quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Lula é denunciado pela terceria vez na Lava Jato


O ex-presidente foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro em caso envolvendo um terreno do Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo




Brasília – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é alvo de nova denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Nesta quinta-feira (15), o petista foi denunciado pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em razão de contratos firmados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht, de acordo com informações da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O ex-presidente é considerado o “responsável por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na administração federal”. De acordo com a denúncia, R$ 75.434.399,44 foram repassados a partidos e políticos que sustentavam a governabilidade da gestão de Lula à frente do Palácio do Planalto. Além do PT, os principais beneficiários seriam o PMDB e o PP.

Também seriam receptores dos repasses “os agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”.


Veja a íntegra da denúncia:

Petrobras vai vender fatia em joint venture de etanol para São Martinho


Petrobras vai vender fatia em joint venture de etanol para São Martinho
A Petrobras assinará na quinta-feira um acordo para a venda de seus 49 por cento na joint venture Nova Fronteira Bioenergia, do setor de etanol, para sua parceira São Martinho, por 500 milhões de reais, disse nesta quarta-feira uma fonte diretamente envolvida na negociação.

A São Martinho, uma das cinco maiores empresas do setor sucroalcooleiro no país, já detém 51 por cento na Nova Fronteira, que foi fundada há seis anos e tem uma usina de última geração em Goiás.
 
"A empresa não faz comentários sobre a especulação do mercado", disse um representante da São Martinho. A Petrobras não tinha um comentário imediato.
 
As ações preferenciais da Petrobras caíram cerca de 4 por cento nesta quarta-feira, enquanto as da São Martinho recuaram 1,3 por cento.
 
A venda é uma das cinco transações em andamento que o Tribunal de Contas da União (TCU) não proibiu a Petrobras de concluir, em uma decisão recente que impede a empresa de assinar novos contratos de venda de ativos e de iniciar novos processos de alienação, mas libera a estatal para concluir aqueles desinvestimentos que estão em fase final.
 
A Petrobras manteve meta vender 15,1 bilhões de dólares em ativos no biênio 2015-2016, diante da decisão do tribunal.
 
A transação com a Nova Fronteira marca mais um passo nos esforços da Petrobras para sair da indústria de biocombustíveis, que durante anos absorveu enormes quantidades de gastos de capital e foi prejudicada pelos controles governamentais de preços.
 
A Petrobras tem participações em nove usinas de açúcar e etanol no Brasil, incluindo a joint venture com a São Martinho, bem como participação em cinco usinas de biodiesel.
 
A Petrobras também iniciou negociações com a Tereos Internacional para a venda da participação de 45,9 por cento da Petrobras Biocombustível na empresa do setor sucroenergético Guarani 

 (Reuters, 14/12/16)

Nissan leva a Brasília van elétrica movida a hidrogênio de etanol


Nissan leva a Brasília van elétrica movida a hidrogênio de etanol
Primeiro protótipo mundial foi rodando até o Palácio do Planalto e foi visto também pelo Presidente da República.
A Nissan apresentou nesta terça, 13, durante o lançamento do programa “Renova Bio 2030”, em Brasília, o primeiro protótipo de veículo em todo o mundo a ser movido por uma Célula de Combustível de Óxido Sólido (SOFC), que funciona através de energia elétrica de bioetanol, com autonomia superior a 600 km. O veículo também foi rodando até o Palácio do Planalto e foi exibido ao Presidente da República, Michel Temer. O novo e inédito sistema se insere no conceito de Mobilidade Inteligente da Nissan e apresenta uma “Célula de Combustível e-Bio”, com um gerador de potência movido por meio de uma SOFC. Ela utiliza a reação de diversos combustíveis com oxigênio, incluindo etanol e gás natural, para produzir eletricidade altamente eficiente.

O protótipo com a Célula de Combustível faz parte do compromisso mundial da Nissan para o desenvolvimento de veículos com emissões zero e novas tecnologias automotivas, incluindo sistemas de condução autônoma e conectividade. A Nissan já tem o carro 100% elétrico mais vendido do mundo, o LEAF, e é pioneira em sistemas de mobilidade inteligente, muitos deles que serão implantados em uma nova gama de veículos nos próximos anos.

Neste mais recente desenvolvimento de tecnologia de emissões zero, o protótipo com Célula de Combustível e-Bio é abastecido 100% com etanol para carregar uma bateria de 24kWh que permite uma autonomia de mais de 600 km. A Nissan vai realizar testes de campo em vias públicas no Brasil, usando o protótipo.

A pesquisa e o desenvolvimento da Célula de Combustível e-Bio foi anunciada pela Nissan em junho, em Yokohama, no Japão, e o primeiro protótipo com o sistema foi revelado mundialmente no Rio de Janeiro, em agosto, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016 – que foi patrocinado pela Nissan. O motor é limpo, altamente eficiente e funciona 100% com etanol ou água misturada ao etanol. Suas emissões de carbono-neutro são tão limpas quanto a atmosfera, o que será a parte do ciclo natural do carbono. Além disso, a Célula de Combustível e-Bio oferece a aceleração viva e condução silenciosa de um veículo elétrico, juntamente com os seus custos baixos de manutenção, ao mesmo tempo em que possui a autonomia de um veículo movido a combustível fóssil.

A Célula de Combustível e-Bio oferece transporte ecoamigável e cria oportunidades regionais de produção de energia e utiliza uma infraestrutura que já existe. “No futuro, a Célula de Combustível e-Bio vai se tornar ainda mais ecoamigável, com a possibilidade da utilização do etanol misturado à água, mais fácil e seguro de manusear do que outros combustíveis. Isso, sem a necessidade de se criar uma nova infraestrutura”, afirma François Dossa, presidente da Nissan do Brasil.


Infraestrutura já existente
 

Combustíveis bioetanol são provenientes principalmente da cana de açúcar e milho. Eles estão amplamente disponíveis em países da América do Norte e do Sul, que dispõem de infraestrutura já estabelecida. Devido à fácil disponibilidade de etanol e da baixa combustibilidade de água misturada ao etanol, o sistema não é dependente ou restringido pela infraestrutura de carregamento existente, tornando mais fácil para apresentar ao mercado. No futuro, as pessoas só precisarão parar por pequenas lojas de varejo para comprar combustível.

Para se chegar a uma sociedade de emissão zero e zero fatalidades com automóveis, a Nissan continua promovendo a inteligência e eletrificação dos veículos. O conceito da marca, “Innovation that Excites”, é entregue com “a Mobilidade Inteligente da Nissan”, que tem como foco a forma como os carros são movidos, dirigidos e integrados à sociedade ao mesmo tempo que proporciona uma experiência de condução mais agradável.

A Célula de Combustível e-Bio vai tornar real a proposta “Nissan Intelligent Power”, promovendo uma maior eficiência e eletrificação dos carros e o prazer da condução, assim como também desenvolvendo novas tecnologias de baterias de veículos elétricos, como, por exemplo, as que equipam o Nissan LEAF, o Nissan e-NV200 e o “e-Power”.

A Nissan vai continuar a agregar valor aos seus clientes com sistemas que permitem a extração de energia elétrica a partir de vários combustíveis, solucionando os problemas de infraestrutura vinculados ao fornecimento de energia em todas as regiões do mundo 

(Assessoria de Comunicação, 14/12/16)

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Norte-americana Marsh adquire AD Corretora de Seguros no Brasil


O anúncio do negócio, cujo valor e termos não foram revelados, será feito nesta terça-feira

Marsh & McLennan Cos., maior operadora de seguros do mundo
São Paulo – A norte-americana Marsh adquiriu a brasileira AD Corretora de Seguros, conforme comunicado obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O anúncio do negócio, cujo valor e termos não foram revelados, será feito nesta terça-feira, 13. A expectativa é de que a transação seja concluída ainda esse mês.

O negócio representa para a Marsh um reforço no interior de São Paulo e ocorre após a concorrente Aon anunciar a aquisição da Admix, especializada em benefícios.

Fundada em 1980, a AD tem foco em médias e pequenas empresas com experiência em setores como o sucroenergético e infraestrutura. Tem sede em Bauru e possui ainda escritórios em Ribeirão Preto, Araçatuba e São Paulo.

Em comunicado, o presidente global da Marsh, John Doyle, destaca que a aquisição da AD Corretora de Seguros reforça o compromisso da corretora em crescer na América Latina e, principalmente, no Brasil, atendendo as necessidades das empresas na região.

“A complementariedade da Marsh e da AD, tanto em negócios quanto em capacidades permitirá que as duas empresas entreguem alto valor agregado para seus clientes, tanto no conhecimento do setor quanto na colocação de seguros”, acrescenta o Fundador & CEO da AD, Alberto Dabus, em nota.

A Marsh integra o grupo Marsh & McLennan Companies, com US$ 12 bilhões em venda anuais e 54 mil colaboradores em todo o mundo.

Também fazem parte a Guy Carpenter, de resseguros, a Mercer, de benefícios e investimentos, e a Oliver Wyman, que faz consultoria e gestão.

Fundo pode comprar 15% da Rede Madero de restaurantes


Com faturamento estimado de R$ 441 milhões, companhia paranaense possui 84 restaurantes no Brasil e exterior e usaria recursos para expandir ainda mais





São Paulo – Quando foi aberto no centro histórico de Curitiba pelo chef Junior Durski, em 2005, o primeiro restaurante Madero tinha a proposta de ofertar comida saudável e diferenciada. Dez anos depois, a rede inaugurava a fábrica de hambúrguer, sua especialidade, em Ponto Grossa, interior do Paraná, com um investimento de R$ 28 milhões.

Agora é a vez de dar mais um passo. Com 84 restaurantes espalhados por 11 estados brasileiros e unidades em Miami, nos Estados Unidos, a rede está próxima de fechar a venda de 15% do negócio para um fundo de private equity.

As negociações, intermediadas pelo Itaú BBA, estão adiantadas e o objetivo é levantar capital para saldar a dívida com a gestora HSI e expandir ainda mais a empresa.

Uma parte dos recursos, cerca de R$ 30 milhões, seria destinada à modernização e ampliação da fábrica no Paraná, onde hoje são produzidos hoje cerca de dois milhões de hambúrgueres, além de pães e molhos sem corantes nem conservantes.

“Fazemos tudo para ter certeza que a qualidade seja a melhor possível. Este é o caso dos pães, hambúrgueres, bacon, carnes, molhos, sobremesas, sorvetes e a maionese”, afirmou Durski ao site da Exame.

De acordo com ele, a intenção com o aporte é de investir 5 milhões de euros apenas em uma máquina para automatizar a fabricação de pães.

Para 2017, a rede prevê 40 novos restaurantes, entre 16 Steak Houses em shoppings e 24 containers, modelo adotado pela marca.

Com isso, a estimativa é de o faturamento da empresa saltar 64% para R$ 724 milhões, com o aumento de funcionários dos atuais 3.100 para 4.100 até o final de 2017.



Gol vai pagar R$ 12 mi em acordo de leniência com MPF


Acordo foi firmado após investigações sobre pagamentos feitos para três empresas entre 2012 e 2013


São Paulo – A Gol Linhas Aéreas Inteligentes firmou um Termo de Acordo de Leniência com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito de investigações acerca de pagamentos feitos para três empresas entre 2012 e 2013, de acordo com fato relevante divulgado nesta terça-feira.

A companhia aérea se comprometeu a desembolsar 12 milhões de reais em multas e reparações, além de aprimorar o programa de integridade no prazo de até 120 dias depois da homologação do acordo, conforme o documento.

Em contrapartida, o Ministério Público Federal se obriga a não propor ação criminal ou cível contra a empresa, seus administradores e contratados, bem como a pleitear a realização de acordos similares com outros órgãos públicos.

Por 53 votos a 16, Senado aprova PEC do Teto em segundo turno


Medida deve ser promulgada na próxima quinta-feira. Resultado de hoje consolida primeira vitória de ofensiva de Temer para equilibrar as contas públicas




São Paulo – Por 53 votos a 16, o Senado aprovou nesta terça-feira (13), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos. Como já foi aprovada pela Câmara, a PEC do Teto deve ser promulgada na próxima quinta-feira.
Neste momento, os senadores ainda votam os destaques da proposta.

O texto foi aprovado em primeiro turno na Casa no dia 29 de novembro, por 61 votos a 14. Para garantir que a matéria fosse votada nesta terça, o Senado acelerou a tramitação da PEC na semana passada


Entenda o que foi aprovado hoje:

O que a PEC propõe?


Ela define que a partir de 2017, as despesas de Executivo, Legislativo e Judiciário federais não poderiam ter aumento real, estando limitadas à correção pelo índice de inflação (IPCA) do ano anterior.

Qual é o objetivo da medida?
O objetivo da PEC é reverter a tendência inercial de aumento dos gastos federais e com isso o aumento da dívida pública. De 1997 a 2015, a expansão anual média das despesas foi de 6% acima da inflação. De 2008 a 2015, isso se acentuou e elas cresceram 50% acima da inflação enquanto a receita subiu apenas 17%.

Esse processo, somado com a queda do crescimento, fez a dívida pública disparar 12 pontos percentuais em relação ao PIB só entre o final de 2013 e de 2015. Ela já está em 61% do PIB e pode chegar a 80% já no final de 2018, muito acima do padrão dos países emergentes.


Por quanto tempo dura?
O teto terá validade de 20 anos. A partir do décimo ano, o presidente poderá propor ao Congresso uma mudança na metodologia de cálculo que valeria para os anos seguintes.


Como ficam Educação e Saúde?
Os gastos com Educação e Saúde deixariam de ter porcentagem vinculada à receita e passariam a ser apenas corrigidos pela inflação.

Esse seria o piso e nada impede que o Congresso decida colocar mais recursos nessas áreas, mas para isso teria que retirar de outras. O mérito da medida é explicitar essas escolhas do Legislativo, mas não diz nada sobre como elas serão feitas.

“O teto é parte fácil; a parte política difícil vem depois, quando tiver que decidir o que vai cortar, como gastos sociais. Como querem fazer o ajuste de longo prazo no curto, ele fica muito draconiano para poder trazer credibilidade”, diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Entre 2003 e 2015, os gastos com saúde e educação subiram em média 6,25% e 8,5%, respectivamente, ao ano acima da inflação (medida pelo IGP-DI).

A aposta agora é em melhorar gestão e qualidade com o gasto corrente, mas resta saber se isso vai mesmo acontecer e será suficiente. “O que nós temos que discutir é a gestão da qualidade do gasto público. Isso é que tem que ser o grande foco da sociedade. A mera alocação de recursos não é o problema”, disse Henrique Meirelles, ministro da Fazenda.


Quais são as exceções?



Ficam de fora do limite as transferências para Estados e municípios e complementações do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), além de despesas com eleições e capitalizações de estatais.

Algumas estimativas apontam que Petrobras, Eletrobras e outras vão precisar eventualmente de socorro, mas essa exceção no teto não preocupa o mercado porque esse tipo de despesa aconteceria de uma vez só e o centro do problema são os gastos recorrentes.


O que acontece se ele for descumprido?



O poder que descumprir o limite ficará proibido de conceder aumento a servidores, criar novos cargos, mudar carreiras ou realizar concursos. Em caso de descumprimento no Executivo, fica proibido também o aumento de subsídios ou de desonerações que impliquem em perda de receita.

“O importante é ter o teto. O resto é consequência do teto”, diz Meirelles, mas esse “resto” inclui medidas complicadas de aprovar. A imprensa diz que o fim do abono salarial é defendido pelo ministro e quase entrou na proposta, e não há solução fiscal de longo prazo para o Brasil sem abordar a Previdência, o maior gasto depois dos juros.

“Para os gastos totais ficarem mais ou menos estáveis em termos reais, outros gastos teriam que cair, e o previdenciário tem uma tendência estrutural de aumento já que o número de beneficiários cresce com o envelhecimento da população. É por isso que uma reforma da Previdência de fato ajudaria na implementação”, diz Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco.
O teto não impede uma resposta anticíclica em caso de choques econômicos?

Diante da crise de 2008, o Brasil e muitos outros países reagiram com aumento de gastos – medida que em um primeiro momento foi elogiada e bem-sucedida. Pela regra nova, isso não seria possível, e os especialistas divergem sobre as consequências:
“A regra é muito rígida. Pode acontecer muita coisa no caminho e ela não abre espaço para eventualidades. O governo está certo em não fazer indexação, mas teria que pensar em levar em conta outros parâmetros, como o crescimento do PIB”, diz André.

Salles diz que o teto só seria um entrave para fazer política anticíclica se o Brasil estivesse em um cenário de juro zero e câmbio fixo – ou seja, sem margem de manobra na política monetária.

Mas como o Brasil tem os maiores juros reais do mundo, há espaço para estimular a economia sem precisar relaxar a política fiscal.

O Itaú Unibanco projeta que se o Brasil aprovar o teto e crescer 3% ao ano em média até 2030, o gasto do governo central em relação ao PIB deve cair em 2030 para o nível de 1997. Seria uma diminuição do tamanho do Estado sem precedentes na nossa história.


Veja na figura a projeção com diferentes cenários:


Projeção de gastos do governo federal com e sem aprovação do teto (Divulgação/Itaú Unibanco)