos”, explica Pereira. Ao manifestar o interesse de protestar a sentença condenatória, o credor indica qual é o valor da dívida.

Em seguida, o cartório faz a notificação ao devedor para que ele efetue o pagamento da dívida em até três dias. Se não houver o pagamento no prazo estipulado, é lavrado o protesto e o devedor tem seu nome negativado nos serviços de proteção ao crédito. Com o “nome sujo na praça”, compras, financiamentos e outros atos na esfera comercial ficam mais difíceis e, na maioria dos casos, até inviáveis.

O juiz conta que essa iniciativa passou a ser adotada em vários estados nos últimos tempos. O protesto também passou a ser usado para a cobrança de dívidas com o poder público. “Anteriormente, a pessoa não pagava, mas não sofria nenhum tipo de restrição e não tinha qualquer registro de que era devedora. Como o patrimônio é que responde pelas dívidas, se não há patrimônio, não há formas de obrigar o pagamento. Agora, isso não acontece mais, já que é possível tornar pública a inadimplência”, diz. O novo Código de Processo Civil, que entra em vigor em março de 2016, também prevê expressamente a possibilidade de protestar a sentença condenatória.

Pereira acredita que o protesto da sentença condenatória aumenta as chances de recebimento da dívida. Isso porque o credor nem sempre consegue apontar em juízo os bens do devedor que podem ser penhorados. “Também é comum que a pessoa condenada registre seus bens e contas bancárias no nome de outras pessoas, de forma que não seja possível para o Judiciário rastreá-los. Como não há prisão por dívida, a não ser no caso da pensão alimentícia, o devedor fica sem pagar o que deve. Com o tempo, ocorre a prescrição e o credor fica sem receber”, explica.

Em muitos casos, o credor até toma conhecimento de bens que estão em poder do devedor, mas o juiz explica que, como eles estão listados no nome de outras pessoas, não é possível provar a propriedade. “Com o protesto, surge um dificultador na vida financeira do devedor. Uma simples compra ou um financiamento podem ficar inviáveis. O devedor acaba exposto em vários setores da sua vida”, lembra. Para ele, essa ferramenta do protesto em cartório garante efetividade à condenação. Muitos devedores acabam por quitar a dívida para “limpar o nome”.


Ferramenta
 

O gerente do 1º Tabelionato de Protesto de Títulos de Belo Horizonte, Glauber Luciano Menezes, explica que o protesto da sentença condenatória é uma ferramenta ainda pouco conhecida. “Só agora esse tipo de protesto começou a ocorrer com mais frequência”, descreve. Glauber afirma que, em geral, após a notificação do prazo de três dias para o pagamento, grande parte dos devedores procura o cartório para quitar as dívidas.

Helton de Abreu, tabelião de protestos de Ibirité e associado do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil em Minas Gerais (IEPTB-MG), diz que a busca pelo recebimento de dívidas em cartório tem crescido. Segundo ele, os índices de recuperação atingem números significativos.

O tabelião afirma que, especificamente no caso do protesto da sentença condenatória, a procura ainda é tímida, já que a ferramenta não é conhecida pelas partes. “O protesto é um recurso efetivo, porque muitas pessoas se preocupam em ‘limpar’ o nome. O registro nos serviços de proteção ao crédito causa um impacto na vida financeira. Uma renovação do cartão de crédito, por exemplo, pode ser recusada pela entidade financeira”, lembra.