quarta-feira, 5 de abril de 2017

Marelli deve romper marca de R$ 200 milhões com novo nicho de mercado


Divisória piso-teto pode representar um acréscimo de até 15% no faturamento da companhia já no primeiro ano

 

Por Marcos Graciani

 

graciani@amanha.com.br
Marelli projeta faturar R$ 207 milhões neste ano

A Marelli está ingressando em um novo nicho de mercado – o segmento de divisórias piso-teto (foto), através de licença de fabricação com a empresa italiana NeWall.  A novidade está sendo lançada ao mercado nesta semana, durante a 21ª Convenção da Marelli, que acontece em Caxias do Sul (RS).  A Marelli comprou a concessão de fabricação do produto no Brasil, sendo que uma das linhas foi desenvolvida com exclusividade para a marca. A companhia investiu R$ 1 milhão nesse novo segmento. A estratégia consiste em depender menos dos móveis, segmento que tem sofrido com a crise econômica brasileira. 

A projeção é que o novo produto represente um acréscimo de 10% a 15% no faturamento da Marelli já no primeiro ano, devendo chegar a 15% de representatividade no total de vendas da empresa até 2022. Em 2016, o faturamento do Grupo Marelli fechou em R$ 159 milhões. “Os primeiro negócios foram realizados no final do ano passado e estão sendo entregues agora. 

Nos showrooms, o produto está sendo instalado no primeiro semestre de 2017”, antecipa Daniel Castilhos, diretor de marketing da Marelli. O segmento ajudará a fabricante de mobiliário para escritórios a atingir seu principal objetivo: crescer 30% em relação ao ano passado, o que fará com que a empresa atinja o patamar de receita de R$ 207 milhões. Entre as novidades para o ano, a marca também planeja abrir uma loja-conceito, que será uma filial da fábrica, em São Paulo (SP).  O aporte aproximado  na unidade será de R$ 2,5 milhões.

http://www.amanha.com.br/posts/view/3834


Anúncio de cerveja manda indireta para mulher de Sérgio Cabral


A marca brincou com o fato da ex-primeira dama do Rio estar cumprindo prisão domiciliar

 

Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador Sérgio Cabral, em data de depoimento à Polícia Federal no dia 17/11/2016
A estratégia de algumas marcas para interagir como o público (principalmente nas redes sociais) se notabiliza pela capacidade de se envolver nos principais assuntos do cotidiano de uma região, uma cidade ou o país como um todo.

É o que tem feito, por exemplo, a marca de cervejas Rio Carioca, através do trabalho de comunicação da agência 11:21, com criação comandada por Gustavo Bastos.

No anúncio abaixo, a marca pega carona em dos assuntos mais comentados dos últimos dias no Rio de Janeiro: a decisão da justiça em permitir que Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, ambos réus na Operação Lava-Jato, cumpra prisão domiciliar.


Confira:
(Rio Carioca)

Este conteúdo foi publicado originalmente no site da AdNews.
 

KPMG deve informar se identificou corrupção de Lula na Petrobras


A solicitação, feita pelo juiz responsável pela Lava Jato, Sérgio Moro, dá um prazo de 30 dias para a empresa de auditoria responder os questionamentos

 





São Paulo – O juiz federal Sérgio Moro mandou a empresa de auditoria KPMG informar “se, durante a realização de auditoria na Petrobras, foi identificado algum ato de corrupção ou ato ilícito com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. O magistrado estabeleceu o prazo de 30 dias.

“Solicito a Vossa Senhoria que informe a este Juízo, o prazo de 30 dias, se, durante a realização de auditoria na Petrobras, foi identificado algum ato de corrupção ou ato ilícito com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com, se positivo, o envio de cópia”, determinou Moro.

A solicitação foi feita em 13 de março e anexada no dia 31 aos autos da ação penal na qual o petista é réu por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula responde ao processo que o liga a contratos firmados entre a Petrobras e a Construtora Norberto Odebrecht S/A.

Nesta denúncia, a propina, equivalente a porcentuais de 2% a 3% dos oito contratos celebrados entre a Petrobras e a Odebrecht, seria de R$ 75.434.399,44.

Segundo o Ministério Público Federal, o valor teria sido repassado a partidos e políticos que davam sustentação ao Governo Lula – PT, PP e PMDB -, a agentes públicos da Petrobras e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas, “em operações de lavagem de dinheiro que tinham como objetivo dissimular a origem criminosa do dinheiro”.

A acusação aponta que parte do valor das propinas pagas pela construtora foi lavada mediante a aquisição, em benefício do ex-presidente, de um imóvel, em São Paulo, em setembro de 2010, que seria usado para a instalação do Instituto Lula.

O acerto do pagamento da propina destinada ao ex-presidente, afirma a força-tarefa da Lava Jato, foi intermediado pelo ex-ministro Antonio Palocci, com o auxílio de seu assessor parlamentar Branislav Kontic.

Ambos, segundo a Procuradoria da República, mantinham contato direto com Marcelo Odebrecht, a respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo ex-presidente.

O valor total de vantagens ilícitas empregadas na compra e manutenção do imóvel, até setembro de 2012, chegou a R$ 12,422 milhões, de acordo com a força-tarefa da Lava Jato.

Os procuradores afirmam que os valores constam de anotações de Odebrecht, planilhas apreendidas na sede da DAG Construtora Ltda. e dados obtidos em quebra de sigilo bancário.

Além disso, o Ministério Público Federal afirma que parte das propinas que teriam sido destinadas a Glaucos da Costamarques, parente de José Carlos Costa Marques Bumlai – pecuarista amigo de Lula -, por sua atuação na compra do terreno para o Instituto Lula foi repassada para o ex-presidente na forma da aquisição da cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo, na Grande São Paulo.

A denúncia aponta que a nova cobertura, que foi utilizada pelo ex-presidente, foi adquirida em nome de Costamarques, “que atuou como testa de ferro de Luiz Inácio Lula da Silva”.

Segundo a Procuradoria, para “dissimular” a propriedade do imóvel, foi assinado “um contrato fictício de locação” com Glaucos da Costamarques, datado de fevereiro de 2011. As investigações indicaram, afirmam os procuradores, “que nunca houve o pagamento do aluguel até pelo menos novembro de 2015”.

 

Defesa


O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, se manifestou à reportagem por meio de nota. “A Petrobras mantinha e mantém um sofisticado sistema de controle interno e externo de suas atividades.

O controle externo era – e é – realizado por renomadas empresas de auditoria, como Ernest&Young, KPMG e Pricewaterhousecoopers, que jamais indicaram em seus relatórios de auditoria qualquer ato ilícito, muito menos envolvendo o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu.

“Em 2010, a Petrobras fez a segunda maior emissão de ações da história, no valor de R$ 115,041 bilhões, precedida de minuciosa auditoria coordenada por renomados bancos, auditores e escritórios de advocacia, que, igualmente, jamais indicaram a prática de qualquer ilícito, muito menos envolvendo o ex-Presidente. Em documento denominado ‘Prospecto Definitivo da Oferta Pública de Distribuição Primária de Ações Preferenciais de Emissão da Petrobras’, realizado com elevado padrão de diligência conforme exigido por atos normativos específicos, existe a afirmação textual que a Petrobras ‘não está envolvida em corrupção'”, continua o advogado.

“Todos esses documentos, emitidos por conceituadas instituições nacionais e internacionais, demonstram que não havia possibilidade de Lula ter conhecimento da prática de eventuais atos ilícitos na Petrobras e muito menos que deles tenha participado.”

“Por isso, fomos nós, advogados de Lula, que requeremos a juntada desses documentos à ação penal nº 506313017.2016.4.04.7000/PR, na certeza de que tornam evidente o caráter frívolo das acusações impostas a Lula, reforçando sua inocência”, finaliza Zanin.

terça-feira, 4 de abril de 2017

Lacker deixa Fed por vazamento de informações sensíveis


Ele admitir que em uma conversa que teve com um analista de Wall Street em 2012 pode ter revelado informações confidenciais sobre a política do Fed

 




Washington – O presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, deixou abruptamente o banco central norte-americano nesta terça-feira, depois de admitir que em uma conversa que teve com um analista de Wall Street em 2012 pode ter revelado informações confidenciais sobre as opções de política do Fed.

O vazamento de 2012 tinha desencadeado uma investigação criminal e veio no momento em que o Fed estava estabelecendo as bases para o programa de grande compra de títulos que foi implementado mais tarde naquele ano.

A informação foi divulgada pela Medley Global Advisors um dia antes da publicação das minutas do próprio banco central de sua reunião de setembro.

Lacker disse em janeiro que se aposentaria em outubro. Mas na terça-feira ele disse que decidiu sair de imediato porque tinha confirmado informações confidenciais para Medley.

Não ficou claro se Lacker foi expulso de seu cargo, embora o Fed de Richmond disse em uma declaração que tomou “ações apropriadas” depois de saber o resultado das investigações do governo sobre o vazamento.

Lacker disse que não divulgou completamente os detalhes de sua conversa de 2012 com um analista da Medley quando foi entrevistado por um advogado do Fed naquele ano.

Ele, no entanto, disse em uma entrevista de 2015 com o Federal Bureau of Investigation (FBI) que sua discussão com o analista Medley incluiu informações confidenciais.

“Lamento profundamente o papel que eu possa ter desempenhado na confirmação dessas informações confidenciais”, disse Lacker em um comunicado, acrescentando que “nunca” foi sua “intenção revelar informações confidenciais”.

O relatório da Medley desencadeou furor no Congresso dos EUA e se tornou uma fonte de atrito entre o banco central e congressistas, levando a uma investigação criminal.
  
 
 

Irã firma novo contrato com Boeing para adquirir 60 aviões


O contrato foi alcançado após um ano de negociações e a entrega das aeronaves será feita a partir de 2019

 





Teerã – A companhia Aseman Airlines, do Irã, assinou nesta terça-feira um contrato para a compra de 60 aviões comerciais com o fabricante Boeing, dos Estados Unidos, que também tem um acordo com a companhia aérea estatal Iran Air.

O contrato, alcançado após um ano de negociações entre as partes, estipula a aquisição de 60 aviões do modelo Boeing 737 MAX, segundo informou a Aseman em comunicado, sem detalhar o valor do acordo.

Este modelo, com capacidade para 130 passageiros, é adequado para linhas internas e regionais, já que conta com uma autonomia de voo de 4.500 quilômetros.

A entrega das aeronaves será feita a partir de 2019, ano no qual a Aseman receberá entre cinco e dez aviões Boeing 737 MAX, indicou a agência oficial “Irna”.

A maior companhia aérea iraniana, Iran Air, concluiu em dezembro do ano passado um acordo com o fabricante americano para adquirir 80 aviões, dos quais 50 são também do modelo Boeing 737 MAX.

Esses aviões, que tem um valor de mercado de US$ 17,6 bilhões, se unirão à frota da Iran Air a partir de 2018, com o objetivo de renovar e ampliar a companhia aérea.

A Iran Air também chegou a um acordo similar com o fabricante francês Airbus, de quem já recebeu os primeiros três aviões dos 100 adquiridos pelo valor de aproximadamente US$ 10 bilhões.

Devido às limitações impostas pelas sanções internacionais até a entrada em vigor do acordo nuclear em janeiro de 2016, as companhias aéreas iranianas tinham sobrevivido até agora com uma frota antiga e com a compra de aeronaves e peças de segunda mão.


Marcopolo detém 100% da australiana Volgren


Empresa brasileira exerceu opção de compra da fatia de 25% que faltava para assumir o controle da australiana

 






São Paulo – A brasileira Marcopolo exerceu a opção de compra da participação remanescente de 25% da australiana Pologren Australia Holdings Pty, dona da fabricante de carrocerias de ônibus Volgren.

A aquisição foi realizada somou 8,5 milhões de dólares australianos. Em 2016, a Volgren vendeu 471 unidades e teve receita líquida de R$ 367,3 milhões, alta de 10,1% e 11,8%, respectivamente, ante 2015.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Decathlon quer cem lojas no país em dez anos

Depois de 15 anos no Brasil, a varejista francesa de artigos esportivos finalmente teve lucro - e agora quer mais

 







São Paulo – Após 15 anos de operações no Brasil, a varejista francesa de artigos esportivos Decathlon finalmente teve lucro.

O ano passado foi o primeiro que a companhia não encerrou no vermelho em sua história brasileira, e esse resultado positivo deu força ao projeto de expansão da rede, que pretende chegar a cem lojas em dez anos – hoje, são 21.

No ano passado, a empresa registrou alta de 15% no faturamento no País, o terceiro melhor resultado no mundo, atrás de Rússia e China.

O presidente da companhia no Brasil, Cedric Burel, credita o bom desempenho a duas estratégias: um programa de qualificação de funcionários e a manutenção de preços e margens mais baixos, o que atraiu os consumidores durante a crise.

Para ganhar competitividade, a Decathlon tem um modelo de negócio de custos reduzidos, com lojas com acabamento simples e instaladas em locais menos valorizados, longe dos centros das cidades.

Também para cortar custos, a companhia praticamente não investe em publicidade. “Crescemos mais devagar por não investirmos em comunicação, mas nossa estratégia é conseguir clientes fiéis que façam propaganda boca a boca”, afirma Burel.


Sem pressa


O ritmo de expansão da rede nos seus 15 anos no Brasil foi lento, com uma média de uma unidade por ano até 2014. Foi apenas nos últimos dois anos que a empresa acelerou e inaugurou sete lojas.

“Precisávamos de escala para sermos lucrativos. Uma operação com dez lojas não se viabiliza. Hoje, está rentável”, acrescenta o executivo.

Burel admite que a companhia ficou praticamente parada entre 2008 e 2013 no País, mas frisa que, agora, o modelo foi reformulado – além da expansão, o novo projeto prevê a inclusão no portfólio de unidades menores em regiões não tão distantes do centro. Atualmente, a menor lojas da rede, em Joinville (SC), tem 2 mil metros quadrados de área.

Com lojas menores, a empresa pretende atrair consumidores que precisam fazer compras rápidas, como um óculos da natação.

Em locais afastados do centro, os pontos de venda costumam ser chamarizes apenas para o cliente que está disposto a de deslocar quilômetros, pois pretende adquirir um grande volume de mercadorias ou algo bastante específico.

 

Competitividade


Outra reformulação do modelo de negócios da Decathlon foi a ampliação de investimentos nos produtos de marca própria, que também garantem maior competitividade.

Hoje, a empresa tem 22 marcas, como a Tribord, de mergulho e surfe. A ideia é segmentá-las mais e ter, por exemplo, uma linha para mergulho e outra para surf. A meta é chegar a 150 marcas.
 
A empresa ainda reforçou a fabricação de mercadorias no Brasil e já produz localmente bicicletas, biquínis e pranchas de stand up paddle, entre outros itens, diminuindo a exposição ao dólar.
 
No início de 2016, a Decathlon precisou repassar a alta do dólar ao preço de venda dos importados, que representam 70% do total de produtos que comercializa.

Empecilhos

 

Para o especialista em varejo Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail, a meta da Decathlon de alcançar cem unidades no Brasil não será fácil de ser atingida.

Serrentino diz que o País não tem um mercado tão extenso como o europeu, já que a prática esportiva não é acessível a todos.

“A Decathlon é como a Zara. É uma marca de massa na Europa, mas não terá o mesmo perfil no Brasil.”

O especialista destaca que a rede esportiva pode se beneficiar por trabalhar com marcas próprias, que resultam em preços inferiores, mas que o atual tamanho das lojas dificulta a operação.

Caso consiga inserir em sua rede unidades menores, como pretende, a companhia poderá ter êxito, destaca Serrentino.

“Mas tem d ter muita habilidade para selecionar os produtos que ficarão de fora dessas lojas pequenas. Esse é o mesmo caminho que a Tok Stok e que a Etna começaram a fazer.”

A Decathlon é um dos negócios da família francesa Mulliez, que detém também a Leroy-Merlin (de materiais de construção) e a rede de supermercados Auchan, a segunda maior da França e a 11.ª do mundo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.