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Desigualdade: indicadores brasileiros colocam o país entre os mais desiguais do mundo em termos econômicos
São Paulo - Finalmente, o salário das mulheres já se equipara ao dos homens...de 2006. Pois é. Apesar do ingresso de mais de 250 milhões de mulheres na força de trabalho global ao longo da última década, a desigualdade salarial persiste.
Segundo dados do novo Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2015 divulgado
nesta quinta-feira pelo Fórum Econômico Mundial, só agora elas estão
ganhando o mesmo valor que os homens ganhavam em 2006, ano em que o
relatório foi produzido pela primeira vez.
O ritmo lento do progresso na redução da disparidade de oportunidades econômicas entre homens e mulheres preocupa — a desigualdade econômica diminuiu em apenas 3% no período.
De acordo com a pesquisa, a extrapolação dessa trajetória sugere que o
mundo vai levar mais de 118 anos, ou até o ano de 2133, para eliminar a
desigualdade econômica inteiramente.
No ranking geral de igualdade de gêneros (que leva em conta poder
político, participação econômica, acesso à educação e saúde), o Brasil
despencou da 71ª colocação em 2014 para 85º lugar este ano entre 145
países.
Mas o que chama atenção é a colocação das brasileiras nos subíndices
relacionados à mulher no mercado de trabalho, onde o país aparece como
um dos mais desiguais do mundo.
No indicador participação econômica e oportunidades, o país aparece na
89ª colocação. Já em termos de igualdade salarial, o Brasil cai para o
inglório 133º lugar, de uma lista com 145 países.
De acordo com o estudo, os indicadores brasileiros colocam o país entre
os mais desiguais do mundo em termos econômicos, ao lado de países como
Venezuela e Uganda.
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