De acordo com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, se o país não mudar suas leis trabalhistas, o desemprego aumentará mais
Brasília – O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, fez forte defesa da proposta da reforma trabalhista apresentada pelo governo à Câmara.
Se não houver reforma, diz Martins Filho, o desemprego
crescerá ainda mais e o Brasil estaria sob o risco de evoluir rumo à
situação da Venezuela no mercado de trabalho.
“Do jeito que estamos, vamos aumentar o desemprego”, disse o
presidente do TST, com a argumentação de que a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) “continua com uma série de deficiências” mesmo após a
série de ajustes no texto ao longo das últimas décadas. Martins Filho
participa de audiência na Comissão da Reforma Trabalhista na Câmara.
Ao defender a reforma, Martins Filho fez uma comparação que
gerou polêmica entre deputados e outros presentes. O presidente do TST
disse que, se nada for feito na legislação trabalhista, “podemos
caminhar a tal ponto que vamos rumo à Venezuela”.
A comparação foi aplaudida por parte dos presentes e vaiada
por outro grupo de presentes. Em seguida, ele tentou apaziguar os ânimos
com a afirmação de que empresários, trabalhadores e sindicalistas
querem chegar a um objetivo comum – que passa pelo aumento do emprego,
segurança jurídica e harmonia nas relações do trabalho – mas só divergem
quanto ao caminho para esse objetivo.