terça-feira, 10 de novembro de 2015

Cautela reduz volume de negócios e juros futuros têm oscilações estreitas


O mercado futuro de juros teve uma sessão de negócios apática nesta terça-feira, 10, com baixo volume de negócios e oscilações estreitas. O noticiário nacional e internacional não trouxe novidades com poder para definir uma tendência única das taxas, mas manteve os investidores cautelosos, o que se traduziu em redução do volume de contratos negociados.

Segundo profissionais de renda fixa, o mercado procurou por todo o dia uma referência para operar, mas nenhuma teve influência significativa sobre os juros, restando apenas o dólar como parâmetro. O dólar se manteve perto da estabilidade na segunda metade do dia, também em meio a uma redução dos negócios nos mercados à vista e futuro.

Dois índices de inflação foram divulgados pela manhã, também sem impacto sobre as taxas. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) mostrou alta de 1,31% na primeira prévia de novembro, abaixo do resultado registrado em igual prévia de outubro, de 1,64%. Já a inflação na cidade de São Paulo subiu 0,90% na primeira leitura de novembro, após 0,88% no fechamento de outubro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

No cenário político, causou desconforto a derrota sofrida pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dentro do governo. A presidente Dilma Rousseff reduziu o corte de R$ 30,5 bilhões que Levy havia anunciado para o limite das operações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), administrado pelo BNDES. O governo decidiu que o banco de fomento vai reabrir o prazo para os protocolos de pedidos de financiamentos do programa depois de negociações com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Com isso, o corte foi reduzido para R$ 27,5 bilhões.

À tarde, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que a oposição usará todos os mecanismos para tentar obstruir a votação do projeto de lei da repatriação, marcada para amanhã, e da Medida Provisória 688, sobre riscos hidrológicos, prevista para ir ao plenário hoje. De acordo o líder, a bancada do DEM votará contra as duas matérias. Mendonça Filho disse que o clima para aprovação do projeto de lei entre os opositores é "ruim" e que os governistas estão "rachados" em relação à proposta.

Segundo profissionais do mercado, as notícias negativas não chegaram a fazer preço nos ativos, mas mantiveram o investidor avesso à exposição ao risco. No fechamento dos negócios do horário regular na BM&FBovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2016 ficou com taxa de 14,240%, ante 14,238% do ajuste de ontem. O DI de janeiro de 2017 fechou com taxa de 15,52%, contra 15,45% do ajuste anterior. O vencimento de janeiro de 2019 terminou em 15,86%, de 15,83% no ajuste anterior. Na ponta mais longa da curva, o DI para janeiro de 2021 teve taxa de 15,72%, a mesma do ajuste de ontem.

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