segunda-feira, 20 de março de 2017

Focus prevê que corte de juros vai acelerar a 1 ponto percentual


Especialistas consultados pelo Banco Central passaram a ver na reunião de abril do BC um corte de 1,0 ponto percentual da Selic






São Paulo – O ritmo de corte da taxa básica de juros vai acelerar em abril, de acordo com economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que ainda reduziram as expectativa para a inflação este ano e para a Selic em 2018.

Os especialistas consultados passaram a ver na reunião de abril do BC um corte de 1,0 ponto percentual da Selic, que atualmente está em 12,25 por cento. As duas últimas reduções promovidas pelo BC foram de 0,75 ponto cada.

Embora não tenha sido alterada a perspectiva de que a taxa básica de juros terminará este ano a 9,00 por cento, para 2018 houve redução a 8,50 por cento na estimativa da Selic, contra 8,75 por cento anteriormente.

O Top-5, grupo que reúne as instituições que mais acertam as projeções, vê a Selic ainda mais baixa em 2017, tendo cortado a estimativa a 8,5 por cento, de 9 por cento na semana anterior, tanto para este ano quanto para o próximo.

Já a expectativa de economistas para a inflação este ano caiu ainda mais. O levantamento com uma centena de economistas divulgado nesta segunda-feira mostrou que a expectativa para a alta do IPCA em 2017 agora é de 4,15 por cento, 0,04 ponto percentual a menos do que na semana anterior. Para 2018, a conta permanece sendo de inflação de 4,5 por cento.

Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), para este ano o levantamento manteve a expectativa de expansão de 0,48 por cento, enquanto para 2018 a projeção melhorou em 0,10 ponto, para 2,5 por cento.

Cármen Lúcia diz que vai renunciar à presidência do STF em 2018


De acordo com a presidente do STF, ela sente falta de Minas Gerais e de lecionar na PUC de Belo Horizonte



Belo Horizonte – A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira, 20, que pretende se aposentar da Corte e que isso deverá ocorrer já no início de 2018.

A ministra afirmou que quer voltar a dar aula na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), em Belo Horizonte. Cármen Lúcia é professora licenciada da instituição, lotada na Faculdade Mineira de Direito (FMD).

“Estou com saudades dos meus meninos”, disse, se referindo aos alunos.

A presidente deu palestra em aula inauguração da faculdade na manhã desta segunda. Na chegada à escola, passou por protesto contra o STF e foi chamada por uma manifestante de golpista. A ministra avaliou como normal o protesto.

“É da democracia. Se não fosse aqui, seria na sala de aula”, afirmou. Confirmado o desejo de se aposentar, a ministra não completaria os dois anos de mandato previstos para o cargo. A ministra assumiu o posto em setembro de 2016.

Durante a palestra, a ministra afirmou ainda que a morte de seu pai, Florival Rocha, em fevereiro, também contribuiu para que começasse a pensar em retornar a Minas Gerais.

“Acho que tenho a alma engarranchada em alguma árvore do norte de Minas”, disse. A ministra é de Montes Claros. Seu pai morava em Espinosa, ambas cidades da região norte do Estado.


Faesc, Sindicarne e Acav se manifestam em razão da Operação da PF





Entidades ligadas ao segmento da carne em Santa Catarina defendem apuração dos fatos e punição exemplar

Da Redação
redacao@amanha.com.br

 Faesc, Sindicarne e Acav se manifestam em razão da Operação Carne Fraca, da PF

Em razão da Operação Carne Fraca, entidades ligadas ao setor da carne em Santa Catarina se manifestam. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) condenou veementemente as ações criminosas praticadas por funcionários de alguns dos maiores frigoríficos do país mancomunados com fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura. “A venda e o uso de carnes sem as condições adequadas de consumo humano no processamento de produtos industrializados é um crime contra a saúde pública que deve ser rigorosamente apurado e, seus autores, penalizados. Essa conduta ilícita causa prejuízos à imagem do Brasil e pode criar embaraços junto aos mercados mundiais duramente conquistados nas últimas décadas através de esforços dos produtores rurais e das agroindústrias”, destaca a nota assinada por José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc. 

O Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) assinaram um documento conjunto. “As indústrias brasileiras e catarinenses de carnes, notadamente as de aves e suínos, adotam o que há de mais avançado em máquinas, equipamentos, processos e recursos tecnológicos, assegurando alimentos cárneos confiáveis e de alta qualidade. Por outro lado, sistemas de controle de qualidade das próprias indústrias e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) eliminam a possibilidade de erros ou de não-conformidades. 

Essas características permitiram à agroindústria brasileira e catarinense exportar carne para mais de 160 países, entre eles, os mais exigentes do planeta em termos de qualidade e sanidade”, recordam as entidades. “É necessário compreender a dimensão, a complexidade e o elevado grau de desenvolvimento desse importante setor da indústria nacional para considerar que os fatos apurados pela Polícia Federal são isolados e representam lamentáveis exceções dentro da cadeia produtiva. O Sindicarne e a Acav defendem a rigorosa apuração dos fatos e a exemplar punição daqueles que atuaram fora dos padrões exigidos”, finaliza a nota. 


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Operação Carne Fraca já afeta vendas do Brasil no exterior






Conforme previa a AEB, o país enfrenta cancelamentos de pedidos da China, da Coreia do Sul e da Europa 


Da Redação, com Agência Brasil
redacao@amanha.com.br
 Operação Carne Fraca já afeta vendas do Brasil no exterior


O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro (foto), avaliava na sexta-feira (17) que a imagem do Brasil no estrangeiro seria muito afetada, de forma negativa, pelo resultado das investigações da Polícia Federal (PF) que culminaram na Operação Carne Fraca, deflagrada naquele dia. De acordo com a PF, os frigoríficos envolvidos no esquema criminoso colocavam ácido ascórbico em carnes vencidas e as reembalavam para venda nos mercados interno e externo (veja mais detalhes aqui). 

Castro via com preocupação a situação, pois o Brasil demorou muito tempo para consolidar sua participação no mercado internacional e hoje é um dos grandes exportadores de carne. “Com isso, a imagem do país vai ser muito afetada”, desabafou. Ele esclareceu que como a exportação de carne não é bolsa de mercadoria, mas mercado físico, “oferta e demanda”, o Brasil enfrentaria eventuais cancelamentos e possíveis reduções de preços. Afirmou que o cenário só não será pior porque nos Estados Unidos, que são o maior exportador de carne de frango hoje, apareceu mais um caso de gripe aviária. “Mas, infelizmente, nós vamos sentir o impacto negativo aqui”, alerta.  Segundo ele, o Brasil exporta atualmente quase US$ 12 bilhões (o equivalente a quase R$ 40 bilhões) de carnes bovina, suína e de frango por ano. 

Na manhã desta segunda-feira (20), a China comunicou o Ministério da Agricultura que suspendeu temporariamente as importações de carne do Brasil. A União Europeia também pediu que o governo brasileiro não permita a exportação de carnes para a Europa de frigoríficos envolvidos no escândalo. A decisão segue a interrupção temporária de compras da Coreia do Sul. O ministério sul-coreano afirmou que fornecedores brasileiros de carne de frango terão de enviar um certificado de saúde emitido pelo governo brasileiro. Mais de 80% das 107.400 toneladas de frango importadas pelo país no ano passado vieram do Brasil, sendo quase metade fornecida pela catarinense BRF. 

Os produtores irlandeses, maiores concorrentes da carne brasileira no mercado europeu, também pediram oficialmente à Comissão Europeia o "embargo imediato de toda a importação de carne do Brasil". Em um comunicado emitido na manhã de hoje, Patrick Kent, presidente da Associação Irlandesa de Produtores de Carne (ICSA), afirmou que o bloco tem alertado de forma repetida sobre os riscos da importação de carne da América do Sul. 

O Chile também pediu que sejam suspensas as importações de carnes do Brasil. 


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Estácio afasta CEO ligado à fusão com a Kroton após denúncia


Fato relevante da companhia afirma que a denúncia anônima aponta que Pedro Thompson estaria articulando contra a transação

 




São Paulo – O conselho de administração da Estácio Participações determinou o afastamento do presidente da empresa, Pedro Thompson, dos assuntos relacionados ao processo de fusão com a Kroton no Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade), após denúncia anônima de que o executivo estaria articulando contra a transação, segundo fato relevante divulgado nesta sexta-feira.

Conforme o documento, Thompson se concentrará na gestão da empresa, enquanto a Estácio investiga documento entregue pelo diretor-presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, ao presidente do seu conselho de administração, João Cox.

O material, recebido de forma anônima, continha suposta troca de mensagens eletrônicas entre Thompson e o advogado externo que assessorava a Estácio perante o Cade sobre formas jurídicas ou brechas para barrar a fusão entre as empresas, de acordo com o fato relevante.

Cox reuniu o conselho da Estácio, que decidiu substituir o escritório de advocacia que representava a companhia no Cade, bem como contratar uma empresa especializada em gestão de risco para prevenir vazamentos ilegais de informações.

O fato relevante confirma notícia veiculada nesta sexta-feira pelo jornal Valor Econômico. Em referência à reportagem, a Estácio diz que “refuta veementemente toda e qualquer alegação de que membros de sua administração estejam conspirando para frustrar a combinação de negócios com a Kroton”.


China pediu explicações ao Brasil sobre Carne Fraca, diz Maggi


Segundo o ministro da agricultura, o Brasil dará todos os esclarecimentos aos chineses o mais rápido possível

 





São Paulo – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse, por meio de nota divulgada nesta segunda-feira, 20, que a China pediu ao governo brasileiro explicações sobre a Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta-feira, 17. Segundo Maggi, o Brasil dará todos os esclarecimentos aos chineses o mais rápido possível.

“Até receber as informações, a China não desembarcará as carnes importadas do Brasil”, destacou o ministro, na nota.

Ainda conforme o comunicado, nesta segunda à noite, o ministro terá uma videoconferência com autoridades chinesas para prestar esclarecimentos.

O ministério disse também que, até o momento, a China foi único mercado a fazer comunicado oficial sobre o caso ao ministério.

Mais cedo, a assessoria do Ministério da Agricultura havia dito que China e Coreia do Sul já haviam informado a suspensão de importação de carnes brasileiras em consequência das revelações da Operação Carne Fraca, porém, sem divulgar notificação oficial.

Conforme as primeiras informações da assessoria do ministério, a China havia suspendido os embarques programados por uma semana, enquanto a Coreia do Sul havia bloqueado apenas os embarques da BRF.

A BRF disse que não foi notificada de nenhuma suspensão de importação de carne brasileira pela Coreia do Sul e União Europeia em razão da Operação Carne Fraca.

“Diferentemente do que vem sendo noticiado, a BRF informa que não recebeu nenhuma notificação oficial das autoridades brasileiras ou estrangeiras a respeito da suspensão de suas fábricas por países com os quais mantém relações comerciais, incluindo Coreia do Sul e União Europeia”, informou a empresa, em nota enviada à imprensa.


Trump liga para Temer interessado em reformas no Brasil


Trump aproveitou ainda para reforçar "interesse" em receber uma visita do presidente Michel Temer aos EUA



Brasília — O presidente Michel Temer conversou na tarde deste sábado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A conversa, que já estava agendada anteriormente, durou cerca de 20 minutos e teve início por volta das 18h15.

Esta é a segunda conversa telefônica entre os dois Chefes de Estado e, segundo informou o Planalto, por meio de nota oficial, eles acertaram “manter contato regular e deixaram abertos os canais diretos de diálogo, tendo estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo”.

O presidente Trump aproveitou ainda para reforçar “interesse” em receber uma visita do presidente Michel Temer aos Estados Unidos.

O Palácio do Planalto não confirma, mas era intenção do presidente Temer, na conversa com Trump, tranquilizar o presidente norte-americano em relação à eficiência e rigor no trabalho realizado pelo serviço de inspeção do Ministério da Agricultura, na fiscalização dos produtos exportados.

Para demonstrar a intenção do Brasil de tranquilizar os mercados internacionais consumidores de produtos brasileiros, o presidente Michel Temer antecipou de segunda, para este domingo, às 17 horas, em reunião no Palácio do Planalto, um encontro com os embaixadores dos principais mercados de carne brasileira.

A União Europeia, por exemplo, está cobrando do Brasil resposta com urgência do pedido de esclarecimento sobre a Operação Carne Fraca, deflagrada pela POlícia Federal, na sexta-feira, que desvendou um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos brasileiros. Estados Unidos e China também pediram explicações.

O objetivo do governo é apresentar todas as medidas já adotadas e que o País tem todo o cuidado com o controle para garantir a qualidade e sanidade de todos os produtos alimentícios destinados ao consumo interno e externo, sejam eles de origem animal ou vegetal. Na reunião estarão presentes ainda os ministros da Agricultura, da Indústria e Comércio e o presidente da Apex, que é a agência brasileira de exportação. Antes, esta reunião estava prevista para às 14 horas de segunda-feira.

A nota divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, informa também que Temer destacou na conversa a retomada do crescimento econômico e os dois “trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA”. E acrescenta: “o Presidente Donald Trump revelou acompanhar e conhecer essas transformações e cumprimentou o presidente Michel Temer pelos importantes resultados já alcançados”.

Ao falar do ânimo em relação à melhoria do cenário da economia no País, Temer “sublinhou que uma série de indicadores econômicos recentes permite afirmar que o crescimento da economia e do emprego já retornou”.

O presidente brasileiro destacou ainda a “importância de aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento, baseada na expansão do comércio e do investimento”, acrescentando que “ao longo da próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Em ambos, o Presidente Michel Temer reiterará a importância dos vínculos bilaterais e o potencial crescente da economia brasileira”.

Segundo a nota, “por iniciativa do Presidente Trump, os dois mandatários trataram, também, de temas da atualidade regional” e “acertaram manter contato regular”, acertando que uma visita próxima presidente Temer aos Estados Unidos.


A seguir, a íntegra da nota à imprensa;


“O Presidente Michel Temer recebeu telefonema do Presidente Donald Trump, na tarde de hoje, 18 de março. Foi a segunda conversa telefônica entre os dois Chefes de Estado.

Eles trocaram impressões sobre as reformas em curso no Brasil e nos EUA. O Presidente Donald Trump revelou acompanhar e conhecer essas transformações e cumprimentou o Presidente Michel Temer pelos importantes resultados já alcançados.

O Presidente Michel Temer sublinhou que uma série de indicadores econômicos recentes permite afirmar que o crescimento da economia e do emprego já retornou. Enfatizou a importância de aprofundar uma agenda bilateral para o crescimento, baseada na expansão do comércio e do investimento. Comentou também que, ao longo da próxima semana, terá encontros com a Câmara de Comércio Brasil-EUA e com o Conselho das Américas. Em ambos, o Presidente Michel Temer reiterará a importância dos vínculos bilaterais e o potencial crescente da economia brasileira.

Por iniciativa do Presidente Trump, os dois mandatários trataram, também, de temas da atualidade regional. Eles acertaram manter contato regular e deixaram abertos os canais diretos de diálogo, tendo estabelecido que voltariam a falar-se a qualquer momento em que se apresente questão de interesse mútuo. Na mesma linha, o Presidente Trump mencionou seu interesse em receber uma próxima visita do Presidente Michel Temer aos EUA.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República”