segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Reforma requer revisão do modelo sindical, dizem especialistas



O professor de direito trabalhista da USP defendeu que o Brasil ratifique a norma da OIT que prevê a liberdade de associação sindical



A reforma trabalhista proposta pelo governo federal leva à necessidade de revisão do modelo sindical brasileiro, afirmaram advogados que participaram de audiência pública promovida hoje (10), na capital paulista, pela Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP).

“Uma revisão da legislação teria que passar pela revisão do modelo sindical que temos”, disse o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, desembargador Wilson Fernandes.

“Entendo que os sindicatos brasileiros, organização sindical brasileira, não estão maduros para enfrentar essa nova realidade que o PL [Projeto de Lei] 6787 propõe”, afirmou, sobre problemas que podem ser enfrentados, uma vez que um dos pontos centrais da reforma é dar mais peso às negociações com trabalhadores e empresas.

Convenção 87

 

O professor de direito trabalhista da Universidade de São Paulo, Otávio Pinto e Silva, defendeu que o Brasil ratifique a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A norma prevê a liberdade de associação sindical, o que deixaria de lado várias normas em vigor atualmente.

“Deve ser garantido aos grupos de trabalhadores ou de empresários o direito de criar livremente suas entidades sindicais, sem a sujeição de atos de ingerência do Poder Público”, destacou.

Entre as mudanças que poderiam ser feitas – se o modelo proposto fosse adotado – seria a criação de entidades sindicais por outros critérios, que não somente a mesma categoria profissional, e o fim da necessidade de que os sindicatos tenham representatividade em ao menos um município.

Poderiam ser criadas, por exemplo, organizações que associassem apenas os trabalhadores de uma determinada empresa. “A Convenção 87 é o padrão internacional. Por que o Brasil vai ficar fora do padrão internacional?”, indagou..

Uma das razões para mudanças, segundo o professor, é a baixa representatividade dos sindicatos, apesar do número expressivo de agremiações.

Ele citou dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que apontam que, no Brasil, 16% dos trabalhadores são sindicalizados.

Para o professor, é preciso dar garantias contra práticas antissindicais e persecutórias por parte das empresas e acabar com a contribuição obrigatória para manutenção das entidades.

“A contribuição compulsória é, sem dúvida nenhuma, um dos motivos que levam a essa proliferação de sindicatos no Brasil, a disputa pelo direito de arrecadar a contribuição sindical compulsória”, ressaltou.

Sindicatos

 

O assessor do Ministério do Trabalho Admilson Moreira disse acreditar que o sindicalismo brasileiro está pronto para lidar com as mudanças.

“Estamos hoje em condições de dar um passo adiante e conferir às centrais sindicais esse poder de negociação, livremente autônomo, nesses 13 pontos”, afirmou, durante sua explanação. Moreira participou da audiência como representante do ministro Ronaldo Nogueira

O projeto de lei em tramitação no Congresso estabelece, entre outras medidas, que os acordos ou convenções coletivas terão força de lei em determinadas situações.

Entre elas, estão o parcelamento das férias em até três vezes, a compensação da jornada de trabalho, os intervalos de intrajornada, o plano de cargos e salários, banco de horas e trabalho remoto.

Ao citar dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Econômico (OCDE), Moreira negou que a representatividade dos sindicatos brasileiros seja baixa.

Segundo o assessor do ministério, na Itália as entidades representam 36% dos empregados e no Reino Unido, 24%. Na Alemanha, Espanha, Portugal e Grécia o índice é, de 18% e na França, de 7%, informou.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Procurador da Lava Jato defende divulgar delações da Odebrecht

 

 

Ele disse ainda que o método de colaboração premiada tem sido essencial no processo de investigação de atos ilícitos no Brasil









São Paulo – O procurador da República e um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, defendeu o fim do sigilo das delações de executivos da Odebrecht.

“Vivemos em um país em que somos reféns da violência e da corrupção. Talvez, seja até melhor levantar o sigilo para todos saberem quais são os fatos revelados”, afirmou em palestra realizada pela Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham) nesta quinta-feira (9).

Ele disse ainda que o método de colaboração premiada tem sido essencial no processo de investigação de atos ilícitos no Brasil. “Não é totalmente moral, mas, ainda assim, é eficaz”, disse.

De acordo com Lima, a força-tarefa da operação trabalha com o princípio do “pescoço na guilhotina”. “A nossa garantia é manter a pessoa com a corda no pescoço durante um período probatório. Ou seja, se ela cometer um novo crime ela perde todos os benefícios celebrados no momento do acordo”, diz.

À plateia de empresários e pessoas ligadas ao setor de compliance, o procurador também ressaltou a reação excessiva dos políticos brasileiros em relação aos depoimentos dos executivos da empreiteira. “Muitos políticos não sabem se estão na lista e estão reagindo excessivamente. Pode ser que eles nem estejam lá”, afirmou. “Estamos em um ambiente perverso”.

Abaixo Assinado - Aquífero Gurarani


 

Estou divulgando para a assinatura o meu Abaixo Assinado em relação  Aguífero Guarani, considerado o maior reservatório de água doce do Planeta.


Aguífero é a denominação dada a grandes reservatórios de águas subterrâneas localizadas a centenas de metros de profundidade.

Considerado o maior reservatório subterrâneo de água doce do planeta, o Aquífero Guarani possui cerca de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, estendendo-se desde a Bacia Sedimentar do Paraná até a Bacia do Chaco-Paraná, estando presente em quatro países da América do Sul: Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.

No Brasil, esse aquífero se estende pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Não se sabe com precisão a quantidade de água armazenada no Aquífero Guarani, no entanto, conforme a Agência Nacional de Aguas (ANA) , as reservas permanentes de água são da ordem de 45 mil quilômetros cúbicos, sendo que aproximadamente 65% desse total está localizado no territóio brasileiro.

O armazenamento da água no Aquífero Guarani ocorre em função da estrutura geológica do local. De acordo com o geológica do local. De acordo com o geólogo José Luis Albuquerque, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo, essa região é composta de pouca argila e muita areia, funcionando como uma espécie de esponja gigante, em que ocorre a absorção das águas das chuvas, que ficam confinadas sob centenas de metros de rochas impermeáveis.

O Aquífero Guarani é um importante manancial para o consumo humano. Atualmente, existem mais de dois mil poços no Sistema Aquífero Guarani, com profundidades que variam 100 a 300 metros . No Brasil, esse reservatório de água esta localizado numa das áreas de maior concentração populacional do país.

Em algumas regiões , como, por exemplo, Ribeirão Preto, cidade do Estado de São Paulo, o aquífero vem sofrendo contaminação por agrotóxicos e pelo vinhoto (resíduo proveniente da destilação fracionada da cana-de-açucar). Outras substâncias também podem provocar a poluição desse reservatório subterrâneo, pois a água da chuva entra em contato com esses elementos e posteriormente, é infiltrada.

Visando preservar a qualidade da água e explorar de forma consciente esse recurso, esta sendo elaborado o Projeto de Proteção Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Sistema Aquífero Guarani. Realizado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Banco Mundial, esse projeto tem por objetivo tornar o Guarani uma fonte real de água, formulando um marco legal para a gestão compartilhada, pelos quatros países envolvidos, dos recursos híbridos subterrâneos. Estima-se que serão gastos 26,7 milhões de dólares para esse projeto.


Por: Wagner de Cerqueira e Francisco Graduado em Geografia.

Abaixo Assinado: Link abaixo:

    https://www.change.org/p/minist%C3%A9rio-do-meio-ambiente-prote%C3%A7%C3%A3o-ao-agu%C3%ADfero-guarani?recruiter=36705911&utm_source=share_petition&utm_medium=facebook&utm_campaign=share_page&utm_term=des-lg-action_alert_sign-no_msg






 

'Foi um acidente e felizmente sem consequências maiores', diz Aécio sobre pouso


 

 Na noite da quinta-feira, 9, o jatinho que transportava o senador mineiro teve problema no trem de pouso e fez uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Cumbica




O senador Aécio Neves (PSDB-MG) (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


Horas depois de passar por um susto no avião que o transportava de Brasília para São Paulo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) evitou tecer maiores comentários sobre o episódio. "Foi um acidente e felizmente sem consequências maiores. Sigamos em frente", disse ele, diante da insistência de jornalistas na sede da Fundação Fernando Henrique Cardoso, no Centro da capital paulista. Questionado se já tinha passado por algo parecido, o tucano, presidente nacional do PSDB, disse apenas que "não".

Na noite da quinta-feira, 9, o jatinho que transportava o senador mineiro teve problema no trem de pouso e fez uma aterrissagem de emergência no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O avião chegou a sair da pista e só parou na grama. Ninguém ficou ferido.

Aécio viajou para São Paulo para se reunir com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele chegou à fundação FHC por volta as 11 horas, a tempo de assistir o final da palestra do jurista Ives Gandra Martins Filho sobre a reforma trabalhista. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, após a palestra, Aécio e FHC seguiram para um restaurante para almoçar. O local não foi informado.

Desde a indicação do ministro licenciado Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, Aécio articula a indicação do senador Antônio Anastásia (PSDB-MG) para ocupar a vaga no ministério da Justiça.



As 20 empresas que mais ajudam a crescer na carreira em São Paulo


Onde profissionais encontram mais oportunidades de crescimento e desenvolvimento de carreira na cidade de São Paulo? Pesquisa exclusiva dá o "mapa da mina"

 





São Paulo – Orçamentos enxutos implicam aumentos salariais mais raros. Com pacotes de remuneração menos atrativos, ganham mais destaque outros aspectos que influenciam a satisfação profissional.

Um deles é a capacidade que a empresa tem de oferecer ambiente propício ao crescimento e desenvolvimento profissional. Na plataforma Love Mondays é possível saber se determinada empresa vai bem no quesito “oportunidades de carreira”.

Levantamento exclusivo com base em 55 mil avaliações de usuários do site, mostra que dentre as empresas com escritório em São Paulo, o Nubank sai na frente: de zero a cinco a fintech recebeu nota 4,369 nesse item.

Para ranquear as empresas, além do recorte geográfico, a equipe do Love Mondays filtrou as companhias com, ao menos, 20 avaliações nos últimos 12 meses que tinham nota acima da média no quesito oportunidades de carreira, que é de 3,09.

A percepção sobre a chance de desenvolvimento profissional, aliás, esteve também em baixa nos últimos 12 meses, com notas bem menores do que o índice médio de satisfação geral. Saiba mais: Como contratar funcionários para a sua startup - entenda as burocracias – Patrocinado

O gráfico abaixo mostra isso e pode ser um sinal de que as demissões e bloqueio de investimentos afetaram a capacidade de muitas empresas de dar mais oportunidades de carreira aos seus funcionários:

grafico-satisfacao


Confira, as 20 companhias com escritório em São Paulo (SP) que mais se destacam em relação às oportunidades de carreira que oferecem, segundo seus atuais e ex-funcionários. Todas as avaliações do site são anônimas e espontâneas.

Justiça suspende venda da NTS pela Petrobras


Assembleia extraordinária de acionistas da petroleira brasileira havia aprovado em dezembro a venda da fatia

 




Rio de Janeiro – A Justiça Federal em Sergipe suspendeu a venda feita pela Petrobras de 90 por cento da Nova Transportadora do Sudeste (NTS) ao consórcio liderado pelo grupo canadense Brookfield, por 5,19 bilhões de dólares, após ação movida pelo Sindicato dos Petroleiros Alagoas Sergipe (Sindipetro AL/SE).

Uma assembleia extraordinária de acionistas da petroleira brasileira aprovou em dezembro a venda da fatia. Os autores da ação alegaram que a Petrobras estaria promovendo a venda sem observar as normas de licitação.

Na próxima, serão demitidos, diz Doria após queixas de regionais


De acordo com o prefeito de São Paulo, estamos aqui para dar soluções para os problemas e para a população, não é para dizer que não tem recurso.

 




São Paulo –  O prefeito João Doria (PSDB) disse ter ficado “muito aborrecido” com as queixas de falta de recursos da Prefeitura feitas publicamente por dois prefeitos regionais da capital e emitiu um “sinal amarelo” aos subordinados caso as reclamações se repitam: “Na próxima, serão demitidos”.

“Imagina o cara dizer que enxuga gelo? O que é isso? Nós estamos aqui para enfrentar os problemas, não para reclamar dos problemas. Estamos aqui para dar soluções para os problemas e para a população, não é para dizer que não tem recurso, não tem isso, não tem aquilo. Somos servidores para atender as necessidades da população, em qualquer circunstância”, disse Doria.

As queixas foram feitas pelos prefeitos regionais Edson Marques (São Miguel) e Benedito Mascarenhas (Vila Mariana) em entrevistas promovidas pela Rádio Estadão e publicadas pelo blog nesta quinta-feira, 9. Marques afirmou não ter como dar resposta a todas as demandas por poda de árvores no bairro da zona leste. “Nós acabamos fingindo que estamos fazendo e na verdade você vai agindo sob pressão”.

Já Mascarenhas comentou a campanha do prefeito contra os pichadores dizendo que da forma como a lei é hoje o indivíduo detido por pichar patrimônios públicos e privados é levado para a delegacia mas não sofre nenhuma punição. “É enxugar gelo, como se diz. O que cabe exatamente para nós é ir lá pintar aquilo que foi sujado.”

As declarações de falta de recursos e de estrutura nas prefeituras regionais desagradaram Doria. Para o prefeito, os gestores precisam ter “capacidade criativa de fazer suprir as dificuldades” e “não externar isso para a população”.

“Imagina, amanhã chegar o secretário da Saúde e dizer ‘olha, estamos com muita dificuldade, estamos enxugando gelo?’ O que a população vai achar? Não pode chegar num hospital, num posto de saúde e não ser atendido. Temos de atender, dar conta das nossas demandas. Pegue o exemplo do prefeito: faça o que tem que fazer com os recursos que têm disponíveis”, completou Doria.