terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

BTG prepara venda de grupo de farmácias BR Pharma por R$ 1



Controle da rede de farmácias deve ser comprado por Paulo Remy, hoje sócio da WTorre

 




São Paulo – A “limpeza” no portfólio de investimentos em empresas do banco BTG Pactual deve continuar nos próximos dias com a venda, por R$ 1, do controle da rede de farmácias BR Pharma ao empresário Paulo Remy, hoje sócio da construtora WTorre, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo fontes, Remy teria experiência em assumir negócios em dificuldades, pois trabalhou na consultoria Galeazzi & Associados, especializada em reestruturações.

A BR Pharma é um dos ativos mais problemáticos na carteira do BTG. O banco tentou montar uma gigante em farmácias a partir de aquisições realizadas em diferentes regiões do País.

No entanto, o negócio revelou-se de difícil retorno e a instituição teve de fazer aportes de capital no ativo. Em janeiro do ano passado, por exemplo, o BTG injetou cerca de R$ 400 milhões na BR Pharma.

Desde que resolveu desistir das farmácias, o BTG vinha vendendo separadamente as marcas. Em novembro de 2015, a Mais Econômica foi repassada ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

Em 2016, foi a vez da Rosário ser vendida à Profarma, por R$ 173 milhões. No entanto, o valor deveria sofrer um desconto, pois boa parte das lojas da Rosário estava enfrentando desabastecimento na época.

Ao passar o controle da BR Pharma adiante, o BTG sai do negócio sem receber nada, mas se livra de pesadas obrigações.

Hoje, a BR Pharma se resume às redes Big Ben, Farmácia Santanna e à cadeia de franquias FarMais.

Somente para comprar a Big Ben, o BTG gastou R$ 453 milhões, em novembro de 2011.

Não é a primeira vez que o BTG investe pesado num ativo para depois repassá-lo adiante com valor simbólico. A rede de varejo fluminense Leader, de apelo popular, foi vendida por R$ 1 ao advogado Fabio Carvalho. A Alvarez & Marsal assumiu a gestão.

O jornal O Estado de S. Paulo procurou a WTorre para falar sobre a entrada de Remy na BR Pharma, mas não obteve retorno. O BTG não quis comentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


BHP Billiton eleva dividendos em meio a alta das commodities


Presidente executivo da mineradora, Andrew Mackenzie, disse que o foco principal da companhia continua sendo reduzir dívidas





Sydney – A mineradora gigante BHP Billiton recompensou os acionistas com dividendos acima do esperado nesta terça-feira, refletindo uma maior confiança no setor conforme uma alta nos preços das commodities eleva as receitas.

A BHP e outras mineradoras têm aproveitado a alta nos preços das commodities, resultante do apetite renovado da China matérias-primas importadas, que levou os preços do minério de ferro a subir mais de 80 por cento em 2016 e o do carvão a disparar até 300 por cento.

Contudo, o presidente executivo da BHP, Andrew Mackenzie, disse que o foco principal da companhia continua sendo reduzir dívidas, destacando incertezas quanto às perspectivas econômicas e políticas.

O executivo disse que apesar da preferência por fortalecer o balanço, a companhia quis sinalizar aos acionistas um comprometimento com fortes retornos.

O lucro líquido ajustado da companhia no primeiro semestre disparou, crescendo quase oito vezes, para 3,24 bilhões de dólares, ante 412 milhões de dólares na comparação anual. O resultado ficou próximo da estimativa de analistas de 3,4 bilhões de dólares.

A companhia declarou dividendos do primeiro semestre de 40 centavos de dólar por ação, ante 16 centavos há um ano, ultrapassando estimativas do mercado de 34 centavos por ação.


Burger King compra rede de frango frito Popeyes


Depois de retirar oferta de compra pela Unilever, fundos 3G Capital e Berkshire Hathaway buscam nova aquisição

 




São Paulo – A Kraft Heinz, do fundo 3G Capital e da Berkshire Hathaway, retirou sua oferta de US$ 143 bilhões pela Unilever, mas isso não impediu os fundos de buscarem fechar uma nova aquisição este ano.

A Restaurant Brands International, rede de fast food controlada pelo fundos 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann Marcel Telles e Beto Sicupira e pelo fundo Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, acabou de fechar a aquisição da rede Popeyes Louisiana Kitchen, baseada em frango frito.

A RBI é controladora do Burger King e, desde 2014, da canadense Tim Hortons, de doughnuts e cafés. Agora, acabou de abocanhar mais uma concorrente.

O valor da aquisição é de US$ 79 por ação em dinheiro, o que equivale a US$ 1,8 bilhão, um prêmio de 27% em relação ao preço médio das ações nos últimos 30 dias. A transação ainda está sujeita a análises e aprovações dos órgãos competentes.

“A aquisição da Popeyes adiciona uma marca bem-sucedida e altamente conceituada com grande fidelidade dos consumidores à RBI, uma das maiores empresas do mundo em serviços rápidos de restaurantes, que tem duas das redes mais icônicas do setor, Burger King e Tim Hortons”, afirmou a companhia em comunicado.

Fundada em New Orleans em 1972, a rede Popeyes tem mais de 2.600 restaurantes nos Estados Unidos e em outros 25 países. Já a RBI tem mais de 20.000 unidades em 100 países.

Em nota, o CEO da RBI, Daniel Schwartz, afirmou que “Popeye é uma marca poderosa com grande herança na Louisiana que ressoa com consumidores ao redor do mundo”.  “A medida em que Popeyes se torna parte da família RBI, acreditamos que conseguimos entregar crescimento e oportunidades para todos nossos parceiros, incluindo nossos valiosos funcionários e franqueados”, disse.

Para a presidente da companhia de Louisiana, Cheryl Bachelder, “o resultado (dessa parceria) é uma transação que entrega resultados imediatos para os acionistas da Popeye”.

A negociação pela rede Popeyes, de frango frito, começou há alguns meses.

Segundo a Bloomberg, o interesse se renovou na semana passada, quando a empresa fez uma nova oferta pela compra, envolvendo principalmente dinheiro. De acordo com a publicação, o valor de mercado da rede Popeyes é de US$ 1,37 bilhão, enquanto a companhia de Lemann e Buffeff vale US$ 25 bilhões.

Meirelles aponta setores que devem ser privatizados





Ministro citou companhias do setor financeiro , empresas de saneamento e de energia como alvos


Da Redação
redacao@amanha.com.br

 Henrique Meirelles aponta setores que devem ser privatizados

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (foto), afirmou na noite de segunda-feira (20), em entrevista à GloboNews, que o projeto de recuperação fiscal dos Estados exigirá a privatização de empresas de saneamento, eletricidade e do setor financeiro. A primeira versão proposta pela União exigia apenas a criação de um programa de desestatização, sem especificar as áreas que poderiam ser objetos de privatização. O governo do Rio Grande do Sul, por exemplo, tem afirmado que não quer abrir mão do banco estadual. Em contrapartida, tem oferecido outros ativos, como a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e a distribuidora de energia CEEE.

Outro ponto destacado por Meirelles é que o ajuste demandará redução da renúncia fiscal dos Estados. Segundo Meirelles, os Estados terão de reduzir em pelo menos 20% os benefícios e incentivos tributários dados a empresas. “O ajuste nos Estados exigirá a proibição de aumentos salariais, de transferências de verbas entre entes federativos e de criação de subsídios, entre outros pontos”, revelou. Por outro lado, Meirelles afirmou que os Estados terão de elevar a arrecadação cortando subsídios já existentes, elevando as contribuições dos servidores e criando novas contribuições, além de fechar empresas públicas inviáveis. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, estima que o projeto de lei seja aprovado na Casa na primeira quinzena de março.


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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Governo busca investidores estrangeiros para mercado de petróleo

 

A refinaria Abreu e Lima, que opera com metade da sua capacidade em Pernambuco, deve ser aberta a parcerias privadas



 
O governo federal vai criar regras com o objetivo de atrair investidores estrangeiros para o mercado de refino de petróleo – hoje controlado quase que exclusivamente pela Petrobras.
 
A refinaria Abreu e Lima, que opera com metade da sua capacidade em Pernambuco, deve ser aberta a parcerias privadas.
 
A reorganização do setor vai ser definida pelo programa Combustível Brasil, lançado hoje (20) pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no Recife.
 
O programa vai ouvir o setor privado, as refinarias já existentes, órgãos públicos e a Petrobras para estabelecer uma nova regulamentação do setor de modo a atrair investidores estrangeiros, desenvolver regras de acesso, melhorar infraestruturas portuárias e terminais de abastecimento de combustíveis e atuar na precificação dos ativos para garantir investimentos de longo prazo. A ideia é que o mercado tenha um papel maior na regulação do setor, de acordo com o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.
 
De acordo com o secretário, desde a Lei 9.478/1997, que quebrou o monopólio da Petrobras na área, já era permitida a entrada de estrangeiros no refino, mas 20 anos depois mais de 95% do setor ainda está nas mãos da estatal.
 
Para o gestor, é preciso remodelar o setor para aproveitar os potenciais brasileiros – quinto maior mercado de derivados do petróleo e de localização distante dos polos de produção, o que tornaria o país um local atrativo para implantação de novas refinarias privadas.
 
“Hoje a gente está em uma situação diferente, que a Petrobras está procurando atingir metas de desalavancagem, ter uma saúde financeira mais adequada. Tem um déficit de refino que há muito tempo não acontece e esse déficit tem que ser suprido. A gente tem que ter regras claras, robustas, que deem conforto para os investidores. Seja estatal, privado, os investidores vão vir”, afirma Félix.
 
Em entrevista à imprensa antes do evento, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, disse que cabe à Petrobras decidir sobre a redução da participação no mercado de refino.
 
“Quem vai decidir se vai diminuir a participação é a própria Petrobras, agora o Brasil hoje tem já uma necessidade de refino de óleo. A Petrobras tem tomado algumas decisões de desinvestimento, não sei se é o caso do refino, mas o fato é que o Brasil já é o quinto maior produtor de derivados de petróleo do mundo e a expectativa é que isso possa aumentar com o crescimento da economia.”


Abreu e Lima

 
A refinaria Abreu e Lima é encarada pelo governo como um dos principais potenciais de crescimento do refino nessa remodelagem. Hoje ela opera com parte de sua capacidade, já que as obras foram paralisadas.
 
Segundo o ministro, 40% do óleo diesel S10 consumido no país é produzido no local. Atualmente ela é 100% estatal, pertencente à Petrobras.
 
Para concluir a refinaria, a entrada de investidores privados é estudada, segundo o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Aurélio Amaral.
 
“Para ela se tornar mais rentável e atrair mais investimento há necessidade de atrair parceiros, já que a Petrobras passa por momento de dificuldades em investimento para que a gente possa complementar a produção”, avalia.
 
De acordo com a apresentação do diretor executivo de Refino e Gás Natural da Petrobras, Jorge Celestino, a estatal já havia anunciado em seu Plano de Negócios e Gestão (PNG) de 2017 a 2021 uma reestruturação da empresa no downstream, que são as atividades relacionadas à distribuição e refino de derivados do petróleo.
 
A meta é que o modelo de parcerias com o setor privado em Exploração e Produção de petróleo seja expandido para o refino. A forma como isso será feito ainda está em definição.
 
A Agência Brasil perguntou ao diretor da Petrobras como seria o processo de investimento privado em Abreu e Lima e de quanto seria a redução da participação da estatal no mercado de refino, mas o gestor não quis falar com a imprensa.
 
O governo aposta alto na refinaria nessa remodelagem, segundo o secretário Márcio Félix. “Dentro do país, o local que tem maior perspectiva de curto prazo é Pernambuco. Com a conclusão do segundo módulo, que já está mais de 80% pronto, essa refinaria pode se tornar talvez até a maior do país. Mas esse ativo é da Petrobras. E com o arcabouço regulatório a empresa pode definir nos próximos meses como será feito”.

 

Consulta pública

 
Para fazer a reorganização do mercado, o governo vai ouvir o setor em um workshop que será realizado no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de março, na sede da ANP. As propostas que resultarem do encontro serão levadas a consulta pública, disponibilizada no site do Ministério de Minas e Energia entre 20 de março a 20 de abril.
 
Um novo workshop será realizado no dia 3 de maio para aprovação do relatório final, no MME, em Brasília, e o projeto será levado à apreciação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 8 de junho, de acordo com o planejamento apresentado hoje.

 

Concentração de mercado

 
O mercado de distribuição de combustíveis no Brasil é dividido basicamente entre quatro grandes corporações, incluindo a Petrobras – 28,6% do bolo é da BR Distribuidora, braço da estatal na área de logística.
 
Ipiranga, com 20,6% do total, e Raízen, com 19,3%, levam as maiores fatias no setor privado. A Ale fica com 4,7% e outras 100 distribuidoras, aproximadamente, respondem por 26,8% do fornecimento.
 
A desconcentração do setor foi alvo de perguntas na apresentação. Márcio Félix disse que esses questionamentos podem ser levados ao workshop do Rio de Janeiro. “Não vai ter assunto proibido”, disse.

Demanda das empresas por crédito corporativo sobe em janeiro


Na comparação com janeiro de 2016, a alta foi de 6,2 por cento, enquanto ante dezembro, o avanço foi de 12,6%

 






São Paulo – A demanda de empresas por crédito no Brasil subiu em janeiro nas comparações mensal e anual, com o resultado influenciado pelo desempenho das micro e pequenas, segundo dados da empresa de informações de crédito Serasa Experian.

Na comparação com janeiro de 2016, a alta foi de 6,2 por cento, enquanto ante dezembro, o avanço foi de 12,6 por cento.

O crescimento na demanda por crédito nas micro e pequenas empresas em subiu 7,1 por cento em janeiro ante igual mês do ano passado, único segmento a mostrar alta nesta base de comparação.

“Por isto, não é possível ainda afirmar que a demanda empresarial por crédito tenha entrado, definitivamente, em território positivo”, escreveu a Serasa em comunicado.

A demanda por crédito nas médias empresas caiu 7,9 por cento, enquanto nas grandes a queda foi de 8,6 por cento.

Na comparação com dezembro, a demanda subiu 13,3 por cento nas micro e pequenas empresas, e tiveram leve alta de 0,5 por cento nas médias empresas e queda de 0,9 por cento nas grandes.

Todos os setores da economia mostraram crescimento na demanda por crédito em janeiro, com destaque para o setor de serviços, com 10,6 por cento ano a ano. Na sequência vieram os setores de comércio (3 por cento) e indústria (2 por cento).

Quando aberto por regiões, o destaque de alta ficou com a região Sudeste, após aumento de 9,4 por cento sobre um ano antes. A região Sul (+4,6 por cento) veio na sequência. A menor expansão foi no Norte, com alta 0,4 por cento.


Trump diz que empresas que saírem do país “pagarão preço alto”

 

Em discurso na fábrica da Boeing, ele também voltou a prometer a redução de impostos "para todos", incluindo classe média e empresas

 



Presidente americano Donald Trump visita fábrica da Boeing na Carolina do Sul, dia 17/02/2017





São Paulo – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em discurso na fábrica da Boeing, na Carolina do Sul, que o ambiente de negócios no país melhorou desde que assumiu a presidência e, por isso, as empresas estão voltando a produzir em solo americano, usando como exemplo a General Motors e a Fiat Chrysler, que recentemente anunciaram o investimento em fábricas no país.

“Haverá uma multa muito grande para empresas que saírem dos EUA. Vamos tornar muito mais fácil produzir aqui e muito mais difícil sair”, declarou o republicano.

Ele também voltou a prometer a redução de impostos “para todos”, incluindo classe média e empresas.

“Vamos reforçar nossas regras comerciais e acabar com trapaças de comércio. Não vamos mais deixar que outros países levem vantagem sobre nós”.

Trump aproveitou a ocasião para se dirigir ao exército, afirmando que os EUA podem expandir os pedidos de aviões F-18, e prometeu “reformular totalmente” a instituição.

“Vamos construir um exército tão forte que ninguém vai ousar desafiá-lo. A paz virá através da força”.