segunda-feira, 5 de outubro de 2015

BRF faz aquisição de US$ 43 milhões na Argentina


Divulgação
BRF Innovation Center, em Jundiaí, SP (2015)
Centro de Inovação da BRF: o grupo é o maior exportador mundial de carne de frango
 
Da AFP


]Buenos Aires -- O grupo brasileiro BRF, maior exportador mundial de carne de frango, adquiriu várias marcas conhecidas de alimentos da empresa argentina Molinos Rio de la Plata, informou nesta sexta-feira a Comissão Nacional de Valores (CNV) da Argentina.

A operação, anunciada na quinta-feira à CNV por ambas as empresas, deve ser concluída no dia 16 de outubro.

A Molinos e suas sociedades fecharam um acordo com a BRF para a transferência de suas marcas de salsichas, hambúrgueres, margarinas e frios.
A empresa brasileira ficará, portanto, com as marcas argentinas emblemáticas de salsichas, hambúrgueres, margarinas e frios, entre elas a Tres Cruces, a Vienísima, a Wilson, a Good Mark, a Manty e a Delicia.

A transação deve totalizar 42,96 milhões de dólares, dos quais 39,82 milhões serão aportados pela Quickfood e 3,68 milhões pela produtora de frangos Avex.

"Com essa operação reafirmamos o compromisso com o desenvolvimento na Argentina e de nossas operações", disse Alexandre Borges, Gerente Manager para América Latina da BRF, em um comunicado da empresa.

Alpargatas confirma que pode ser vendida




Exame
Havaianas Alpargatas
Segundo a Alpargatas, a Camargo Corrêa ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito
 
Beth Moreira, do Estadão Conteúdo


São Paulo - A Alpargatas divulgou fato relevante nesta segunda-feira, 05, informando que sua controladora, a Camargo Correa, em virtude do interesse sinalizado por investidores, está analisando oportunidades estratégicas relacionadas ao seu investimento na companhia, o que poderá inclusive envolver a alteração na composição do controle da empresa.

Segundo a Alpargatas, a Camargo Correa ainda não tomou qualquer decisão a esse respeito.
A afirmação é uma resposta à reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo o jornal, o grupo Camargo Corrêa colocou à venda parte de seus negócios, entre eles a Alpargatas (dona da Havaianas), uma fatia da divisão de cimento InterCement e não descarta se desfazer da participação que tem na CPFL, de energia.

Conforme a reportagem, os recursos serão usados para reduzir seu endividamento e como reserva para pagamento de pesadas multas.

A construtora, uma das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, fechou acordo de leniência (espécie de delação premiada de empresas) para devolver R$ 700 milhões aos cofres públicos.

Esta não é a primeira vez que o controle da Alpargatas é negociado no mercado. O jornal apurou que a companhia já foi oferecida para fundos e outras empresas, nos últimos meses.

"Fomos procurados por bancos, que nos ofereceram o negócio por entender que a Alpargatas não faz parte do core business da Camargo Corrêa", disse o executivo de um grande fundo de investimento.

Apesar do processo estar em curso, ainda não há ofertas firmes pelos 44,12% que estão nas mãos da Camargo. O valor de mercado da empresa é de R$ 3 bilhões, 35% menor que há 12 meses, segundo a Economática.

Brasil vira modelo do que não deve ser feito




George Campos / USP Imagens
Bandeira do Brasil
Josué Leonel, da Bloomberg


O BC da Colômbia foi hoje o segundo a citar a política econômica brasileira, marcada nos últimos anos por uma reação hesitante contra a alta inflação, como exemplo a evitar. Antes havia sido o BC da Índia a fazer observação semelhante.

“Eu creio que o Brasil é um excelente exemplo do que não se deve fazer”, disse Carlos Gustavo Cano, co-diretor do BC colombiano, ao jornal Vanguardia Liberal, quando indagado se a alta dos juros no país não poderia levar a um cenário como no Brasil. ”Reagir tarde (contra a alta da inflação) é contraproducente e pode prejudicar a economia.”

A taxa de juros colombiana, que subiu em setembro para 4,75%, é cerca de 1/3 dos 14,25% do Brasil. A inflação colombiana também é muito menor: 4,74% em 12 meses até agosto, menos da metade dos 9,5% do Brasil.
O comentário do dirigente colombiano foi precedido em quase um mês por Raghuram Rajan, presidente do BC da Índia. Rajan, que comanda a política monetária de um país que poderá crescer mais que a China este ano, disse que o Brasil mostrou o perigo de se tentar crescer rápido usando juros subsidiados, estímulos e controles de preços.

As críticas dos dois dirigentes, em seu conteúdo, não diferem das feitas por economistas do mercado e por outros ligados a partidos de oposição brasileiros.

Essas críticas tem sido comuns desde o início do 1º mandato de Dilma, sobretudo após o BC, mesmo com a inflação acima da meta, ter decidido cortar os juros em 2011.

A situação atual é totalmente oposta à vista até a 1ª metade do governo Dilma. Em 2011, antes de começar a mudar a política econômica herdada de FHC e Lula, a presidente Dilma chegou a ser considerada pela Forbes a 2ª mulher mais poderosa do mundo, atrás apenas da alemã Angela Merkel.

Ainda em 2012, mesmo com as críticas internas aumentando, Dilma ainda se sentiu confiante para, em entrevista ao Le Monde, sugerir que Europa fosse menos ortodoxa e seguisse o exemplo de países emergentes que usavam incentivos para superar a crise.

Três anos depois, o Brasil realmente virou um modelo. Mas não exatamente um modelo a se seguir, como pensava Dilma.

Lemann é o único brasileiro na lista dos mais influentes



André Dusek / AE
O empresário Jorge Paulo Lemann
Jorge Paulo Lemann: bilionário mais rico do país é o 17º mais influente do mundo, pela Bloomberg
 
 
 
 
São Paulo – O bilionário mais rico do país é também o único brasileiro na lista dos 50 mais influentes do mundo, pela lista da revista Bloomberg Markets, cuja prévia foi divulgada hoje.

Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital, aparece em 17º lugar no ranking, liderado por Janet Yellen, chefe do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Na 2º posição está o presidente da China, Xi Jinping, seguido por Tim Cook, CEO da Apple.
Lemann é descrito pela publicação como um “artista que ama comprar grandes negócios e odeia custos desnecessários em empresas, incluindo pessoas”.

A maneira como o empresário, de 76 anos, que encantou Warren Buffett, ajudou a incutiu uma cultura baseada em mérito em seus gestores, fez com que ele liderasse uma equipe obstinada a perseguir lucro.

“E deixasse os concorrentes compelidos a mudar a forma de fazer negócios sob o risco de virar o próximo alvo de Lemann”, destaca a Bloomberg.

Em março, o empresário orquestrou o acordo de US$ 46 bilhões da fusão da Heinz e da Kraft, o maior acordo do ramo alimentício fechado até hoje.

A Anheuser-Busch InBev, empresa que ele ajudou a transformar na maior cervejaria do mundo, está prestes a fechar outro feito histórico.

Em setembro, a companhia fez uma oferta de estimados US$ 100 bilhões pela SABMiller, que abriga as marcas Peroni e Grolsch.

Enquanto a resposta não vem, a empresa segue comprando cervejarias artesanais – cinco delas foram adquiridas pela gigante de bebidas, apenas neste ano.

EUA fecham acordo comercial com Japão e outros dez países


Jim Watson/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama
Transpacífico: o acordo abrirá os mercados agrícolas do Japão e Canadá, endurecerá as normas de propriedade intelectual e estabelecerá um bloco econômico para desafiar a China


Atlanta - Os EUA, o Japão e dez países da região do Pacífico fecharam hoje um histórico acordo para reduzir barreiras comerciais para bens e serviços, além de determinar regras de comércio para dois quintos da economia global, segundo fontes com conhecimento do assunto.

O pacto deverá ser anunciado oficialmente ainda nesta segunda-feira, durante coletiva de imprensa em Atlanta.

Para os EUA, a chamada Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) abrirá os mercados agrícolas do Japão e Canadá, endurecerá as normas de propriedade intelectual para beneficiar empresas farmacêuticas e de tecnologia e estabelecerá um bloco econômico integrado para desafiar a influência da China na região.
O acordo é considerado uma vitória para o presidente dos EUA, Barack Obama, que conta com o pacto para impulsionar o crescimento econômico, incentivar indústrias competitivas e aproximar países do Pacífico num momento em que a China - que não faz parte do bloco - adota uma postura econômica e militar mais agressiva na região.

Obama, no entanto, vai enfrentar sérios desafios nos próximos meses para garantir a aprovação da TPP no Congresso, que está dividido.

Poucos democratas apoiam a política comercial de Obama e o endosso dos republicanos será imprevisível no ano eleitoral de 2016, dependendo do comportamento dos candidatos à presidência e da nova liderança na Câmara dos Representantes.

A votação sobre o acordo não ocorrerá antes do começo do próximo ano.

Após dezenas de rodadas de negociações e de cinco dias de esforços de barganha em Atlanta, ministros do Comércio e outras autoridades disseram que resolveram conflitos sobre a proteção da propriedade intelectual de medicamentos biológicos, regras para a produção automotiva e produtos lácteos.

A TPP, se aprovada no Congresso norte-americano, marcará a efetiva expansão do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), lançado há duas décadas, ao incluir Japão, Austrália, Chile, Peru e vários países do Sudeste Asiático.

O pacto vem sendo negociado desde 2008.

Brasil e Alemanha acertam plano sobre terras-raras


O Brasil e a Alemanha começaram a definir os parâmetros de uma parceria entre os dois países para a utilização dos minerais de terras-raras.

O governo brasileiro elencou como prioritário o desenvolvimento conjunto de ímãs, catalisadores e ligas de aço ou ferro com base em terras-raras.

"Também destacamos a recuperação ambiental de áreas mineradas, com o fechamento de minas; a geologia marinha, para aproveitar recursos minerais de origem oceânica; e a formação, capacitação, treinamento e intercâmbio de pesquisadores especializados nesses elementos", afirmou Elzivir Guerra, do Ministério de Minas e Energia.

"Com esse trabalho já iniciado, esperamos que, em novembro, mesmo que seja por videoconferência, nos encontremos com mais dados e informações, a fim de finalizar a primeira etapa, porque o entendimento entre a presidente Dilma Rousseff e a chanceler Angela Merkel foi de que desenvolvamos essa parceria o mais rápido e da forma mais frutífera possível," disse a secretária executiva do MCTI, Emília Ribeiro.

O Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do mundo. O país já domina diversas tecnologias na área, como a fabricação de materiais luminescentes e a reciclagem das terras raras das lâmpadas fluorescentes - mas a produção nacional das terras raras depende de uma indústria de alta tecnologia que o país não detém.


Ímãs de neodímio


O representante alemão no encontro, Lothar Mennicken, reforçou que a cooperação necessita de "um impulso constante" para dar agilidade ao processo.

"A delegação alemã veio conhecer projetos em andamento na área de terras-raras. E, para facilitar a interação com pesquisadores alemães, a ideia é oferecer um instrumento que financie atividades de mobilidade, intercâmbio e colaboração," disse Mennicken.

Serão concentrados na Embrapa os esforços rumo à produção em escala industrial de ímãs de alta capacidade, como os baseados em neodímio, usados em discos rígidos e turbinas eólicas.

Brasil ainda atrai investimentos internacionais


 
 
Apesar de ser considerado como um mercado de alto crescimento, pesquisa da KPMG aponta problemas de infraestrutura (69%) e proteção da propriedade intelectual (51%)

Redação Brasil Alemanha News
 
Pesquisa realizada pela KPMG aponta que problemas de infraestrutura (69%), proteção da propriedade intelectual (51%) e complexidade das regulações (50%) são os principais desafios encontrados por companhias que almejam investir no Brasil. Apesar disso, o País, ao lado de China e Índia, continua, dentre os mercados de alto crescimento (High Growth Markets ou HGM, em inglês), no topo da lista de destinos de investimentos planejados para as empresas em expansão, seguidos por México, Cingapura e Coreia do Sul.

Os desafios encontrados no Brasil são os mesmos presentes nos outros HGMs, visto que mais da metade de todos os respondentes (56%) disseram que a falta de clareza em relação a regulamentações e leis é o maior desafio. A infraestrutura também foi citada por 52% dos investidores, seguido por proteção da propriedade intelectual (43%). Os entrevistados também mencionaram suborno e corrupção (36%) e a influência do governo e a segurança jurídica (33%).

“O crescimento em grande escala do consumo, o aumento da riqueza, da segurança jurídica e da população jovem criaram oportunidades significativas para aquelas organizações que são capazes de executar uma estratégia nos HGMs. No entanto, embora os investimentos nesses mercados estejam em ascensão, observamos que muitas organizações continuam a enfrentar dificuldades para entrar em mercados novos o que impede que esses investimentos sejam ainda maiores”, analisa o sócio da área de estratégia da KPMG, Augusto Sales.

Apesar das dificuldades, os executivos ainda colocam os HGMs no topo de suas estratégias de crescimento. Dos respondentes, 91% disseram que a perspectiva em relação aos mercados de alto crescimento é promissora ou muito promissora; dos participantes da pesquisa, 76% afirmaram que esperam um crescimento de receita maior de seus investimentos em HGM; e outros 54% apontaram que esses mercados já respondem por mais de 30% das receitas. “O que constatamos foi que ainda existe um alto nível de otimismo em relação aos HGMs. Também pudemos perceber que os investimentos serão canalizados para as operações na China, Índia ou Brasil, em vez de ser utilizada para expandir por novos mercados, através de joint ventures, alianças e parcerias, que foram citadas como a estratégia de entrada no mercado por 38% dos respondentes. Outros 30% disseram que vão realizar fusões e aquisições para atingir seus objetivos”, aponta Sales.

 
Sobre a pesquisa


O Global High Growth Markets Outlook 2015 é baseado em uma pesquisa com mais de 300 executivos realizada pela Forbes em nome da KPMG International. Os respondentes representavam empresas multinacionais de 16 países de mercados desenvolvidos nas Américas, Europa e Ásia-Pacífico. Sessenta e cinco por cento dos entrevistados ocupam cargos de nível executivo em organizações que variaram de US $ 250 milhões até US $ 20 bilhões em receita anual.


Para o estudo completo acesse: https://home.kpmg.com/xx/en/home/insights/2015/06/global-high-growth-markets-outlook-2015.html