sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Cooperativas agropecuárias gaúchas faturam mais de R$ 20 bilhões em 2016






De acordo com a Fecoagro/RS, aumento na captação direta de grãos foi um dos principais fatores para o bom resultado


Da Redação
redacao@amanha.com.br

 Paulo Pires, presidente da FecoAgro/RS, e Sérgio Feltraco, diretor executivo da FecoAgro/RS


As cooperativas agropecuárias associadas à Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) tiveram um crescimento de 11,3% no faturamento em 2016, somando um total de R$ 20,4 bilhões ante os R$ 18,3 bilhões registrados em 2015. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (1), em Porto Alegre (RS). De acordo com o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires (na foto, à esquerda), o resultado está dentro da estimativa, mesmo com a turbulência política e econômica. 

Para o dirigente, um dos fatores principais par ao alcance do valor foi a originação de grãos [captação direta com os produtores rurais] por parte das cooperativas. "Tivemos um crescimento no recebimento de trigo e soja e uma elevação fantástica na originação da soja. Isso se deve ao trabalho que as áreas técnicas das cooperativas estão desenvolvendo com os produtores. Isso dá credibilidade ao trabalho do sistema", avalia.

O resultado líquido das operações das cooperativas fechou em R$ 428 milhões, leve queda de 3,1%. Outro número divulgado foi o de faturamento da Redeagro, rede de compras voltada à área de consumo e formada por 17 cooperativas, que alcançou faturamento de R$ 63 milhões, alta de 18,9% em relação ao ano de 2015. "Acreditamos que este é o futuro das cooperativas, trabalhando de forma sistêmica na aquisição de produtos. Hoje, se somarmos as lojas de varejo das cooperativas, estamos entre as três principais redes supermercadistas do Estado", destaca Pires. 

O presidente da Fecoagro/RS também apresentou os planos da entidade para este ano. Entre as medidas estão a continuidade do projeto de pesquisa em conjunto com a Embrapa Trigo para a diversificação da cultura buscando o mercado de exportação, além de continuar a promoção de cursos de qualificação profissional como o realizado em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) para técnicos, executivos e dirigentes das cooperativas.


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Faltam robôs. Mas quem vai trabalhar com eles?




A baixa oferta de profissionais levou a Pollux a investir em iniciativas que incentivem a pesquisa na área


Da Redação
redacao@amanha.com.br
 A baixa oferta de profissionais de robótica levou a Pollux a investir em iniciativas que incentivem a pesquisa na área


Desafiada a aumentar sua competitividade, a indústria brasileira precisa acelerar o passo – e muito – na automação. Hoje, há somente 10 mil robôs instalados em todas as fábricas do país. No Japão, o número ultrapassa os 262 mil. O potencial de expansão da robótica parece não ser o suficiente para atrair novos profissionais. No Brasil são 34 cursos de Engenharia Mecatrônica credenciados pelo Ministério da Educação, com a oferta de 3,9 mil vagas por ano. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por exemplo, graduações na área de tecnologia não aparecem entre as mais procuradas nos últimos anos.

A baixa oferta de profissionais levou a Pollux Automation (foto), empresa de automação de Joinville (SC), a investir em iniciativas que incentivem a pesquisa na área. É o caso do Desafio Estadual da Robótica – maior evento do gênero na região Sul. “Nós temos, atualmente, uma carência de profissionais na área de exatas. Esse tipo de evento incentiva as crianças a se apaixonar pela tecnologia e não desistir dessa formação. Assim, teremos mais profissionais capacitados para trabalharem empresas de tecnologia no futuro”, defende José Rizzo Hahn Filho, diretor presidente da Pollux Automation.

Realizado pela RoboMind – Robótica Educacional, o evento contou com a participação de 72 grupos de estudantes de robótica de 23 cidades catarinenses. O desafio propôs uma competição pedagógica, baseada na realização de cinco diferentes provas. A bandeirada para o início da competição foi feita por um robô colaborativo da Pollux – modelo que pode executar praticamente qualquer tarefa. A equipe vencedora do desafio cumpriu a prova em quatro horas. Caso a competição contasse com o auxílio dos autômatos colaborativos da Pollux – que possibilitam a interação com humanos –, as tarefas da competição seriam cumpridas ainda mais rapidamente.


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Trabuco diz que economia brasileira deixou “pior para trás”


Presidente do Bradesco afirmou que a agricultura será um setor crucial para a retomada da economia brasileira

 




São Paulo – Indicadores da atividade econômica e dados sobre a confiança do consumidor e do empresariado sinalizam que a economia brasileira já deixou o pior para trás, após quase três anos de declínio, disse nesta sexta-feira o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.

Em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre do banco, Trabuco afirmou ainda que a agricultura provavelmente será um fator crucial na recuperação econômica este ano.

Ele vendia geladinho e hoje fatura R$ 20 milhões com açaí


Jefferson Domingos precisava pagar uma dívida monstruosa na pequena cidade de Cambuí, em Minas Gerais. Para isso, fundou a rede de franquias Açaí Villa Roxa

 






São Paulo – Cambuí é uma cidade no interior de Minas Gerais, daquelas onde a vizinhança se conhece. Não era difícil para o mineirinho Jefferson Domingos, aos seis anos, vender geladinhos feitos de suco em pó na arquibancada do futebol aos domingos.

Desde cedo, ele via a mãe fazer bichos de espuma para vender e o pai bater de porta em porta nas lojas da cidade para comercializar autopeças, trazidas de São Paulo. Aprendeu logo a ganhar dinheiro e a não contar com a sorte.

Na adolescência, vendia flores em frente ao cemitério e chegou a ganhar quatro mil reais por mês com os shows de uma banda que montou com os amigos. A história do fundador da rede de franquias Açaí Villa Roxa  parece linear demais até aqui, mas antes de se tornar um empreendedor de sucesso, Domingos viu sua reputação virar pó.

 

Da dívida ao negócio


Naquela mesma cidade da sua infância onde todos conheciam a vida dos outros, Domingos começou a organizar grandes festas e shows. Resultado? Contraiu dívidas que somavam 268 mil reais.

“Imagina um cara em uma cidade minúscula, que de sábado para segunda passou a dever milhares para um monte de gente. Eu era xingado na rua e chorei muito nessa época”, conta.

Domingos, então, prometeu a todos que pagaria as dívidas em dois anos. Lutador de jiu-jitsu, era consumidor de açaí, que o pai trazia de São Paulo, e resolveu vender o alimento inusitado na cidade, em 2008. “Hoje em dia açaí é um produto da moda, atrelado à alimentação saudável, mas naquela época era uma novidade”, relata.

Domingos montou uma loja escondida no fundo de um prédio, em um ponto comercial muito ruim cedido por um amigo. Sua estratégia era guardar 50% do lucro, e os outros 50% ele usaria para pagar as dívidas.

No primeiro mês, ganhou 100 reais com o negócio e devolveu 50 reais para o maior credor, a quem devia 13 mil reais, e assim cumpriu o combinado. “Eu acordava às 6h e trabalhava até às 2h da madrugada. Eu mesmo batia todo o açaí  para vender”, conta.

Em dois anos, Domingos pagou toda a dívida, abriu cinco lojas e comprou uma fábrica no Pará, para produzir o próprio açaí em grande escala, reduzir custos e garantir o abastecimento de suas franquias.

 

Alimentação saudável


Hoje, a rede Açaí Villa Roxa fatura 20 milhões de reais por ano, tem 31 franquias e duas fábricas, no Amapá e na pequena Cambuí, em Minas Gerais, onde Domingos começou lá atrás com os geladinhos.

Além de açaí com acompanhamentos, a franquia vende sanduíches, smoothies, grelhados e outros produtos, com foco em alimentação saudável.

Para entrar nesse mercado, Domingos conta que pesquisou a fundo o que os concorrentes ofereciam e como ele poderia inovar, e investiu muito em divulgação. “A cada cidade que entrávamos, queríamos ser os melhores. Nunca deixávamos o mercado nos engolir.” 


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Senadores dizem que Kátia Abreu quer presidir comissão para pirraçar Serra




Deseja comandar a de Relações Exteriores, cuja comunicação com Itamaraty é frequente 

 

NONATO VIEGAS


A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (Foto: Elza Fiúza/ABr)


A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) está em campanha para presidir a Comissão de Relações Exteriores do Senado. Realizou, conforme antecipou EXPRESSO, até um jantar em sua casa na segunda-feira (30) para angariar apoio. 

Diz ter interesse na área, mas seus colegas afirmam que o interesse de Kátia pela comissão é outro: pirraçar o ministro das Relações Exteriores, José Serra. No ano passado, Kátia jogou vinho em Serra, num jantar, após ele ter dito que Kátia era namoradeira.


 http://epoca.globo.com/politica/expresso/noticia/2017/02/senadores-dizem-que-katia-abreu-quer-presidir-comissao-para-pirracar-serra.html

Doria vai “vender” SP nos Emirados Árabes


Doria vai atrás de interessados em seu pacote de privatizações e concessões, que inclui os complexos de Interlagos e do Anhembi

 






São Paulo – O prefeito João Doria (PSDB) já marcou sua primeira viagem internacional. A partir de 12 de fevereiro, o tucano inicia um roteiro de quatro dias pelos Emirados Árabes e Catar.

Serão visitados potenciais investidores em Dubai, Abu Dhabi e Doha. Doria vai atrás de interessados em seu pacote de desestatização, que inclui a privatização dos complexos de Interlagos e do Anhembi e a concessão do Estádio do Pacaembu.

Para evitar custos extras, a Prefeitura afirma que Doria será acompanhado apenas de seu secretário municipal de Relações Internacionais, Júlio Serson.

Os dois viajarão sozinhos, sem assessores – segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, passagens e hospedagens serão custeadas pelos governos dos dois países.

“Vamos fazer contato com os fundos soberanos desses países com a intenção de atrair investimentos, recursos, e ajudar a gerar empregos aqui. A ideia é mostrar o potencial do Anhembi, do Autódromo de Interlagos e de outras propriedades da Prefeitura que podem ser alvo de privatização ou concessão. 

Acreditamos que São Paulo pode ser a alavanca para o Brasil sair da crise”, diz Serson.

Entre as propostas que serão apresentadas durante a viagem está a possibilidade de o Município vender o direito de nome (naming rights) do Pacaembu, por exemplo, ou mesmo de Interlagos, que poderia passar a chamar, por exemplo, Interlagos/Emirates, numa referência à principal companhia aérea dos Emirados Árabes Unidos.

O destino da primeira viagem de Doria revela uma mudança na política externa de São Paulo. Na gestão passada, de Fernando Haddad (PT), parcerias dentro da América do Sul foram priorizadas.

“Vamos olhar para todos os lados possíveis. Temos de identificar as oportunidades. Se elas estão na América do Sul, ótimo, mas se estão na China é nossa obrigação ir ao outro lado do mundo buscá-las”, afirma o secretário, que já tem outras duas viagens marcadas com o prefeito ainda neste semestre.

A capital da Coreia do Sul, Seul, deve ser visitada em março. No mês seguinte, Doria e Serson desembarcarão nos Estados Unidos, para visitas de negócios em Nova York e Washington.

Até maio, a Prefeitura deve formalizar propostas de captação de recursos a serem levadas ao Banco Mundial e também ao Banco Interamericano de Desenvolvimento.

“A ordem do prefeito é apresentar São Paulo ao mundo. Hoje, a cidade está fechada. Temos de reverter isso”, diz o secretário municipal de Justiça, Anderson Pomini.

Com a renegociação da dívida do Município com a União, assinada ano passado por Haddad, o saldo a pagar passou de R$ 74 bilhões para R$ 29 bilhões, em valores atuais, abrindo a possibilidade de a cidade obter empréstimos.

A situação econômica atual permite a Doria contrair até R$ 23,8 bilhões para custear obras em São Paulo, como projetos de mobilidade e drenagem.

Mas o teto não deve ser aplicado. Estima-se que, para não comprometer novamente a saúde financeira da cidade, o valor não ultrapasse R$ 8 bilhões em quatro anos.

 

Central Park


Em Nova York, Doria não buscará apenas financiamento, mas exemplos de políticas públicas. O prefeito vai conhecer de perto o modelo de gestão do Central Park, comandado por uma organização social. A ideia é conhecer para replicar por aqui, a começar pelo Parque do Ibirapuera.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compra da Ale pela Ipiranga pode elevar preços, diz Cade


Essa alta nos preços dos combustíveis, acrescentou o órgão, ocorreria em função "do aumento do poder de mercado da Ipiranga




São Paulo – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concluiu em parecer divulgado quarta-feira que a compra da distribuidora de combustíveis Ale pela Ipiranga, da Ultrapar, pode resultar em elevação de preços na distribuição e na revenda.

Essa alta nos preços dos combustíveis, acrescentou o órgão, ocorreria em função “do aumento do poder de mercado da Ipiranga e da elevação da possibilidade de atuação coordenada das empresas do setor”, dominado por quatro companhias (BR Distribuidora, da Petrobras; Raízen, da Shell e Cosan; Ipiranga e Ale).

Segundo o parecer da Superintendência, os mercados mais afetados pela operação são os de gasolina, diesel e etanol.

“Por essa razão, a operação foi impugnada para análise do Tribunal do Cade, órgão responsável pela decisão final sobre a aprovação, reprovação ou adoção de eventuais remédios que afastem os problemas identificados”, afirmou o órgão em nota.

O acerto da compra da Ale pela Ipiranga, por 2,17 bilhões de reais, foi anunciado em meados do ano passado.

Procurada, a Ipiranga não se manifestou imediatamente sobre o assunto.

As determinações do tribunal podem ser aplicadas de forma unilateral ou mediante acordo com as partes, acrescentou o comunicado.

O ato de concentração foi notificado em 19 de setembro de 2016, e o prazo legal para a decisão final do Cade é de 240 dias, prorrogáveis por mais 90.