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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha: ele nega todas as irregularidades
Da REUTERS
São Paulo - O PSB decidiu se juntar ao movimento de PSDB, DEM, PPS, PSOL e Rede pela saída do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo e passará a obstruir as votações
enquanto o peemedebista presidir a Casa, informou o partido nesta
quarta.
Com a entrada do PSB no grupo anti-Cunha, a soma das bancadas dos
partidos que prometem obstruir as votações na Câmara sobe para 128
deputados, dos 513 que compõem a Câmara.
“Evidentemente, temos matérias importantes que precisam ser deliberadas,
e gostaríamos de poder participar dessa decisão, mas nós também
entendemos que é importante resolver os problemas internos da Câmara dos
Deputados, primeiro. Por isso, o PSB toma essa decisão", disse o líder
do PSB, Fernando Coelho Filho (PE).
Cunha é alvo de um processo no Conselho de Ética da Câmara acusado de
ter mentido em depoimento dado neste ano à CPI da Petrobras quando
afirmou que não possui contas no exterior.
Documentos dos Ministérios
Públicos do Brasil e da Suíça apontaram a existência de contas bancárias
no nome de Cunha e de familiares no país europeu.
O presidente da Câmara também é alvo de inquérito autorizado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das contas na Suíça e de
denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo,
acusado de ter recebido pelo menos 5 milhões de dólares em propina do
esquema de corrupção na Petrobras.
Cunha nega todas as irregularidades e já afirmou que seguirá na presidência da Câmara.