quinta-feira, 26 de novembro de 2015

PSDB quer que caso de Delcídio vá ao Conselho de Ética


Wilson Dias/ABr
Senado discute a nota do STF sobre Delcídio do Amaral
Senado: O envio do caso ao colegiado já foi preparada pela assessoria do presidente da Casa, mas só não foi remetida porque falta uma assinatura do peemedebista
 
Ricardo Brito, do Estadão Conteúdo

Brasília - O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), pediu nesta quinta-feira, 26, ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que mande o caso envolvendo o ex-líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS), diretamente para o Conselho de Ética.

Em um telefonema, Cássio argumentou com Renan que a medida tem amparo regimental.

A Mesa Diretora do Senado, presidida por Renan, tem competência para mandar diretamente para o Conselho de Ética um pedido referente ao decoro parlamentar.

O envio do caso ao colegiado já foi preparada pela assessoria do presidente da Casa, mas só não foi remetida porque falta uma assinatura do peemedebista.

O presidente da Casa ficou de dar uma resposta ao tucano em breve, possivelmente aceitando o caso.

Numa sessão histórica ontem, os senadores entenderam numa votação aberta que Delcídio, ao tentar evitar que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró o implicasse numa delação premiada da Operação Lava Jato, tem de permanecer preso.

Liderados pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os partidos de oposição traçaram uma estratégia para averiguar o caso envolvendo o petista. Eles defendem que, para evitar que a representação contra Delcídio seja "carimbada" por um determinado partido, iriam cobrar que Renan mande o caso por conta própria para o Conselho de Ética.

Assim como a Mesa Diretora, partidos políticos também têm competência para apresentar um pedido por quebra de decoro contra senadores. Nessa estratégia, ainda há embutido um cálculo político. Os senadores querem tratar o caso envolvendo Delcídio - um senador com trânsito fácil na base e na oposição - como da "instituição" e não como de cada partido.

Com a prisão preventiva, o petista está automaticamente licenciado do cargo ainda por 120 dias. A avaliação de senadores da base e da oposição é que um julgamento de mérito do caso - que pode levá-lo à cassação - só ocorrerá no próximo ano.

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