terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Trabalho de risco pode ter regra mais branda para aposentadoria


Reforma da Previdência pode incluir condições menos duras de aposentadoria para categorias como policiais civis e agentes penitenciários




Brasília – A comissão especial da reforma da Previdência vai discutir a possibilidade de estender as condições especiais de aposentadoria para funções expostas a riscos.

A medida beneficiaria, por exemplo, policiais civis e agentes penitenciários, que teriam acesso a condições menos duras para se aposentar.

A proposta encaminhada pelo governo já prevê a possibilidade de reduzir a idade mínima em dez anos e o tempo mínimo de contribuição em cinco anos no caso de atividades que “efetivamente prejudiquem a saúde”.

No fim do ano passado, entidades que representam policiais civis e federais reagiram rapidamente à proposta de reforma da Previdência que foi encaminhada pelo governo, que prevê idade mínima de 65 anos e tempo mínimo de contribuição de 25 anos.

Atingidas pelas novas regras, as categorias foram para o corpo a corpo no Congresso Nacional, no Ministério da Justiça e no Palácio do Planalto. Os principais argumentos são de que as novas regras elevarão a idade média dos agentes e que “polícia envelhecida é crime fortalecido”.

Trata-se de uma dentre as diversas pressões que o governo e o Congresso enfrentarão com o início efetivo dos trabalhos em torno da reforma da Previdência.

Centrais sindicais também se articulam para brigar por flexibilizações na idade mínima e na decisão de igualar regras para homens e mulheres.

“Na proposta, falta a possibilidade de aposentadoria especial por periculosidade, porque só se fala em insalubridade. Se por um lado os agentes penitenciários e os policiais civis não podem entrar no projeto dos militares, por outro lado é razoável que aqueles que tenham função que efetivamente os exponha ao risco tenham diferenciação”, disse uma fonte

“Aquele que trabalha como policial carcerário em Alcaçuz certamente está exposto a riscos”, destacou a fonte, em referência ao complexo penitenciário no Rio Grande do Norte que foi palco de 26 mortes de detentos e uma série de rebeliões no início deste ano.

A reforma propõe a manutenção de aposentadoria diferenciada para pessoas com deficiência e para aqueles cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação.

A ideia que ainda está sendo gestada pela comissão especial não prevê caracterização de periculosidade pela categoria, mas sim por função. Isso significa que nem todos os policiais civis teriam direito às condições mais benéficas, só aqueles que atuam sob riscos.

Caso a proposta de diferenciação por periculosidade vingue, os policiais civis e federais conseguiriam benefícios semelhantes aos militares, cujo regime de aposentadorias será alvo de projeto de lei à parte.

A ideia do governo é fixar as mesmas regras gerais de idade mínima e tempo de contribuição, mas prever exceções para determinadas funções.

Além das Forças Armadas, o projeto dos militares vai contemplar policiais militares e bombeiros, que pesam sobre as contas dos Estados.

 

Comissão


A instalação da comissão especial da reforma foi adiada para quinta-feira. A mudança ocorreu porque nesta segunda-feira, 6, não houve quórum suficiente no plenário da Câmara para abrir a sessão em que seria lido o ato de criação do colegiado.

Depois da leitura, os líderes partidários têm 48 horas para indicar os integrantes da comissão. O documento, já assinado pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia, deve ser lido só nesta terça.

No ato de instalação, será formalizada a posse do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) no cargo de presidente da comissão especial da reforma.

Ele foi convidado para o posto após a desistência de Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que estava insatisfeito com o menor protagonismo. Para interlocutores do Planalto, havia ainda o temor de Zveiter não dar conta do recado.

O governo espera ver a reforma aprovada até o fim do primeiro semestre e, ao escolher Marun, optou por garantir alguém que se comprometesse com o sucesso da medida sem fazer “jogo duplo”.

É o presidente da comissão que indica o relator, que será o deputado Arthur Maia (PPS-BA), como já anunciado. Depois disso, a comissão terá até 40 sessões para deliberar sobre a proposta e votar o texto, que ainda precisará ser apreciado em dois turnos pelo plenário da Câmara, antes de seguir para o Senado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil e Argentina buscarão laços mais próximos com México


Em uma visita de Estado a Brasília, Mauricio Macri disse que o Mercosul deve buscar laços mais estreitos com o México



Brasília – Brasil e a Argentina querem laços comerciais mais estreitos com o México e outros países da Aliança do Pacífico que serão atingidos pelo crescente protecionismo dos Estados Unidos, disseram os presidentes dos dois países na terça-feira.

Em uma visita de Estado a Brasília, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse que o Mercosul deve buscar laços mais estreitos com o México, a maior economia da América Latina depois do Brasil.

A Aliança do Pacífico é um bloco comercial latino-americano que inclui México, Chile, Colômbia e Peru.

Ministra Cármen Lúcia quer rediscutir papel dos amici curiae no Supremo

Nenhum texto alternativo automático disponível.





“O tribunal tem encontro marcado com a definição do que é o amicus curiae”, disse nesta quinta-feira (2/2) a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal. A fala traduziu uma preocupação dela e dos demais ministros com a presença de terceiros interessados nas discussões levadas ao tribunal. Ela quer debater se os amici curiae existem para ajudar o tribunal a decidir ou para ajudar as partes a vencer.

Segundo o Glossário Jurídico do Supremo, o amicus curiae é o “amigo da corte” que presta “intervenção assistencial em processos de controle de constitucionalidade por parte de entidades que tenham representatividade adequada”. A ministra Cármen se mostrou preocupada com a última frase da definição: “Não são partes dos processos, atuam apenas como interessados na causa”.

O tribunal começava a apregoar o julgamento de um recurso extraordinário que discute se a administração pública responde por dívidas trabalhistas de empresas terceirizadas. A relatora, ministra Rosa Weber, viu problema no fato de um dos amici curiae, uma entidade sindical, estar habilitado apenas para atuar na Justiça do Trabalho. E os ministros começaram a discutir se o amicus curiae é ente processual, ou se basta estarem ligados ao tema em discussão. O recurso em pauta teve repercussão geral reconhecida e envolve quase 50 mil processos nas instâncias locais.

Foi quando a ministra Cármen interveio. Ela lembrou de um caso de dezembro, em que ela chamou uma entidade admitida como amicus curiae para falar na tribuna, mas o advogado reclamou da ordem. Disse que o tribunal estava ouvindo os amici do recorrente e ele falava pelo recorrido. “Se falava pelo recorrido, era amigo da parte, não da corte”, resumiu Cármen.

“Minha preocupação é de partes estarem contratando entidades para participar de julgamentos”, disse a ministra. Faz sentido. Em 2010, a advogada Damares Medina publicou em livro sua dissertação de mestrado na qual descobriu que o apoio de um amicus curiae aumenta as chances de vitória em 16%.

Já as chances de conhecimento de um processo aumentam em 20% com um amigo da corte, porque eles indicam ao STF o interesse de entidades da sociedade civil no processo, segundo Damares. Os dados estão no livro Amicus Curiae – Amigo da Corte ou Amigo da Parte?, lançado em 2010 pela editora Saraiva.

Na discussão desta quinta, o ministro Luís Roberto Barroso compartilhou da preocupação a ministra Cármen, mas fez uma ressalva. “Não sei se concordo com a tese de que os amici curiae devem ter participação imparcial. Eles entram para defender a correção da posição que defendem”, disse. “A posição não exige imparcialidade. Salvo da parte de juízes, a imparcialidade não é deste mundo”. Cármen concordou: “Nem de longe falaria em imparcialidade. Preocupo apenas quando alguém diz que é amigo de uma das partes. É preciso saber qual é o objetivo.”


Precedentes

Não é um debate novo para o Supremo. Quando declarou a constitucionalidade das marchas da maconha, que pediam a descriminalização da droga, o tribunal definiu que os amici curiae não podem fazer pedidos, mas se delimitar às questões postas em discussão pelas partes.

A corte seguiu o entendimento do ministro Celso de Mello, relator do pedido. Segundo ele, o amicus curiae em questão, a Associação Brasileira de Estudos do Uso de Psicotrópicos (Abesup), pedia para o Supremo discutir mais do que as marchas. Queria que o tribunal permitisse o plantio de maconha em casa, o porto para uso pessoal e o uso medicinal, por exemplo.

Celso definiu que os amici curiae não são partes e não podem ter interesse na causa. Devem apenas apresentar subsídios para os ministros decidirem melhor e mais bem informados. “O amicus curiae não dispõe de poderes processuais que, inerentes às partes, viabilizem o exercício de determinadas prerrogativas que se mostram unicamente acessíveis às próprias partes, como o poder que assiste, ao arguente (e não ao amicus curiae), de delimitar, tematicamente, o objeto da demanda por ele instaurada", votou o decano.

A ministra Cármen encerrou a discussão antes que ela enveredasse para argumentações nem sempre diretamente ligadas ao pedido. “É um assunto que virá no momento oportuno, provavelmente.”


 é editor da revista Consultor Jurídico em Brasília.

 http://www.conjur.com.br/2017-fev-02/carmen-lucia-rediscutir-papel-amici-curiae-supremo



 















Brasília – O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, considera acertada decisão do STF de barrar a sanção do projeto de lei que muda as regras de telecomunicação no país. Desde o ano passado a entidade se posiciona contra as mudanças propostas e requer um debate mais aprofundado sobre tema tão sensível à sociedade brasileira.

Neste sábado (4), o ministro do STF Luís Roberto Barroso decidiu, em caráter liminar, que o projeto de lei volte ao Senado e siga rito previsto no regimento da Casa, como a apreciação de requerimentos e votação em plenário. O texto havia sido aprovado apenas pelas Comissões e enviado diretamente à Casa Civil para sanção presidencial.

Um dos pontos mais polêmicos é a anistia às multas do setor de telecomunicação, como prevê o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 79/2016. “Não é possível abrir mão de valores que, segundo denunciado pela imprensa e já constatado pelo TCU, pode chegar à casa dos R$ 100 bilhões. O montante seria a soma das multas e da estimativa de valor dos ativos usados e administrados pelas teles desde a concessão do serviço e que, agora, podem acabar ficando com elas em caráter definitivo”, afirmou o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, em dezembro.

O dirigente afirmou também que “no momento em que o governo pede esforço econômico para toda a sociedade, não é possível abrir mão de recursos em favor das empresas de telecomunicações. Sobretudo sem o devido debate diante de tão delicado quadro político e econômico."


http://www.oab.org.br/noticia/54704/stf-barra-sancao-de-projeto-das-teles-e-oab-cobra-debate-sobre-o-tema?utm_source=3704&utm_medium=email&utm_campaign=OAB_Informa

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

4 tendências que vão guiar o mercado de serviços em 2017


 tendências de serviços para 2017

Você conhece bem os efeitos da economia circular? Já ouviu falar nos chatbots? É adepto do trabalho remoto? Se quiser aproveitar oportunidades no setor de serviços em 2017, é melhor ir se familiarizando com tudo isso.


As tendências de negócios são como grandes ondas. Para vê-las se formando, é preciso olhar para além do horizonte mais próximo, o que vem vindo logo ali na frente, no que algumas pessoas chamam de futuro. Quanto antes puder enxergá-la, mais tempo você tem de se preparar para surfar essa onda.

Curioso para saber quais são as previsões de 2017 para o setor de serviços? Force bem a vista para enxergar logo à frente e você vai ver que algumas ondas já estão mais próximas do que parece.


1. Novas relações de consumo sustentável

A sustentabilidade já deixou de ser tendência para se tornar regra do jogo há alguns anos. Porém, fenômenos como a economia compartilhada e o consumo peer-to-peer redefiniram radicalmente a relação dos consumidores com o uso dos produtos e a tolerância ao desperdício. A mentalidade da posse foi substituída aos poucos pela do acesso.

Como o relatório da TrendWatching ilustra, o consumidor prefere pagar para ter acesso a um serviço de streaming de música, como o Spotify, para usar um serviço de caronas, como o Uber, ou ainda, pagar pelo uso de um espaço de coworking, como o Impact Hub. Além disso, aplicativos como o Moda Livre indicam para o consumidor quais são as marcas que fazem uso de trabalho escravo na produção têxtil.

Antigamente, as marcas mais mal vistas pelos consumidores estavam ligadas às indústrias de cigarro, por exemplo, em que o produto estava no centro da discussão. Hoje, o modo como algo é produzido, independentemente do setor, também ganha seus próprios holofotes. Assim, aumenta-se a preocupação com o impacto ambiental e social de um negócio, com o descarte do que é consumido e também com a eficiência energética da produção.

Um bom exemplo de organização que transformou essa tendência em core do negócio é a Wise Waste, empresa de reciclagem de resíduos complexos como cápsulas de café e embalagens metalizadas. Por meio do design circular, a startup oferece serviços para grandes marcas como P&G, Natura e Nestlé. E os números falam por si só: de 2015 para 2016, a startup dobrou de tamanho e espera crescer seis vezes no próximo ano.


2. Novas relações de trabalho

Se trabalho um dia já foi sinônimo de tortura, hoje é espaço de realização. A relação de cada indivíduo com a própria carreira e o local onde trabalha mudaram radicalmente nos últimos anos, especialmente com o aumento da presença dos millennials nas organizações. É por isso que os empreendedores mais atentos — e seus times de Gente e Gestão — procuram serviços e soluções que estejam alinhados com essa nova relação entre funcionários, empresas e líderes.

Segundo o relatório da Deloitte que prevê disrupções para 2017, isso significa dar uma ênfase maior em ferramentas colaborativas de gestão e comunicação, como Trello e o Slack, além de repensar o modo como as organizações mensuram a performance, fazem a gestão dos planos de carreira e incentivam o aprendizado individual contínuo do time.

A Qulture Rocks, por exemplo, é uma plataforma brasileira que une feedbacks instantâneos, gestão de metas ágeis e avaliações de talentos para facilitar a gestão de talentos das empresas. Francisco de Mello, fundador da startup, se inspirou nas práticas de empresas como Google, AB InBev, Adobe, e General Electric para oferecer uma solução para o mercado que ele mesmo sempre buscou: um sistema que ajude as empresas a criarem times de alta performance.

Já a Pin People, também apostou nesse mercado para criar uma plataforma online que une talentos e empresas pela combinação de afinidades, cultura, valores e propósito. Um verdadeiro Tinder para recrutamento e seleção!

Esse universo de serviços para gestão e RH é um espaço de oportunidades infinitas! E se você adicionar nessa conta a tendência ao trabalho remoto vai se deparar com um verdadeiro oceano azul, em que a necessidade de novos negócios cresce na velocidade de transformação dos ambientes de trabalho.


3. Novos usos de serviços de tecnologia

“Negócios voltados para tecnologia não deveriam servir apenas analistas de TI e pessoas que sentam atrás de um computador o dia todo. Este ano, nós vemos uma grande onda de inovação nas indústrias mais tradicionais onde os negócios ainda são geridos pelo papel.” Essa é a previsão de Stacey Epstein, fundadora do aplicativo de mensagens Zinc. E que nós já vemos indícios da formação dessa onda aqui no Brasil.

Exemplo dessa tendência é o crescimento de serviços de gestão financeira como o GuiaBolso e de contabilidade online como a Contabilizei, ambos apoiados pela Endeavor desde o ano passado. Um outro exemplo de empresa da rede Endeavor, o dr.consulta, faz uso da tecnologia para automatizar o serviço de agendamento e confirmação de consultas e exames pelo e-mail e SMS, otimizando o próprio serviço e melhorando a experiência dos consumidores.


4. Novos serviços personalizados entregues em larga escala

A antiga abordagem de “um-tamanho-serve-todos” (one-size-fits-all) perde a força, quando os consumidores passam a ser cada vez mais aversos a comunicações genéricas, serviços padronizados e respostas protocolares. Mesmo que seu mercado seja pequeno, cada consumidor deve sentir que as suas soluções se encaixam perfeitamente com o que ele busca. Estreite o seu foco, contrate especialistas e dê aos consumidores aquilo que eles precisam – no timing e na dose certas.

Mas, como manter a personalização sem perder escala?
Aproveite todo ponto de contato da sua marca para coletar dados sobre os seus consumidores. Pode ser o aumento de interesse por um serviço que você oferece, uma pesquisa de satisfação que entenda melhor a jornada de consumo ou até uma análise aprofundada do perfil de clientes que você já atendeu, indo além do demográfico para as motivações, estilo de vida e necessidades.

Para escalar o atendimento ao cliente, sem sobrecarregar o time, invista em chatbots que respondem em tempo real aos consumidores, a qualquer hora do dia, de maneira inteligente. Um outro exemplo de serviço oferecido sob medida, apesar da larga escala, são as Descobertas da Semana do Spotify, o algoritmo de recomendações da Amazon e as sugestões de séries do Netflix.

Parece muito distante da realidade da sua empresa? Comece a personalização dando inteligência à sua base de e-mails: enriquecimento de leads, novas segmentações mais apuradas e criação de Landing Pages com campos que te oferecem mais informações sobre o consumidor são uma maneira simples de começar a colher dados e gerar comunicações personalizadas.

No momento em que você acerta na entrega de soluções que combinam perfeitamente com a necessidade do seu consumidor, a resposta dele é imediata: recomendar a sua empresa para a própria rede de amigos e contatos.

Essas são algumas tendências que já despontam no horizonte do mercado de serviços nesse ano que acabou de começar. O grande desafio para o empreendedor é saber para onde canalizar os esforços. É se antecipar a certos movimentos para que, quando eles ganharem força, você se fortaleça também.

Se você empreende no setor ou tem a intenção de se arriscar, acompanhe essas e outras tendências para 2017 com apenas uma ideia em mente: como usar esses movimentos culturais e sociais para criar serviços inovadores que encantem o consumidor?

Comece com uma ferramenta simples: o Job to be Done. E descubra qual é o trabalho que você deseja executar para os seus consumidores, e que eles estão dispostos a pagar para ter.

Este artigo é uma parceria de produção entre Endeavor e Sebrae


https://endeavor.org.br/4-tendencias-que-vao-guiar-o-mercado-de-servicos-em-2017/?utm_campaign=nao_empreendedores_news_06022017&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
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tendências de serviços para 2017

Você conhece bem os efeitos da economia circular? Já ouviu falar nos chatbots? É adepto do trabalho remoto? Se quiser aproveitar oportunidades no setor de serviços em 2017, é melhor ir se familiarizando com tudo isso.

As tendências de negócios são como grandes ondas. Para vê-las se formando, é preciso olhar para além do horizonte mais próximo, o que vem vindo logo ali na frente, no que algumas pessoas chamam de futuro. Quanto antes puder enxergá-la, mais tempo você tem de se preparar para surfar essa onda.
Curioso para saber quais são as previsões de 2017 para o setor de serviços? Force bem a vista para enxergar logo à frente e você vai ver que algumas ondas já estão mais próximas do que parece.

1. Novas relações de consumo sustentável

A sustentabilidade já deixou de ser tendência para se tornar regra do jogo há alguns anos. Porém, fenômenos como a economia compartilhada e o consumo peer-to-peer redefiniram radicalmente a relação dos consumidores com o uso dos produtos e a tolerância ao desperdício. A mentalidade da posse foi substituída aos poucos pela do acesso.
Como o relatório da TrendWatching ilustra, o consumidor prefere pagar para ter acesso a um serviço de streaming de música, como o Spotify, para usar um serviço de caronas, como o Uber, ou ainda, pagar pelo uso de um espaço de coworking, como o Impact Hub. Além disso, aplicativos como o Moda Livre indicam para o consumidor quais são as marcas que fazem uso de trabalho escravo na produção têxtil.
Antigamente, as marcas mais mal vistas pelos consumidores estavam ligadas às indústrias de cigarro, por exemplo, em que o produto estava no centro da discussão. Hoje, o modo como algo é produzido, independentemente do setor, também ganha seus próprios holofotes. Assim, aumenta-se a preocupação com o impacto ambiental e social de um negócio, com o descarte do que é consumido e também com a eficiência energética da produção.
Um bom exemplo de organização que transformou essa tendência em core do negócio é a Wise Waste, empresa de reciclagem de resíduos complexos como cápsulas de café e embalagens metalizadas. Por meio do design circular, a startup oferece serviços para grandes marcas como P&G, Natura e Nestlé. E os números falam por si só: de 2015 para 2016, a startup dobrou de tamanho e espera crescer seis vezes no próximo ano.

2. Novas relações de trabalho

Se trabalho um dia já foi sinônimo de tortura, hoje é espaço de realização. A relação de cada indivíduo com a própria carreira e o local onde trabalha mudaram radicalmente nos últimos anos, especialmente com o aumento da presença dos millennials nas organizações. É por isso que os empreendedores mais atentos — e seus times de Gente e Gestão — procuram serviços e soluções que estejam alinhados com essa nova relação entre funcionários, empresas e líderes.
Segundo o relatório da Deloitte que prevê disrupções para 2017, isso significa dar uma ênfase maior em ferramentas colaborativas de gestão e comunicação, como Trello e o Slack, além de repensar o modo como as organizações mensuram a performance, fazem a gestão dos planos de carreira e incentivam o aprendizado individual contínuo do time.
A Qulture Rocks, por exemplo, é uma plataforma brasileira que une feedbacks instantâneos, gestão de metas ágeis e avaliações de talentos para facilitar a gestão de talentos das empresas. Francisco de Mello, fundador da startup, se inspirou nas práticas de empresas como Google, AB InBev, Adobe, e General Electric para oferecer uma solução para o mercado que ele mesmo sempre buscou: um sistema que ajude as empresas a criarem times de alta performance.
Já a Pin People, também apostou nesse mercado para criar uma plataforma online que une talentos e empresas pela combinação de afinidades, cultura, valores e propósito. Um verdadeiro Tinder para recrutamento e seleção!
Esse universo de serviços para gestão e RH é um espaço de oportunidades infinitas! E se você adicionar nessa conta a tendência ao trabalho remoto vai se deparar com um verdadeiro oceano azul, em que a necessidade de novos negócios cresce na velocidade de transformação dos ambientes de trabalho.

3. Novos usos de serviços de tecnologia

“Negócios voltados para tecnologia não deveriam servir apenas analistas de TI e pessoas que sentam atrás de um computador o dia todo. Este ano, nós vemos uma grande onda de inovação nas indústrias mais tradicionais onde os negócios ainda são geridos pelo papel.” Essa é a previsão de Stacey Epstein, fundadora do aplicativo de mensagens Zinc. E que nós já vemos indícios da formação dessa onda aqui no Brasil.
Exemplo dessa tendência é o crescimento de serviços de gestão financeira como o GuiaBolso e de contabilidade online como a Contabilizei, ambos apoiados pela Endeavor desde o ano passado. Um outro exemplo de empresa da rede Endeavor, o dr.consulta, faz uso da tecnologia para automatizar o serviço de agendamento e confirmação de consultas e exames pelo e-mail e SMS, otimizando o próprio serviço e melhorando a experiência dos consumidores.

4. Novos serviços personalizados entregues em larga escala

A antiga abordagem de “um-tamanho-serve-todos” (one-size-fits-all) perde a força, quando os consumidores passam a ser cada vez mais aversos a comunicações genéricas, serviços padronizados e respostas protocolares. Mesmo que seu mercado seja pequeno, cada consumidor deve sentir que as suas soluções se encaixam perfeitamente com o que ele busca. Estreite o seu foco, contrate especialistas e dê aos consumidores aquilo que eles precisam – no timing e na dose certas.
Mas, como manter a personalização sem perder escala?
Aproveite todo ponto de contato da sua marca para coletar dados sobre os seus consumidores. Pode ser o aumento de interesse por um serviço que você oferece, uma pesquisa de satisfação que entenda melhor a jornada de consumo ou até uma análise aprofundada do perfil de clientes que você já atendeu, indo além do demográfico para as motivações, estilo de vida e necessidades.
Para escalar o atendimento ao cliente, sem sobrecarregar o time, invista em chatbots que respondem em tempo real aos consumidores, a qualquer hora do dia, de maneira inteligente. Um outro exemplo de serviço oferecido sob medida, apesar da larga escala, são as Descobertas da Semana do Spotify, o algoritmo de recomendações da Amazon e as sugestões de séries do Netflix.
Parece muito distante da realidade da sua empresa? Comece a personalização dando inteligência à sua base de e-mails: enriquecimento de leads, novas segmentações mais apuradas e criação de Landing Pages com campos que te oferecem mais informações sobre o consumidor são uma maneira simples de começar a colher dados e gerar comunicações personalizadas.
No momento em que você acerta na entrega de soluções que combinam perfeitamente com a necessidade do seu consumidor, a resposta dele é imediata: recomendar a sua empresa para a própria rede de amigos e contatos.
Essas são algumas tendências que já despontam no horizonte do mercado de serviços nesse ano que acabou de começar. O grande desafio para o empreendedor é saber para onde canalizar os esforços. É se antecipar a certos movimentos para que, quando eles ganharem força, você se fortaleça também.
Se você empreende no setor ou tem a intenção de se arriscar, acompanhe essas e outras tendências para 2017 com apenas uma ideia em mente: como usar esses movimentos culturais e sociais para criar serviços inovadores que encantem o consumidor?
Comece com uma ferramenta simples: o Job to be Done. E descubra qual é o trabalho que você deseja executar para os seus consumidores, e que eles estão dispostos a pagar para ter.
Este artigo é uma parceria de produção entre Endeavor e Sebrae
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Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/4-tendencias-que-vao-guiar-o-mercado-de-servicos-em-2017/?utm_campaign=nao_empreendedores_news_06022017&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Localiza não vê dificuldades para Cade aprovar operação com Hertz


Entre os fatores que sustentam o otimismo da Localiza está a pulverização do mercado de aluguel de veículos no Brasil

 






São Paulo – A aprovação da compra da Hertz Brasil pela Localiza não deve enfrentar grandes empecilhos, de acordo com a avaliação do diretor-presidente, Eugênio Mattar.

O executivo informou que a empresa já protocolou os documentos necessários no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), e que, agora, cabe à Localiza aguardar a publicação do parecer final.

“Talvez abril ou maio seja o período em que o Cade vai responder”, disse Mattar, durante teleconferência com analistas e investidores. “A princípio, não vemos dificuldade para a aprovação, mas temos que percorrer todos os caminhos para que ela seja liberada.”

Entre os fatores que sustentam o otimismo da Localiza está a pulverização do mercado de aluguel de veículos no Brasil, que atualmente conta com cerca de 7.500 empresas e não apresenta restrições para a entrada de novos players.

Em dezembro, a Localiza anunciou a compra da Hertz Brasil com a Hertz Corporation – a aquisição tem o valor estimado em R$ 337 milhões, correspondente ao valor do patrimônio líquido mais a dívida da companhia.

O valor final será definido de acordo com o balanço da Hertz Brasil a ser levantado na data de conclusão do negócio.

Com a aquisição, a Localiza Fleet assumirá uma frota de cerca de 9.200 carros da Hertz Brasil, que inclui cerca de 3.700 carros no negócio de gestão de frotas.

O segmento de aluguel de carros da Hertz Brasil possui em torno de 5.500 carros e uma rede de 42 agências, sendo 16 localizadas em aeroportos. Essa rede não inclui agências de franqueados.

Sensação de trem desgovernado passou, diz Armínio Fraga

 

 

Para o ex-presidente do Banco Central, o Brasil já não está mais à beira do precipício, como nos tempos de Dilma Rousseff






São Paulo – Decorridos quase nove meses desde que o presidente Michel Temer assumiu o cargo, em 12 de maio, o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, já não vê o Brasil à beira do precipício, como nos tempos de Dilma Rousseff.

Segundo Arminio, apesar de alguns tropeços aqui e ali, da crise política e das incertezas geradas pela Lava Jato, houve uma “mudança de peso” na economia no governo Temer. “Aquela sensação de que o Brasil era um trem desgovernado passou”, afirma.

Ainda assim, ele acredita que a tarefa de recolocar o País nos eixos está longe de acabar e que serão necessários “muitos ajustes e reformas” para isso acontecer. 
 
Nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Arminio fala também que a volta do crescimento será lenta, porque “não estamos vivendo um ciclo econômico normal”, e que o setor privado tem a sua parcela de culpa na crise.

Com o presidente Michel Temer prestes a completar nove meses no cargo, qual é a sua avaliação do governo?
No geral, a minha visão é de que, desde o afastamento da presidente Dilma Rousseff, houve uma mudança de peso em relação ao que se tinha antes. Apesar do ambiente político carregado, houve algumas reformas importantes.

Agora, existe uma agenda. Boa parte dela foi apresentada antes mesmo do impeachment, o que ajudou bastante. Essa agenda inclui itens importantes, com impacto no longo prazo, como o controle dos gastos públicos e a reforma da Previdência.

Que outras mudanças estão contribuindo para melhorar o cenário econômico?
Além das mudanças que envolvem o Legislativo, vale a pena destacar o que vem acontecendo na Petrobrás, no Banco Central, no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na Eletrobras e em outros lugares. Isso faz parte desse quadro de mudança que está em curso e já mostra bons resultados.

É verdade que, de vez em quando, uma coisa ou outra negativa acontece. O País vive uma recessão colossal e ainda há muita incerteza, muito sofrimento, pela frente.

Há muita incerteza também em relação ao que vem por aí em 2018, nas eleições presidenciais. Mas, dentro do possível, acredito que o governo tem trabalhado bem.

Qual a sua percepção do governo Dilma?
Eu tinha uma leitura muito negativa do que estava acontecendo no governo anterior. Achava que o Brasil caminhava para o caos. Mesmo. Esse caminho agora foi invertido.

Antes, às vezes, surgiam problemas e eles iam aumentando, porque não eram enfrentados de forma adequada.

Agora, os problemas surgem, mas geram uma reação de correção. Isso é muito bom. Hoje, o Brasil segue vulnerável, mas aquela sensação de que era um trem desgovernado, de que estávamos indo para o precipício, passou.

Não é nada fácil a missão que eles têm pela frente, porque pegaram um quadro de terra arrasada e vêm conseguindo avançar, a despeito de tudo o que está acontecendo no meio político e no Judiciário, que não é pouca coisa, embora seja, obviamente, muito positivo para o País.

O que exatamente o senhor quer dizer quando fala que o governo Temer herdou um “quadro de terra arrasada”?
Houve uma extraordinária deterioração no crédito do governo, nas finanças públicas de forma geral, incluindo os Estados e municípios, que vão exigir um esforço monumental de correção.

Houve também uma impressionante perda de dinamismo e de produtividade, como resultado de uma série de políticas equivocadas adotadas pelo governo anterior, batizadas depois de Nova Matriz Econômica.

O Estado se tornou não apenas um veículo para a adoção de políticas populistas. Ele foi capturado por interesses partidários e por interesses privados.

Em função dessa captura, o Estado fazia mal à economia, para beneficiar alguns poucos, para que ajudassem a perpetuar esse modelo.

Tudo isso se mistura e tem raízes comuns com o que está acontecendo no mundo político. Hoje, isso tudo está sendo exposto – e é uma das coisas boas do que está aí – e aos poucos vem sendo corrigido. Mas não é uma doença de tratamento fácil.

Ao menos o governo Temer parece empenhado em deixar o setor privado trabalhar de uma forma mais solta…
É verdade, mas o setor privado ficou meio viciado nisso tudo. Foi parte nisso tudo. É preciso não isentar de culpa o setor privado.

Enquanto esse modelo complicado não for corrigido, o setor privado não terá condições muito boas para tocar a vida. Isso deixou sequelas. Internamente, sempre fica no ar o receio de uma fadiga no ímpeto reformista.

Do lado externo, as condições foram quase as ideais durante muitos anos, com abundante liquidez e com bons mercados para os nossos produtos.

Hoje, se algo acontecer, se houver outra crise, se a economia chinesa tiver uma desaceleração mais forte, se os juros americanos derem um salto, nós estamos muito fragilizados. Temos de ser realistas.

Depois de dois anos de recessão e outro de crescimento quase zero, o governo prevê um aumento de apenas 1% no PIB em 2017. Não é pouco?
Nós não estamos vivendo um ciclo econômico normal. Ele está embrulhado com todas essas outras questões. Normalmente, quando se vive uma recessão dessa magnitude, a economia tem uma reação natural.

É o famoso ciclo econômico. Chega um ponto em que o ciclo se esgota e começa a se reverter. Em parte, isso está acontecendo, mas, como não é um ciclo normal, a retomada está sendo mais lenta.

Como falei há pouco, as incertezas vão seguir elevadas, não só as externas, que assustam, mas também as internas. Isso também atrapalha. Não tem jeito.

Quais devem ser os próximos passos?
O quadro fiscal ainda é extremamente preocupante, mesmo se contarmos com o sucesso na reforma da Previdência. Houve uma deterioração fiscal equivalente a uns seis pontos porcentuais do PIB (Produto Interno Bruto).

A dívida pública cresceu e vai continuar a crescer por algum tempo. Isso significa que o saldo primário (resultado das contas públicas sem os gastos com os juros da dívida) terá de passar por uma correção maior do que os seis pontos de piora – e isso será muito difícil.

Nós estamos falando de sair de um déficit primário de 3% do PIB para um superávit primário de 4% do PIB ou mais.

Não se deve minimizar o tamanho do desafio. Muito se fez desde o afastamento de Dilma, mas muito ainda terá de se fazer. Não há outra saída. Esse é o drama e vai exigir muita perseverança.

Fora lidar com a questão fiscal, o que mais é preciso fazer?
O desafio fiscal tem de ser complementado por muita coisa no mundo da produtividade. Há muitas reformas e muitos ajustes a serem feitos.

Acredito que faz falta também acelerar um pouco esse ajuste, para reduzir a pressão em cima do Banco Central. O Banco Central tem trabalhado bem e está encontrando espaço para reduzir os juros, em cima da confiança em relação às melhorias que ocorrerão no futuro. Mas, se o ajuste for mais rápido, dará ao Banco Central mais liberdade para administrar a política monetária.

Até que ponto os desdobramentos da Lava Jato podem prejudicar a retomada do crescimento?
Infelizmente, essa é talvez a parte mais difícil se não impossível de se administrar, porque ela tem vida própria – e tem de ter vida própria. Nesse caso, o governo tem de reagir como for possível.

É um elemento que dá esperança de que pode acontecer uma mudança nessa área, para muito melhor. Mas, enquanto ela não ocorre, o meio político seguirá gastando uma energia tremenda com esse assunto.

As pessoas vão continuar esperando a cada dia as notícias, procurando se defender. Isso gasta tempo, espaço de agenda e há também um lado emocional forte. As pessoas estão com medo da prisão, da condenação. Não é fácil, não.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.