quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Planalto corre para substituir líder e evitar paralisia


Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas
Dilma Rousseff durante entrevista coletiva após reunião no Palácio do Planalto
Dilma Rousseff: a presidente Dilma Rousseff chamou Berzoini ao Palácio da Alvorada
Lisandra Paraguassu, da REUTERS

Brasília - O Palácio do Planalto foi pego totalmente de surpresa pela prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), nesta quarta-feira, e tenta agora decidir, o mais rapidamente possível, quem assumirá a liderança interinamente para evitar uma paralisia nas votações do Senado, de acordo com fontes do Palácio do Planalto.

São quatro os vice-líderes do governo na Casa --Paulo Rocha (PT-PA), Wellington Fagundes (PR-MT), Telmário Mota (PDT-RR) e Hélio José (PSD-DF). Em reunião pela manhã entre os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, o nome do senador Paulo Rocha foi, ao menos por enquanto, descartado.

O Planalto ainda avalia o impacto da prisão de Delcídio.
Nesta manhã, a presidente Dilma Rousseff chamou Berzoini ao Palácio da Alvorada e o incumbiu de negociar a nomeação do novo líder no Senado, que será interino até o governo ter uma noção mais clara da situação de Delcídio.

Os ministros passaram a manhã tentando obter mais informações sobre as acusações ao senador e sua real situação.

Delcídio foi preso pela Polícia Federal por suspeita de obstruir o andamento da operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.

O ministro Teori Zavascki, responsável pelas ações decorrentes da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que Delcídio foi acusado de ter supostamente negociado oferta de fuga ao ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró em troca de silêncio nas investigações da operação.

A prisão de Delcídio acontece em um momento em que o governo precisa aprovar matérias importantes no Legislativo, como por exemplo a mudança da meta fiscal deste ano. Caso o Planalto não consiga alterar a meta de 2015 e encerre o ano com um déficit, poderá incorrer em crime de responsabilidade fiscal.

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